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Q U A R E N T A E N O V E




AIDAN

A mais de dois anos atrás


—Você é um monstro – gritou Aidan ao homem em sua frente , que estava com seu corpo repousado sobre uma cadeira de couro , trajando um terno Armani e com um expressão de deboche em seu rosto – Como pode renegar sua própria filha – continuou ele jogando um papel sobre aquele homem – Mesmo com esse teste que comprova sua paternidade – gritou ele , levando sua mão até seu cabelo e o penteando para trás, enquanto seus olhos pousaram no chão como se tentasse se acalmar – Sabe .... – disse ele voltando aquele homem – Não sei como a mamãe ainda está casada com você, ela merecia alguém melhor , alguém que a respeitasse— terminou Aidan pousando suas mãos sobre a mesa

— Aidan quem você pensa que é? – indagou o homem a Aidan – Quem você pensa que é para falar assim com seu pai? – indagou novamente Carlos se pondo em pé – Você é um moleque imaturo que acabou de sair das fraldas e já acha que pode me dar lição de moral? – indagou em um tom irritado – Eu não vou reconhecer essa bastarda , entendido , não adianta você insistir e quanto a sua mãe ela sabe com quem casou – disse Carlos se pondo a andar de detrás de sua mesa – Nosso casamento foi apenas um negocio como o seu vai ser  – continuou ele parando em frente a Aidan – Ou vai me dizer que está se casando por amor? – indagou Carlos o fitando com uma expressão irônica

—Sim – respondeu Aidan em um só tom – Eu amo a Amélia e vou me casar com ela por amor – disse ele em um tom alto 

—Amor? – indagou Carlos dando uma risada irônica – Não seja tolo Aidan , no nosso mundo tudo , tudo – continuou ele dando ênfase em suas palavras – é apenas negocio – afirmou ele

Aidan apenas soltou um suspiro, como se estivesse desistido daquela conversa ou de tentar ter qualquer conversa decente com seu pai , ele era um homem frio  e nenhuma palavra era capaz de atingi—lo , aquela era a pessoa mais fria que Aidan já havia visto e o pior era que aquele homem era seu pai , ele o olhou com uma expressão de desistência e se pôs porta afora , caminhando diretamente para o elevador que encontrava—se com a porta aberta, em um só movimento afrouxou o nó de sua gravata, na tentativa de inspirar mais ar do que seus pulmões estava conseguindo, rapidamente levou sua mão direita um pouco tremula até seu bolso e sacou um frasco laranja com uma tampa branca, rapidamente abriu o frasco e sacou duas pílulas que continham dentro, as levando até sua boca e engolindo de uma só vez  , seu pai sempre alterava seus batimentos cardíacos, contudo sua cabeça estava cheia demais pelas palavras dele, enquanto tentava acalmar seu miocárdio .

As semanas se passaram e Aidan preferiu não voltar a falar com seu pai sobre Claire, já havia percebido que ele estava irredutível enquanto a sua decisão , preferiu se concentrar em algo que realmente importava, seu casamento , seu casamento com sua Amélia , era incrível, mas amava aquela mulher , ela o fazia se sentir tão bem e feliz, ela sim alterava seu miocárdio,  contudo era uma alteração boa, que o fazia se sentir como um adolescente , jamais havia imaginado de apaixonar por ela, pois durante sua infância mal a olhava, apenas a via como mais uma menina , entretanto quando voltou a encontrar se encantou no mesmo instante, ela havia se tornando uma mulher incrível , maravilhosa, madura, sem mencionar sua beleza que havia florescido de uma forma surpreendente e  sem mencionar seria sua para o resto da vida , seria somente sua e demais ninguém , Aidan não sabia explicar mas Amélia provocava nele uma possessão que nunca havia sentido antes, sentia completa necessidade de tê—la somente para si , por isso ele próprio havia feito questão daquele casamento, porque a queria , não por influencia de seu pai ou negócios, mas sim porque seu coração a necessitava ,entretanto temia perde—la , temia contar a verdade sobre seu estado de saúde, temia que ela o rejeitasse e não aceitasse passar semanas, meses ou anos cuidando de um enfermo , não queria que sua Amélia tivesse essa vida de casada, queria que ela fosse feliz, que tivesse o casamento mais feliz que uma mulher poderia ter .

