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1. BOM DIA, AMÉRICA! (5 DIAS ANTES DO NATAL)

Alyssa C. Montgomery se levantou com a energia de uma tartaruga. Não estava nem um pouco a fim de encarar a escola depois de todo o caos que antecedeu sua vida algumas semanas, ainda mais tão perto do Natal. Mas se ficasse mais um mísero dia em casa sua mãe surtaria. A conta do hospital não havia sido barata, e mesmo a elite local dando todo o suporte para ela e Mônica era como se ainda assim algo surgisse todo dia. Qualquer dor de cabeça ou tontura era motivo de sua mãe correr com ela no hospital.

— FILHA! — ouviu dona Carmen gritar do outro cômodo.

— Já tô indo — com o pouco de força que tinha pegou sua roupa, a mochila e saiu do quarto.

Os cabelos brancos de sua mãe pareciam estar bem mais ralos da última vez que a viu indo ao salão do bairro retocar as raízes. Era como se ela tivesse envelhecido dez anos em dez dias.

— Tudo certo pra hoje? — sua mãe parecia estar muito ansiosa. — Acha que o pé está bom? Parou de mancar?

— Tá tudo tranquilo — bufou — Fica em paz que sua folga de mim ainda tá de pé.

O comentário pareceu abalar ela, mas Alyssa não fez questão de pedir desculpa. Foi um milagre ela estar ali de pé depois do golpe que levou na nuca de Max. Foram horas terríveis, mesmo ela tendo apenas lapsos de memória daquela noite.

Max. Só de lembrar do rapaz ela ficava em estado de nervos. Queria socar alguma parede ou algum rosto ou sair gritando no meio da rua. Não era essa pessoa, mas ao ver suas amigas serem esfaqueadas e degoladas não teve como partir para outra postura. Pelo menos tinha Mônica como apoio. As duas únicas sobreviventes. E era grata por ter ela do seu lado.

— Vou tomar banho. Pode ir pro seu trabalho. E sobre as contas do hospital pode tirar do meu fundo da faculdade. Não acho que vou conseguir ter uma vida normal mesmo daqui pra frente.

Pegou o celular e checou as últimas mensagens de Mônica. Combinaram de se encontrar numa lanchonete perto da escola e então iriam juntas para a aula, preparadas para o pior, como sempre. Como havia tido uma paralisação geral das aulas na semana que Max decidiu que mataria toda aquela gente, os alunos precisariam repor os dias. Então em pleno dia vinte de dezembro lá estava ela indo para escola.

Mas estava um pouco curiosa de como as coisas iriam ser dali pra frente.

[...]

A cidade de Rock Valley jamais vira tanta violência em seus anos de existência quanto a noite em que Alyssa e Mônica escaparam com vida de um massacre que levou outras quatro garotas direto para um caixão no cemitério local. O município era minúsculo, passando despercebido das outras cidades regionais. Mesmo assim Kristen Muller era relativamente famosa, possuindo incríveis quinhentos mil seguidores no Instagram e um engajamento de dar inveja a muitos influenciadores do mesmo porte.

Começou com vídeos rotineiros de sua vida e de ser uma estudante americana. Seu público acabou se tornando variado, sendo muitos estrangeiros que aspiravam a viver o High School americano. Kristen também era branca como um fantasma e tinha cabelos ruivos naturais. Essa aparência acabava atraindo uma parcela de senhores bem mais velhos que mandavam mensagens bem constrangedoras e irritantes, mas ela mal olhava o direct, o que causava uma certa controvérsia na comunidade. Proximidade com os seguidores deveria ser prioridade. Mas Kristen sabia que seu público seria fiel mesmo se ela fizesse um vídeo defecando.

