Halk : Reverência
O alvorecer é contemplado pela aparição do sol na linha do horizonte. Devido o país estar próximo do outono, a ascensão da estrela amarela demora demasiado para intercorrer. Nas montanhas do norte, o amanhecer possui rajadas de vento fortes, que trazem consigo um ligeiro clima aprazível.
Os morros são cobertos por suaves camadas de neblina, que recaem sobre a aclive das florestas. Todavia, entrementes o primórdio do dia, o ar abafadiço, e o exórdio do sol, fazem com que o nevoeiro comece a se dissipar apressadamente, num instante em que o calor torna-se a ser muito presente.
As árvores são grandes, e têm copas volumosas, criando uma mata densa e escura, através dos intermediários da montanha, enquanto a fração habitada pelos homens, não possui muitas árvores, e seu solo é terra nua.
Na margem do penhasco, um rapaz observa o princípio da manhã. Seus olhos esverdeados, assistem desde o sumiço das neblinas, ao eclodir de um horizonte.
As rajadas de ventania entram por seu quimono, e resfriam aquele corpo de pele branca, aquecida pelos raios de sol. O seu cabelo liso e curto, dança unidamente à brisa, as entradas da calça de seda revoam, e de suas mãos, sem pelos, pulsam veias grossas.
Suas costas largas ficam em proeminência sobre aquele tecido fino, e a abertura no frontispício, prova a partição dos músculos em seu busto, afora de alguns fiapos de cabelo.
O moçoilo que descansa no meio da natureza das montanhas, permanece recostado sobre sua catana fincada na rocha em que está sentado.
Por um ligeiro instante ele olha para o denso do despenhadeiro, que não possui um caimento tão grande, entretanto, seu molde é bem abrupto. Acolá, ele observou uma onça, comendo a carne de sua presa, um falecido porco silvestre.
Perder não é uma opção... Compreendo... Reflete ao comparar o ataque brutal com a atual situação do país.
Com a plena chegada da manhã, o homem se põe de pé para inaugurar seu dia. Ele coloca a espada na bainha de sua cinta, e sobe um atalho de pedras que há detrás do penhasco, dando visão para as moradias do reino.
Os moradores saem de suas casas e vão para os campos de arroz debutar seus trabalhos de cultivo, soldados cavalgam em cavalos grandes, juntamente a armaduras leves por cima de seus quimonos brancos, algumas crianças brincam pela terra branca e nua.
Em campos de grama destampado, armíferos treinam peleja corpo-a-corpo, junto a mestres de mais idade. A devoção a batalha é algo muito cultivado no domínio das montanhas do norte.
O homem caminha no meio de uma vereda de terra, e todas as pessoas que o veem reverenciam, sem cogitar duas vezes. Seu anúncio é feito por suas sandálias de madeira, que fazem um singelo fragor.
A saudação a si concebida não é a mesma ofertada a sábios e nobres, mas sim, a alguém nitidamente mais poderoso do que tudo ali representado.
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