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Segunda Prova


Nome: Daphne Garcia

Usuário: Dyryét

Prova 2:   Adaptação de "O lago dos Cisnes"

Nome do Conto:  As amarras da vida

Jurado: @Hiuky_Hoshi


oOoOoOoOoOo

Seria hilario se não fosse ridículo.......

Já se passaram muitos seculos, e todos adoram bater no peito e impor que agora somos "modernos". Ata... Sei.

Parafraseando as palavras de uma fada que conheço muito bem: "Sociedade moderna é @#$%" Desculpa mas eu não vou ficar falando palavrões como ela faz sempre; mas eu concordo com ela. Tanto que tenho essas manias, e essa "educação".

Se somos mesmo tão modernos por que... sinto que fui educado como um príncipe? E que devo seguir os mesmos paradigmas da época dos reis, cassadas e guerras eternas?

Bem... Eu não sei. Mas posso pelo menos te contar como conheci essa minha "amiga", e tentar explicar um pouco melhor essa nossa relação, que não deve ter ficado nada clara. 

Ato 1

Tudo começou bem perto do meus aniversario e eu estava naquela entre planejar e deixar de lado, apenas queria fazer algo com os meus amigos; por que em casa as coisas não estavam nada boas.

Isso por que minha irmã tinha acabado de se casar e meu pai estava o oposto do que deveria com isso. Tudo isso só por que ela se casou com um cara de outra especie... Para você ver como somos "evoluídos e modernos". E aquela casa que sempre foi comentada como o "palácio da colina" tinha virado um pedaço do inferno, por que tudo era motivo para ele brigar já que estava em um eterno mal humor.

Pra você ter uma leve noção no inicio daquela semana meus amigos queriam ir nadar no lago no fim de semana, mas seu pai impediu pois ele cismou que eu tenho de ter postura por conta da raça e quem sou.

― Você esta achando que é o que? Eu não dou a minima se os seus amigos perdem tempo com idiotices. Filho meu não vai ficar como um vagabundo. Quero você nos cursos em todos os fins de semana. Esta achando que a vida é fácil? Acha que vai ser alguém na vida sorrindo? Você tem que ralar garoto!

Ele não precisava falar assim...

Eu sei que dou medo.

Eu vejo como as outras raças me olham desde que era criança. Desde que sorri pela primeira vez em publico e as outras crianças entraram em panico de tanto chorar e tive de ser levado embora da festinha e sempre mantido afastando nas creches etc por que eles tinham medo do meu sorriso. Eu sei. Sei muito bem.

Gárgula não é sinônimo de beleza. Somos assustadores... Nossas peles são mais densas que qualquer outra raça, tanto que somos comparados a rochas. Nem mesmo os draconatos são tão resistentes; estamos do topo da cadeia de resistência, alem disso nossa pele é escura, entre cinza, chumbo ou preto mesmo, alguns podem ser albinos, mas isso é algo que toda raça pode ser, enquanto os nossos olhos sempre são claros e a falta de uma iris de cor destacada passa o ar que não temos nada ali; e eles parecem ser apenas uma grade escalera branca, mesmo que meus olhos sejam levemente azulados, as pessoas ainda os chamam de perolas brancas ou simples olhos de fantasmas ou defuntos... É as pessoas são legais pra caramba.

Nem vou comentar o leve racismo que todos que tem a pele voltada a tons escuros tem. 

Sinto falta de quando não tinha chifres, e entendo que meu pai se preocupe que eu tenha uma boa imagem antes de eles crescerem mais ainda; e é por isso que ele me criou com essa postura de príncipe, pois ai ninguém tem o que falar, nem da minha conduta ou notas, nada. Eu sei que ele só quer o melhor para todos nós e sua raiva com minha irmã é por que teme que ela quebre a cara ficando com alguém de uma raça que não tem como entender o que passamos só por existirmos. 

― Claro que você pode comemorar o seu aniversario com os seus amigos. Mas me escuta bem. Eu fui tolerante de mais com a irmã de vocês. Então eu "não quero" saber de envolvimentos com outras raças, me ouviu bem?

Fiz que sim.

Mas eu tenho plena certeza de que o meu cupido é daquela pessoas bem filhas da puta que amam contrariar uma ordem e ele só põe mina de outras raças na minha vida.


