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2. A INVESTIGAÇÃO (5 DIAS ANTES DO NATAL)

Quinze minutos depois a dupla de amigas chegou na vizinhança onde Max morava. Alyssa observou como a região estava jogada às traças. Casas abandonadas, fechadas e lacradas. Ali não era um bairro extremamente violento, mas carregava histórias pesadas demais para a população fazer questão de estar ali.

Alyssa bufou, virando o rosto. A casa dos Hernandez era uma das poucas — senão a única — a ter uma decoração natalina, por mais simples que fosse. Se pegou perguntando como aqueles senhores de idade estariam lidando com o fardo de perder o filho que lutaram tanto para adotar de forma tão violenta. Não apenas o corpo dele se foi, mas toda a personalidade e visão que eles tinham do rapaz que criaram a vida toda.

— Tá quieta demais, Aly.

— Eu quero ir embora. Acho que isso é demais.

— Vamos pensar pelo lado bom — ela tirou o cinto. — Podemos dar um pouco de conforto pra eles. Não tem culpa daquilo. Eu acho.

— Certo. Eles devem querer pôr um ponto final nisso também.

Desceram do carro, seguindo em direção da entrada da casa. A neve ali estava bem espessa, então foi bem difícil elas alcançarem o hall de entrada. Depois de muito esforço, Alyssa tocou a campainha.

— Devem estar trabalhando. — Alyssa disse. — Vamos embora.

Ao se virarem, deram um pulo ao ver um homem alto e barbudo se aproximando.

— Olá, o que desejam?

— Você é o Harold Hernandez?

— Não, esse é o meu marido. — Ele arregalou os olhos ao reconhecer as duas. — Oh, meu Deus... O que vieram fazer aqui?

— Senhor Hernandez, viemos em paz. — disse Mônica, levantando o braço. — Não queremos atacar você nem o seu marido.

— Vocês não têm ideia de como tem sido difícil. — Ele começou a soluçar. — Vocês não tem culpa, são apenas duas garotas.

— Só queremos conversar — disse Alyssa. — Sei que não deve estar sendo fácil.

Ele se recompôs. Tirou um molho de chaves do bolso.

— Desejam entrar?

[...]

A residência era bem simples e organizada. Alyssa e Mônica deixaram os casacos num cabideiro e seguiram em direção à cozinha, sentindo um misto de apreensão e empatia. Estavam na posição de vítimas, mas ainda assim eram consoladas todo o tempo. O caso de Ryan e Harold Hernandez deveria ser dez vezes pior.

— Max era um bom garoto — ele pegou um bule e colocou água para fazer café. — Parece um clichê, não? — elas concordaram. — Mas era. Nunca vi ele erguer a voz para mim ou Harold. Sempre ajudou e nunca demonstrou ter algum desvio de caráter. Tirava notas boas, tinha uma namorada incrível...

— Senhor Hernandez, ele falava algo sobre a escola?

— Não muito. Falava muito da namorada e de um tal de Carlos.

— Carlos Santiago?

— Eles faziam educação física juntos pelo que dizia. Conversavam bastante. Ele não era de muitos amigos.

— E sobre bullying?

— Sabia que iriam tocar nesse ponto. — Ele riu, o que deixou ambas inseguras. — No sétimo ano houve um episódio com Rebeca Jonhson.

— Ah meu Deus!

— É. Mas foi um evento isolado, e sinceramente ele não chegou a falar disso por muito tempo.

— Ele deve ter guardado bastante rancor — disse Alyssa.

— De fato. Isso é a única explicação possível. Eu e Harold passamos noites em claro pensando se erramos em algum momento, ele parecia ser uma pessoa do bem. Jamais imaginaríamos que ele chegaria nesse ponto. Me culpo por nunca ter percebido.

— Senhor Hernandez — disse Mônica. — Não temos raiva de você nem do seu marido. Tenho certeza de que foram excelentes pais.

— Agradeço sua simpatia. Eu trabalho em casa, sou roteirista. Isso me deixava muito mais próximo de Max. — Ele serviu três xícaras de café. — Não consigo entender. E acho que vou levar essa dúvida pro meu túmulo.

Ambas as amigas se olharam. Tomaram um gole de café e Mônica decidiu que era hora de ir embora.

— Uma última coisa. — Ele disse. — A polícia investigou toda a vida de Max antes da adoção. Disseram que ele não teve uma infância traumática, mas nunca se sabe, né.

— Onde ele foi adotado?

— No Saint Inner. E também não acharam nada no computador dele. Se por acaso vocês descobrirem algo, por favor me digam. Dormiria mais em paz sabendo que não fui responsável pelas mortes daquelas garotas.

[...]

