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Capítulo 25 - Isso é um adeus? (Parte 2)


"Nunca diga "adeus", porque dizer "adeus" significa ir embora e ir embora significa esquecer."

- Peter Pan

***

Passamos alguns longos minutos dentro do carro com o rádio tocando uma música melodiosa, que não conheço, enquanto batuco meus dedos impacientes sobre minha coxa. Várias coisas rodavam minha mente e meus cortes ainda ardiam por debaixo do gaze. Percebo que Lucien parece tão nervoso quanto eu, sua expressão séria e suas dedos apertando o volante com extrema força denunciam isso. A paisagem lá fora ainda era desértica e fria.

Lucien para o carro de uma só vez no meio da estrada, o que faz, consequentemente, minhas pernas baterem contra o porta-luvas. Quero brigar com ele por conta disso, mas Lucien imediatamente sai do carro e, sem pensar, o sigo. Ele dá a volta no veículo e fica encostado no capô com os braços cruzados enquanto ando até ele e o encaro contra luz dos faróis. Não consigo ver nitidamente seu rosto, mas ainda assim consigo sentir seus olhos azuis sobre mim, me deixando desnudo.

— Aqui é um bom lugar. — ele afirma pegando algo em seu bolso.

Olho ao redor na vasta escuridão e não vejo nenhum sinal de civilização. Esse é um lugar que os "Unknow" não poderia nos ver. Mas também um bom lugar para um assassinato. Fico nervoso.

— Entendi — digo voltando a encara-lo. Cruzo os braços e puxo todo ar que meu pulmão aceita — Agora você quer me explicar as coisas que aquele cara disse?

Vejo que agora Lucien está com um cigarro acesso entre os lábios. Ele o retira com a mão tremendo e diz:

— Claro, claro. — sua fala sai apressada e em seguida ele joga o cigarro no chão e pisa com seu pé direito. — Só estou tomando coragem.

Suas palavras me pegam de surpresa. Nunca vi Lucien assim, com medo de algo. E, como se fosse automático, me aproximo dele, deixando apenas pequenos metros de distâncias entre a gente. Ponho a mão em seu ombro e seus olhos me encaram, todo o lado direito do seu rosto está sendo iluminado pela luz branca dos faróis enquanto o outro está escuro, dando-lhe um ar sério. Seu olhar é intenso sobre mim.

— Bom, Charlie... — ele respira fundo e desvia os olhos dos meus. — Você se lembra que eu disse que seu pai morreu por causa dos "Unknow", certo?

Afirmo com a cabeça sem entender aonde ele quer chegar.

— Eu não estava mentindo naquele momento, realmente foi pelo grupo, mas eu tenho uma parcela de culpa nisso. Na verdade, tenho uma parcela de culpa com tudo isso que tá acontecendo com você.

Fico paralisado, com o coração batendo rápido, me lembrando do que minha mãe disse antes de morrer sobre Lucien ter matado meu pai. Quando ela falou aquilo, eu nem ao menos cogitei a ideia, mas agora, parece que é isso que ele vai me falar. Estremeço e permaneço em silêncio.

Lucien percebe que não irei falar nada e continua.

— Eu conheci seu pai em um bar enquanto estava na cidade. Nesse dia, eu procurava alguém para esconder um pen drive com informações importantes, pois o grupo estava começando a desconfiar que eu fazia parte de uma liga rebelde que tem o intuito de acabar com tudo isso que eles criaram. E realmente eu fazia parte disso. Por isso, tinha que me livrar daquele negócio.

Lucien respira fundo e se afasta um pouco de mim. Fico encostando sobre o capô encarando as costas dele digerindo cada mísera palavra que Lucien fala e tentando montar um quebra-cabeça em minha mente.

— Eu ofereci dinheiro ao seu pai para esconder esse pen-drive e ele, sem nem perguntar, aceitou. Disse que tava endividado e essas coisas. E, consequentemente, a cada duas semanas eu ia em sua casa pagá-lo. Mas os Unknow de alguma forma descobriram que esse pen-drive estava com seu pai. Então, um dia antes do grupo matar ele, eu peguei o objeto e pedi para seu pai fugir. Ele não me deu ouvidos e acabou do jeito que acabou.

"Então, esse pen-drive que Lucien entregou para meu pai era o mesmo que vi ele pegar na sua casa depois que os "Unknow" invadiram?" Penso.