Ato 2

Eu andava muito desanimado sim, mas eu nunca fui de me deixar abalar e sempre dava um jeito de me reerguer; e parte disso vinha do apoio que eu tinha dos meus amigos; um deles em especial. Dylan era um Elfo... Pera! Ele "é" um elfo. Ele não morreu só por que to contando uma historia mais antiga.

Eu conheci o pequeno ser na internet, em um site anonimo pra você poder xingar ha vontade e reclamar da vida, principalmente de racismo e não consegui ignorar os seus comentários nas minhas postagens e as postagens ilarias dele. Nunca nos vimos cara a cara na vida, mas conversávamos sobre tudo que você pode imaginar e nos tornamos reais melhores amigos.

[Eu vou começar a te chamar de Pinokyo por que você é o boneco do seu pai. Poha cara! Sai desa merda e faz o que você quer fazer uma vez na sua vida!]

Sorri com a simples e direta mensagem.

Mas não era assim tão simples. Meu pai era o reitor do único colégio da cidade toda. Era não. É.

E isso quer dizer que ele não mandava só na minha vida, mas na de todos os meus amigos; todos estudavam ali desde a creche ate se formar e se mudar para uma faculdade. Era uma cidadezinha pequena e rural. Antigamente era uma daquelas vilas onde não existem castelos apenas feudos, e este era bem onde morávamos hoje em dia (Reformado pelo amor de deus, só a localização é a mesma poxa) e justo por isso que esta pose de príncipe cabia tão bem em mim... Mas quando eu via alguma serie ou coisas assim, eu não me sentia o personagem príncipe do colégio e sim o exilado estranho.

Mas chega de enrolar com meus marasmos, porque não vou parar nunca.

Tudo começou quando sai da aula fingindo ir ao banheiro para ficar de papo com o Ervilhazinha no celular, mas ao andar pelo corredor acabei ouvindo aquele choro forte de quem eta em prantos, graças as minhas orelhas enormes e potentes ate de mais pro meu gosto.

Ate tentei ignorar, mas a pessoa seja quem fosse estava justamente no meu esconderijo favorito. E manjar de lugar bom pra se esconder era coira da minha raça e pra seja quem for, achar esse devia precisar muito.

― Poha... Fodeu. D-David. ― Ela arregalou aqueles enormes os olhos negros como uma noite sem estrelas, em panico por me ver abrir a porta do quarto do zelador. ― E-eu não...

―  Calma. Eu não vou contar para ele. ― Disse ao fechar a porta atras de mim, e logicamente ela estremeceu e se afastou batendo as costas na parede com tudo. ― Calma. Só fechei por que não to afim de tomar bronca se nos pegarem aqui. Acho que ele arranca meus chifres, estalagmites e estalactites na pinça um por um. ― Comentei e ela riu e eu estranhei. Não que nenhuma garota nunca risse para mim, mas uma fada era novidade. Fadas normalmente correm e voam pra muito longe quando estou por perto.

 Não é nem culpa delas.

Se gárgulas estão no topo do patamar de resistência as fadas estão no topo de fragilidade. Eu posso real matar elas sem querer se virar a asa sem olhar e acertar ela. E olha que eu nem afio nada no meu corpo como meu primo maluco faz, mas só de ter essas estacas saindo delas já seria um dano enorme em seus corpinhos de açúcar.

― Você esta... Pergunta idiota. Ninguém se esconde pra chorar estando bem. ― Pontuo e ela ri novamente, e estranhamente se aproxima de mim.

Jurava que iria sair então dei espaço, mas ela não saiu apenas ficou parada na minha frente me olhando. Não parecia ter medo.

Foi ai que vi. Suas asinhas de papel estavam machucadas. Elas eram transparentes e tinhas desenhos espiralados e parecia que algo tinha acertado ali.

― Você tem que ir a enfermaria. Isso parece grave. ― Falei espantado e ela logo escondeu as asas novamente.

Era engraçado. Mesmo tendo asas menores que as minhas as dela não dobravam, então não podia as esconder, enquanto as minhas dobravam em duas partes me permitindo entrar naquele espaço pequeno ou qualquer outro as dela eram largas e esbarravam em tudo.

― Não. ― Pontuou firme com um tom serio e suas bochechas rosadas deram uma cintilada com o Glitter que sua pele emanava. ― Eu não sou de porcelana. Eu não preciso ir ao hospital só porque alguém me acertou com uma bola na educação física.

