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3. Resplandecente Lótus


Havia uma lenda antiga que poucos de fato acreditavam uma resplandecente flor de lótus que florescia a cada duzentos anos muitos diziam ser rara por isso poucos haviam lhe visto, ninguém sabia o que a flor poderia trazer tendo especulações sobre ser mágica e única. Uma vez vista demoraria mais duzentos anos para florescer novamente.

Christopher não acreditava em lendas muito menos sobre flores mágicas o jovem cavaleiro acreditava apenas no pior que a humanidade poderia lhe trazer, ninguém tinha piedade não enquanto uma guerra era travada entre os nove reinos e acreditar em falsas crenças em meio de todo aquele inferno chegava a ser ridículo.

- Estou falando sério meu jovem! - A mulher com longos cabelos brancos e a pele enrugada afirmava sobre a lenda entre dentes, seus olhos azuis brilhavam sempre que mencionava o lótus talvez a loucura tivesse lhe atingido, pensou consigo.

- Se de fato tal flor existe onde posso encontrá-la? - estava curioso para ver o que a velha senhora iria lhe dizer, alguma mentira absurda sobre contos de fadas, quem sabe encontraria até trolls no meio do caminho quis rir da ideia insana de existir qualquer criatura mágica em meio a eles.

- No vale do esquecimento. - sua voz saiu em um sussurro como se estivesse com medo de que alguém descobrisse o seu segredo mais sombrio.

- Aquele lugar? Por que florescia uma flor em um lugar tão arruinado? Quem lhe disse isto certamente estava equivocado.

- Não é mentira! - O olhar da mulher tornou-se frio e sua feição antes doce dera lugar ao ódio, Christopher dera um passo para trás evitando que a mão dela pudesse lhe atingir em algum surto de raiva.

- Eu mesma a vi! Uma flor tão linda! Com pétalas vermelhas, naquele lugar que esquecera o que é estar vivo.

- E não a trouxe consigo? - A observou incrédulo, se de fato a flor existia porque a deixar em um local como aquele.

- Não consegui, muitos tentaram, mas poucos voltaram vivos. - Seu olhar entristecerá, era a fisionomia da perda e Christopher compreendia como era perder alguém, em meio aquele mar turbulento havia sobrado apenas ele dos sete irmãos.

A guerra levava tudo de todos e não lhe deixara nada além do rancor guardado e a saudade daqueles que um dia esteve junto de si.

- Meu jovem? - a voz lhe despertou e seus olhos fixaram-se mais uma vez na velha senhora que agora lhe sorria de forma a reconfortá-lo como se soubesse o que havia passado.

- Estou tentado a acreditar que de fato exista algo tão belo assim. - Levou as mãos ao queixo pensando sobre aquilo, talvez de fato existe-se tal flor, ainda mais com a convicção na voz da mulher a sua frente.

- Você deveria procurá-la! Quem sabe tens mais sorte do que todos nós. - Por um momento uma risada tomou os lábios do homem, ele certamente não era um homem de sorte e tinha completa certeza disso.

- Por que eu conseguiria?

- Porque você é diferente. - O olhar que ela lhe lançou fez seu corpo tremer por inteiro, diferente, ninguém nunca havia lhe dito algo assim em toda sua vida e escutar tal palavra lhe agradou repetindo em sua mente que ele era ''diferente''.

- Fora uma boa conversa, agora precisarei me retirar estava apenas de passagem pelo vilarejo.

Com um ultimo olhar na direção daquela senhora seguiu a longa estrada montado em seu cavalo.

Escutar tal lenda havia mexido com sua cabeça sentia-se estranho e ao mesmo tempo tentado em procurar a flor, como se algo lhe seduzisse a seguir esse caminho uma sensação nova enchia seu peito e nunca havia sentido tal desejo antes, não enquanto lutava em meio aquele caos onde a única coisa que seus olhos viam eram espadas atravessando corpos e sangue espalhado por toda sua roupa conforme crianças e mulheres choravam por suas perdas.

Estava passando pela enorme trilha do recanto ao leste no qual era o caminho mais rápido para chegar ao vale, conforme cavalgava por entre a estrada se perguntava como tal lugar ainda transparência vida ao ver numerosas flores espalhadas e vivas, arvores enormes cheias de frutos, pássaros voando sobre o céu tão azul e o sol escaldante lhe queimando, como se a guerra nunca tivesse chegado para aqueles que ali moravam.