Semanas depois

Paris , ANNAÇA

—Aidan – murmurou Amélia ao sentir os braços de seu marido a erguerem em seus braços enquanto adentravam aquela porta bege e linda .

Assim que entraram no quarto Amélia pode observar todo o carpe que revestia o ambiente coberto por pétalas de rosas vermelhas , havia em uma pequena mesa redonda um balde de gelo que aconchegava uma garrafa de champanhe , com duas taças ao lado .

Habilmente Aidan a colocou no chão , permitindo que ela observasse melhor o lugar , logo Amélia pode sentir suas mãos pousarem em sua cintura e um ar quente ser soprado atrás de sua orelha .

—Gostou senhora Klein? – indagou Aidan em um tom calmo em seu ouvido

— Gostei senhor Klein – respondeu Amélia esboçando um sorriso em seus lábios

Lentamente Amélia se virou, encontrando o olhar de Aidan, que permanecia com suas mãos em sua cintura , ambos trocaram um olhar e esboçaram um suave sorriso nos lábios , lentamente Amélia pode perceber os lábios de Aidan se aproximarem dos seus ,podendo em poucos instantes sentir o calor de seu marido em seu lábios, como resposta ela entre abriu seus lábios dando passagem para o encontro da linga de ambos, iniciando um beijo calmo, mas cheio de desejo, Amélia se indagava como os beijos de Aidan podiam a excitar tanto, mas ao mesmo tempo fazerem ela se apaixonar mais ainda por ele, pois apesar de saber que parte daquele casamento era por conveniência, realmente estava apaixonada por ele  , lentamente se afastaram, quando o ar parecia ser escasso, encontrando novamente seus olhares .

—Vou me trocar – anunciou Amélia se afastando de seu marido, passando por sua mala e tirando algo e rapidamente se dirigindo ao banheiro .

Aidan apenas observou sua esposa entrar no banheiro e fechar a porta, seus labios esboçavam um sorriso que não fazia jus ao tamanho de sua felicidade, por fim teria aquela mulher, por fim iria toca—la como desejava desde que a conhecerá , desejava possui—la e torna—la sua , completamente sua , além de sua esposa perante os homens e a Deus, ansiava por torna—la sua mulher na cama , se unir carnalmente com ela , contudo seus desejos foram interrompidos pelo toque de seu celular , que encontrava se no bolso de sua calça, rapidamente ele levou sua mão, pousando seu olhar no visor o atendendo .

—Doutor – disse ele ao atender a chamada

—Aidan necessito que venha imediatamente para Madrid , conseguimos um coração para você— disse o médico em um tom feliz e ansioso

—Como? Sério? Mas hoje? – indagou Aidan mudando sua expressão de animo para desanimo

—Aidan é sua única oportunidade – disse Antonio

—Mas eu .... – começou Aidan, sem terminar sua frase, não por ser interrompido, mas porque parecia pensar – Está bem  – terminou ele soltando um longo suspiro – Estarei ai o mais rápido possível – disse finalizando a chamada

Madrid

Algumas horas depois

Aidan havia pego seu jatinho e decolado imediatamente para Madrid, contudo sua consciência e pensamentos haviam ficado naquele quarto de hotel em Paris, se sentia mal e completamente culpado por haver largado sua esposa , sua Amélia , contudo sabia que era sua única chance,  aquele transplante era única chance de ter uma vida normal , sabia que se tudo ocorresse bem teria o resto da vida para compensar Amélia por aquela noite . A ansiedade de Aidan era tanta que assim que o avião pousou se dirigiu rapidamente para o Hospital Universitário de Madrid , entrou correndo , seus olhos apenas procuravam o doutor António, para seu alivio o encontrou parado em frente a um balcão

—António – chamou Aidan em um tom alto, roubando a atenção do médico

—Aidan – respondeu Antonio a ver seu paciente , contudo uma expressão de decepção tomou conta de seu rosto

—O que foi Antonio? – indagou Aidan notando a expressão estranha no rosto do médico – Por que essa expressão? – indagou ele ansiosamente

—É ....— murmurou o médico como se procurasse as palavras adequadas – É , Aidan , houve um problema – confessou  Antonio em um tom baixo