― Mas... A sua asa esta bem ferida. Se não tratar nunca mais vai poder voar. ― Disse serio e ela virou a cara.

― Você não entende.

Fiquei sentado ali olhando aquela garota estranha.

Era uma fada cor de rosa de no máximo um metro e trita, caucasiana com leves marcas rosadas pelo corpo como se tivesse vitiligo e tons cintilantes sobre as bochechas, ombros e quadril; entre os seios também, mas... Mano eu sou homem e eu olho caralho. Não me julga não. Ela era gata tinha o que toda minha quer ter, era a que da inveja: Peitões fartos e redondo empinadinhos, aquela barriga chapada e marcadinha, bunda top empinada e redondinha, coxas marcadas e fortes etc. Mas me foquei no seu cabelo por motivos óbvios o lado direito é curto em um chanel de bico repicado, o direto é longo com uma trança que une as pontas de forma a vir da nuca ate a frente chegando a altura de seu umbigo. De cor rosa chock, a franja é longa e repicada e vive caindo na cara e ela poe atras da orelha.

Eu tenho um metro e noventa e uns quebrados então já imagina a diferença, porque mesmo estando neste comodo que mais parece um armário ela podia andar de um lado a ouro com folga enquanto me sentei em um canto para não a assustar ou ferir sem querer; nunca tinha ficado próximo de uma raça da classe dos frágeis.

― Você quer ser a durona. Ok. Mas... Não pode ficar sem tratar isso. Senta aqui vou ver o que posso fazer. ― Disse por dizer, não acreditei que ela fosse vir mesmo para próximo de mim, mas ela veio. Fada estanha. Não tem medo de morrer?

― E o que você pode fazer? ― Diz petulante quase pondo o nariz contra o meu. ― Um... Você é quente? Achei que fosse gelado.

― Cor da essa impressão. ― Respondi ao fazer sinal para ela se virar e essa estabanada quase acerta a asa na minha cara ao se virar para sentar na minha frente. ― Você quer mesmo perder a asa? Se eu não esquivo pegava na minha cara ai já era. Meu chifre fura fácil suas asas. Não sabe disso? ― Buffo e ela se levanta puta comigo me dando um tapa na cara.

― Eu não sou feita de papel higiênico sabia! ― Gritou e me deu outro tapa, mas só fiquei olhando isso. Ela não tinha medo mesmo?

― Não foi o que eu disse. ― Falei ao a puxar com a calda e a ver se debater para tentar escapar.  Parecia um passarinho que não sabe receber cuidados. ― Fica parada. ― A segurei ali e analisei suas asas.

Ela tremia a cada toque, mas logo consegui fechar o rasgo.

― Como sabe magia de cura? ― Falou espantada ao ser liberta.

― Minha mãe é medica. Ela me ensinou o básico antes de nos deixar. ― Disse ao me levantar e ela sorri e saímos do armário ouvindo que o sinal do intervalo tocava.

Mas nessa hora notei que não foi um acidente qualquer o que rolou com a fada.

Assim que ela sai posso ver o grupinho dos... Não importa nessa historia quem são; pensa apenas que são um bando de Bullyster que se acham certos em segregar. Ok que ela deveria estar na turma dos frágeis e não aqui mas... Nada justifica terrorismo.

― Onde você foi sinetinha? ― Um ciclope para em sua frente e ela gela.

― Sentimos muito ter te acertado sem querer. Que bom que esta bem. Ficamos preocupados. ― Um taurem para de um lado e logo vejo uma draconato parar do outro e por ultimo uma Harpya fecha o cerco não tendo por onde ela escapar.

Minha vontade era ir ate lá e para com aquilo mas... Era hipocrisia minha. Eles não podem impor sua força contra ela mas eu posso contra eles? A maioria ali era do grupo dos medianos, enquanto eu era dos resistentes. Seria como bater em crianças leprosas.


Gárgulas são guardiões naturais... É o que o meu pai sempre diz. Nossos poderes só servem para defender algo ou alguém.

Mas este dia fiquei com esse sentimento de não poder fazer nada. Não era de impotência, mas de impedimento. Me senti amarrado, como um poderoso urso pardo domesticado de circo, uma das feras mais fortes sendo obrigada a usar um tutu cor de rosa para ser aceito e se enquadrar no circo onde vive.

