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Capítulo 8 - Viver da câncer


"Somos capazes de sobreviver a essas coisas horríveis, pois somos tão indestrutíveis quando pensamos ser."

-John Green


Cinco dias antes da mensagem

Quando Sam saiu da minha casa naquela noite, eu sabia que ela não iria falar comigo, porém - no fundo do meu peito - existia uma esperança infantil de que nossos momentos felizes seriam superiores aquela maldita noite e minhas péssimas decisões.

O gosto dos lábios de Sam às vezes me vinha a memória, gostei de sentir sua boca, mas pensando bem, toda aquela cena pareceu ridicúla nesse momento. Eu não devia ter aceitado aquilo. A sensação que tenho é que eu a corrompi de alguma maneira e agora ela não é mais a mesma Sam de antes, algo está diferente e eu não sei o que é, isso me deixa frustrado.

Depois naquela mesma noite, Josh parou de ir a escola. Ele se tornou assunto naquela manhã e continua sendo assunto até hoje enquanto caminho pelos corredores azulados da escola. Sinto uma sensação vitoriosa na minha alma, a vingança é algo bom. Sam não pareceu se afetar com aquela descoberta e isso apenas responde a pergunta que ela nunca me respondeu.

Sam nunca amou Josh.

Durante esses dois dias eu criei uma rotina a qual seguia fielmente. ia cedo para escola, na volta passava no supermercado e comprava salgadinhos e - quando chegava em casa - me trancava no meu quarto e iniciava maratona de séries ou entrava no site do nosso grupo e descobria fofocas até o sono bater. Ninguém ia me visitar e eu já não me importava de está sozinho.

Agora, estou saindo do supermercado com uma sacola enorme nas mãos preparado para mais um dia.

— Charlie!

Olho para trás e vejo Lucien vindo na minha direção com passos apressados desviado de algumas pessoas que também saiam do mercado.

— O que está fazendo aqui? — pergunto quando ele já está bem próximo.

— Te procurando.

— Pra que?

— Uma miss...

— Missão! Já imaginei.

Ele sorri de canto e seus olhos brilhavam de divertimento.

— De quem vamos destruir a vida hoje?

— Mayara. — disse ele.

— Nunca ouvi falar dela.

— É de outra escola, mas mora aqui perto. Vamos caminhando?

— Claro. Só tenho que passar em casa deixar essas coisas.

— Deixa no meu carro, na volta tu pega.

— Você dirige?

— Claro!

— Mas eu nunca te vi de carro.

— É que eu gosto de caminhar, me acalma. - ele aponta com o dedo para a sacola — Vem, vamos guardar tudo isso.

Acompanho ele até uma caminhonete vermelha meio desgastada. O dia hoje está ensolarado e quando ele abriu a porta da caminhonete sinto o vapor quente contra meu rosto. Ponho a sacola lá dentro e voltamos a caminhar sobre a calçada cimentada com algumas árvores no meio delas simetricamente espaçadas. A sombra das copas ajuda a diminuir a quentura causada pelo sol. 

— Você divulgou o vídeo do Josh, parabéns. — ele bate de leve no meu ombro esquerdo.

— Não sei se isso é algo pra se orgulhar — encaro seus olhos sorrindo, mas rapidamente me arrependo e volto a olhar para a calçada —  Mas sim, estou orgulhoso de mim mesmo.

Ele sorri e eu também sorrio, parece algo automático.

— Josh voltou a ir a escola?

— Ainda não, nem espero que ele volte.

— Eu também não. — sua voz soou mais seria que o habitual.

Lucien tira seu cigarro juntamente com o isqueiro e leva até a boca.

— Você não cansa de fumar?

— Você não cansa de comer? — retribui.

Ele sorri com o cigarro entre os dentes, traga e soprou a fumaça no meu rosto como de costume apenas para me irritar.

— Fumar pode dá câncer. — disse.

— Viver dá câncer.

Lanço-lhe um olhar brincalhão.

— De onde tirou isso? John Green?

— Alasca Young — ele me olha de canto e rapidamente volta a olhar para frente — Pena que o povo não compreende ela. — ele traga o cigarro mais uma vez — Já leu?

