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Capítulo 11

(Sarah)

4 dias depois

23 de janeiro de 2042

Abro as notas no meu celular antes de sair do quarto. Preciso escrever alguma coisa porque meu coração está apertado. Está tão apertado e eu sei exatamente o motivo.

Começo a amontoar um punhado de palavras sem sentido. Acho que nem consigo me concentrar.

Hoje é o dia que ele vai embora.

Rafael recebeu alta e eles estão indo pra casa. Agora mesmo Levi está lá embaixo, na sala de espera do primeiro andar, esperando para se despedir de mim. Estou tentando criar coragem o suficiente para ir lá, mas ao mesmo tempo quero fugir.

Não quero me despedir dele. Ainda não sei quanto tempo minha irmã vai ficar internada. E se ela ficar durante muitos meses?! Como vou ficar sozinha nesse hospital, quando ele era minha única companhia?!

E se a gente não se ver novamente?! Ou se da próxima vez tudo mudar e nos tornarmos completos estranhos?!

Eu sabia. Eu realmente sabia que seria assim. Ele iria embora mesmo, uma hora ou outra. E tudo o que restarão serão apenas as lembranças dos dias que passamos juntos.

Ok, foi tudo só mais uma aventura de inverno. Digo a mim mesma.

Mas não. Não foi só isso. Eu sei que foi bem mais do que isso. Eu sinto que foi bem mais do que isso.

Balanço a cabeça ao ver que não gostei do que acabei de escrever e o movo para a lixeira.

Paro um pouco olhando para as outras notas.

Pensando bem... Não. Não ficou tão ruim assim.

Vou até a pasta da lixeira a fim de recuperar o arquivo, mas me deparo com dois.

Movo uma sobrancelha e leio as primeiras palavras. Não fui eu que escrevi isso!

É um poema!

Fico um tanto chocada por achar um texto nas minhas notas que não foi escrito por mim, ainda mais na lixeira! Mesmo assim, abro a nota e leio toda a poesia, me deliciando com cada palavra!

Uma chance

Você acabou, em poucos dias,
Com a saudade que eu sentia
De poder amar de novo

Pode parecer tão cedo,
É que, no fundo, eu tenho medo
De você me rejeitar

Soa até desesperado,
Mas te peço, apaixonado,
Uma chance pra mostrar:

Nem todo príncipe é sapo
E eu não estou enganado
Te prometo: vou ficar!

— Levi M.

(Me dá uma chance?)


Calma!

Inspira. Expira.

Inspira. Expira.

Pira!

Ainda estou tremendo e nervosa quando termino de ler. Não sei se fico assustada ou feliz! Me pergunto quando foi que ele pegou meu celular e escreveu um poema pra mim, e me pergunto também por qual motivo ele o excluiu. De qualquer forma, não importa agora!

Ou importa?!

Presto atenção à data e vejo que foi escrito no início do mês. Se agora está na lixeira, significa que ele mudou de ideia?! Como eu não li isso antes?!

No final do poema, ele me pediu uma chance. Será que ainda está valendo?

Mas e se ainda estiver valendo, será que eu sou capaz de dar uma chance a ele? Será que eu estou preparada para isso?!

Ainda olhando para suas palavras, penso no Ícaro.

Bloqueio o celular.

Levi está lá em baixo com sua família, apenas me esperando. Se eu demorar muito, eles vão embora antes de se despedir.

Ando até Safira e seguro sua mão.

— Daria tudo por um conselho seu agora! — Desabafo em tom baixo. Mas então eu lembro. Eu lembro que não estou só. Que há sempre Alguém sempre disposto a me ouvir, mesmo que eu pareça ou me sinta sozinha. Minha mãe sempre diz que podemos falar com Ele a qualquer momento, independente do que esteja acontecendo ao nosso redor.

Respiro fundo e sento no chão, encostada na porta.

— Certo, Pai... Vamos lá! Eu estou passando por um grande problema! Você sabe... Eu já gosto do Ícaro há um tempo, mas ele não sente nada por mim! Ele gosta da Amanda e eu sei que ela também gosta dele! Eu não posso insistir nisso, não é?! Não faz sentido eu querer ter razão agora, se para estar certa eu teria que acabar com o coração deles dois! Não é isso que Você quer pra mim... Pra nós, não é, Deus?!

Engulo em seco.

— Por outro lado, tem o Levi! Eu sei, ele é romântico demais às vezes, clichê, fofo e tudo que a Safira sempre quis! Mas eu... Eu não sei, Deus! Eu não sei se ele é tudo que eu quero! Eu não sei se eu vou querer ficar com alguém assim, sempre tomando conta de mim como uma criança! Sei que ele tem seus motivos, mas eu também preciso pensar em mim! Será que é algo que eu poderia suportar?!

Olho para cima.

