Capítulo 2: Um Projeto Inegável
No alto da torre, minúscula para Terra, que é uma partícula na galáxia, a recente tecnologia da Engenharia Energética, se tornou um ponto que encobriu o todo com sua obscuridade. Nos acontecimentos anteriores a chegada dos humanos a outra nova realidade: as quatro hastes criaram um fluxo energético em sua zona, que atraía os núcleos de quantos e quais átomos forem necessários na extensão da galáxia inteira. A matéria era deformada sem destruição, como se houvesse sido transformada num raio de luz bem menos luminoso, e mais dimensional. Surgia no interior da tecnologia, entre as quatro hastes, a alvorada de uma esfera energética semelhante, a agora, inexistente aurora. Os fenômenos luminosos obscureciam mais aquele mundo.
O pavor das pessoas as fizeram ficar submersas com a mente naquele fenômeno, somente o conseguiam experienciar, e cada vez mais intensamente, pois eram puxados para o fundo dele, quase sendo afogados pelo medo. Rádican, com os músculos tensionados de resistência ao medo, pretendia defender o que ama, apertando tremendo a espada, as lágrimas fluíam devagar, pois a motivação sobrepunha a tristeza, que profundamente o fazia acreditar na derrota, no fim imprevisível e total. Lamentou o humilhado general, escutando sons distorcidos, semelhantes a gritos:
"Será assim!? Não importa o que fazer!?... novamente muitos morrerão inocentemente... Eclipsia... meu amor".
Ao desviar o olhar involuntariamente da fonte de atração, viu com as suas vistas que embaçavam seguindo a constância de contração e pulsão, induzida pelos fortes e lentes batimentos cardíacos, a silhueta de quatro homens. Um deles dizia com voz alta, que variava a sonoridade pelo efeito do fenômeno radiante:
"Conseguimos!!! Conseguimos!!! Não é uma calamidade salvadora, mas uma salvação libertadora!!! Assim, que escolhemos pensar!!! Infelizmente... é o único jeito... há, há, há!"
Rádican, erguendo levemente a pálpebra, com uma força muscular típica para levantar objetos pesados, pensou, enquanto fechava os olhos durante o fardo desmaio:
"Conheço essa fala!! Não pode ser essa a solução!!... Eldamon!"
Na atualidade, após o aparente, muito visível sinal, de que seria o fim da realidade: toda aquela matéria atraída e deformada se tornou um planeta, com exceção dos humanos, da Terra, e outras coisas que haviam sobre ela. A galáxia fora reduzida a um planeta, de fato, aquilo que é perceptivelmente pequeno, pode causar um efeito perceptível gigante. O resto da matéria se fundiu, separou e modificou, tornando seres que caiam sobre este planeta, conforme a programação da poderosa tecnologia. Eram humanoides com a maior parte do seu interior oca, como cascas, porém, de aspecto semelhante a pedras polidas, que reluziam um leve brilho próprio. Agora, em cima daquele solo, refletiam a mensagem gravada por Eldamon em suas mentes, e tudo mais:
"(a princípio é escutado o som de alguém enchendo um copo, e apoiando uma garrafa sobre uma mesa de vidro) Aahh, me chamo Eldamon, conhecido como o Grande Senhor dos senhores da energia, e vocês foram criados com o nome de Arcas. Porém, são livres para se nomearem, tem capacidade para isso, e até mais, pois precisei usar enormes quantidades de matéria para criá-los. É preciso aproveitar tudo, aproveitem, pois tudo vai se acabando quando ainda estamos vivos. Enfim, não se ofendam, a missão de vocês não irá exigir de todos os seus altos potenciais. Nem sempre a vida quer precisar deles, mas descartá-los junto com nossos corpos. No entanto, não será um descarte, mas um nobre sacrifício. Arcas, consiste em usar o poder energético do corpo de vocês para aniquilar os corpos dos seres da minha espécie, presentes neste planeta, preservando apenas a mente no interior de vocês, e após as entregarem a nós, morrerão. O que é lamentável, e acredite, sabemos o que é morrer, pois já experimentamos mais de uma vez, sacrificamos muito para continuar vivos. Logicamente vão resistir a isso, assim, conseguimos implantar em suas mentes uma compulsão para realizar essa missão.... não os esqueceremos! Perdoe-nos pelo egoísmo humano... garanto, o fim de vocês é para o recomeço de nossa vida, para ela vir a ser essencialmente boa! Considere justificados, pois perderemos ainda mais para realizá-lo!"
Um dos Arcas, disse enraivecido com semblante mais sereno, olhando fixo para o monte, ao qual como todo o planeta, emanava algo semelhante a um vento com aspecto de energia:
"Isso que farei, aproveitar a tudo, sem negligenciar a nada!"
Nalgum lugar deste planeta criado por uma triste crença de superação, Rádican acordava num impulso de sobrevivência, era o último resquício emocional daquele absurdo acontecido de se acreditar. Ao olhar para a sua mão direita, ficou surpreso, mas julgou como aceitável pelas circunstâncias: viu que não largou a espada mesmo inconsciente. Levantando focado, ignorando em parte a aparência fantástica do lugar, pensava consigo, o que houve com os demais.
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