Conforme mais adentrava a trilha, casas tomavam seus olhos, tão bem cuidadas podendo escutar as risadas das pessoas e ver crianças brincando por entre os quintais perfeitamente vestidas e com sorrisos enormes por seus lábios, como se nada lhe preocupassem ou tirassem sua paz e por um minuto ele queria que sua vida fosse exatamente daquele jeito.

Quando um mar de cabelos ruivos lhe chamara atenção e seus olhos fixaram-se na figura feminina a apenas alguns metros de distancia, seus olhos se encontraram e sentiu o calor invadir seu corpo deixando-o em chamas quando aqueles belas íris verdes refletiram em sua direção e um sorriso fora lhe dado, nunca havia visto uma mulher tão bela quanto aquela em toda sua existência, usando um vestido florido e descalça como se quisesse sentir a terra sob seus pés, seu rosto estava levemente avermelhado talvez pelos raios de sol e por algum motivo algo naquela mulher lhe refletia aconchego, como a muitos anos não via.

- O que traz um jovem cavaleiro a nossa tão amada Fleur? - A voz doce lhe atingiu os ouvidos e uma sensação estranha apossou seu interior ao ver que a dona de tal voz era a moça com longos cabelos cor de fogo.

- Apenas a passeio. - respondeu de forma curta, não queria lhe dizer o real motivo de estar passando por tal caminho.

- E a guerra nos dá tempo para passear? - O sorriso firme em seus lábios mostrara que ela não havia acreditado em tais palavras e se o próprio Christopher as tivesse escutado também lhe consideraria um grande mentiroso.

- De fato a guerra não nos dá. - Deu um sorriso em forma de perdão sentindo-se levemente envergonhado por tal absurdo dito.

- Então há um grande motivo para receber esta visita. - A curiosidade pairava sobre a mulher.

- Estou indo para o vale do esquecimento. - sua voz saíra mais baixa do que esperava e viu um brilho diferente naqueles olhos verdes.

- Devo dizer que encontrou a pessoa certa para levá-lo a tal local tão promissor.

Christopher estava surpreso não esperava que uma estranha fosse lhe oferecer ajuda ainda mais após mencionar o lugar para onde estava indo, poucos tinham coragem de atravessar o abismo que era para chegar ao vale alem de todos os boatos de criaturas horrendas que habitavam no mais profundo daquela escuridão. Ponderou sobre a idéia da companhia e se de fato deveria levar alguém consigo.

- Posso ser tão útil quanto um homem, ou muito melhor que um. - sua voz saiu voraz e alem de sua mãe nunca vira alguém tão destemido, não até aquele momento olhando para a bela moça a sua frente.

- Tudo bem, nós iremos partir pela amanhã, não quero correr o risco de anoitecer e não possuirmos um local para passarmos.

O sorriso que tomou os lábios da jovem fizera seu coração bater forte contra o peito, queria poder vê-la sorrir mais vezes e ser o motivo para tal.

- Vamos! Por está noite você terá um local para passar.

- Não quero lhe incomodar.

- De forma alguma, serás muito bem vindo.

Seguiram por entre aquele caminho repletos de flores o aroma adocicado lhe invadindo e aquela mesma sensação de quando a velha senhora havia lhe contado sobre a flor tomar seu corpo, quando avistou uma casa ao longe com paredes amarelas e uma enorme chaminé com a fumaça se espalhando pelo céu que agora dava início a escuridão se perguntando como o dia havia passado de forma tão rápida.

Colocou seu cavalo Magnus no quintal que lá possuía amarrando-o contra a porteira para que não se perdesse durante a noite, a jovem apareceu ao lado com enormes maçãs entregando ao animal.

- Venha, vamos adentrar.

Christopher lhe seguiu dando passos pequenos e lentos para dentro da casa, observando ao seu redor era uma casa simples não havia muitos moveis apenas o suficiente para se morar, com um pequeno sofá no centro da sala um pouco afastado da lareira que se encontrava acessa e uma mesa de vidro onde provavelmente as pessoas que ali moravam sentavam-se para comer, as paredes eram em um tom bege e os moveis seguiam em um tom marrom, havia mais três portas talvez que levassem para o quarto e um banheiro, a cozinha era unida a sala, no qual possuía um fogão a lenha, uma pequena geladeira e dois armários com portas de vidro mostrando as taças e pratos, um pouco abaixo havia outro onde provavelmente estaria a comida.

- O senhor aceitaria um café?