—Que problema Antonio? – indagou Aidan alterado

—Infelizmente o coração foi para outro lugar – disse o médico – Houve um engano no transporte e o levaram até outro hospital e o coração já foi transplantado no paciente – continuou ele fitando Aidan – Desculpa – murmurou

—Por favor Antonio – disse Aidan em um tom de suplica— Diga que está mentindo – pediu ele levando sua mão até sua cabeça e a deslizando até sua nuca – Eu larguei minha esposa na nossa noite de núpcias – murmurou , cerrando suas pálpebras – Ela jamais vai me perdoar por isso – continuou ele se virando em frente a parede e com o olhar sobre o chão como se procurasse algo ou alguma solução , instintivamente Aidan cerrou seus punhos e levou contra a parede – Droga – murmurou , assim que afastou sua mão da parede começou a sentir uma dor forte em seu peito, uma dor agonizante que jamais havia sentido antes , era uma dor aguda, que dificultava qualquer movimento de seu corpo, sua fala, sua respiração , todos seus sentidos estavam paralisados devido aquela dor , o único movimento que foi capaz de realizar foi levar sua mão até seu peito e cravar seus dedos em sua camisa , contundo seus sentidos já começavam a se perder, juntamente com sua consciências, seus olhos apenas eram capazes de ver uma escuridão em sua frente, enquanto apenas pode sentir seu corpo pousar sobre um chão frio

—Enfermeira – gritou Antonio se abaixando sobre Aidan ,levando rapidamente suas mãos até o peito dele e iniciando uma massagem cardíaca.

Aidan apenas viu a expressão de desespero do médico em sua frente, contudo não foi capaz de ver ou perceber mais nada , pois sua consciência já havia sumido por completo  .

Dias depois

—Como está Aidan? – indagou Antonio entrando no quarto e se dirigindo ao paciente que estava deitado sobre uma cama hospitalar e com alguns fios ligados ao seu corpo, principalmente em seu peito

—Melhor – respondeu Aidan em um tom sereno – Então doutor qual o resultado meus exames ? – indagou

—É ....— murmurou Antonio o fitando – Aidan vou ser sincero , infelizmente esse infarto debilitou mais ainda seu coração – anunciou  o médico – O transplante se tornou algo urgente para te manter vivo – afirmou – Por isso sugiro que você conte de uma vez a algum parente e até mesmo a sua esposa seus problema – aconselhou o médico .

Aidan rapidamente pousou seu olhar sobre a cama , as palavras do médico lhe deixaram sem chão, parecia que a cama embaixo de si havia sumido , aquele anuncio havia levado qualquer pensamento que ocupava espaço em sua mente ,entendia as palavras de Antonio, contudo não era capaz de compreende—las , jamais havia imaginado ter sua vida resumida a poucos anos ou até meses, não se fazia capaz em aceitar a ideia de perder tudo, de deixar sua Amélia , entretanto sabia que ninguém poderia saber de seu problema, pois no mundo dos negócios seria visto como um fraco, seu pai principalmente o veria como um fraco e imperfeito , sem mencionar em sua Amélia , que certamente com aquele jeito doce e gentil passaria todo aquele tempo cuidando dele

—Não – murmurou Aidan levantando seu olhar até o médico – Ninguém pode saber doutor – disse em um tom baixo – Ainda sou apto para um transplante? – indagou ao médico

