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Capítulo 16

Minha temperatura corporal estava elevada. Foi a primeira sensação que tive ao acordar, mas as centenas de músculos doloridos por todo o meu corpo me lembraram rapidamente que havia outras sensações me aguardando. Os sons do dia já se espalhavam por todo o lugar, a claridade perfurando minhas pálpebras, apesar das sombras que as elevações proporcionavam.

Abri os olhos com lentidão o que atribuí à temperatura, virando o corpo em um movimento igualmente lento para me levantar, folhas e cascalho grudados nas minhas costas úmidas. Estreitei e arregalei os olhos em uma tentativa de focar a visão. Enne não estava mais deitada. Sentado, apoiei a cabeça dolorida e pesada no meio das pernas antes de ficar em pé.

—  Despropósito — sussurrei, só então conferindo minha mochila e meus fuzis. Não havia passado nenhuma noite sem que eu dormisse sobre todos os itens que havia acumulado, as armas presas no corpo com as bandoleiras. Até agora.

Abri a mochila com rapidez, segurando a respiração, enquanto procurava Enne com os olhos. Era comum que um deles se afastasse para colher ou caçar, mas desta vez ela poderia tê-lo roubado e...

Não, estava tudo ali. Água, cantis, comida, munição... sim, a mira também. 

Alívio, alívio porque Enne não havia me traído.

Arrependimento. Arrependimento por ter desconfiado que seria isso que ela faria no instante que tivesse uma oportunidade. Esse era um sentimento novo. Mais um para o catálogo.

Quando estava no cubo era tudo constante. Vazio era o que sentia na maior parte do tempo. Às vezes raiva, às vezes medo, às vezes curiosidade e, raramente, contentamento. Na Vastidão havia descoberto alegria, tristeza, deslumbre, pavor e outros componentes de uma lista que, embora fosse finita, era ampla.

Suspirei e estiquei o pescoço para o céu. Já havia amanhecido há duas horas. Há quanto tempo Enne teria saído? 

Fiquei em pé, sentindo os músculos reclamarem, as bandoleiras novamente penduradas e a mochila nas costas, em um peso familiar que apaziguou o desconforto que passara nos últimos minutos.

Tínhamos que começar a subir a montanha. O tanto que havíamos nos distanciado seria rapidamente diminuído se não nos apressássemos, mas para isso teria que achar sua companheira de trajeto.

O que faria quando chegasse o momento de matar ou morrer? Matá-la ou morrer? Seu coração acelerou. Sabia o que faria, sem pestanejar.

Escolhi uma das árvores, mais rareadas e baixas naquela área, para ver para qual direção Enne havia seguido. Escalei os galhos com agilidade, minhas mãos mais ásperas e acostumadas com o toque da madeira, embora tivesse tirado incontáveis farpas durante todo aquele período.

Não consegui avistar Enne. Sua roupa especial a mantinha camuflada facilmente e ela com certeza seria cuidadosa. 

Mesmo com esses pensamentos tranquilizadores, acreditando que se não havia sido capaz de vê-la, outro Ninguém também não seria, meu estômago revirou com o vislumbre do que teria que fazer caso algum homo sapiens aparecesse ou, pior, fizesse algum mal a ela.

Desci dos galhos rapidamente, armas em punho para qualquer surpresa, procurando os rastros deixados pela fêmea. 

Achei primeiro os seus passos leves, pisados mais com a parte interna dos pés. Para minha surpresa, desciam, ao invés de subir.

Segui sua trilha, um ponto de grama remexido ali e logo mais à frente, indicavam a mesma direção, voltando, apenas ligeiramente em diagonal para o início da montanha a noroeste. Continuou, havia um punhado de insetos achatados mais adiante, então um graveto empurrado pela passagem, outro e depois outro. Um arbusto... que estranho.

Estaquei, rodando em um único ponto a sua procura, a temperatura elevada não ajudando.

Óbvios. Eram todos rastros demasiadamente óbvios. Deixados de maneira cuidadosa para trás por quem aprendera comigo como rastrear e despistar. Deixados para que percebesse, soubesse.

Era um recado, um adeus, um despropósito feito com mérito.

Agachei, as mãos sujas esfregando a testa com vigor. 

Tive vontade de uivar, mas para quê? Para denunciar a minha posição agora que Enne me atrasara? Soquei a terra seguidamente, até sentir os nós dos dedos arderem, até que sangrassem, a outra mão fechada na boca segurando o grito de raiva, de dor.

Era possível ter o coração quebrado? Tão quebrado quanto minha mente pouco lúcida?

Esperava que ela me roubasse...

Esperava que ela me matasse...

Esperava que ela me traísse...

Desejei que a escolha dela tivesse sido uma dessas. Porque então eu poderia odiá-la. Poderia pensar que estive certo por todo o tempo. Ou estaria morto e voltaria para o vazio. O vazio de não saber, de não querer, de não sentir.

Ergui-me novamente. Ficar parado era um despropósito. Vinha pensando no momento que não restasse mais outro Ninguém. Quando tivesse que matá-la, ou, havia decidido, salvá-la, protegê-la... em acabar com a própria vida no fim, para que ela pudesse ser...

COMO HAVIA SIDO DESPROPOSITADO... sem competência, sem mérito, sem percepção...

Soltei a respiração com força pelo nariz, esfreguei o rosto mais uma vez e levantei abandonando aqueles rastros, abandonando os rastros de Enne, tentando abandonar a visão de seus olhos, de sua lágrima, de sua fragilidade. Abandonar o sopro de sua voz sussurrada, de sua risada repleta de sarcasmo e melancolia. Abandonar a mulher mais forte do mundo que passara a ser, de alguma forma, tanto para mim.

Subiria a montanha e seria Alguém. Sem dúvida, seria Alguém. E agora, não havia Ninguém para impedir.


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