Ato 3

― Me desculpa pelo tapa.

Na saída ela passa do meu lado, e eu não tive nem cara pra responder que mal senti. Parecia a chuva caindo sobre mim; não doeu nada.

― Esta tudo bem. Eu te ofendi sem querer. ― Falei caminhando e ela foi me seguindo escadaria a fora batendo suas azinhas e deixando cair aquela purpurina pelo ar.

― Obrigada por... Curar minha asa, não contar a seu pai e espantar aqueles idiotas.

― Não tinha o que fazer você não queria ir a enfermaria e eu não sou um dedo duro que leva tudo para o "papai". Da onde tirou isso? Não é só por que ele é meu pai que eu... Espera? O que disse? Eu não espantei ninguém. ― Parei de andar e a olhei e essa apenas riu.

― Vai dizer que foi sem querer?

Eu não entendi.

Não na hora, mas depois logico que descobri; pois não tinha como o assunto não chegar no meu pai. E quando eu cheguei em casa a noite ele já me olhou com aquela cara de bronca e pontuou que não posso usar de magia de intimidação nos demais e queria saber onde eu aprendi isso, jurei que não tinha feito nada e ele não acreditou e me pois de castigo. Horas depois veio no meu quarto pedir desculpas, verificou os fatos e descobriu que o grupo se assustou com a forma que movi as asas já que parecia pronto para os espancar, e de fato estava me segurando muito. Ele me deu mais meia dose de sermão, só pra não perder o costume e saiu. E quando o dia do meu aniversario chegou ele quis mandar em tudo e o fazer do jeito dele. Nem liguei. O lado bom era como a escola era dele eu pude fazer a festa lá e lotar o campus. Foi uma verdadeira festa de príncipe e os meus amigos riam muito disso, então logico que já pus o tema fantasia por que ajudava na minha piada e as meninas sempre vinham com roupas bem safadas. A unica coisa zuada foi meu pai querer convidar garotas gárgulas pra me empurrar goela a baixo.

― Você esta certo. Tinha uma ideia totalmente errada de você. ― Ela vem ate mim e ate me espanto com sua roupa. Estava fantasiada de gárgula? Jura? Se meu pai pegasse ia matar ela e dar uma penitencia por fantasia racista, mas dei pontos pela ousadia. Já deu para entender por que nos tornamos amigos confidentes?

Não? Ok vou terminar a historia

Estava no maior papo bom com ela. Entendi bem as amarras que ela vivia e como eram totalmente opostas as minhas. Enquanto ela tinha de fazer força para não parecer frágil e mesmo assim as pessoas riam, eu tinha de lutar para não dar medo e mesmo assim as pessoas ainda corriam. Era foda mas um entendia bem o outro; e por isso passei a maior parte da festa conversando com ela; mas jovem é uma merda e vê tudo por traz não podendo ver um cara conversar com uma mina em paz; e logicamente começaram a zuar e fazer montinho.

Eu ri. Tava divertido a zueira, mas quando isso chegou nos ouvidos do meu pai o caldo entornou. Ele invadiu a festa já desligando o som que estava nas caixas da escola, gritando comigo no meio de geral.

Na hora veio as palavras do Dylan na minha mente e eu gritei com ele de volta, e só para aumentar o desgosto assumi ser verdade ao invés de explicar que era só uma brincadeira.

Era pra ter sido uma cena pra acabar com qualquer festa, mas o povo adorou o barraco e eu fiquei bem mais popular do que já era.  O que foi? A minha festa lotou a escola, você achou que eu era o que? Eu só falei que me sentia um excluído não que eu era um.

Meu pai saiu puto pra algum canto e a fada entra na brincadeira e me beijou na frente de todos só para ver a cara de geral; foi bem divertido de mais.

Mas o tiro sai pela culatra.... 

Ato 4

O meu pai não saiu da festa atoa.

Ele não se rendeu ao debate, ele simplesmente foi contar aos pais dela o que estava rolando entre nós, mas eu só fui descobrir isso no dia seguinte quando me bombardearam nas redes sociais contando que os pais dela iriam enviar ela para morar com os tios para poder mudar de escola. Ou seja só em outra cidade.