Julie saiu da aula de literatura com a pulga atrás da orelha. Sabia que como uma boa amiga, precisava estar com Madison, mas era difícil. Encarar a amiga nos olhos era como mergulhar numa piscina de soda cáustica. Por isso decidiu passar o resto do período com Rodney, que já a aguardava perto da saída do colégio.

— Vivi pra te ver matar aula — ele ajeitava o gorro na cabeça. — sempre tão certinha. Ou perdi alguma coisa durante o tempo que você me trocou pela Madison.

— Para de ser lesado — ela bufou. — Nunca te troquei coisa nenhuma. Só não fazemos aula nenhuma juntos, e você sempre quis ficar com o pessoal popular.

— Meio injusto, mas concordo. Assim como na vida, ter a rede de contatos certa nos dá certa vantagem.

A adolescente riu. Começou a andar em direção da saída, Rodney a acompanhando.

— Claro, grande vantagem temos aqui nessa escola. A elite americana estuda aqui. Filhos de senadores, a próxima Taylor Swift...

— Sem deboche. — Ele a cortou. — Você entendeu.

— Vai fazer o que no Natal?

— Minha família vai viajar, e bem — ele suspirou. — Não fui exatamente convidado pra ir junto.

— Jura? Achei que eles já tinham superado você ser gay.

— É outra coisa.

— O que?

— Me envolvi com um pessoal errado, mas foi tipo, numa festa. — Ele pareceu não estar muito preocupado. — Meu pai surtou, achando que eu ia virar um delinquente. Já pensou? Gay e bandido, ele não aguentaria.

— Mas que gente é essa?

— Uns universitários idiotas. Nem valeram o meu tempo. A polícia pegou uma garota com maconha e paramos todos na delegacia. Sorte a minha meu pai ter amizade com o prefeito, senão...

— Meu pai me mataria se isso acontecesse comigo.

— Ah, mas ele nem deve ligar. Você é tão quietinha, parece uma personagem de anime japonês.

— Vai se foder.

Ela riu. Quando viram já estavam fora das limitações da escola. Julie ficou tensa, mas gostou da sensação de perigo.

— E você, senhorita Rainbow, o que tem aprontado? Era de certa forma próxima do doido varrido.

— Eu? — ela quase gaguejou. — Sou amiga da Madison. O Max era meio... Sei lá...

— Meio o que?

— Aí, vou me arrepender, mas... Sabe guardar segredo?

O adolescente parou de andar, o coração acelerando e um sorriso surgindo em seu rosto.

— Não me diga que... Você sabia do plano maligno dele?

— Claro que não. Eu tinha uma paixonite nele. Pronto, falei.

— Se eu tivesse uma bebida na boca certamente cuspiria. — Ele tentou manter a pose séria.

— Ficamos próximos durante o verão. Quando fizemos aquele curso idiota de cinema. Ele gostava muito de filmes antigos, assim como eu. Madison não ligou muito porque só queria pontos extras. Enfim, achei que era recíproco até eu me declarar e levar um fora.

— Você teve a cara de pau de se declarar? Garota...

— Sim — ela cobriu o rosto — e agora morro de vergonha, porque a Mads não sabe.

— E não pretende contar?

— Claro que não. Ela não merece essa decepção. Não agora. E se ela ficar sabendo só vai ser da sua boca. Então bico calado.

— Não vou contar. Acho desrespeitoso fazer fofoca de gente morta.

— Já dizia Alison DiLaurentis. Duas pessoas só podem manter um segredo se uma delas estiver morta.

— Cafona.

— Meio injusto, mas concordo.

[....]

Carlos evitou a educação física, preferindo ficar sentado dentro do vestiário lendo. O kindle em sua mão exibia um livro de terror. Poderia não ser apropriado para o momento, mas desde o curso de cinema que ele fez com sua namorada durante o verão ele ficou fascinado em ler toda e qualquer obra baseada em um livro. No momento lia um livro de uma de suas autoras favoritas, Gale Weathers.

Se levantou ao ouvir um barulho de uma porta batendo. Ficou quieto pois se tinha algo que ele jamais faria em qualquer situação era perguntar "quem está aí?", ou pior, ir fuçar o que não era da sua conta. Sentou na extrema direita do local, onde tinha a visão da porta do vestiário e do banheiro, uma em cada canto. Teria para onde correr pelo menos.

Nem um pouco neurótico, desligou o Kindle e aguardou, mas ninguém veio.

Decidiu que era hora de ir embora. Foi até seu armário, observando de canto o antigo armário de Max. Eram da equipe de corrida, e após o incidente, Carlos desistiu de continuar, tanto pela retaliação de seus colegas quanto por Kimberly. No fim, ser minimamente associado ao assassino foi motivo de exclusão pelos outros. E olha que a amizade de ambos não era algo como Julie e Madison, pelo que ele via.

