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Ele tem o domingo, e ela em mãos.

A gente anda por aí procurando quem nos faça rir daquilo que, normalmente, nos faz sentir vergonha.
A gente vai vivendo, e escondendo nossos defeitos e falhas, com a esperança de cultivar alguém que nos faça bem. Mas nada é por inteiro; pois não há transparência diante do outro quando o assunto é quem somos ou do que gostamos. Aceitamos o que sobra de histórias de amor. Nos entregamos por completo para alguém que ainda não recolheu seus cacos na tentativa de se reconstruir.
A gente se arrasta por migalhas.
A gente vê arte na dor, romance na dificuldade... A gente aceitou metade de uma felicidade superficial; e para esconder o raso do nosso ser, falamos sobre coisas profundas.
Ela também é gente...

Ela é carente, demorou para assumir essa lacuna. Quase nada a preenche. Ela tem suas músicas preferidas, muitas delas são tristes; seu gato de estimação, sua melhor roupa... Também tem uma pessoa que, de algum jeito, faz o abismo em seu peito transbordar. E, por alguns segundos, não há vãos profundos; apenas um sorriso bobo e um bom humor incomum. Sente-se frágil perto dele. Exposta. Mas ao mesmo tempo encontra uma força que a faz acreditar que pode vencer qualquer medo de se ferir de novo. 
Quando ele se vai, sem data para voltar, ela murcha, como uma rosa que luta contra o tempo e a falta de onde enterrar suas raízes.
Preenche a ausência com suas lembranças e se tortura, fazendo a lacuna em seu peito parecer maior do que realmente é. 

Ela se olha no espelho, com batom vermelho e salto no pé, pensando que aquele é o domingo em que vai sentir-se completa por alguns segundos (nem é o dia todo). E mesmo que não tenha muito daquilo que ela chama de amor, o que recebe dá esperança para esperar mais um fim de semana por sua pessoa preferida.
Essa espera à consome tanto que só faz ferida. Todavia, ele preenche uma lacuna específica, mesmo que gere tantas outras em seu coração; Essa explicação, ela mesma criou, para conseguir aguentar pequenas doses de um quase amor.
Tudo começou porque ela entendeu que ele não tinha tempo.
Ela entendeu que ele não estava em uma vibe de relacionamento.
Ela entendeu que ele não podia atender.
Ela entendeu que não deu para ele responder.
Ela entendeu que os dias passam rápido, então tudo bem vê-lo de sexta-feira à domingo, por vinte minutos, na frente do portão.
E de repente ele só tem o domingo...
Ela não entendeu nada!
Ele tem o domingo e ela.
Ela mal se tem. Por isso, aceita migalhas de palavras doces, que molham a língua, mas fazem a alma passar fome de amor.
Ela aceitou ser feliz apenas aos domingos, mas nem isso ela consegue.
O que recebe é um beijinho e a promessa de um romance de livro que nunca acontece.
Os de fora veem aquela mulher linda, perdida na menina mal resolvida que um dia fora, e lamenta baixinho, com medo de serem ouvidos, porque acreditam que ela o entende, mas não se entende. O enxerga, mas não se vê...
Ela tem um sorriso lindo e a capacidade de consquistar um amor para uma vida inteira. Ele tem uma alma feia, os domingos, e ela em mãos.

É domingo, ele não apareceu no horário de sempre; mandou mensagem duas horas depois, se declarando, se desculpando e adiando para o próximo domingo. Ela entende...

(@demimenezes).

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