Depois de se arrumar, abriu seu Instagram e ligou a câmera frontal do aplicativo, a posicionando para si:

— Bom dia amores da Kris — ela fez um aceno enquanto ajeitava as mechas de cabelo, procurando um ângulo melhor. — Hoje vou ficar sumidinha porque as aulas voltaram, e bem, tenho muito trabalho a fazer. — Riu, exibindo os dentes, mas sem sorrir. — Eu sei que vocês querem, tipo, muito saber sobre aquele crime horrível, mas pela minha saúde mental eu não sei se é a hora certa de trazer isso aqui nos Stories, por mais que eu venha prometido isso nos últimos tempos. Preciso meditar e colocar minha cabeça no lugar. Eu faço algumas aulas com a Mônica, e bem, como eu disse no último post do feed, nossa amizade passou por muitos turbilhões nos últimos meses. Eu a respeito demais e esse carinho ainda prevalece mesmo eu e ela não sendo tão próximas. — Parou a gravação, colocou um filtro e posicionou o celular virado na vertical. Pegou a mochila e desceu as escadas da casa enquanto começava outra gravação: — Eu sei que vocês sentem falta dela por aqui, mas os vídeos antigos do canal do Youtube ainda estão lá. Agora preciso correr, e não se esqueçam de mandar muito amor pra Mônica e pra Alyssa, elas precisam. Beijos da Kris.

Suspirou e seguiu seu caminho, rezando para não esbarrar com nenhuma das duas sobreviventes.

[...]

Carlos Santiago estacionou seu carro na frente da residência dos Stuart, agradecendo a Deus por não ter nenhum resquício da imprensa ali. Kimberly nunca foi exatamente fã de exposição. Já bastava toda a xenofobia que havia sofrido quando começou a namorar ele, o único brasileiro da escola. Com o passar do tempo as coisas se acalmaram.

Até aquele momento.

Carlos observou sua namorada descer o hall de entrada da enorme casa em sua direção. Ao se atentar mais a frente, o que era a casa-fazenda de Rebeca Johnson ainda podia ser visto. Ele tremeu só de pensar.

Se assustou com Kimberly entrando no carro.

— Caralho, que susto! Quase me mata do coração!

— Oxi, mas você me viu descendo. — A adolescente se permitiu rir por um instante.

Uma batida no vidro foi ouvida e novamente Carlos saltou, mas era apenas a mãe de Kimberly chamando sua atenção. Ele abaixou o vidro, enquanto a vista carrancuda de sua sogra ficava mais nítida.

— Oi, Carlos.

— Oi, sra. Muller. Está radiante hoje!

— Sem bajulação barata. Garanta que minha filha fique em segurança, e você — apontou para Kimberly. — Sem meter o nariz onde não é chamada, ok?

— Sim senhora. Entrarei muda e sairei calada daquela escola.

— Muito bem. Acordar sem aquela ralé na minha rua seria de bom grado — disse, se referindo aos jornalistas.

Carlos deu partida no carro e saiu o mais rápido que conseguiu.

— Sua mãe tá muito puta comigo?

— Ela sempre esteve, mas hoje tá relativamente pior.

— Eu não tenho culpa, você sabe.

— Eu sei, sua prima ter morrido lá no Brasil...

— Assassinada. — Ele suspirou — Um ano depois do meu outro primo.

— É um saco, mas a imprensa é foda também. O que isso tinha a ver com o caso? — Kimberly bufou. — Jamais queria ser a heroína de Rock Valley. Sou só uma garota curiosa.

— Você salvou as duas.

— Sim, só que não queria ser taxada de heroína. Como meu pai diz isso é igual a gozar com o pinto dos outros.

Carlos riu e parou no sinal. Kimberly olhou para a rua, rezando para o recesso de fim de ano chegar logo. Odiava todo aquele sentimento que crescia dentro dela. Pior seria encarar as pessoas. Ela se deixou levar pela curiosidade daquele dia. Jurou ter visto fumaça vindo da casa de Rebeca e quando se deu conta estava entrando de fininho na propriedade. O que se seguiu naquele momento mudou sua vida completamente.

— Passou na psicóloga? — Kimberly quebrou o silêncio.

— Não preciso de psicóloga.

— Max era seu amigo. Não era íntimo — se defendeu ao ver o olhar irado de Carlos. —, mas não deixava de ser, certo?

— Nossa amizade era um ioiô. Ele se afastava do nada, então era uma amizade por conveniência. Ele sempre preferiu a Madison e o pessoal da corrida, então...

— Não sou formada — Kimberly disse, fingindo olhar o celular —, mas sempre pode conversar comigo.