Me desesperei. Por uma zueira...             Isso não podia rolar.                     Então corri, na verdade voei ate a casa dela, (depois de descobrir no histórico escolar onde era; já que tinha acesso aos registros) e tentei falar com os pais dela, mas isso não foi uma tarefa tão fácil assim; isso por que eles já estavam decididos a não ouvir nada que disséssemos.

Por que os adultos eram sempre assim? 

― Eu to falando serio. Foi uma brincadeira. ― Minha voz soa quase em desespero. Que maldição! Que inferno. ― Eu só aproveitei que o povo estava zombando, por que estava conversando com ela e o meu pai já acreditou. Ele ta me tirando do serio com o racismo dele. Não era para chegar a isso.

Eu não sabia o que dizer. Ou o que fazer.

― Se é isso mesmo. Por que ela foi fantasiada assim? ― A mãe dela quase grita, mas se contem. Acho que ate a raiva de uma fada era miúda e fofa.

― Por zueira. Por que outro motivo alguém faz uma festa a fantasia, ou vai a uma? ― Respondi aflito e logo pude ver o pai dela vir se aproximando da porta com a intenção de a fechar na minha cara e me mandar embora dali.




― Que poha!

Aquela delicadeza toda tinha de ser ela.

Surgiu toda P da vida, jogando as malas escada a baixo e as chutando; não parecia ter me visto ali ainda.

― Eu não vou me mudar! Se for pra usar essas malas vai ser pra fugir dessa poha de casa e nunca mais olhar na cara de vocês! ― Ela gritava vermelha como se pudesse emanar chamas e acredito que realmente podia, pois ao invés da purpurina de sempre ela emanava fumaça. ― David? O que faz aqui cassete? Assim tu piora tudo de vez! Vaza!

― Eu só vim explicar que...

― E Você acha que eles vão ouvir? É burro ou demente? Vaza daqui! ―  Ela grita enfurecida e nessa hora posso ver no fundo de seus olhos negros um brilho avermelhado provando os poderes de fogo da pequena.

― Desculpa.

Apenas disse isso e me virei e sai. Não queria piorar ainda mais a situação; não sabia como ajudar ou o que deveria fazer para concertar o que causei. Sentia que tinha destruído a vida dela sem querer.               Por uma brincadeira.                   Ou só para peitar meu pai um pouco.


― Você vai sim! É uma criança e tem que nos obedecer. ― Como disse antes, minhas orelhas são... um absurdo de potentes.

― Criança é o caralhoooooo! ― Diz ao literalmente atear fogo nas malas e em tudo na sala. Me virei ate assustado. ― Cansei desa porra! Canseiii! Eu não vou obedecer mais droga alguma! Eu não vou!

Não dava para deixar assim. Isso tava realmente perigoso.

Então entrei e a segurei.

Ela se debatia entre meus braços emanando suas chamas, mas minha preocupação era apenas com minhas roupas.

― Assim é você quem vai piorar tudo. ― Disse enquanto ela se debatia enfurecida.

Essa fadinha era mais raivosa que qualquer draconato que já conheci; então isso leva um tempo, mas assim que ela desiste a solto.

― Eu sei que é uma bosta. Mas agir assim não vai mudar nada. ― Digo ao verificar o que tinha sido destruído pelas chamas, e ela me olha levemente envergonhada pelo dano que tinha deixado na minha blusa, já que eram suas mão e asas que se encandeceram. ― No máximo vai piorar a sua situação. Acredite eu sei bem o que é ter pais controladores. Fica de boas, e quando tiver como ai sim vaza dessa cidade e nunca mais volta. Mas por agora... Melhor ficar de boas.

Disse isso tão serio que nem pensei a fundo. Quando voltei meus olhos de volta a eles os três estavam com um olhar de espanto, mas ela logo sorriu.

― Muito obrigada. Você sabe mesmo como me acalmar. Como? ― Sorri, ao se virar e pegar algo no bolço. ― Toma. Compra uma camisa nova. Desculpa pelo chilique.

Eu não quis pegar o dinheiro, mas ela realmente enfiou ele na minha boca e riu da minha reação. Folgada é pouco. Mas era legal ver alguém como ela não tendo medo de mim.

― Passamos a mesma merda. Lembra? Só que invertido. ― Falei ao relembrar o papo da festa e ela se põe a pensar. Realmente acho que só cabe um sentimento por vez em uma fada.

