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Capítulo 22 - Falta pouco!

"Eram dez horas da noite. A lua estava cheia e minha vida não tinha sentido."

- Charles Bukowski

***

Chegamos de volta ao motel durante um caminho longo e tortuoso de sentimentos embrulhados que se reviravam em mim, de dentro para fora do meu estômago, como se meu corpo e minha sanidade estivesses sendo corroídos por esse suco gástrico metafórico. E, fora essa sensação horrível, havia aquele silêncio ensurdecedor que empesteava o ambiente do carro e não me permitia respirar regulamente. Lucien e eu havíamos feito uma escolha, sem saber de fato que escolhemos alguma coisa, durante aquele beijo. Eu salvarei Sam e procuraria um local que ninguém saiba da nossa existência, enquanto ele, depois de me ajudar, partirá em sua jornada perigosa de vingança, sozinho.

Adentramos o nosso quarto e Lucien passa por mim correndo até a mesa e, consequentemente, vou atrás com o coração batendo forte. Paro ao seu lado e vejo-o abrir o mapa em cima da mesa redonda de madeira onde bebemos noites atrás. No mapa havia vários locais marcados de vermelhos indicando os diversos esconderijos dos Unknow. Nunca pensei que isso fosse algo tão grande. Sempre acreditei que eram jovens excluídos que se uniram, mas vai muito além disso.

— Isso vai demorar muito. — digo derrotado.

— Deixa comigo. — disse ele confiante analisando o mapa. — Provavelmente eles não devem tê-la levado para muito longe. Isso é claro, se ela estiver viva - ele me encarou. — Se não, ela pode está enterrada em qualquer lugar desse continente.

Seu comentário me faz estremecer e faz surgir várias imagens do cadáver de Sam enterrado em algum buraco por aí, e tudo isso por minha culpa.

"Isso não vai acontecer, isso nunca."

— Para com isso Lucien. Ela está viva, sei disso. — falo zangado. — Agora pode continuar, por favor.

— Sim, claro. Foi mau. Bom... — ele indica com seu dedo para dois locais próximos a cidade. Só que um ficava na zona norte e o outro, literalmente, no sul. — As minhas apostas seriam aqui. Eles não perderiam tempo pagando passagem de avião para Sam para prendê-la em outro estado, visto que ela não tem tanta importância econômica para eles.

— Então teremos que nos dividir. — afirmo. — Eu vou essa mais para o norte e você vai na outra.

— Pode ser perigoso.

— Mas assim não perdemos tempo indo de uma em uma.

— E se ti pegarem? — Lucien parecia um pouco assustado com essa probabilidade.

— Não se preocupa — ponho a mão em seu ombro. — Se eu ter a confirmação que Sam está no local que eu for, eu ligo imediatamente para você. Pode ser assim?

Ele suspira, mas não tão aliviado.

— Com uma condição. — responde.

— Qual?

— Você tem que levar isso. — Lucien pega algo que estava preso em sua cintura, abaixo da camisa preta e do seu sobretudo, e me entrega uma pistola calibre 20. - Só vou ficar tranquilo se estiver com isso. Aceita?

Meus olhos vão da arma para os olhos azuis brilhantes de Lucien. Fico mais assustado com cada segundo que passa.

— Eu não sei usar uma arma.

— Então nada de se separar. Ficarei com você. - afirma e começa a dobrar o mapa.

— Espera! — fecho os olhos e "puta merda como ele é teimoso". — Você me ensina o básico. E eu aceito a arma.

Ele fica em silêncio por longos segundos pensando. Pelas suas expressões sérias, com certeza está relutante com minhas condições, mas eu e ele sabemos que esse é o melhor jeito.

— Tudo bem. — bufa chateado. — Pegue! — e me indica a arma.

Pego ela de sua mão e estranho aquele metal gelado tocando minha pele. Nunca pensei que armas pudessem ser tão pesadas e trazerem consigo uma sensação estranha, um sentimento de poder entrelaçado com culpa. Isso mata pessoas, faz elas deixarem de existir em segundos como se fosse um nada, igual aconteceu com minha mãe. E hoje eu posso ser a causa dessa inexistência. Pensar nisso me deixa mais apavorado do que eu permito transparecer para Lucien. Não quero que ele ache que estou dando com o pé para trás.

Eu coloquei a gente nisso e agora eu tenho que nos tirar.

— O que eu faço agora? — pergunto encarando aquela coisa na minha mão.

Lucien anota as coordenadas dos locais em pedaços rasgados do cardápio que havia em cima da mesa. Entrega o papel para mim e guarda o mapa em seu bolso da calça jeans escura que vestia desde manhã e caminha até o pequeno frigobar perto da cama e retira duas latinhas de refrigerante, pondo-as na mesa em seguida. Ele me encara, depois de posicionar as latas certinhas, e vem em minha direção.