— Quem passou sufoco foi você — Carlos riu, a escola sendo vista ao longe. — Eu sou só o namorado gostoso...

— E brasileiro — disseram ao mesmo tempo. — Da heroína de Rock Valley High School. — O jovem completou. Coçou o bigode e por fim entrou no estacionamento da escola.

— Eu juro que se aparecer uma montagem minha como Mulher Maravilha eu não sei do que sou capaz.

— Pois eu amaria te ver numa fantasia sexy de Mulher Maravilha.

— Idiota. Para o carro logo. Preciso encontrar uma pessoa.

— Monica?

— A própria.

[...]

A Rock Valley High School possuía um enorme pátio central com bancos, mesas e uma cantina grande para os padrões regionais. Julie Roberts Rainbow encarava Madison Jules de lado. A primeira, asiática e muito baixa e esguia parecia ser uma muralha perto de Madison. A adolescente, outrora cheia de vida e jovialidade parecia ser um balão de gás hélio que estava murchando dia a dia.

Era claro que uma das duas era namorada de Max.

— Você tomou café hoje? — Julie disse, colocando os óculos no lugar.

— Ando sem fome.

— E o enterro? — se arrependeu da pergunta, mas não se aguentou de curiosidade. — Como foi?

Madison virou o rosto lentamente, incrédula, mas feliz de certa forma por poder conversar daquilo com alguém que confiava.

— Foi definitivamente... Um enterro.

— É verdade os boatos? Que não teve velório?

— Sim. Não pude me despedir dele. Ridículos.

— Estão falando que ele pode estar vivo...

— Ele quebrou a porra do pescoço na queda, Julie! A menos que ele tenha encarnado em alguém.

A garota encolheu. Madison fechou os olhos e respirou fundo.

— Me desculpa — abraçou ela. — Tem sido difícil. É como se tudo o que eu acreditasse se esvaísse como fumaça.

— Eu que peço perdão. Sou uma péssima amiga. — Julie desviou o olhar, nervosa.

— Você não ter ido na viagem pros meus avós na Califórnia não faria diferença. Mas eu sim. Me pergunto o que teria acontecido se eu estivesse por aqui.

— Poderia estar morta.

Madison encarou Alyssa a sua frente. A garota a fuzilava com o olhar.

— Com licença?

— É isso mesmo. Ele teria te matado — Alyssa cuspiu as palavras.

— Alyssa, você não pode — começou Julie, mas sem saber o que dizer.

— Teria sido melhor assim. — Madison suspirou. — Eu enterrada a sete palmos do chão. Isso te traria paz, Alyssa?

Se Alyssa tinha alguma raiva ou alguma vontade de brigar com Madison, se dissipou totalmente ali.

— Vamos, Julie. — Madison disse, encarando Alyssa. — Fiquei sabendo das suas enxaquecas. Posso indicar meu médico, se quiser. Ele é um ótimo neurologista.

— O-obrigado, Madison. Me desculpa qualquer coisa.

Observou a dupla de amigas ir embora. Uma culpa foi sentida, mas ao passar a mão atrás de sua nuca e sentir a cicatriz deixada por Max, parte dela foi mantida.

— Você é fria, hein.

Alyssa se virou. Rodney Simpson parecia estar deliciado com a situação. Estava com o capuz da blusa de frio bem colocado, a barba por fazer, fazendo ele parecer bem suspeito ali. Assim como quase toda a escola na visão da adolescente.

— Anda escutando as conversas alheias, seu gay enxerido?

— Você sempre faz da sua vida um barraco, difícil é não escutar. — Ele se sentou onde Madison estava, cruzando as pernas.

— Eu quase fui morta! Tenho o direito de estar brava.

— Que seja — Rodney deu de ombros. — Ter se livrado da Dona Morte não te dá o direito de ser cuzona.

— Não fui cuzona, só que tipo... Você jura que a Madison não tinha como ter notado que a porra do namorado dela é um psicopata?

— Ninguém imaginava que eu era gay até eu me assumir.