Saiu pela porta, que deu num corredor estreito que dava acesso ao campo, mas como pretendia evitar o pessoal, ele pulou por uma janela e continuou seu caminho. Estava quase chegando à entrada principal da escola quando se deparou com Madison. Ela lia algo em um caderno, então ele se aproximou, sem parecer muito indiscreto.

— Mads?

— Carlos. Você por aqui. Parece que não fui a única a matar aula hoje.

— É muito estranho voltar. — ele se sentou ao seu lado. O céu permanecia limpo mesmo com toda a neve. Ele manteve o olhar até ser cutucado por Madison.

— Esse é o diário do Max — ela disse, rindo em seguida. — Roubei da casa dele, imaginando que aqui teria algo relevante.

— Isso não deveria ser prova da polícia?

— A mochila dele tava em casa, então antes de entregar pra polícia eu fiquei vendo as coisas dele, porque sei lá — ela fungou, respirando fundo em seguida. — Achei que ajudaria.

— E tem algo relevante aí?

— Não. Isso é o pior. Quer dizer, escrever diário é algo tão anos noventa, mas o Max gostava dessa década tanto. Então faz sentido.

— Ele falou sobre mim?

— Quer ler?

— Acho que não. É estranho. Ele era tão isolado, e mesmo nós sendo amigos num nível básico, quero lembrar dele o mínimo possível. Sem ofensa, claro.

— Eu não quero esquecer ele. Vou descobrir o que levou ele a fazer isso. Você me ajudaria? Você e a Kimberly são as pessoas mais inteligentes que eu conheço.

— Madison, ele se foi. Isso vai valer a pena até que ponto?

— Então como eu supero? Como eu posso viver a cada dia que passa sabendo que poderia ter feito a diferença?

— Podemos fazer um memorial nosso. Para as vítimas.

Madison parou para pensar por um momento.

— Acho que isso me faria bem.

— Vou conversar com a Kim e depois nos falamos, ok?

— Obrigada, Carlos. Sei que não somos próximos e tivemos mais contato durante o verão, mas admiro muito você.

— É recíproco. Se precisar pode me ligar, ok?

— Fechado. — Ela guardou o diário na bolsa e se levantou. — Ah, Carlos, caso mude de ideia, eu te dou o diário.

— Acho que deveria dar pra polícia, mas a decisão final vai ter que ser sua.

[....]

— E você não aceitou?

Kimberly mordeu outro pedaço de seu pão enquanto via seu namorado se trocar em seu quarto. Com sua mãe fazendo compras, manter ele perto o suficiente era reconfortante.

— Eu não. E se a polícia me achasse com aquela porra?

— Sei não. Tem coisa errada nessa história.

— O que quer dizer?

— Se ele guardou algo que desse indícios dele ser bem, um assassino, não seria tão óbvio ele deixar um diário dentro da mochila que ficou na namorada dele.

— Mas a polícia revirou tudo da casa dele, e do armário da escola.

— Até do vestiário?

— Provavelmente — ele se sentou na ponta da cama, o olhar vago. — Será que ele pode ter escondido algum diário secreto?

— Diário não, mas ele pode ter tipo um covil, né?

— Ele tinha um arsenal bem carregado naquela noite, será que ele não alugou alguma daquelas salas? Igual aquele programa de leilão que você ama?

— Verdade! — Kimberly saltou da cama. — Eu conheço um armazém daqueles tipos, fica a algumas horas daqui.

— Kim, é arriscado.

— É só a gente não ser óbvio.

— Ok, mas antes vou checar o armário dele no vestiário. Você me deixou com uma pulga atrás da orelha.

[...]

Há pouco mais de quinze quilômetros a oeste de Rock Valley ficava o orfanato Saint Inner. Alyssa estacionou o carro uma rua antes enquanto encarava Mônica.

— Isso realmente vai valer a pena? — questionou Mônica. Sentia-se apreensiva ainda pela conversa com Ryan. Pensou que isso ajudaria ambos os lados, mas foi como se tudo tivesse aberto ainda mais feridas em ambos os lados.

— Acho que vai me fazer bem, sendo bem sincera. O verão...

— Não quero falar disso — cortou. — Não estávamos envolvidas.

— Mas não fizemos nada pra ajudar ela.

— E deveríamos? — Mônica arfou. — Maxuel jamais fez questão de nos ter por perto. Ele só andava com a Madison e a Julie. Carlos era só durante a educação física, mas algo no que o senhor Hernandez disse não fecha a conta.

— Sobre ele falar sobre Carlos?

— Sim — ela salientou. — A vista os dois eram bem distantes, faziam corrida juntos, mas nunca andavam juntos pelos corredores da escola.

— E a namorada dele chegou numa hora bem conveniente também — Alyssa ergueu a sobrancelha. — Não me olha com essa cara, Mônica.