—Sim – respondeu Antonio — Não imediatamente, mas ainda está apto – afirmou

Aquele fato mudou todos os planos de Aidan, que pretendia voltar para casa e ter um casamento normal, aquela redução em sua linha da vida lhe fez pensar em tudo que estava por vir , especialmente em sua Amélia , a ideia de deixa—la , de ver ela apenas o ver partir o matava , não podia permitir isso, não podia permitir que sua esposa cuidasse de si , passasse aqueles meses de casamento cuidando de um enfermo e incapaz de lhe proporcionar um casamento saudável e feliz , entretanto não podia se separar dela e permitir que fosse de outro, apenas ao imaginar sua Amélia sendo tocada, amada, beijada, acariciada e qualquer outro gesto de amor por outro homem já lhe fazia voltar a doer seu coração, sabia que era egoísmo demais, contudo já tinha certo em sua mente que Amélia tinha que ser sua e somente sua, enquanto vivesse, enquanto seu coração batesse ela tinha que ser sua , mesmo que o odiasse, mesmo que o repudiasse , porque também não poderia tê—la, não poderia ama—la, dar a ela todo o amor que tinha dentro de si e simplesmente partir, sabia que tal fato seria arrasador para sua doce esposa , que mais parecia uma pétala delicada, que a qualquer vento forte era capaz de se despedaçar , a partir daquele instante tomou a decisão de se afastar dela, mesmo que ela o odiasse, seria pior ama—la e faze—la sofrer , preferia que então não sofresse nada com sua partida , que o odiasse do que imaginar sua Amélia passando os dias sofrendo com sua morte , poderia parecer uma loucura e até imaturo, mas não podia permitir que a única mulher que havia amado sofresse.

Meses depois

Já havia se passado meses desde a decisão de Aidan, já havia colocado seu plano em pratica e também já se fazia capaz de ver sua esposa sofrer, no começo quando voltava para casa, principalmente na primeira vez foi uma completa tortura pisar naquela moradia , e encontrar  os olhos esperançoso de Amélia, acompanhado daquele lindo sorriso que o encantava desde a primeira vez , mas ter que agir de forma indiferente aos gestos carinhosos dela , ter que fingir falta de interesse para suas perguntas ou ter que agir friamente quando estavam  a sós , entretanto sabia que era necessário , apesar de doer cada vez que a indiferença dela crescia perante a si .

Com os meses era torturante ver aquela mulher e não poder fazer nada , querer toca—la mas não poder , apenas ver ela partir e entrar por aquela porta, porque mal lhe dirigia a palavra , nem mesmo um olhar de carinho, Amélia já era completamente indiferente  a si e se odiava por tal plano ter tido êxito tão rapidamente , apesar de saber que era necessário , já que havia se passado meses e nenhum outro coração compatível havia aparecido e sua saúde apenas piorar, cada dia se sentia mais cansado, tinha pequeno princípios de infarto por pelo menos três vezes na semana, se fazia difícil trabalhar ou manter a postura perante uma reunião , por isso sempre optava por trabalhar em casa ou no hotel, permitindo apenas a ter o mínimo contato com qualquer outra pessoa .

Havia voltado mais uma vez para casa , logo que chegou tomou conhecimento que sua esposa não encontrava—se, já havia se completado um ano de casamento e alguns poucos meses e Aidan havia percebido uma significativa mudança em sua esposa, ela mal lhe dirigia a palavra e quando o fazia era em um tom ríspido , como se a incomodasse falar com ele, entretanto se fazia possível a perceber que ela andava mais serena, tranquila e até feliz, não sabia a que deveria atribuir tal fato ou a quem, sim ele desconfiava que sua esposa poderia ter outro homem, um amante que a estava fazendo feliz , apesar daquela possibilidade o matar sabia que era algo bem provável e não uma simples hipótese , mas sabia que não podia culpa—la, pois em algum momento qualquer pessoa normal se cansaria de esperar e seguiria em frente com sua vida , como ela estava fazendo .

Os pensamentos de Aidan foram interrompidos ao ouvir a porta de entrada se abrir , algumas chaves se pousarem sobre uma pequena mesa que ficava logo na entrada , sabia que era Amélia, não porque seus olhos a viam, mas porque seu coração batia de forma descompassada, não era um infarto , era a forma que ele reagia sempre que aquela mulher estava próxima . Rapidamente ele levou suas mãos até o apoio de braço de sua cadeira , se obrigando a ficar em pé , em passos rápidos, mas silencioso se dirigiu ate a porta e a abriu o suficiente para seu corpo passar , encontrando imediatamente aquela mulher de pele cClaire, cabelos castanhos, trajando um belo vestido azul, se dirigindo até a escada .

—Olá – saudou ele com seu corpo encostado no batente da porta

Aidan apenas observou Amélia cessar seus passos e pousar seu olhar sobre ele, com uma expressão que era um misto de surpresa com desgosto

—Aidan – murmurou ela em um tom baixo

—Tudo bem Amélia? – indagou ele em um tom sereno , enquanto a fitava

—Sim – respondeu ela em um tom frio ,permanecendo ambos em silencio – Vou subir, boa noite – disse ela subindo o restante da escada e sumindo do campo de visão de Aidan.

