Edrac : Fúria
Gustavo, conforme luta contra os invasores, percebe que seus homens começam a sucumbir, um por um, ao seu redor. Até que uma lança perfura sua costela. Embravecido, o superior cospe sangue.
Enquanto segura a hasta, enfia a espada adentro da cabeça do inimigo. Mais uma lança veio, através do distinto flanco, atacando sua barriga, o fazendo salivar mais sangue.
Outros invasores aparecem, perfuram o corpo do homem, usando mais lanças.
O levantam contra o portão.
Gustavo está com sua capa rasgada e ensanguentada, a única coisa que consegue executar é segurar numa lança, aquela que está fincada em seu busto. Ele solta o derradeiro mirar para o inimigo que a segura. Recitando suas últimas palavras:
— Alguma vez, sentiram a sensação de serem queimados? — Sobre as babas de seu sangue, dá um último sorriso avermelhado e vitorioso.
A luz das chamas que rodeiam as casas crescem, a ponto de fazer os invasores que seguram as lanças olharem para trás.
Avistando o terror ocupar seus olhos.
Um colossal dragão, alongado, de cor azul, e fios de ponta vermelhos, com garras afiadas, e presas gigantes.
Ele bafora um fogo azul veemente, que queima tudo no império, casas e pessoas carbonizam perante aquela essência ardente.
O monstro pousa em frente ao grande palácio. A sua cara assustadora e raivosa congela os pés daqueles homens, ele então lança chamas para cima deles, que apenas gritam em sofrimento. Gustavo, sucumbido, queima junto a um sorriso em seu rosto.
No término daquela desordem, o monstro brilha, e começa a decrescer, até ficar em uma forma humanoide, e dar visão a Kain.
Com sua lança e desesperança, principia a correr para dentro do templo. Ele empurra o portão abrasado, conveniente às chamas, mas sua pele mostra-se imune ao ardor. Quando consegue abrir o portão, vai correndo para seus aposentos.
Aquela escada que havia subido diversas vezes parece maior do que o habitual. Quando começa a alcançar os últimos degraus ele para, pois, percebe uma ligeira desconformidade onde pisa. Os degraus encharcados de sangue, que escorrem cada vez mais.
Quando chega no segundo andar, percebe que todos os sentinelas estão mortos. As paredes foram banhadas no sangue, e até mesmo os seus sábios tentaram proteger seu quarto. Na ocasião em que ele abre, o empurrar devagar da porta cria a melancolia a cada imagem abrangida aos seus olhos. Seus lençóis brancos, manchados pelo sangue que descia da garganta de sua amada esposa.
Kain tira o elmo, e joga no chão juntamente a sua lança, andando entristecidamente de encontro a Vanessa. Inconsolável, começa a chorar por cima do corpo dela, conforme a abraça com força. Em um momento, ele percebe que ela havia morrido olhando para cima, então o lorde faz a idêntica deslocação.
Vendo o corpo de seu filho recém-nascido no topo da parede, pendurada por uma lâmina pontiaguda que atravessava-o ao meio.
A neve há evaporado sobre as chamas. Das casas, sobram apenas escombros de rochas derretidas, e no templo dos Edrac resta somente Kain, com todo o império que conquistou, caído em suas próprias mãos.
Só sobra ao homem chorar de dor e ódio.
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