Não consigo falar. Nenhuma palavra consegue se formar em minha mente. Não sei o que devo sentir com essas coisas que Lucien me fala, só sei que me sinto estranho e incomodado.

— O que mais? — minha voz sai quase sem vida.

— Bem, os "Unknow" não descobriram de mim, mas ficaram atentos com tudo que eu fazia. Eles iam mandar caras para te introduzir no grupo, só que eu pedi, como forma de demonstrar lealdade a eles, que eu te trouxesse. Até mesmo por que a tempos eu já te observava de longe. Assim eu podia te proteger de perto, mesmo pondo um pouco sua vida em risco — escuto Lucien respirar fundo e o vejo se virar na minha direção. Seus olhos pareciam marejados. — Me desculpa, Charlie.

Ao ouvir todas as palavras de Lucien, sinto meu mundo desabar. Todas as minhas certezas se romperam e nada que eu havia pensado parecia sentido. Tudo que aconteceu para eu entrar no grupo havia sido orquestrado e calculado, até meu pai, meio sem querer, fazia parte disso também.

— Não fique com raiva de mim. — pede Lucien enquanto o vejo se aproximando.

— Não estou com raiva de você. Talvez um pouco, por você não ter me contado essas coisas desde o início — digo com o maxilar travado. — Só que eu estou com mais raiva deles, desse grupo desgraçado. — bato meu punho contra o capô do carro e não me importo com a dor que vem em seguida. — Eu não acredito que quis fazer parte disso.

— Você não tinha muita escolha Charlie. — diz Lucien e o encaro sem entender. — Se você não aceitasse eles poderiam te torturar.

— Torturar?

— Sim, o grupo te queria por perto para saber se você tinha conhecimento do paradeiro do pen-drive ou até mesmo do grupo rebelde. Se você se negasse ir pelo jeito fácil, eles te forçariam.

Engulo em seco, sentido o corpo todo suado.

— Entendo. — balançando a cabeça concordado enquanto penso nas palavras de Lucien e o quanto eu tava em perigo sem ao menos ter ideia disso tudo. — E o que é esse grupo rebelde? Só sei que eles querem acabar com os "Unknow".

— A maior parte deles são de ex membros que viram o qual errado e perigoso é isso, agora eles são fugitivos. Maior parte deles são harckes e foi lá que aprendi quase tudo que sei. Eu e Gabriel fazíamos parte dele e trabalhávamos disfarçados colhendo informações dos "Unknow". Até que... — Lucien congela na última frase e seus olhos perdem o foco.

— Descobriram o Gabriel?

— Sim. — suspira Lucien com pesar. — E me fizeram matá-lo.

Sinto meu coração doer com sua fala e, por impulso, passo os braços ao redor do seu pescoço e aninho a cabeça de Lucien em meu ombro. Quero que Lucien sinta que eu estou aqui para ele. Seus braços me cercam com força e, pela primeira vez, ouço-o chorar baixinho. Automaticamente, o aperto mais, como se isso fosse protegê-lo de todo o mal do universo, como se apenas, com esse abraço, eu pudesse lhe dá toda paz que merece. Seu cheiro doce penetra minhas narinas e os fios loiros do seu cabelo fazem cócegas contra minha bochecha. Sua alma parecia gritar e o seu eco tem som de desespero, me corroendo por dentro e por fora. Não quero soltá-lo, não quero parar de sentir seus braços ao redor de mim. Simplesmente não quero.

Sinto-o afastar seu rosto do meu pescoço - sem desfazer o abraço - e seus olhos parecem devorar meu rosto. Sua respiração quente aquece minhas bochechas nessa noite fria e escura enquanto seu toque, mesmo que sobre a roupa, me causa arrepios bons. Vejo uma lágrima descendo pela sua bochecha direita e, inconscientemente, eu a toco, acariciando sua pele quente e sentindo a aridez da sua barba prestes a nascer. Ele solta um riso leve e isso aquece meu peito. Encaro cada um dos olhos de Lucien e tento entender o que há entre nós.

O que eu sinto por ele?
E o que ele sente por mim?

Então, lentamente, ele se inclina na minha direção e eu não me afasto. Fecho meus olhos e, sinceramente, quero que ele me beije, quero sentir seu toque profundamente em minha alma. Mas, depois de alguns segundos, não sinto seus lábios nos meus. Na verdade, sinto sua boca pressionando levemente minha testa em um gesto doce e genuíno. Suas mãos soltam minha cintura e seguram meu rosto transmitindo segurança. Isso, por mais belo que fosse, doeu em meu peito, pois eu sei o que significava.