— Afasta um pouco para trás. — faço isso e ele me acompanha. — Agora segura ela com as duas mãos.

Antes que eu pudesse fazer isso sozinho, sinto seus dedos frios tocando os meus - pegando-me de surpresa - e fazendo eu entrelaçar minhas mãos no cabo da arma.

— Segure com força.

Assinto com a cabeça e engulo em seco.

— Agora... — ele fala enquanto da a volta por mim e cola seu corpo nas minhas costas. — Você tem que esticar as mãos assim. — seus dedos tocam meus ombros tão naturalmente e de forma solene que me causa um arrepio involuntário e bom que, felizmente, faz toda a tensão do meu corpo evaporar aos poucos. Acho que ele consegue sentir o quanto eu estou nervoso e tá tentando me ajudar, porém não sei se isso é bom ou não, pois sei que sentirei falta disso quando ele partir.

Suas mãos descem pela extensão dos meus braços devagar - acariciando meus cotovelos quando passa por eles - e segura a arma por cima das minhas. Depois ele as ergue, deixando-as eretas em direção a primeira latinha. Seu rosto e seu corpo estão colados nos meus, sua respiração quente toca minha nuca e faz cócegas me tirando a concentração que eu tanto preciso. Então, para manter o foco, prendo a respiração com força e a solto devagar até fingir que Lucien não está atrás de mim, mas isso é impossível.

— Nunca mire diretamente no alvo se estiver de longa distância, principalmente com uma arma dessas. — ele sussurra baixinho no meu ouvido e depois cola sua bochecha na minha como se quisesse ter a mesma visão que eu to tendo na arma. É como se fôssemos um, os mesmos movimentos e as respirações em uníssono. Essa aproximação repentina depois do beijo me pegou completamente desprevenido — Marque seu alvo um pouco acima de onde você quer acertar e... — ele, segurando minhas mãos com a arma, levanta alguns centímetros acima da latinha — Atira. — com seu dedo indicador em cima do meu dedo indicador que está sobre o gatilho, ele aciona arma que paralelamente faz um barulho estridente, espalhando refrigerante por toda a mesa e fazendo eu sobressaltar assustado.

Minhas mãos doeram pelo impacto com a arma, mas foi completamente suportável. Acredito que consigo atirar sozinho agora. Ele solta minhas mãos, porém não se afasta de mim imediatamente. Sinto seu nariz roçar meu pescoço sem pressa, como se estivesse aproveitando cada segundo que estou por perto. Ele puxa a respiração com força sentindo meu cheiro e fazendo não só meus pelos enrijecerem, me permitindo sentir algo bom.

Mas rapidamente ele recobra a consciência das nossas escolhas e se afasta.

— Tente sozinho.

— Tudo bem. — digo, depois de finalmente poder respirar normalmente.

Faço os mesmos movimentos que Lucien fez quando estava no controle do meu corpo e me concentro naquela latinha, como se minha vida dependesse deu acerta-la. Puxo ar para os meus pulmões e solto devagar sentindo meus músculos relaxarem. Aos poucos, mesmo eu lutando com todas as minhas forças para isso não acontecer, sinto meu coração batendo rápido e com veracidade, como se estivesse tendo um ataque de pânico, ou talvez eu realmente esteja tendo um ataque.

Em minha cabeça começa a surgir vários pensamentos carregados de culpa e medo e - em questões de segundos - não vejo mais a latinha em cima da mesa e sim minha mãe em pé parada com a cabeça sangrando. Aperto os olhos com força e, completamente assustado, eu aperto gatilho.

Quando abro os olhos percebo que errei a latinha, mas para minha sorte não vejo minha mãe ali.

— De novo. — diz Lucien.

— Não precisa.

"Nem fodendo que vou passar por isso de novamente" penso.

— Você errou. Só sairemos quando eu ter certeza que você consegue se virar sozinho.

— Lucien. Olha só uma coisa, se fosse um cara de verdade em vez de uma latinha, eu com certeza, com esse tiro, teria acertado alguma artéria femoral ou algum órgão. Logo, eu entendi como funciona. Você também está se esquecendo que tem a hipótese de, nesse esconderijo que vou, não ser o que eles tão. Então, não precisamos passar por isso de novo. Tudo bem?

Lucien abre a boca para me contradizer, mas para no meio do caminho e revira os olhos exaustos.

— Você tem razão. Guarda a arma e vamos logo acabar com isso.

— Okay! — ponho ela na cintura e fico incomodado com aquele negócio em contato diretamente com minha pele, mas tenho que me acostumar com isso. — Lucien, espera... — "Como eu só me lembrei disso agora?" — Eu não tenho um carro. — bufo chateado.

