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Capítulo 10


No dia seguinte acordei tarde, meu corpo estava tentando refazer as minhas forças, levanto-me e vejo que a Júlia já se levantou. Olho no relógio e tenho um susto ao ver que já são nove horas da manhã, com certeza ela ficou com pena de me acordar, levanto me dá cama e vou para o banheiro fazer minha higiene pessoal.

Ao olhar no espelho tenho um susto ao ver meu rosto, porque estou parecendo um panda com olheiras enormes, misturado com a maquiagem que borrou durante minha crise de choro. Lavo meu rosto na intenção de melhorar um pouco o estado mas, eu tenho certeza que não melhorará, após a lavagem vejo o resultado e aprovo claro que a inda pareço uma panda mas deu uma melhorada.

Termino minha higiene e trato de ir atrás dos moradores da casa, chego a cozinha e vejo toda marcela sentada com Julia e seu pai, acho isso estranho porque pelo horário seu Davi deveria esta já no consultório.

— Bom dia. — Cumprimento toda a família

— Bom dia Bianca, sentisse temos um as coisas para conversar. — Diz o senhor Davi.

Sinto que o assunto é sério, pelo seu tom de voz, por isso rapidamente sento-me na cadeira mais próxima. Ao me ver sentada seu Davi abre a boca para começar a falar mas é interrompido por sua mulher.

— Davi vamos deixar a Bianca comer algo antes, depois conversamos.

— Ok, coma Bianca, que depois conversaremos.

Assim como ele pediu eu fiz, eu estava bastante apreensiva, pois eu sabia que viria carão. Lentamente eu comi, receando o que viria a seguir, todos ao redor estavam me olhando. Termino meu café, respiro fundo e olho para seu Davi.

— Agora podemos conversar?

— Sim. – Respondi sem muita convicção.

— Ok. Quando a Julia pediu para ir a essa festa, eu me preocupei como qualquer pai faria, mas não acreditava que na primeira vez aprontariam tanto.

— Pai nós não ...

— Para Júlia! Eu estou falando. Eu confiei em vocês pensei que eram meninas ajuizadas, que estavam prontas para esse passo, mas as ações provaram o contrário.

— Pai...

— Pai não senhorita Júlia! Primeiro vocês não obedeceram ao limite do horário estabelecido, depois a senhorita pensa que não percebi que estava bêbada? – Minha amiga arregalou os olhos surpreendida. Ela não imaginava que seu pai tinha percebido. – Ontem me segurei para não falar nada, porque eu não queria me estressar e dizer alguma coisa que depois me arrependeria, por isso venho dizer... Você me decepcionou muito... – Lágrimas caiam dos olhos da minha amiga, decepcionar seus paia era uma coisa que ela não gostava. — Nunca imaginei que você faria isso....

— Pai me desculpe eu me arrependi... – disse soluçando, sua mãe lhe abraçou. – Eu aprendi com meus erros... Fora as consequências que senti ao acordar hoje.

— Então espero que tenho se arrependido mesmo, porque o que fez foi horrível. E você Bianca? Também nos decepcionou bastante. Fora que você está sendo falada por toda a cidade.

— Como assim? – Pela primeira vez desde que Seu Davi, começou a falar. Eu abri minha boca.

— Não sei como seu pai, ainda não apareceu em nossa casa quebrando tudo.

— Porquê?

— Você está falada em toda a cidade Bianca.

— O que aconteceu? – digo colocando minha mão na boca, em um gesto que demonstrava surpresa.

— Toda a cidade sabe que você dormiu com o Thiago. – ao ouvir essa sentença rompi em lagrimas, eu não acreditei no que ele estava falando, isso era mentira eu sempre fui o exemplo de menina, que ia para a igreja com a mãe, que era estudiosa, que sempre andou pelos caminhos certos nada nunca havia manchado minha reputação mas agora isto vinha destruir tudo meu pai vai me matar me trucidar.

— Ai meu deus me diz que é mentira por favor

— Infelizmente não! Hoje quando fui ao mercado, era só o que falavam. Em como a filha do Carlos tinha dormido com o filho do Inácio, sem nem serem namorados.

— O que faço? Meu pai vai me matar... - digo desolada, com lagrimas já caindo por meu rosto.

— Eu quero saber o que aconteceu meninas.....

— Pai...

— Minha filha... - interrompeu dona marcela que ainda não tinha falado nada — temos o direito de saber o que realmente ocorreu, não o que os outros estão falando...

Dona Marcela tinha razão, mas eu não tinha coragem de vê-los desapontados com minhas ações. Droga! Eles sempre foram meus ídolos, envergonhada abaixo a cabeça e começo a soluçar. Minha amiga me conhecia bem sabia que não tinha condição de falar qualquer coisa, por isso começou a relatar o ocorrido.

— Agente foi convidada pelo Thiago para ir a festa... a noite ele veio nos buscar.... Chegando a festa aproveitamos tudo que adolescentes normais aproveitam pai, dançamos bebemos e...

Eu sabia que a Julia estava tentando me ajudar, mas ela não sabia os detalhes do ocorrido. Então resolvi interrompe-la.

— Ele me pediu em namoro... — digo em voz embragada. - E uma coisa levou a outra quando percebi já tinha me entregado... – meu rosto estava corado, eu nunca me imaginei falando estas coisas, isso era vergonha demais. – Então quando voltei para a festa, percebi que todos olhavam em minha direção com ares risonho e de gozação, muitos me apontavam..... - Nesse trecho eu soluçava tanto que era quase impossível de entender o que eu dizia.

- Ok Bianca! Não precisa dizer mais nada... Entendemos minha querida.

Dona Marcela como sempre era uma pessoa muito compreensiva e pegou minhas mãos, dando-me forças que eu já não tinha.

— Obrigada!

— Mas temosque pensar em como iremos proceder, porque seu pai quando souber o que houveele ficara uma fe    

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