— Isso é um adeus? — pergunto com os olhos fechados e entregando-me ao calor das suas mãos sobre meu rosto enquanto tento sorrir mesmo sentindo as lágrimas se formando ao redor dos meus olhos.

— Não é um adeus. — ele sussurra com seu nariz roçando o meu, me transmitindo paz. — Talvez seja um "Até logo"

Sorrio.

— A gente vai se ver em breve Charlie. — continua.

E, por mais que eu quisesse acreditar nas palavras dele, não consigo.

— Até logo, Lucien. — digo por fim.

— Até logo, Charlie.

Então, nos afastamos devagar, ainda sentindo nossos corpos quentes por causa da proximidade, e entramos no carro. Lucien dirige em silêncio e eu também. Não consigo falar, não consigo nem me mexer de tão tenso que estou, apenas penso em Lucien, na minha família e em Sam. Ela está a salvo agora e toda essa confusão relacionado a mim acabou. Eu devia está completamente feliz, mas não fico e acho que sei porque.

Depois de horas em silêncio, paramos em frente a uma cabana feita de madeira no meio do mato. As luzes amareladas da sala estão acessas e vejo várias sombras por detrás da cortina. Meu peito aperta instantaneamente. Batuco os dedos sobre minha coxa e não consigo abrir a porta, não quero abri-la. Lucien aperta minha mão esquerda e me acalma. Olho para seus olhos e ele me lança um sorriso fraco e eu retribuo.

Quando estou prestes a sair, lembro de algo.

— Lucien, acabei esquecendo de perguntar como foi que você me achou tão rápido? - pergunto tentando estender esse momento e sua presença.

— Linda me ligou desesperada quando eu estava na metade do caminho. Disse que alguém do grupo rebelde rastreou o celular daquele cara "Greg" e sabiam que você iria para lá. No mesmo instante pedi para ela me ajudar e dei meia volta o mais depressa possível. Quando cheguei lá, vi você desmaiado e aquele cara parado a sua frente com uma pedra na mão. Fingi na hora que eu planejei te levar até lá e tentei o máximo ganhar tempo para Linda e Grace chegarem.

— Por isso todo aquele teatro e os cortes?

— Sim e mil desculpas por isso. Sério, doeu mais em mim do que em você. Juro.

— Até parece. — sorrio e encaro - através da janela do carro - a floresta escura que nos cercava.

Rapidamente, por um susto, sua mão direita envolve meu pulso em que ele havia afeito os cortes e viro-me para encarar sua face. Observo seus lábios pressionarem o curativo com delicadeza e todo meu corpo parece ser percorrido por correntes elétricas. Sinto lágrimas brotarem em meus olhos e tudo o que eu quero é acionar um interruptor na minha cabeça antes que algo quebre dentro de mim e que não possa ser consertado. Quando ele se afasta, ficamos encarando o rosto um do outro sem dizer uma palavra.

"A hora de nos separar chegou." Penso enquanto abro a porta e desço do veículo.

Caminho sobre a grama úmida sentindo o calor da cabana se aproximando e os barulhos vindo lá de dentro ficando mais alto. Entretanto, meu peito fica inquieto como se faltasse um pedaço. Viro-me para trás apressado na intenção de correr até o carro de Lucien, mas ele já havia ido embora. Me deixando aqui.

Por um lado estou triste por Lucien ter partido, mas por outro fico feliz em saber que terei uma vida comum sem ameaças de morte.

"Eu sabia que acabaria assim para nós dois" penso entrando dentro da cabana.

"Boa sorte na sua jornada Lucien."

***

Estou com meu coração
partido nesse momento.💔😭
Anúncio oficialmente
que falta apenas um capítulo a ser lançado (e depois dele será apenas um epílogo) e será o último de Desconhecidos.😔
Espero que estejam gostando
da história até aqui, prometo que não vou demorar a postar.
Sei que muitos devem
tá se perguntado sobre
tal coisa, quem fez isso ou se tal coisa aconteceu por acaso.
Peço que fiquem calmos,
pois tudo será respondido.
Confiem em mim.
Então um beijo, deixe seu voto🌟 e comentário💬 e até o próximo capítulo💕

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