Aidan se dirigiu novamente ao seu escritório, se indagava como era possível ela estar mais linda do que a última vez que a havia visto,  contudo também estava mais fria e indiferente , entretanto não podia negar que mesmo daquele jeito ainda o encantava, morria de vontade de agarra—la e lhe tascar um beijo e até mesmo arrasta—la para cama e faze—la sua , poder ver por fim a perfeição de sua esposa sem vestimenta alguma , aqueles pensamentos o perturbavam, então se obrigou a retornar ao seu trabalho .

As horas transcorreram durante aquela noite e para sua infelicidade não voltou a ouvir ou ver qualquer sinal da presença de sua esposa , estava cansado de tanto papel em sua mesa, as letras já não faziam mais sentido perante seus olhos , mal se fazia capaz de formar uma palavra, lentamente recostou seu corpo em sua cadeira , pousando seu olhar sobre o teto, como se visse ou ao menos buscasse ver sua Amélia , ele levou suas mãos até o encosto do braço da cadeira e se pôs em pé , em passos lentos se dirigiu para fora do escritório, subindo as escadas , sua visão estava centrada na porta do quarto principal ou melhor no quarto em que repousava sua esposa, dirigiu sua mão até a maçaneta, fazendo uma breve pausa e verificando que nenhum ruído vinham de dentro daquele lugar , lentamente girou a maçaneta em sua mão, empurrando um pouco da porta,  não totalmente, mas o suficiente para revelar aquele ambiente , seus olhos correram até a cama, percorrendo o corpo da mulher que ocupada aquele leito, subindo de suas pernas desnudas e apenas emboladas no lençol até seu rosto, que possuía as pálpebras cerradas e um suave sorriso nos lábios, ela dormia com uma expressão serena e era notável que estava tendo algum sonho agradável ,Aidan se indagava com que ou quem sua esposa sonhava , contudo algo dentro de si sabia que ele não era a razão de seus sonhos , algo dentro de si sabia que era outro homem que ocupava os sonhos de sua esposa , lentamente ele pôs seus pés a se mover e se dirigiu próximo a cama, habilmente enquanto tentava não despertar sua esposa , pegou o lençol e cobriu a parte de seu corpo que estava para fora, a fitou mais uma vez, esboçando um suave sorriso em seus lábios, seus olhos brilhavam enquanto mirava aquela mulher, em um pequeno movimento se inclinou e pousou seus lábios sobre a testa macia de Amélia , assim que ergueu sua cabeça e pode fita—la , pode observar ela esboçar um suave sorriso , parecia até que estava respondendo a aquele gesto de carinho, contudo Aidan preferiu não se iludir com aquele pequeno sinal e se pôs porta a fora, deixando tudo em seu devido lugar como se não estivesse estado ali , como sempre fizera naqueles meses , pois quando estava em casa era habitual seu observar sua esposa dormir e tentar lhe dar o único gesto de amor que poderia demonstrar, que era exatamente quando ela estava inconsciente .

Semanas depois

Madrid

Aidan estava em seu escritório, sentado em sua cadeira , tinha inúmeros contratos em sua frente , contudo sua visão estava voltada para as fotos que estavam em cima de toda aquela papelada, mal podia acreditar o que seus olhos estavam vendo, seu coração doía de uma forma que jamais havia doido antes, nem a dor de um infarto era maior que aquela, pois pelo menos quando tinha um ataque tomava um remédio ou chamava o médico e a dor amenizava, contudo aquela dor não passava, não o deixava inconsciente, nenhum remédio poderia alivia—la , apesar de saber que tudo era consequência de seus atos e decisões não queria acreditar que sua Amélia era de outro , que aquelas imagens mostravam outro a beijando, acariciando, a tocando , rindo com ela, compartilhando um sorvete , se fazia incapaz em acreditar, melhor não queria acreditar , aquelas imagens eram tudo que não queria e para seu desespero podia sentir que estava perdendo a única mulher que havia amado em sua vida .