— Vamos conversar com o diretor logo e acabar com isso. Ele provavelmente sequer vai se lembrar do Max.

Desceram do carro e se aproximaram do portão principal. A estrutura do prédio estava bem desgastada e foi bem fácil acessar o pátio principal. Estava vazio, mas considerando a neve ambas imaginaram que a maioria dos órfãos estavam lá dentro.

Passaram por um guarda que explicou como entrar e logo se viram aquecidas pelo interior do local. Um corredor se dava à direita com o administrativo do orfanato; do lado oposto dava para uma porta grande de metal.

— Cadê as pessoas daqui?

— É quase Natal, não devem estar com a casa cheia.

Depois de alguns minutos foram recepcionadas por uma mulher. Alyssa sentiu uma pontada na cabeça e precisou se sentar enquanto Mônica conversava com ela. Pouco depois ela se aproximou:

— O diretor não está, mas ela pode nos ajudar. Parece ser bem velha.

— Não tô legal, vou ficar aqui sentada, tem problema?

— Relaxa, vou tentar ser breve. Acho que nos precipitamos vindo aqui.

— Precisamos tentar. Por nós.

— Por nós. — Mônica a abraçou, saindo corredor adentro com aquela misteriosa senhora.

[...]

Alyssa precisou levantar-se depois de um tempo, senão iria enlouquecer. Mônica não dava as caras há pelo menos meia hora e cada segundo naquela recepção parecia ser três. Decidiu se aventurar no local, e no pior dos casos iria dizer estar perdida.

Entrou pela porta de metal e deu de cara com um imenso refeitório, mas nada a preparou para o que estava por ver.

— KRISTEN?

Kristen estava com um esfregão na mão, vestindo uma touca de vaquinha e luvas de borracha.

— ALYSSA? O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO AQUI?

— Eu que te pergunto, e que roupa é essa?

— Eu faço trabalho voluntário aqui.

— Você? Limpando o chão de um orfanato? E sem gravar nada?

— Sim, isso é bom pra alma. Me deixa menos amargurada com a vida. — Ela desviou o olhar, e isso foi o suficiente para Alyssa pegar a influenciadora na mentira.

— Vou fingir que acredito. Pensei que fosse rica.

— Eu sou rica! — ela berrou, chamando atenção de uma mulher dentro da cozinha.

— SILÊNCIO — ela gritou. — Nada de falar assim com visitantes.

— Desculpa senhora Moraes.

— Vou colocar isso no seu relatório. Pode esperar.

A sobrevivente abriu a boca em espanto ao finalmente perceber o que estava acontecendo ali:

— Você tá fazendo serviço comunitário!

— Cala a boca — Kristen falou mais baixo.

— Isso é muita coincidência. — disse para si mesma. — Com tantos lugares você parar aqui.

— Por quê?

Alyssa se aproximou. Sentou-se no banco porque uma tontura foi sentida.

— Max cresceu aqui até ser adotado.

— MENTIRA?

— É verdade — Alyssa suspirou. — Vim com a Mônica investigar.

— Vocês são a porra do Scobby-Doo agora?

— Se passasse um por cento daquela noite também iria querer pôr um ponto final nessa história. Não quero ser surpreendida com uma ponta solta vindo degolar o meu pescoço.

— Por que diz isso?

— Aquela noite... Eu tenho pouca memória daquele dia, mas algo me diz que Max não estava sozinho. Conversei muito com Mônica sobre isso, mas ela não acredita em mim, já que por eu ter levado uma pancada na cabeça é mais provável eu estar delirando. Mas tem um furo de roteiro nisso, e preciso me lembrar. Ela está mais pela consciência já que no verão decidimos ficar afastada dele, por receio.

— Eu também não gostei de ficar no grupo dele — ela se sentou. — Eu sempre senti medo dele, sabia?

— Eu também — Alyssa se virou. Estavam de frente uma para a outra. — Mas nunca quis externalizar isso, ele já sofria o suficiente por ter dois pais gays e ser daquele jeito tão...

— Psicopata?

— Eu ia dizer recluso. Ele parecia um cachorro amedrontado às vezes, e é por isso que eu custo a acreditar que aquele Maxuel matou quatro garotas tão brutalmente. Meu psiquiatra disse que preciso de estímulos externos pra me lembrar daquela noite.

— Posso ser sincera? — Kristen sussurrou. — Você ter lapsos daquela noite pode ser um baita privilégio. Eu no seu lugar jamais iria querer lembrar. Minha mãe diz que trauma é igual a veneno. Você consegue aguentar a dor, mas quanto mais segurar pior vai ser o seu estado ao longo do tempo.

— Como eu disse — ela se levantou. — Preciso fechar esse ciclo, como você mesma gosta de dizer.

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