Gaillard: Festival
Enquanto Son caminha pelo lugarejo à demanda de algo que foge de sua mente por completo, se encanta com a pouca agitação da noite. Condigno ao aniversário feito pelo coliseu, os cidadãos fazem um pequeno festival nas ruas vendendo máscaras artesanais, e comidas de diversas localidades. Idosos jogam tabuleiro e os mais jovens compram inúmeras túnicas.
Son observa tudo em seus mínimos detalhes, até que, é parado por uma garota mascarada cuja fundura chega a chocar em seu peito:
— Mundi? — Son franze o cenho, tentando penetrar sua visão sobre as aberturas da socapa.
— Sou tão previsível assim? — Mundi retira a máscara com a cara emburrada.
— Não, é porque eu não conheço ninguém com o seu tamanho! — Imediatamente a garota desfere um soco convincente no estômago de Son que o faz declinar no chão pelo pesar. — perdão... — Responde tentando encontrar ar.
— Qual a sua idade? — Mundi começa a caminhar junto a Son.
— Vinte e sete, sei que não parece.
— Tirou as palavras da minha boca.
— O que você está fazendo fora da mansão? — Son perde a concentração do festival na imponência de Mundi.
— Vim respirar um pouco, labutar com Gilga é excessivamente afadigador. — Responde a jovem — Além do mais adoro festivais! — Um sorriso transpassa seus lábios. — A comida é boa, e adoro comprar máscaras! Quer me acompanhar?
— É uma invitação incontestável oriunda da mulher que me derrubou com um golpe.
— Foram fracos...
Enquanto passeiam, Mundi arrasta Son para ver todas as barracas da feira. O faz pleitear jogos de pontaria e consumir pratos que jamais há ouvido falar, a noite se torna uma tremenda distração para ambos, algo que aparentam não apreciar há muito tempo.
Son, em um instante no meio daquela desordem se prende no enorme sorriso daquela guerreira.
Tanto tempo de terror, a tempos que não via uma ternura assim de perto. Pensa o garoto, e por um momento ele só deseja que aquela cena dure mais um pouco.
Mundi começa a levá-lo para um término da trilha, para além do festival, onde dá a dois caminhos, um meio arciforme que oferece para outras barracas do evento e outro obducto por terra e grama dando de declive a uma colina. Mundi arrasta o garoto para o monte.
O atalho tem um feitio rotacional como se estivessem dando uma espiral em uma pedra enorme. Ao fim chegam numa extremidade rés que dá a vista para íntegro império.
Mundi senta-se no beiral e Son fica ao seu flanco, o celeste está velado por estrelas que parecem estar próximas, a garota de tão extasiada pelo momento deita no colo de Son. O garoto fica envergonhado.
— Esse lugar sempre me acalma! — Mundi altera o seu modo "amazona" de se portar, falando com mais doçura e delicadeza.
— Parece ser especial para você, porque aduzir um ignoto? — Son com receio, tenta aos poucos encostar no cabelo da jovem, seus dedos tremem de medo a cada avançar.
— Não estou com meu emocional muito bom desde que vocês apareceram lá na mansão, julguei que seria aprazente ter uma companhia. — Mundi arranha delicadamente a perna de Son.
— Três estrangeiros chegam, desafiam o seu líder, invadem seu palácio e se tornam importantes de uma ocasião para outra, penso que isso não agradaria ninguém. — Son abaixa seu bestunto e seus olhos se entrelaçaram. — Tirei conclusões precipitadas de ti após o incidente da biblioteca, peço perdão.
— Você... — Ela ri. — Não se preocupe, tive minha parcela de responsabilização naquilo, sou ciumenta com as coisas do Gilga.
— Vocês dois são bem íntimos...
— Ele é como um pai para mim, é um dos poucos em quem confio. Minha infância não foi das melhores, logo me apeguei naqueles que acendem uma cintilação no meio do abismo, não importa quem eles sejam.
— Creio... — Flashes sobre seu irmão vieram a cabeça. — Creio que eu saiba como você se sente.
— Como vocês vieram parar aqui?
— A uns anos atrás, posto que eu tinha meus quatro anos meu pai fora traído por dois clãs que residiam em convizinho ao nosso avito império, ambos, águias e cobras mataram todos os cidadãos daquele reino, por sorte a mãe de Aloramir. — A garota interrompe colocando o dedo indicador nos lábios dele.
— A mãe de Aloramir?
— É bem manifesto que não somos parecidos, Margaret a mãe dele deixou bem claro que me odiava, pois, meu pai me teve através de uma prostituta, mesmo que para Aloramir isso fosse algo que não chegasse a sua compreensão.
— Continue...
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