Para piorar toda aquela situação não havia nada que poderia fazer, não podia voltar e recupera—la , isso se tivesse oportunidade para tanto, pois nos últimos meses se sentia completamente debilitado, era raro estar trabalhando naquele escritório , preferia ficar em seu quarto de hotel, pois assim podia descansar, mas aquela vida de solidão , era isso uma enorme solidão que matava mais ainda, contudo mesmo que quisesse ter uma vida normal era tarde demais, pois em sua ultima consulta o médico havia lhe dado apenas mais alguns poucos meses de vida, poderia chegar a um ano se tivesse uma vida tranquila, onde não tivesse estresse algum, onde seu coração permanecesse calmo, contudo qualquer alteração poderia ser fatal , para ele e para seu coração .

Seus pensamentos e lamurias foram interrompidos pelo soar irritante de seu celular, rapidamente ele o sacou , levando seus olhos ao visor, soltou um longo suspiro, como se não quisesse atender aquela ligação ou soubesse que a noticia não seria a das melhores como das últimas vezes .

—Alô – murmurou Aidan sem muita vontade

—Aidan corra já para aqui – disse uma voz masculina do outro lado da linha – Consegui um coração compatível e já esta aqui no hospital – anunciou o medico todo entusiasmado .

Semanas depois

O transplante havia sido um sucesso tanto para o médico quanto para Aidan, ninguém sabia do paradeiro de Aidan Klein, para o pessoal de Madrid ele estava na empresa , para o pessoal da empresa ele estava em Madrid ou em qualquer outro lugar, contudo o paradeiro de Aidan era certo, era o Hospital Universitário de Madrid, onde se recuperava ainda do transplante, como não tinha ninguém para atender dele , Antonio preferiu mantê—lo internado durante o período de possível rejeição , que para sorte de Aidan não apresentou nenhum rejeição o órgão transplantado, até se sentia melhor .

—Você é o paciente mais cabeça dura que já tive – afirmou o médico fitando Aidan que mexia em seu notebook – Além de não contar para ninguém seu problema ainda já esta trabalhando – comentou

—Doutor para quem iria contar? – indagou Aidan fitando o médico a sua frente – Meu pai não suportaria a ideia de ter um filho enfermo e incapaz de assumir seu lugar futuramente , minha mãe me trataria como um doente , causando mais ódio a meu pai , infelizmente minha familia não é a opção mais indicada para apoio – comentou ele

—E sua esposa? – indagou Antonio

—Não , jamais faria a Amélia passar por isso Antonio – disse Aidan em um tom de reprovação – Ela teria passado todo esse tempo cuidando de mim , estaria aqui agora sentada nessa poltrona – ele apontou para a poltrona ao seu lado – Ela é assim, cuida de todos – comentou ele esboçando um suave sorriso – Mas não poderia priva—la de ter uma vida e viver a minha durante esse tempo – afirmou

— Aidan porque então se casou com ela? – indagou o médico

—Ai doutor – murmurou Aidan recostando sua cabeça no travesseiro atrás de si e olhando rapidamente o teto – Porque me apaixonei – comentou voltando a fitar o médico – Porque desde o dia do meu casamento tenho sonhado com esse dia que vou por fim poder voltar para casa e reconquista—la , por isso me casei com ela Antonio, para tê—la lá me esperando quando voltasse, porque morreria se ela houvesse casado com outro ,que não eu – confessou Aidan

—E quem garante que ela não tem outro? – indagou Antonio – Afinal você esta bastante tempo longe – afirmou

—Ela tem outro – disse acompanhado de um suspiro – O nome dele é Matt e ela acha que o ama , mas não,  eu vou mostrar para a Amélia que quem ela ama é a mim e somente a mim – afirmou

—Aidan , Aidan , Aidan – repetiu o médico em um tom de advertência – Eu torço para que tudo dê certo, porque vejo o quanto a ama , mas vai contar tudo para ela?— indagou – Ou vai esconder como escondeu sua cicatriz ? – indagou novamente

—Vou – respondeu Aidan— Doutor você sabe que não podia chegar com uma enorme cicatriz , a Amélia saberia de tudo na mesma hora, quero conquista—la antes de contar tudo, necessito que ela deixe de me odiar para que aceite mais facilmente a verdade e os segredos – terminou ele.

