Terceira prova
Nome: Daphne Garcia
User: Dyryét
Prova 2: O texto deve iniciar com: "Você não pode fazer isso! Vai alterar a linha do tem..." usar as palavras Raio, maquina do tempo e perfume de uma forma importante ou relevante dentro do texto.
Nome do Conto: Epilogo
Jurado: @Hiuky_Hoshi
"Você não pode fazer isso! Vai alterar a linha do tem..."
Esta foi a ultima coisa que eu ouvi.
Nem sei qual deles falou. Estava tão fora de mim que não consegui reconhecer de quem era a voz que tentava me impedir de fazer mais merda. Mas... eu tinha de tentar. Essa era a única escolha logica, a única coisa a ser feita.
Tudo estava em chamas.
Os prédios estavam caindo ao chão como se fossem feitos de lego em meio a um completo apocalipse, e eu já não me importava mais em entender como isso tudo chegou a esse nível. Mas sim em como sai dessa merda!
Afinal todos iriam morrer por minha culpa e de mais ninguém.
Como sozinho consegui destruir o mundo?
Ver aquela ilha tão gloriosa... O palco de tantos momentos inexplicáveis e inesquecíveis; destruída, em desespero.
Ate mesmo aquele gigantesco monólito erguido pela natureza não havia sido poupado; tinha sido partido como um pão, ao meio para dividir com o amigo e ao meio para ser recheado; e seus pedaços caiam ao lado como tampas resistentes, como se a própria ilha ainda tentasse se manter inteira mesmo estando cortada em quatro pedaços, eles estavam fixos e rígidos sem se desfarelar. Mas era uma luta inútil. Ela já havia sido destruída e praticamente todos que viviam ali estavam mortos.
Eu nem precisava olhar em volta para ter plena noção de toda destruição, mesmo de olhos cerrados ela vinha ate mim através dos gritos de horror, do calor na minha pele, dos tremores e estrondos de toda a sociedade se desfazendo nesta guerra como se pudesse dizer: A nossa morte é culpa sua.
Mas o que eu poderia ter feito? Como eu evitaria isso?
Isso só ocorreu por eu existir?
Então os ignorei. Já que nem mesmo conseguia ouvir o que me diziam. Os ignorei para o bem deles, e fui terminar de montar essa maquina do tempo, a coisa que me ajudaria a desfazer tudo o que causei, a recomeçar. A tentar evitar que tudo terminasse dessa forma.
Com meus amigos mortos por minha culpa.
Olho para o céu e posso o ver; o campeão, o único ainda vivo. O único ainda capas de fazer algo juto dela é claro. Esse casal sempre foi tão fofo, mereciam viver juntos e não morrer juntos, tentando o impossível, tentando salvar esse planeta que já estava acabado.
Volto a me focar na maquina do tempo.
Eu não entendia muito bem destas coisas, não era o meu forte mas... No que eu era ruim? Nada. Absolutamente nada é impossível para mim. E se eu sou capas de fazer tudo... EU VOU FAZER TUDO. Vou fazer o que quero e não o que esperam de mim como foi agora.
Assim que ligo a maquina meus olhos verdes como os dele voltam ao tom avermelhado que tinham antes, meus cabelos ruivos como os do outro e revoltos como de uma terceira pessoa, caem aos poucos ate não sobrar mais nada e minha pele vai perdendo todas as lindas cores que colecionei e voltam ao tom de rosa choque que tinha antes. E com isso meu corpo vai aos poucos se desfazendo; voltando a forma original.
Perco a capacidade de falar.
E assim a capacidade de poder me desculpar mais uma vez pelo que causei.
Perco meus braços, pernas, corpo...
Olho novamente para o céu e eles ainda estão a lutar fervorosamente.
O céu não era mais azul, pois como sempre este refletia o estado dos oceanos que agora estavam em revolução, fervilhando ao ponto de desfazer uma a uma as placas tectônicas; um lugar que antes foi o berço de toda vida agora era seu cruel algoz.
Os raios que ele era capaz de emanar são inconfundíveis. Relâmpagos azuis como rajadas solares. Sempre achei muito bonito, ele era um lindo sol azul. A ultima defesa, o sol azul. Destruía a todos os inimigos, mas de que adiantava agora?
Fiquei olhando aquilo enquanto a maquina me jogava de volta ao inicio daquele ano. Sorri. Iria os salvar, iria dar um jeito de os salvar não importava como. Talvez se eu os preparasse...
Mas era estranho. Mesmo em meio a tudo isso... eu ainda podia sentir o perfume "dela", aquele cheiro tão gostoso que sempre me acalentou. Que me fez gostar dessa raça, que me fez prestar atenção neles e aprender com eles ao invés de fugir para longe. Ela era tão doce quanto seu perfume e sempre me tratou com tanto amor. Ela era tão radiante e emanava carinho. E agora... esta morta como todos os outros. A pessoa que me ensinou... a me importar. A não ser o fim de planetas e dimensões inteiras. Que me deu empatia e preencheu minha vida de alegrias que jamais compreendi. Alegrias pequenas como tomar um chocolate ou café quentinho em um dia frio enrolado em uma manta recebendo carinho, o valor de um abraço, a beleza de um riso.
Meu corpo não verte lagrimas.
Isso é coisa da raça deles.
Eu aprendi tudo isso com eles e mesmo agora que voltei a minha forma original sinto falta desta capacidade; gritar e chorar parecia ajudar a acalentar a alma. Mas chorar agora não mudaria nada, não ajudaria ninguém e não me acalmaria.
Mudar...
Mas o que eu poderia mudar? O que eu mudaria? E principalmente como eu mudaria?
Bem... Vou confiar "neles". Assim que puder voltar a falar, vou contar tudo e sei que terei a ajuda deles para resolver toda essa merda. E quem sabe com isso ao invés "dele" ser o inimigo, posso ter sua ajuda?
Eu não sei... São apenas ideias.
Dei uma ultima olhada no que causei, enquanto vejo o tempo retroagir rapidamente ao meu redor. Arvores arrancadas e queimadas voltavam das cinzas, escombros saiam de cima das pessoas e as desamassavam. O solo rachado do concreto construído se concertava e todos que caiam ali saltavam para fora correndo de ré enquanto as nuvens vermelhas das chamas se dissipavam juntamente dos gazes tóxicos que saiam das pessoas e elas acordavam, as nuvem voltavam e formavam uma chuva que subia as aumentando em uma gigantesca cumulonimbus colorida pelos gazes e efeitos da destruição que logo se dissipa.
Tudo ia voltando cada vez mais rápido a minha volta, e eu podia ver a tudo com o coração cheio da esperança e sentimentos bons que eles me ensinaram a ter. Eu não seria mais um destruidor de mundos.
Agora seria seu salvador.
Detalhe o sol é azul.
É a nossa atmosfera que nos faz ver ele vermelho.
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