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Prólogo

Dia 30 de setembro, como prometido! E tem capítulo duplo haha

Espero que gostem! Não esqueçam de deixar seus votos e comentários (sim, aqueles milhões por parágrafo que eu senti tanta saudade nesses dois meses 😍), responderei a todos!!

Ah, a propósito, Poesimar ganhou o prêmio #Wattys2017 na categoria "Contadores de Histórias", já viram como a capa está linda com aquele selo incrível?!?! Haha Obrigada por tudo, pelo amor, carinho e apoio! Eu estou imensamente feliz e grata a Deus e a vocês!!

PS: temos novos avatars dos personagens! O pessoal do fã-clube já viu todos, mas por aqui vou soltando de acordo com os capítulos rsrs Deixem suas opiniões!

Beijos e fiquem com Deus!

— SophiieM ❤

(Safira)

34 dias depois do acampamento

26 de janeiro de 2042

Abro os olhos.

Inalo o ar ao redor de mim.

É tudo muito automático.

Minha vista é meio acinzentada e embaçada, mas melhora aos poucos.

Sinto como se eu estivesse em um quarto branco e vazio. Um quarto onde não há nada além de paredes. Sinto como se eu estivesse nesse quarto, mas ao mesmo tempo, é como se nele não houvesse nada além das paredes. Nem mesmo eu.

Sinto como se eu estivesse em um quarto onde eu não existo.

Não penso em nada.

Minha mente está branca e vazia. Como aquele quarto.

Há uma pessoa ao meu lado. Uma mulher loira, de olhos verdes. Ao seu lado, um homem loiro. Outra garota loira atrás. E mais dezenas de pessoas.

Eu não sinto nada. Deveria sentir alguma coisa?

Encaro a mulher que me olha apreensiva.

— Safira? — Ela pergunta, mas continuo olhando fixamente em seu rosto. Parece-me familiar!

Franzo as sobrancelhas.

Tenho certeza que já a vi em algum lugar!

— Oi filha, está nos ouvindo? — O homem pergunta e toca em meu braço direito.

Filha?!

Continuo encarando-o e uma cena vai se formando em minha mente, como um vídeo.

Estava em uma cama, e havia três pessoas ao meu lado. Por acaso, eram as mesmas pessoas que acabo de ver: a mulher loira mais velha, a mais nova e o homem loiro.

Fecho os olhos forçando um pouco mais minha mente.

Eles explicavam algo pra mim. Mas não consigo lembrar o que diziam.

— Safi? — Abro os olhos ao ouvir a garota me chamar.

Espera! Me chamar?! Safi?! É o meu apelido?!

Automaticamente minha mente acredita que meu nome é Safira. Então deve ser.

— Está tudo bem? O que você está sentindo? — Ela pergunta. Várias pessoas ao redor me lançam um olhar cheio de expectativa. Mas afinal, o que fazem aqui? E quem são?

Meu nome é Safira. Tenho 18 anos. Meus pais estão aqui. E tenho uma irmã. Sofri um acidente quando estava em um acampamento da igreja e perdi a memória. Qualquer coisa que precisar, devo chamá-los.

Franzo novamente as sobrancelhas ao perceber que essa frase se forma repentinamente em minha mente, como algo ensaiado. Eu posso quase ouvir uma voz dizendo isso.

Ok. Então eu perdi a memória.

Esse casal deve ser meus pais, provavelmente. E a garota, a minha irmã. Mas e os outros?

Mantenho o olhar no rosto da mulher ao meu lado.

Tento ligar seu rosto à palavra mãe.

Mãe.

Certo. Eu consigo.

Pai.

Irmã.

— Ela não está dizendo nada! — A mulher fala, com uma voz um tanto desesperada. — Isso é normal, doutor? O que está havendo? — Pergunta. Olho para o homem a quem ela se refere.

Eu devia estar dizendo alguma coisa? Mas o que eu digo?

Franzo a testa. Droga.

Como é que eles conseguem falar?

Abro a boca.

Esse negócio de sair a voz... Que coisa mais difícil!

Começo a forçar minha garganta e até comprimo a barriga, mas falar não é tão fácil assim.