— São coisas distintas — Alyssa rebateu. — Na real nem sei por que tô perdendo meu tempo com você. Preciso encontrar a Mônica. Nos perdemos quando ela foi conversar com o diretor.

— Você deve achar que eu tenha raiva da Mads também? Quer dizer, Julie veio pra escola me conhecendo, e mal anda comigo...

— E lá vamos nós... — ela se sentou, ao sentir uma pontada na cabeça.

[...]

Depois de se despedir de Julie, Madison focou sua atenção em encontrar a sala de biologia. Tinha os olhares de toda a escola sobre ela, mas no fundo sequer se importava. Sua atenção estava focada em outros assuntos, e um bando de adolescentes não iria desconcentrar ela tão facilmente.

— Oi, Mads — Kristen gentilmente tocou seu ombro.

— Kristen? Caramba, há quanto tempo — abraçou ela, que sentiu uma surpresa genuína com o gesto.

— Vim prestar minhas condolências.

— Sou muito grata. Seu post sobre toda essa situação foi lindo. De verdade.

Kristen ficou internamente em êxtase.

— Fico muito feliz que tenha te tocado. É um momento que nós mulheres precisamos nos unir. Sororidade.

— É sobre isso que queria aproveitar e falar — Madison disse. — Você tem uma plataforma enorme. Poderia falar sobre o bullying que ele sofria.

A expressão de alívio sumiu no mesmo instante do rosto de Kristen.

— Mas veja bem, Mads...

— Não concordo nenhum pouco com a merda dos assassinatos. Mas você não acha que tenha sido a gota d'água? Aquelas garotas... Sempre debochando do meio mundo. Você lembra como era ano passado.

— Entendo — Kristen suspirou. — Vou pensar bem. Não quero engatilhar ninguém falando algo errado.

— Eu sei. Se quiser vou almoçar na cafeteria da esquina.

— A Robs?

— Isso. Vou ver se Monica e Alyssa querem também topam.

— Posso chamar a Kim?

— Claro. Quanto mais gente melhor.

Madison se despediu e foi de encontro a sua aula. Esperava conseguir a ajuda que necessitava.

[...]

Kimberly se despediu de Carlos e seguiu até o Robs, a pedido de Kristen. Sua colega influencer a aguardava, junto de Monica, Madison e surpreendentemente Rodney e Julie. Não gostava dos dois. Rodney era ácido e não gostava de ficar perto de quem ele não achava digno. Julie parecia um personagem de anime — e jamais leve isso como elogio —, além de parecer estar sempre se escondendo de alguém. O fato de ambos serem amigos de infância fazia ela ficar de cabelo em pé. Sua vivência com Carlos e sua família a ajudou a ter um olhar mais clínico da vida. Depois de Frank e Santana (primos próximos do Brasil) terem sido brutalmente assassinados, criou um senso de sobrevivência nos pais de seu namorado de causar inveja.

Se sentou, cumprimentando todo mundo, já sentindo os olhares dos adultos.

— A Alyssa vem? — indagou, ao notar o silêncio.

— Ela chegou comigo — Rodney disse, parecendo realmente estar entediado. Foi ao banheiro.

— Legal — foi o que conseguiu dizer. — Como vocês estão?

— Indo — Madison disse.

— Depois da sua briga com a Alyssa, né...

— Rodney! — Julie o cortou.

— Briga?

— Não foi briga, gay enxerido — Alyssa se sentou, encarando o colega. — Estava com raiva e exagerei, apenas isso.

— Tá tudo bem — Madison afirmou. — Eu entendo total.

Kimberly ficou quieta. Kristen observava tudo com cautela.

— Como o Carlos está? — Madison perguntou.

— Bem, mas acho que esse não é o ponto do encontro, né?

Todos ali se olharam brevemente. A lanchonete envolta no silêncio, como se todos quisessem ouvir em detalhes a conversa do grupo.

— Não — Madison disse. — Entendo o fato de Max ser um monstro. Nada justifica sair matando as pessoas por aí. Mas acho importante usarmos nossas plataformas para conscientizarmos as pessoas...

— A não matarem seus colegas de sala? — Rodney disse, mordendo seu hambúrguer.