— Eu preciso que Você me ajude, Amigo! Preciso mesmo de um conselho bom, de uma palavra de quem eu possa confiar de olhos fechados, de uma ordem que eu seja capaz de obedecer sem ter dúvida nenhuma! E eu sei... Eu sei que é em Você que eu encontro isso: o melhor caminho, a melhor solução, a melhor alternativa! Então... Sei lá! Só dá um jeito de falar comigo Deus, por favor! Você sabe que eu preciso disso! Usa alguém pra me dizer, me faz ter um sonho, uma visão, sei lá! Ou então só... Só vai me direcionando aos poucos, me ajudando com um passo de cada vez, organizando meus movimentos e me fazendo seguir conforme a Tua vontade, porque é isso... — Penso nos meus pais, em como confiaram em Deus e na história de amor linda que tiveram e têm até hoje. — É isso que eu mais quero, Pai! Sem dúvidas! Me ajuda!

Assim que desabafo, sinto um peso saindo das minhas costas! Apesar de ainda não ter nenhuma resposta, sinto-me aliviada apenas por ter contato a Ele tudo o que se passa dentro de mim: as minhas dúvidas, meus medos, minhas necessidades... Agora eu entendo por que minha mãe nos aconselha tanto a falar com Deus: porque é libertador!

Levanto do chão e saio do quarto me sentindo bem melhor. O que tiver que ser, será! Deus está no controle de tudo e, assim como meus pais, quero que minha vida inteira esteja nas mãos dEle: tudo no tempo certo, da maneira que Ele achar melhor! É isso que é confiar: acreditar sem ter medo, se entregar completamente às decisões de alguém pra você. Por isso eu confio nEle. E descanso.

Acho que nunca havia compreendido tanto as frases da minha mãe como agora!

Por fim, saio do quarto e ando em direção ao elevador. Assim que ele se abre, um homem de aproximadamente 40 anos me olha de cima a baixo. Sinto um calafrio percorrer meu corpo, mas apenas reviro os olhos e ignoro.

— Está descendo? — Pergunto.

— Pra onde você quiser! — Responde com um sorriso. Franzo as sobrancelhas o ignorando completamente e aperto o "T", me encostando na parede e torcendo pra chegar logo ao térreo e sair desse elevador. — Você é muito bonita, qual sua idade? — Pergunta ao virar para mim. Sinto meu coração acelerar.

— Não importa! — Respondo olhando para o visor de números do elevador, que está no segundo. O cara também olha para o visor.

— O que foi?! Está descendo muito rápido?! — Pergunta com ironia. — Não se preocupe, eu dou um jeito nisso! — E então ele anda até o painel, apertando em um botão vermelho e fazendo parar o elevador. Olho para cima na tentativa de achar alguma câmera, mas a única que tem está com a luz vermelha apagada, o que me faz presumir que deve estar quebrada! A essa altura meu coração bate tão rápido que me sinto cansada.

Sinto minhas pernas tremerem e ando devagar até o painel.

— Desculpe, senhor, eu preciso descer logo! — E estendo minha mão para o botão vermelho que ele apertou, mas antes que meu dedo o alcance ele segura meu braço e me empurra contra a parede, colando os lábios nos meus.

Arregalo os olhos e tento empurrá-lo, mas ele é infinitamente mais forte que eu. A sensação de nojo pelos lábios grandes e melados do homem estarem me tocando é horrível. Ele começa também a beijar meu pescoço e passar a mão pela minha cintura, chegando até as partes de trás. Sinto um desconforto horrível, e tudo o que quero é sair daqui e tomar um banho!

— Socooorro! — Grito o mais alto que posso. — Me larga, seu idiota! — Grito, dessa vez para ele, ainda tentando me soltar. E tudo o que consigo ouvir é sua risada aterrorizante.

Ai, meu Deus! O que ele vai fazer comigo aqui dentro?! Estou completamente sozinha! Pai, me tira daqui, por favor! Por favor, por favor...

— Me solta, me solta! — Me debato contra ele continuadamente, mas a cada vez que passa as mãos em mim, me sinto mais indefesa. E eu odeio me sentir assim. — ALGUÉM ME AJUDA, POR FAVOR! — Quero gritar cada vez mais alto e me debater cada vez mais forte, mas sei que estou cansando e minha respiração já está ofegante. — SOCORRO! — Continuo gritando e, no momento em que ele se afasta e tenta levantar minha blusa dou uma joelhada em suas partes íntimas, fazendo-o gritar e cair de joelhos no chão.

Imediatamente aperto o botão vermelho do elevador e em poucos segundos as portas se abrem, já no primeiro andar.

Nem percebo, mas estou chorando desesperadamente e meu corpo inteiro treme.

— SOCORRO, ME AJUDEM! Grito bem alto e, na mesma hora, todos que estão no primeiro andar olham pra mim.

Morta de vergonha e medo, não espero a reação de ninguém, apenas começo a correr até o final do corredor e entro na sala da última porta aberta que encontro, fechando-a logo em seguida e fazendo a coisa que mais odeio: chorar. 

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