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Yorochi: Seus braços

Aquim percebe que aos poucos ambas as tropas diminuem na mesma intensidade.

— Vamos recuar, eles não irão sustentar esse avanço. — Aquim dá ordem a Oboros que pede o entoar da trombeta para os soldados recuem.

— Mas pai, nós podemos ganhar esta guerra! — Diz Edgar indignado com a arbitramento de seu pai — Se entrarmos lá...

— Basta Edgar! De volta ao império!

Irritado o príncipe fica parado e desassossegado com a determinação, conforme Oboros e Aquim se afastam. Edgar olha para trás vendo seu pai observá-lo de canto de olho e singelamente fala em um tinido ordinário 

Me desculpe.

Então grita com seu cavalo para ir em direção a guerra. 

Aquim renhido dá meia volta e corre o mais apressurado exequível atrás de seu filho.

No domínio de batalha Edgar pula de seu cavalo no meio do confronto, liderando seus soldados em orientação a vitória, os homens sentem-se mais motivados e começam a proceder em peleja. 

Os gritos de guerra iniciam a ficar mais altos e fortes, no entanto, em minutos os militares entusiasmados já não possuem o mesmo volume, e Edgar começa a sentir-se encurralado.

Três soldados da casta Halk o rodeiam, todos com espadas, ele se posta para proteger a si, na investida em estocada de um dos guerreiros Edgar desvia e dá uma cotovelada na nuca do aguerrido fazendo o desabar e espaldar sutilmente pela arma do príncipe.

O potente veneno o impossibilita de hastear, colérico o segundo vai para cima, mas as habilidades de duelo do nobre são impecáveis. 

Os espadins dos simples militares voam com a força e destreza do ruivo, ele atravessa com sua espada o pomo de um deles enquanto o outro aterrorizado corre sem constatar que há sido cortado de raspão, após uns cinco passos ele igualmente cai.

No entanto, uma enorme sombra o pega, em cima do cavalo o monarca Aquim segurando seu filho em seu braço esquerdino cavalga aceleradamente para distanciado da guerra.

— Nós estamos ganhando! Que merda você está fazendo Aquim? — Grita o príncipe.

— Perdi meu pai na guerra... Não perderei meu filho! — Responde Aquim.

— Seu filho, poderia ter vencido essa guerra para você!

— Como julga que eu me sentiria se... — As palavras de Aquim perdem-se em sua boca, Edgar, ainda recluso em seus braços, não consegue mirar para cima.

— Agora vai permanecer calado? Típico.

Perto dos portões Oboros espera a revinda de seu rei e do príncipe, e de longe avista a sombra dos dois voltando a cavalo, mas estranha o fato de Aquim permanecer de cabeça baixa. Até que congênere a proximidade que a montaria chega ao portão a cena torna-se mais perturbadora.

Oboros põe as mãos na boca enquanto suas lágrimas descem descontroladamente, os soldados vão correndo parar o cavalo e desagarrar o príncipe.

— Oboros? O que foi? — Edgar percebe que os olhos azuis da general só se fixam em seu pai, quando ele olha vê a imagem mais dolorosa que pode conceber em toda guerra.

A flecha estocada intervalar do crânio atravessa a boca deixando o sangue pingar pela ponta gota a gota. O derradeiro esforço do rei foi sustentar seu filho em seus braços. Aquim está morto.

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