- Me chamo Christopher. - respondeu rapidamente voltando a sua atenção para a mulher que o observava com um pequeno sorriso em seus lábios.

- Lottie. - fora a única coisa que disse antes de caminhar em direção a cozinha, seria aquele seu nome.

Podia sentir o cheiro do café ao longe, enquanto observava-a prepará-lo, sentia a calmaria dentro daquela casa.

- Aqui está. - Lhe entregou a pequena xícara caminhando em direção ao sofá, Christopher continuou parado ao lado da parede, não queria ser um intruso ou inconveniente.

- Pode se sentar aqui. - ergueu os olhos da pequena xícara para os dela e em um aceno caminhou sentando-se ao lado da mulher.

- O que procura no vale do esquecimento?

- Uma flor. - A mulher lhe observou atenta como se absorvesse cada palavra e buscasse algo em sua voz.

- O que lhe agrada em uma flor?

- Dizem ser mágica, mas não acredito que exista algo tão belo em um lugar tão esquecido.

- A beleza está nos olhos daqueles que a vê, até o lugar mais sombrio de todos merece ter algo que o torne belo e lhe traga vida.

Christopher refletiu sobre aquelas palavras que lhe tocaram o coração, havia deixado de enxergar beleza na vida há muitos anos.

- Você conhece algo sobre a flor?

- Dizem que ao mero toque a pessoa consegue ter a vida eterna.

- Imortalidade? - o tom em sua voz era surpreso, nunca havia escutado algo a respeito.

- Sim, mas uma vez tocado a flor carregará tal fardo consigo eternamente.

Imortalidade, aquela palavra repetia-se em sua cabeça, será que algo tão poderoso de fato pudesse existir, a mera idéia lhe embrulhava o estomago ao pensar as enormes guerras que uma simples flor poderia causar em um mundo tão sombrio como aquele.

- Ainda pretende encontrá-la? - acordou de seus pensamentos virando-se para a mulher que tinha os olhos fixos em si.

- Não sei...

- A escolha é somente sua, me diga o que desejas e o levarei até ela.

Levantando-se ela caminhou em direção a uma das portas voltando com alguns lençóis sobre suas mãos entregando-lhe.

- Tenha uma boa noite de sono, amanhã será um longo dia.

Agora Christopher encontrava-se sozinho naquela sala e a casa que antes lhe aparentava ser acolhedora agora tinha um ar sombrio, o barulho do vento contra a janela, as folhas secas que pareciam estar sendo arrastadas pelo lado de fora, não havia mais alegria naquele local apenas a imensa escuridão como qualquer outro e perdido em pensamentos seus olhos pesaram e o cansaço lhe tomou, dormindo profundamente.

Acordou com enormes feixes de luz cercando sua vista, sentou-se esfregando os olhos observando a sua volta não estava mais naquela sala, não havia casa alguma ao seu redor e nenhum bosque florido que transparecia vida, seus olhos foram tomados por um enorme e obscuro beco, "o vale do esquecimento" a palavra ecoou em sua mente.

Risadas que antes eram escutadas deram lugares a gritos de dor e desespero, levantou-se rapidamente buscando Magnos a sua volta quando avistou o animal marrom um pouco mais à frente amarrado a uma pedra. Levou as mãos aos cabelos pretos se perguntando sobre a noite anterior, quando a imagem da mulher apareceu em sua mente, os longos cabelos ruivos, não poderia ter sonhado com algo tão real assim.

Quando algo brilhou diante de seus olhos, uma luz resplandeceu por entre aquele buraco forçando-o a ir ver o que de fato era, quando se aproximou Christopher viu a mais belas das flores, a lendária lótus vermelha, aproximou seus dedos a fim de tocá-la recolhendo a mão segundos depois. A palavra imortalidade piscou em sua mente, não poderia tocá-la.

- Eu lhe trouxe e você se recusa a tocá-la. - a voz feminina ecoou por entre a escuridão fazendo o homem dar um paço para trás.

- Quem está ai?

Cabelos vermelhos apareceram em sua visão e o mesmo sorriso que havia confortado seu sofrido coração refletia em sua direção.

- Lottie? - o espanto lhe atingiu tentando entender o que aquilo significava.

- Abra os olhos Christopher, permita-se ver a beleza das coisas.

A mulher estendeu a mão em sua direção fazendo-o duvidar se deveria confiar nela, permita-se repetiu para si quando seus dedos tocaram na palma de Lottie que segurou suas mãos guiando-o em meio à escuridão.