"Todo esse momento pra nada" Penso

— Eu pensei nisso. — ele vasculha em seu bolso no sobretudo e me entrega as chaves da sua caminhonete. — Fica com meu carro e eu arranjo outro no estacionamento.

— Você vai roubar? Tá louco?!

— Roubar não, pegar emprestado. — ele sorri de canto — Eu sei fazer ligação direta, vai da certo. Você confia em mim?

E de novo aquela pergunta sobre confiar.
Eu confio no Lucien?
Sinceramente, ainda não sei.

— Confio. — digo relutante. — Agora vamos. — ando em direção a caminhonete e Lucien me segue andando ao meu lado.

Ele abre a porta do motorista para mim e faço o movimento que vou entrar, mas Lucien se volta a minha frente, me parando.

— O que foi? — pergunto preocupado sem entender o que ele está fazendo.

Ele não responde imediatamente. Apenas encara meu rosto com um olhar triste, melancólico e recheado de algo que não identifico muito bem. Será medo do que pode acontecer comigo? Saudade por saber que não nos veremos depois de hoje? E, por egoísmo meu, desejo que fosse a segunda opção.

A mão direta de Lucien toca meu rosto com cuidado e seu polegar acaricia minha bochecha fazendo eu me sentir encolhido e vulnerável. Apoio meu rosto em sua mão e fecho olhos, permitindo sentir o toque quente da sua mão calejada e imagino nós dois longe de toda essa situação. Algo tinha crescido entre nós depois desses dias juntos e hoje vejo que terei que lutar para conseguir ficar sem isso. Talvez ele se sentisse assim também, e aquela necessidade sempre presente — de tocar, de abraçar — fosse apenas uma manifestação desta emoção sem nome entre nós que está sendo exemplificado nessa ação de Lucien, que não havia motivo específico para ser feito mas necessitava fazer.

— Charlie... — meu nome sai com pesar por sua boca. — Não morre, por favor.

Suas palavras pareciam súplicas e fez meu coração ficar apertado, quase sufocado, dos efeitos que ele e suas palavras tem em mim. E, por leves segundos, tomo uma atitude abrupta, mas necessária, que tenho certeza que irá surpreendê-lo.

Passo os meus braços em volta dele e o abraço apertado sentindo seu cheiro inebriante de menta invadir meu nariz com pureza, permitido-me crer que ficaremos bem. Solto a respiração aliviado por estar a seu lado e oro para isso não acabar, para ele não me soltar e, para no fim disso, ambos sairem vivos. Vou sentir falta dele, falta do seu cheiro e da maneira que ele passa os braços ao redor de mim e da sensação de segurança que ele me trás. Eu espero, eu desejo, eu suplico, que ele consiga sentir tudo que eu estou sentindo nesse instante, pois eu sinto ele em mim.

— Eu vou ficar bem. — sussurro em seu pescoço e ele me aperta com mais força. — Eu prometo.

Desvinculo meu corpo do dele e encaro seus olhos por alguns segundos. Seu olhar ainda é triste e parece marejado. Em reflexo disso, dessa vez sou eu que toco seu rosto com minha mão direita, sentindo sua pele macia causar sensações gostosas no meu corpo. Sua boca não disse nenhuma palavra, mas os seus olhos disseram tantas, parecia que ele carregava um peso nos ombros, como se estivesse quebrado ou cansado e que, com meu toque, toda essa dor se dissipava. Ele fecha os olhos aliviados e segura meus dedos que estão em seu rosto, transmitido calor com seu toque e os beija.

— A gente se ver daqui alguns minutos. — digo tentando sorrir no fim.

— Okay. — ele também tenta sorrir e solta minha mão.

Ele se afasta e o vejo procurar algum carro pelo estacionamento. Entro na caminhonete e sento no banco do motorista. A arma, que já incomodava quando eu estava em pé, incomada mais ainda quando estou sentando, mas é o preço que tenho que pagar. Ligo o carro e puxo todo ar que meus pulmões desejam até sentir o formigamento da minha perna parar. Está na hora de agir.

"Sam, eu vou te salvar"

***

Hello, volteiiiiiiiii❤️❤️❤️,
eu sinto muito
por deixar essa
história parada por
muito tempo, mas estava
tendo uma crise foda e tinha vestibulares essas coisas. Agora to de férias, com tempo livre e com muitas ideais.  Prometo que ainda essa semana sai um novo capítulo.
E gente, tenho uma coisa
para falar para vocês.
A história de Lucien e Charlie
está quase chegando ao fim.
Só terão mais uns
5 capítulos e Epílogo.
E estou muito
ansioso para
saber o que vocês vão achar.
Por favor não desistam de mim kkkkk
❤️❤️❤️
Beijos

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