— Não, não. — brinco — Eu vivo nas caverna.

— Haha, engraçadinho. — seu desdém era óbvio — Mas falando sério, o que você achou da personagem?

Fico em silêncio pensando na pergunta de Lucien. Eu sabia tudo sobre a Alasca, a estudei durante meses, pois na minhas noites de tormenta eu me via tentando decifra-la, tentando entender essa personagem que bagunçou minha mente.

— Eu acho que a Alasca é mais uma metáfora do que uma pessoa em si — digo e quase imediatamente sinto o toque suave do vento em minha nuca.

— Como assim?

— Foi uma teoria que eu fiz  — olho na direção de Lucien e vejo que ele presta atenção em mim — É meio bobo.

— Ah para, você atraiu minha atenção, pode falar — seu sorriso que veio em seguida fez eu respirar fundo.

— Acho que a Alasca é a personificação do amor — falo depressa.

Fecho os olhos em seguida esperando ouvir a gargalhada de Lucien, mas ele não fez isso, apenas continuou me encarando. Então volto a falar.

— Tipo assim, o John Green não fez uma personagem qualquer. Se prestar a atenção, ele criou ela insegura mas ao mesmo tempo corajosa, difícil de ser entendida, mas sempre convidativa. Você se apaixona por ela na sua primeira aparição. Justamente como o amor. — soltei a respiração — E sua morte no final só intensifica minha teoria. Tipo assim, depois que o Miles e a Alasca se beijam, ela morre no dia seguinte. Na minha teoria aquele acidente só acontece para mostrar que, quando se prova ou consegue sentir o amor, ele rapidamente é roubado de nós.

Me viro para Lucien e vejo um sorriso surgir por entre seus lábios.

— Você é interessante. — diz ele enquanto solta a fumaça.

Sorrio com seu comentário sem entender porque aquela suas simples palavras me fizeram querer me esconder debaixo da cama e nunca mais sair, com certeza eu corei.

— Então... qual é a sua teoria para o "grande talvez". Miles encontrou?  — a voz de Lucien soa evidentemente curiosa, como se ele realmente quisesse ouvir minhas loucas teorias.

Porém, enquanto fala seus olho se mantinham firmes na rua a nossa frente, pensativo.

— Eu acredito que sim.  O "grande talvez" seria aquele sentimento único que o Miles sentiu por Alasca, basicamente amor.

Ele traga novamente com o cigarro quase no fim. Seus olhos se voltam para mim e continuam me encarando de um jeito intenso e perturbador.

— De acordo com sua teoria, o grande talvez seria o amor, certo?

— Sim — respondo.

— Então, cá entre nós... Quem seria seu "grande talvez"?

Paro de respirar e encaro a calçada. Eu nunca parei para pensar nisso. Acho que não tenho um grande talvez, ninguém é tão especial assim, ao menos Sam, ela é especial, mas não dessa forma. Eu acho.

— Aquela é a casa! — Lucien apontou para uma casinha amarela semelhante às da vizinha.

Solto a respiração aliviado.

Com certeza não conseguiria responder essa pergunta.

Rapidamente a rua se torna silenciosa e o clima havia caído gradativamente, nunca venho nesse lado da cidade, mal saio de casa depois do que aconteceu comigo. Por isso estranho ao ver que não há ninguém nessas ruas ou até mesmos nas calçadas, apenas Lucien e eu.

Andamos até a entrada da casa da moça. É humilde, igualmente como o restante da casa desses bairros, apenas uma cerca branca pequena protege ela. Com certeza não tem câmeras de segurança.

— Fique vigiando, pra ver se não vem ninguém. — fala Lucien e logo em seguida se abaixa até o tapete de entrada.

— O que você vai fazer, não me diga que vai arrombar?!

— Não é arrombar... — ele me mostra algo em suas mãos que não reconheci de imediato — Quando se tem a chave.

— Como você sabia que estava aí?

— Eu a vigiei. Descobri que ela sempre sai essas horas e onde ela guarda a chave reserva — ele abre a porta enquanto fala - Vamos entrar?

Assenti enquanto passo por ele e entro na casa. Lucien vem logo atras de mim.

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