— Também — Madison ignorou a investida do colega e continuou: — Max deve ter sido uma boa pessoa em algum momento. Ele só deve ter passado por algo que corrompeu sua mente.

— A ponto dele fazer aquilo? — Monica engoliu em seco. — Sinto muito, Mads, mas ele assassinou pessoas. Minhas amigas. Eu e Alyssa quase fomos mortas...

Madison coçou a cabeça.

— Vocês nunca facilitaram, ele falava sobre.

Alyssa se levantou. Todos focaram sua atenção nela.

— Ninguém daqui fazia bullying com seu namorado psicopata! — ela riu, cruzando os braços. — Ele não era esse santo que você acha. Ele era um lunático, com certeza te enganou, assim como todas nós!

— Gente — Kristen sussurrou. — Olha o escândalo. Não precisamos disso.

— Pra você é fácil falar! — Monica suspirou. — Mas não tem culpa. Ninguém aqui tem, ok?

— Vocês querem entender a mente dele — Rodney afirmou. — Em vez de se atacarem entre si porque não conversam com os pais dele?

Alyssa se sentou, cogitando a oportunidade.

— Isso seria de muito mal gosto. — Informou Mônica. — Eu não quero desenterrar nenhuma merda.

— E se tiver um culto? — Julie disse. — Qual é, vocês sabem que é possível!

— Esse cast tá muito barato pra uma produção desse nível — Rodney brincou.

— Não, é sério! — Julie pegou o celular. — Já houve outros casos, aqui mesmo nos Estados Unidos, no Brasil...

— Não teve um no Canadá? — Kristen disse. — Mesmo lance de usar máscara, faca e tal.

— Vocês são uns ridículos — Madison se levantou, os olhos marejados. — Foi uma perda de tempo.

— Mads, espera — Julie foi atrás dela, seguido de Rodney. Kristen vendo a deixa se despediu rapidamente e saiu da lanchonete.

Restando apenas Kimberly, Alyssa e Mônica, um silêncio caiu sobre a mesa.

— Meu Deus — Kimberly suspirou. — Vocês ficaram sabendo o que aconteceu com dois primos do Carlos?

— Não. — Alyssa tomou um gole de refrigerante. — O que rolou?

— Ouvi umas coisas — Monica disse.

— Esses dois primos foram assassinados lá no Brasil. Rolou há uns anos. Foi a mesma que aconteceu com vocês. Uma pessoa maluca vestindo uma fantasia decidiu que mataria um grupo de pessoas.

— Meu Deus. Achei que essas coisas só acontecem em filmes.

— Posso conversar com ele, e pedir que ele tente explicar pra vocês dois os pormenores, se isso for ajudar vocês, claro. Não quero aterrorizar ninguém por nada.

— Não acho legal expor o Carlos por nada — Mônica disse. — Deveríamos seguir em frente. E já já temos aula.

Alyssa se levantou, pegando seu casaco na cadeira.

— Eu acho que vou ver os pais dele.

— Alyssa...

— Mônica, não vou deixar isso pra trás. — Sentiu uma pontada na cabeça. — Só assim ficarei em paz.

[...]

Contrariando o bom senso de Monica, Alyssa decidiu matar aula e ir visitar os pais de Max. Era loucura, ela bem sabia. Mas precisava pôr um ponto final naquilo. Era como um ciclo fechado que ficava com uma fenda aberta, escapando momentos que ela queria deletar de sua mente.

Estava chegando perto de seu carro quando viu pelo retrovisor Mônica se aproximando. Seus dreads curtos balançavam com o vento gélido e cortante.

— Não ia ficar com a diversão só pra você, né?

— E isso lá é diversão?

— Encaramos isso como uma história de mistério adolescente.

— Se você diz. — ela riu, destrancando o carro.

— Você quer respostas.

— Quero fechar esse ciclo.

— Isso é algo que a Kristen diria.

Alyssa não se aguentou e caiu na risada. Realmente não fazia o tipo good vibes que queria meditar e encontrar suas chacras interiores. Era uma garota negra do subúrbio que por milagre não havia morrido num maldito massacre.

Ela precisava saber por que Max Hernandez havia decidido de um dia para o outro matar aquelas garotas. 

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