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Capítulo 8 - Parte II


Paro no caminho, ao ouvir aquilo, porque eu estava vestindo uma calcinha com coraçãozinho. Mas não tinha como ela saber. O único que viu a mesma foi o Thiago e primeiro ele não era tão cafajeste assim para falar da nossa intimidade e segundo se ele fosse cafajeste não deu tempo.

Na hora que estávamos juntos no quarto e ele começou a tirar meu vestido, eu fiquei com muita vergonha, pois nunca imaginei que alguém fora eu fosse ver, mas não tinha como a Elisa saber?

- O que você está falando?

- Disso. – Elisa levanta seu celular de última geração e mostra a imagem que está em seu visor. Quando vejo a imagem da minha calcinha que eu não encontrei, eu comecei a ficar sem ar, mas o que mais me surpreendeu foi a frase que vinha abaixo.

"Pronto ganhei a aposta desvirginei a caipirazinha."

Eu nunca senti tanta dor, como eu senti naquele momento, era tanta dor, que eu não conseguia explicar. Logo as lágrimas começaram a correr pelo meu rosto, meu cérebro ainda estava lutando contra essa informação, dizendo que aquilo era mentira, de relance vejo a Júlia caminhando em minha direção, mas eu não quero saber dela. Por isso viro-me em direção ao Thiago e pergunto.

- É mentira? Por favor diz que é mentira. – Infelizmente ele não precisou confirma nada, seus olhos disseram tudo.

- Bianca amor não foi assim, deixa eu explicar. Tudo começou....

- Para. - Levanto minha mão em sua direção, para impedir que ele fale alguma coisa. - Eu não quero ouvir o que você tem a dizer, eu vejo em seus olhos que tudo é verdade. - Falo soluçando de tanto chora.

Logo a Júlia vem e me abraça.

- Vamos querida! Vamos sair daqui... – Diz me levando para fora daquela casa, onde eu foi tão feliz por alguns instantes, mas que também presenciou minha maior humilhação.

Quando vou passando próximo a Elisa ela se põe em nossa frente e diz:

- No começo da noite, você queria que eu saísse humilhada agora é você... - Ela diz soltando uma gargalhada maléfica. - E agora é você quem está nessa situação...

Eu não aguentei, eu nunca na minha vida havia sentido tanto vergonha, olho ao redor todos estão rindo de mim, com certeza olhando a foto da minha calcinha.

- Por favor Julia, vamos sai logo daqui.

- Sim vamos minha amiga.

Saímos da casa e percebi que não tínhamos de que ir para casa, pois viemos com o Thiago e não tinha nenhuma possibilidade de ir entra outra vez no mesmo carro que ele.

- Como, vamos para casa Julia?

- Meu pai veio nos busca e está nos esperando lá fora.

De repente ouça o Thiago me chamando....

- Vamos Julia!!- Ando um pouco mais rápido, pois não quero conversar com ele, quando chegamos ao local, onde o carro do pai da Júlia estava estacionado, ele conseguiu no alcançar.

- Espera Bianca por favor, eu quero falar contigo, eu tenho que explica...

- Para Thiago. – Diz a Julia bem irritada. - Deixa ela em paz, você não está vendo como ela estar?

Eu estava soluçando de tanto chorar, eu não estava em condição de falar com ele e nem sei se eu queria conversar com ele. Todo o meu amor, estava transformando-se em ódio. A Júlia ficava tentando afasta-lo dizendo que não tinha condições mas eu estava cansada de ser feita de trouxa.

- Thiago você foi minha maior decepção...

- Bianca, tudo começou com uma brincadeira, mas agora virou um sentimento que não sei explicar ....

- Para mim você morreu ... Eu nunca mais quero ver ou fala com você. Me esqueça.

Viro as costa e entro no carro batendo a porta. Depois me arrependo, quando olho para frente e vejo dona Marcela e seu Davi, olhando para mim assustados, com minha atitude pois nunca me viram agir assim.

- Desculpa - disse baixando minha cabeça envergonhada.

Legal outra coisa para me envergonha essa noite. Logo a Júlia entra e seguimos viagem. Durante todo o percurso até a casa da Julia foi feito em silencio.

Para evitar, olhar para meus acompanhantes, eu me encostei na janela, as lagrimas em nenhum momento paravam de cair durante o percurso, fiquei observando a paisagem.

Espero que amanhã, quando eu acordar tudo não passe de um sonho. Era o meu pensamento positivo, com o intuito que tudo desse certo.

Assim que chegamos a casa da Julia, desci do carro e logo fomos para dentro. Ao entrarmos eu sabia que com certeza, ouviríamos uma bronca deles.

- Meninas hoje fiquei profundamente decepcionado...- começou Seu Davi.

- Pai por favor, já esta tarde estamos cansadas, deixa para conversarmos amanhã?

Seu Davi olhou para mim e acho que ao ver meu rosto inchado de tanto chorar, percebeu que eu apenas queria cama.

- Ok amanhã conversamos.

Rapidamente a Júlia pegou minha mão e levou-me para seu quarto, acho que ela ficou com medo de seu pais mudarem de ideia.

A primeira coisa que faço ao chegar ao quarto é deitar na cama. A Júlia tentar conversar, mas no momento isto é a última coisa que quero, como me conhece ela entende que estou sofrendo, por isso apenas deitasse e me abraça bem forte, permitindo que chorasse em seu ombro. Assim durma embalada por minha melhor amiga. 

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