Semanas depois

Por fim Aidan estava em casa e dessa vez era para ficar , não pretendia partir dali jamais e se o fizesse certamente levaria Amélia consigo , assim que chegou tomou conhecimento através de Rose que sua esposa não estava, não se surpreendeu com o fato, conhecia a mulher com quem havia se casado , a ponto de saber que ela já era totalmente independente e que não se sujeitaria a qualquer  mandou ou desmando dele, mas até que lhe agradava isso, odiaria ter uma mulher submissa , mesmo Amélia indo as vezes longe demais e o desafiando de uma forma que nenhuma outra mulher havia feito antes .

Aidan estava andando de um lado para o outro em seu escritório , na tentativa de acalmar seu novo coração, que estava totalmente acelerado com a possibilidade de voltar a encontrar a mulher que tanto amava , seu caminho se fazia da janela, até a sua mesa onde olhava o celular a cada instante, não a espera de uma ligação ou algo parecido, mas para ver se algo mudava, algum sinal de mudança de hora , lentamente voltou para a janela, esboçando um suave sorriso ao observar um carro adentrar o portão da frente e percorrer o longo caminho até a casa , apenas observou sua esposa descer do carro, podia notar certo nervosismo nela, se indagava se tal fato de atribuía a sua presença ou seria outro o motivo , a observou se dirigir lentamente ate a porta , assim que constatou o som da porta da frente se abrindo se dirigiu sem muita pressa até a porta do escritório , parando a apenas observando aquela mulher se dirigir até as escadas , em passos silenciosos caminhou até o inicio da escada, percebendo que não havia sido notado .

— Não vai me dar nenhum ''oi'' Amélia ? — perguntou Aidan parado atrás dela

— Oi — disse ela rapidamente se virando para ele — E boa noite — disse voltando —se para a escada

— Isso é modos de tratar seu marido?

— Aidan o que você quer? — disse enquanto apoiava—se no corrimão da escada  com um ar de cansada

— Quero você — disse em um tom sério

— Eu? — respondeu Amélia enquanto ria — Não sabia que tinha virado humorista  — ela parou de rir enquanto ele permanecia serio — Quer algo mais ?

— Não, apenas você — disse ele com um olhar penetrante

Aidan tinha seu objetivo em mente, apesar de querer conquista—la ansiava por senti—la , não queria ficar de rodeios ou apenas sendo um cavalheiro, afinal Amélia era sua esposa e como tal ansiava por toma—la, sabia que não seria uma  tarefa fácil, contudo não perderia tempo com flores, jantares românticos, presentes caros, seria direto, pois não necessitava corteja—la, afinal aquela mulher em sua frente já possuía seu sobrenome e seu coração , a voz de sua esposa o trouxe novamente de suas reflexões

— Aidan sério, qual é a brincadeira? — ela disse se soltando do corrimão e se dirigindo até ele — Você me abandona aqui durante mais de um ano e aparece dizendo que me quer do nada , vai procurar sua amante e me deixa aqui está bem? — disse ela se virando para sair dali , porém foi impedida por uma mão que segurou seu pulso

—Eu que tenho amante senhora Klein? — disse Aidan com um tom ameaçador

Aidan ansiava por esclarecer aquela história de amante, contudo sabia que necessitava se controlar, não podia chegar pedindo explicações quando ele próprio não pretendia fazer, não naquele momento

— O que está dizendo Aidan? E se tiver um amante que mal tem ? — respondeu ela tentando se soltar sem êxito

— Tem que você é minha esposa e não admito isso e pronto como em um impulso ou um desejo reprimido Aidan se pôs a se aproximar dela, levar seu rosto até o dela a ponto de sentir sua respiração , sem esperar mais realizou o ato que tanto ansiava e selou os lábios de sua esposa, que a principio estava fechados , enquanto aquela pequena mão batia em seu peito, contudo ele não deu importância a isso, pois sua língua já havia conseguido passagem por aqueles lábios , iniciando um beijo calmo , mas feroz , podendo apenas sentir os braços dela rodearem seu pescoço e o corpo dela se estremecer em seus braços , dentro de si sentiu uma enorme felicidade, pois por fim estava com a mulher que amava e aquele ato do corpo dela comprovava que  ela não era totalmente indiferente a ele .

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