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Capítulo 25

(Safira)

Horas depois

Estou no quarto com Sarah, não aguentando mais segurar tudo o que está dentro de mim.

Fico sentada na cama, quieta e calada, enquanto ela dobra algumas peças de roupa e as introduz no roupeiro ao lado da sua cama.

— Preciso conversar com você! — Falo, fazendo-a parar por um momento e virar em minha direção.

— Sabia! — Fala, estalando o dedo na frente do rosto. — Sabia que você tinha alguma coisa! Estava estranha desde a hora em que saímos pra jantar!

Mordo os lábios olhando para o chão e Sarah finalmente para o que estava fazendo e senta na minha cama, à minha frente.

— Fala, Safi!

Respiro fundo e sinto meu peito subir e descer com intensidade.

— Briguei com o Ítalo hoje! — Solto de uma vez. Mesmo sabendo que minha irmã já tem seus problemas e está me escondendo algo há muito tempo.

— O quê?! — Franze as sobrancelhas. — Por quê?!

— Por nada! — Falo, decepcionada. — Eu estava estressada e descontei nele. E agora acho que está com raiva de mim.

Sarah faz uma careta. — Caramba, Safira! Mas o que você disse?

Mordo os lábios. — Que ele me sufocava. — Falo, e ela então ergue as sobrancelhas e deixa a boca entreaberta.

— E é verdade? — Pergunta, fazendo-me pensar um pouco.

— Eu amo estar perto dele...

— Mas... — Enfatiza.

— Mas eu não sei o que sinto. — Entorto a boca. — Eu sei que já te perguntei isso, mas tem certeza que nós éramos só amigos mesmo?

— Pelo menos era o que você dizia! — Brinca, me fazendo sorrir um pouco.

— Sei lá, às vezes acho que tivemos algo...

— Então por que não pergunta pra ele?

— Não sei. — Respondo.

— Hm...

— Mas tem mais uma coisa. — Complemento.

— O quê?

— O Leo. — Respiro fundo. — Quando eu o via, tinha certeza que ele gostava de mim! Não sei por que, mas eu... Não sei, era como uma certeza, sei lá! Não sei explicar! E hoje eu fui conversar com ele... Sabe, pra tentar esclarecer muitas dúvidas que eu tinha a seu respeito. Eu queria ouvir dele mesmo, entende? Porque eu sei que ouviria a verdade. Mas eu... — Respiro fundo mais uma vez, dessa vez sentindo lágrimas nos olhos. — Eu o vi beijando a Samantha! — Concluo.

Sarah arregala os olhos.

— Ai meu Deus! — Exclama. — Caramba, eu... Estou... — Reluta. — Surpresa! — Então e se aproxima, segurando minhas mãos. — Você está bem?

Balanço a cabeça. — Eu estou, eu... Eu só... — Rio e passo a mão sobre uma lágrima que escorria. — Eu pensava que tinha certeza do que ele sentia por mim, mas estava enganada. Ele não gosta de mim, gosta dela, e... — Balanço a cabeça novamente.

— E o quê?

— Magoei o Ítalo atoa. Magoei porque ele estava me enchendo, e eu queria muito falar com o Leo, mas afinal, quem merecia minha atenção não era ele, era o Ítalo. — Levo as mãos ao rosto. — Eu baguncei tudo! Inverti minhas prioridades e machuquei a pessoa errada!

Sarah então entorta um pouco a boca e olha em meus olhos.

— Mas espera, deixa eu entender... Você brigou com o Ítalo e está arrependida...

— Sim. — Confirmo.

— Mas antes disso, viu Leo e Sama se beijando...

— Isso.

— Só que você tinha certeza que o Leo gostava de você...

— É.

Sarah franze as sobrancelhas. — Safi, você magoou o Ítalo porque estava decepcionada com o Leo.

— Sim, foi o que eu disse.

— Não. O que estou querendo dizer é que... Não sei, mas... Você não acha que se tivesse brigado com o Ítalo e o Leo não estivesse envolvido de alguma forma, você não iria se arrepender dessa forma? — Pergunta e analiso o que quis dizer.

Ao final, me pergunto se o que disse ao Ítalo teve mesmo alguma influência do Leo. Será que eu disse aquilo a ele só porque estava chateada com outra coisa ou por que era realmente isso que eu sentia? E se eu não tivesse me sentindo rejeitada pelo Leo, será que ainda assim me arrependeria por tê-lo magoado?

— Safi... — Minha irmã chama minha atenção. — Você e o Leo... — Reluta novamente. — Eram namorados. — Fala por fim, fazendo-me cobrir a boca com as duas mãos e arregalar os olhos.

Uma infinidade de sentimentos se passa dentro de mim: alegria por estar certa das minhas convicções; ao mesmo tempo, tristeza por vê-lo beijar minha amiga; desapontamento, por ele não ter me dito nada disso; e, de repente, uma imagem.

Estreito os olhos e fixo o olhar no chão, fechando-os logo em seguida.

Sem pedir permissão, cenas do passado invadem a minha mente e eu lembro. Lembro do nosso beijo, no coreto, ainda no acampamento. E lembro também do nosso término, do meu término.