Ai, meu Deus! Como eu vou falar?!

Eu deveria estar falando, não devia?! Eu não deveria, pelo menos, conseguir fazer isso?!

Percebo meu coração acelerar.

Eu preciso falar! Tenho que falar! Socorro! Como se faz isso?!

Mãe! Mãe, me ajuda! É assim que devo lhe chamar, não é?

Com um pouco de força nos músculos, consigo levar minha mão até a mão da minha mãe e a aperto.

Mãe, eu preciso falar! Me ensina! O que eu faço agora?!

Começo a ficar cansada.

E se eles pensarem que eu não quero falar com eles?

Meu coração está acelerado demais.

Eu preciso perguntar quem são todas essas pessoas, e o que eu estou fazendo aqui, porque acho que a minha cabeça estava doendo, e há alguns minutos atrás eu estava no banheiro com um garoto chamado Ítalo, e...

Espera!

Quem me disse isso? Como eu sei disso? Eu não tinha perdido a memória? Não foi o que me disseram?

Arregalo os olhos enquanto sinto meu coração palpitar cada vez mais forte.

Ai, meu Deus! Eu estou lembrando, então?! É assim, tão rápido e automático?! Porque eu não sabia quem eram essas pessoas, e de repente lembrei de uma frase, e de repente lembrei que o casal são meus pais, e a garota é minha irmã, e de repente lembrei das dores de cabeça... Espera! As dores de cabeça!

Isso. Eu não sinto mais nada! Meu Deus, eu não sinto nada!

Ai, meu Deus! É isso mesmo! Eu não estou sentindo mais nenhuma dor, é como se estivesse livre! Meu Deus, meu Deus, meu Deus! Ainda não acredito que minha cabeça não dói mais nem um pouco! Eu ainda lembro daquela dor horrível, e...

Nossa, que legal dizer a palavra "lembro"! Sinto como se estivesse recuperando uma parte de mim.

Mas enfim, de repente eu lembrei daquele garoto chamado Ítalo e...

Paro de apertar a mão da minha mãe e a levo imediatamente ao peito quando uma dor descontrolada começa a surgir.

Alguma coisa está acontecendo. Sinto que meu coração está afundando dentro de mim, mas nem gritar eu consigo.

Fecho os olhos e comprimo todo o meu corpo. Meu peito pesa, e eu não consigo respirar direito. A sensação de estar parando é a única coisa que domina meus pensamentos agora.

Viro o rosto para o homem de jaleco a quem minha mãe se referiu alguns minutos atrás. Ele gesticula rapidamente para as pessoas se afastarem e arrasta a minha cama, fazendo meu rosto virar para o lado.

Algumas mulheres de jaleco entram no quarto e mexem nos meus braços, no meu rosto e nos fios que estão em mim, mas enquanto ele aponta ritimadamente para uns monitores ao meu lado, eu paro de prestar atenção em tudo.

Quando o homem que minha mãe chamou de doutor balança minha cama e o meu rosto vira para o lado, eu não penso mais em como está sendo difícil respirar. Eu apenas paro.

Quando meu rosto vira para o lado, eu vejo o garoto que se chama Ítalo.

Por um momento, quando lembrei daquilo, pensei que fosse uma cena irreal e que ele não existisse. Mas ele estava lá comigo, no banheiro. E minutos antes, no quarto, nós conversamos. Ele sentou no canto e disse que eu poderia jogar o vaso na cabeça dele, se tentasse algo ruim.

Verde, a sua cor favorita. Da cor dos seus olhos. Lembro quando ele me disse isso.

Quando meu rosto vira para o lado, eu sinto que preciso conversar com ele novamente — por mais que não esteja nem mesmo conseguindo falar.

O garoto chamado Ítalo está com as duas mãos na boca, as sobrancelhas franzidas e chora de uma maneira tão dolorosa que chego a pensar que o que doi nele talvez seja mais forte que as minhas dores de cabeça.

Eu não sei por que ele chora. Mas não tenho tempo para pensar.

Se morrer é isso, eu não vou permitir que aconteça comigo.

Eu preciso voltar a respirar.

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