Fortes luzes cegaram a vista, levando as mãos ao rosto de forma a tentar amenizar e enxergar as coisas ao seu redor e quando notou não estavam mais naquele abismo profundo, eram tomados por um vasto jardim repleto de flores e entre elas, a graciosa lótus.

- Como? - Sua voz saíra em um sussurro tentando absorver o que acontecia ao seu redor.

- Vou lhe contar uma lenda. - A voz suave preenchia seus ouvidos e acalmava seu coração.

Quando se sentaram próximos a flor e a jovem a sua frente brincava com seus dedos por entre as pétalas da mesma.

- Era uma vez uma flor ela nascera em um lugar onde poucos gostavam um lugar feio, esquecido, muitos diziam ser amaldiçoado, mas o que ninguém sabia era que tal flor se sentia solitária e quando as pessoas vinham para procurá-la ficavam extasiados com a beleza dela, porém todos que vinham apreciar a flor tentavam arrancá-la de seu local em busca da imortalidade, o que poucos sabiam era que para se ter tal imortalidade deveriam ser dignos, então ao tentarem arrancar suas pétalas um terrível veneno entrava em suas veias resultando-lhes a morte.

Christopher prendeu o ar em seus pulmões se sentido sufocado com aquilo, como algo tão belo poderia ser tão brutal.

- Você é essa pessoa Christopher, eu vejo em seus olhos, a flor lhe escolheu assim como ela me escolhera há duzentos anos.

O homem ergueu os olhos encontrando as íris verdes sentindo a verdade transparecer neles, "você é diferente." Aquela frase ecoara em sua mente fazendo-o estremecer.

- O que você quer Christopher?

A pergunta lhe atingiu em cheio, ninguém nunca lhe havia perguntado o que de fato queria, muitos criavam expectativas em torno do rapaz esperando algo, ordenando-o a fazer algo, mas nunca se importando em saber sobre seus sonhos e escolhas.

- Eu quero ser feliz, quero viver longe da guerra. - Sua voz saiu firme e aquela pequena confissão tirara um enorme peso de seu peito.

- Você será.

Christopher observou a mulher com um olhar sereno em sua direção e um sorriso caloroso, aquelas palavras adentraram seu coração aquecendo-o, queria poder confiar em suas palavras.

- Como?

- A um motivo para a flor escolher as pessoas que se tornarão imortais, ela encontra o melhor da humanidade em cada um de nós e com isso arruma formas de nos trazer para o vale do esquecimento.

O rosto da velha senhora iluminou em sua frente, ela havia sido a forma, o motivo de fazê-lo ir para aquele lugar abandonado.

- Por quê?

- A humanidade precisa de pessoas que possam lutar para mantê-la viva e se essas pessoas morrerem o que lhe restará? - sua voz tornou-se triste e então ele compreendeu o significado de tudo aquilo, a flor buscava trazer o melhor das pessoas e tornar o mundo que havia se tornado sombrio um lugar mais belo.

- Junte-se a nós Christopher, você chegou até aqui por algum motivo.

O homem olhou da mulher a sua frente para a flor ao seu lado, aproximando-se levemente até sentir seus dedos a tocarem lentamente em uma caricia quando sentiu algo subir por suas veias e um choque elétrico passar por todo o seu corpo que lhe queimava por dentro.

- Bem vindo a sua nova vida, Christopher. - Ergueu seus olhos na direção de Lottie com um sorriso lhe tomando os lábios correspondendo-o.

A jovem levantou-se lhe estendendo a mão para se levantar, que a segurou enquanto lhe guiava por entre as flores de volta a vila passando seus olhos por cada uma das pessoas que ali moravam e lhe recebiam com enormes sorrisos de boas vindas, quando encontrou um par de olhos azuis observando-o ao longe, a velha, sorriu em resposta quando a mesma lhe acenou com a mão e por algum motivo ele sentia que algo muito maior lhe esperava.

Algo tão grandioso e encantador, observando uma última vez aquele lótus se permitiu a começar a enxergar a vida como ela de fato era não um lugar sombrio e abandonado, mas sim um que transbordava beleza e admiração. E estava destinado a manter as coisas como deveriam ser e ele lutaria bravamente ao lado de todas aquelas pessoas para manter a doçura que a natureza lhes refletia.


Escrito por Amalia Di Accadere

Avaliado por _VenusH

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