Então era por isso que ele sempre me evitava e não retribuía os meus olhares! Era por isso que ele nunca havia se aproximado, entrado em contato ou tentado me contar alguma coisa! Nós não tínhamos mais nada! Agora tudo se encaixa.

Recordo como eu gostava de verdade dele e como aquilo me afetou! Terminei com ele e, no momento seguinte, corri para algum lugar. Foi assim...

Meu Deus, foi assim, então, que eu sofri o acidente! Foi nesse contexto!

Sinto lágrimas escaparem dos meus olhos e Sarah me abraça.

Então essa é a verdade por trás dos fatos que ninguém sabia, que ninguém havia me contado!

Minha mente está a mil por hora e sinto minha cabeça latejar. Acho que em nenhum momento desses 6 meses desde que acordei do coma, imagens do meu passado tinham surgido dessa forma. É como se eu simplesmente nunca tivesse esquecido! Como se estivesse sempre à minha frente e eu não conseguisse alcançar, como se meus olhos estivessem embaçados.

Mas agora não estão mais.

Entretanto, eu sei que ainda falta algo. Ainda tem alguma coisa que não estou lembrando, porque ainda não estou em paz. Forço cada vez mais a minha mente, ela precisa trabalhar, precisa me ajudar nisso!

Começo a gemer após sentir uma forte pontada na cabeça.

Sim, talvez eu esteja me esforçando mais do que estou acostumada, mas eu sei que há mais alguma coisa que eu preciso lembrar. Algo muito importante, algo necessário, crucial.

— Safi?! — Sarah me afasta de si, segurando em meus ombros. — Você está bem?

Fecho os olhos com força e me desligo de tudo ao meu redor. Eu preciso lembrar, preciso lembrar, preciso lembrar.

Franzo as sobrancelhas e levo as mãos à cabeça, perdendo um pouco o equilíbrio e deixando meu corpo cair de costas no colchão.

— Você... Você está tremendo, Safi, o que está havendo? O que você está sentindo?! — Ouço a voz nervosa de Sarah, mas tento me desligar um pouco disso, eu não posso parar no meio do caminho. Lembrei de muitas coisas de uma vez hoje, não posso perder o ritmo e fazer esse progresso não valer a pena.

Estou chorando. Leo está na minha frente também chorando, pedindo perdão, tentando me convencer a continuar.

— Safi, você está gelada... Isso está me assustando, é sério! Fala comigo! — Sinto-a apalpar minhas mãos e meus braços, mas não posso me distrair.

Peço a ele que não insista, digo que só está deixando as coisas piores e que a culpa não é dele.

Sim, eu disse isso por algum motivo. Não tinha a ver com ele. Tem que ter mais alguma coisa.

— Está ofegante... Me responde! Fala comigo, Safira! Está me ouvindo, pelo menos?!

Leo aproxima o rosto par me beijar, mas eu não deixo. Afasto sua mão de mim e, por fim, corro. Saio correndo e sei para onde estou indo. É o Ítalo.

— PAI! PAI! — Ouço Sarah gritar, ao longe. — PAI, ME AJUDA! — Sua voz está desesperada.

Tento dizer a ela que está tudo bem, que eu só preciso aguentar mais um pouquinho e vou lembrar. Tudo vai ficar bem. Mas ao tentar abrir os olhos, não consigo mais. E sinto minha boca dormente, assim como meu pescoço, meus braços e pernas. O máximo de força que consigo colocar é mexer o braço esquerdo alguns centímetros sobre a cama, porém não acho sua mão ao tateá-la.

Apesar disso, sinto que meu pai e minha mãe acabam de chegar ao quarto. Sei que estão desesperados e que vão me levar ao hospital de novo — assim como fizeram cada uma das vezes que as dores de cabeça e tonturas me atacaram. Mas eu sei que dessa vez é diferente. Eu sei que dessa vez a culpa é minha.

E vou pedir que me perdoem, mas eu preciso, eu tenho que lembrar de tudo. Está perto. Eu não vou desistir logo agora!

Apesar de ouvir os murmúrios da minha irmã e saber que está dizendo algo, percebo suas vozes ficarem cada vez mais distantes e sinto meu corpo ficar imóvel. Não consigo me mover. Mas algo brilha de repente em minha mente.

Ítalo.

Isso. Isso, isso, isso!

Se estivesse conseguindo controlar meus movimentos faciais, eu riria e comemoraria agora, mas farei isso assim que recuperar minhas forças.

É como acordar de uma vez com um balde d'água no rosto. Tudo vem à tona.

Foi o Ítalo. Foi até ele que eu corri. Era pra ele que eu queria dizer que terminei com o Leo. Era unicamente pra ele, porque foi por ele... Foi por causa dele que terminei com seu irmão. Porque foi quando descobri que pensei nele quando beijei o Leo, a cada vez que segurava a mão do Leo, a cada vez que abraçava o Leo. Eu pensava nele.

Pensava nele porque não era o Leo que eu queria ao meu lado. Terminei com o Leo porque não foi ele que eu escolhi. Foi o Ítalo.

Era isso que eu iria fazer. Era por ele. Só por causa dele.

E hoje, tudo o que fiz foi magoá-lo.

Essa é a última coisa que penso antes de sentir papai me carregar no colo e deixar meus braços penderem. 

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