― Você esta certo. ― Murmura ao abaixar a cabeça pensativa e meio envergonhada, logo olhando para as malas. ― Vou arrumar minhas coisas. ― Diz ao olhar por sobre os ombros e sair em direção as escadas e sumir.

Era isso o que acontecia se um frágil se aproximava muito de um resistente? Ele era destrocado, mesmo que não fisicamente... Afinal a minha vida não mudou uma virgula. No máximo levaria uma longa bronca.

― Desculpa por tudo isso. ― Digo saindo, mas o pai dela faz um pigarro me convocando a atenção.

― Então vocês são mesmo apenas amigos? ― Ele questiona serio, e dou graças a deus por ser acostumado a segurar o riso.

― E o que mais poderia ser?  ― O que eles tinham na cabeça? Se eu tentar beijar ela, arranco o rosto dela fora.

Mas acho que meu tom ou a minha expressão passou algo que... Na verdade eu tenho certeza que transmiti algo, mas não entendi o que foi. Eles se entre olharam e sorriram.

― Foi você quem ajudou ela com o acidente certo? Ela não me conta mais nada. Tive de saber do acidente pelas redes sociais. ― A mãe dela fala como se a errada fosse a filha e eu só penso: "Loka do caralho! Para de vigiar a vida da tua filha!" ― Muito obrigada por cuidar dela.

Mas antes de eu responder meu pai surge na porta todo revoltado, bufando como um taurem.

― O que faz aqui? Eu não acreditei quando me contaram. Mexeu nos documentos da escola para descobrir onde ela morava? Isso é crime. Você vem comigo agora mesmo. ― Diz em um tom serio ao caminhar do portão ate a porta. ― Eu sinto muito pelos problemas que meu filho esta causando a família de vocês.

― Na verdade ele veio esclarecer que eles são apenas amigos. ― A mãe dela diz docemente, pareciam acreditar em mim; mas meu pai não.

― E Vocês acreditam em jovens desta idade? ― Bufa ao agarrar meu braço com violência e encarar minha camisa que estava toda chamuscada. ― Vamos "para casa". Tenho muito o que "conversar" com você. ― Ele diz em um tom serio pondo enfase nas palavras certas.

― Eu acredito pois realmente não ha como. ― A mãe sorri tentando acalmar meu pai, que a olha por sobre os ombros como se a julgasse ignorante; mas não diz nada. ― Me desculpa. Entramos em panico por ela se aproximar de um... gárgula. ― Diz ao assumir seu racismo e meu pai ate me solta. ― Ficamos com medo, mas seu filho é um bom garoto. E nossa filha não é nada fácil de se lidar.  


Depois disso ele simplesmente me jogou para fora da casa e ficou a debater com os pais dela sobre o que fazer no contexto geral. Afinal eles eram nossos donos por mais alguns anos; mesmo que na cabeça deles seriam nossos mestres para sempre.

Mas a verdade é que meu discurso os assustou.                  Pude ouvir isso.                 Os pais dela  temiam que este ocorrido e atitudes a fizesse os odiar para sempre, e queriam arrumar uma forma de ficar de olho nela por aqui mesmo, e talvez inverter essa situação ruim. Afinal já tínhamos dezesseis anos, e quando fizéssemos dezoito nada mais ira nos segurar ali; e eles tinham apenas esses dois anos para ter uma boa relação com a filha se não minha dica iria se tornar profecia.


― É Isso que você quer? Se formar e ir para bem longe daqui? ― Ele diz com um tom de raiva ao abrir a porta do carro, mas eu o conhecia bem. Sabia que estava magoado.

Não queria o magoar ainda mais, mas também não queria mentir. Então me calei.

Aqui eu não podia nem mesmo brincar que tudo virava esse dramalhão. E eu sei que nunca seria livre de verdade, mas ali a prisão era maior.

https://youtu.be/aUhdofWEOU4

Pronto. Agora conheceu ele.

Fico muito feliz que no desafio deu pra por este cap como um tipo de continuação. Será que consigo continuar assim? Ansiosa. Será meu próprio desafio kkk

Se você leu o desafio 1 sabe que ele mora no topo do morro igual o que é narrado do castelo do príncipe. ^_^ fui adaptando detalhe por detalhe e pondo coisas extras como chamarem ela de "sininho" ou a parte q ele cita a cólera de um dragão.  kkk então nessa parte da casa dele não narrei no Ato 1 por que já tinha no cap anterior.

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