Thomas entrou na pensão Salvatore com uma expressão confusa, já que Damon o ligou de manhã cedo pedindo ajuda para o mesmo.

—Tá bom, posso saber por que você me ligou as seis da manhã? —Thomas perguntou assim que encontrou Damon.

—Vem comigo. —Damon pediu e guiou Thomas até a cela do porão, onde Amara estava. —Te chamei aqui porque lembrei que você é ótimo em lidar com pessoas perturbadas, e bom... Ela é uma.

—E o que você quer que eu faça? —Thomas questionou, vendo Amara falando sozinha.

—Quero que fique de olho nela e não a deixe se matar. —Damon respondeu. —Ok?

Thomas assentiu e abriu a porta da cela, logo entrando na mesma e fechando a porta atrás de si.

—Oi. —Ele cumprimentou a garota, fazendo a mesma o olhar surpresa.

—Você é Tyler Blake. —Ela disse, fazendo Thomas se surpreender.

—Você me conhece? —Ele perguntou, cruzando os braços enquanto a encarava.

—Conheço. —Ela concordou. —Você é famoso lá no Outro Lado.

—Eu sei, teve uma vez que eu fui até um sobrenatural que tem o mesmo dom que você porque eu quis saber da minha mãe e do meu irmão, mas a única coisa que eu consegui foi saber que eu tenho vários inimigos do Outro Lado. Bem, e isso que dizer que eu tenho mais inimigos mortos do que vivos. —O garoto contou se sentando no chão, Amara o olhou surpresa novamente. —É, Amara. Existe uma espécie de seres sobrenaturais que tem o mesmo dom do que você, então eu não te acho maluca.

Amara deu um pequeno sorriso, ao qual Thomas retribuiu de imediato.

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Depois, Thomas saiu do porão ao receber uma mensagem de Damon o chamando para a sala de estar.

—Nós precisamos arrumar mais tempo. —Elena falou andando de um lado para o outro. —Proteger a Amara. Talvez seja melhor levá-la para outro lugar.

—Silas é um bruxo. —Damon relembrou. —Ele é um GPS que vive e respira, ele vai encontrar ela em qualquer lugar.

—Não pode chegar perto dela sem antes trouxer a Bonnie de volta. —Elena disse.

—Você não prestou atenção em nada? —Stefan questionou. —Ele não vai trazer ela de volta.

—E eu faço o que? Desisto? —Elena perguntou e todos ficaram em silêncio. —Qual é, Stefan. Você recuperou a memória, você me conhece talvez melhor do que ninguém. Acha mesmo que eu vou desistir?

—Pois é, eu te conheço. —Stefan concordou se aproximando dela. —Sempre coloca a esperança em lugares errados, tá? E às vezes nas pessoas erradas. Silas tem que morrer para acabar com o nosso sofrimento.

—Mas enquanto ele está vivo, eu tenho a esperança de que ele ainda possa nos ajudar. —Elena falou.

—Como alguém que passou os últimos três meses no fundo de uma pedreira por causa do cara, eu não esperaria tanto. —Stefan disse. —Então, resumindo. Silas precisa morrer, e eu tenho que matar ele. Fim de papo.

Após dizer isso, Stefan saiu da sala de estar deixando Damon, Elena e Thomas para trás.

E depois de um tempo, Jeremy apareceu e disse que descobriu uma coisa.

—A Amara consegue ver a Bonnie e a Bonnie pode tocar nela. —Ele contou. —Elas fizeram contato físico, e como se Amara estivesse com um pé de cada lado, ou alguma coisa assim.

—Amara existe ao mesmo tempo em dois lugares? —Elena questionou confusa. —Aqui e do Outro Lado?

—Então ela não é louca. —Damon concluiu. —Ela tá falando com seres sobrenaturais mortos que andam pelo nosso porão.

—O ponto é: se o Silas não vai ajudar, e se a Bonnie podesse ser a mesma coisa? —Jeremy sugeriu. —E se ela existir nos dois lados de uma vez só? Se ela ser tornasse a âncora?

—Tem razão. —Thomas falou cortando o silêncio que se formou. —Jeremy, você tem razão. A gente só precisa de alguém que possa fazer esse feitiço.

—Ah, não diz o que eu acho que vai dizer. —Damon pediu em forma de resmungo.

—Pensa só, Silas quer a Amara morta, e Amara quer morrer. Então, quem além de nós é a única pessoa que não vai querer que isso aconteça?

Todos se entreolharam, sabendo que Thomas tinha razão. E já sabendo com quem teriam que fazer.

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Damon e Thomas foram até a cabana onde Tessa morava e Damon bateu na porta, à qual foi aberta por Tessa.

—Tá afim de bater um papo? —O Salvatore perguntou com um sorrisinho cafajeste.

—E eu achei que vocês eram a minha comida chinesa. —Ela disse. —Adeus.

Então ela tentou fechar a porta, mas Thomas a impediu, o que a fez encará-lo.

—Se lembra da Amara, não é? —Ele questionou. —Morena, olhos castanhos e Damon e Stefan estranhamente não se apaixonaram por ela.

—O que tem ela? —Tessa perguntou dando as costas para os dois e entrando na cabana, então os dois a seguiram.

—Bom, ela tomou a cura, quer morrer e estar com a gente. —Damon contou, atraindo a atenção de Tessa.

—Mas ela está viva. —Tessa falou o encarando.

—Por enquanto. —Thomas murmurou. —Silas está vindo pra matá-la e está totalmente obcecado em destruir o Outro Lado. Pra que ele e a Amara possam viver felizes pra sempre no além.

—Estava certa sobre as duplicatas, sempre acabam juntas. —Damon disse pegando a mão de Thomas, o que fez o garoto estranhar. —Como é a sensação de dizer "eu avisei"?

—Me dar vontade de atirar bolas de fogo no Silas e o afogar em ácido. —Tessa respondeu.

Thomas e Damon se entreolharam e sorriram antes de voltar a olharem pra ela.

—Viu? Foi o que eu pensei. —Thomas falou. —Então o que acha da gente fazer um acordo?

—Escuta a minha ideia, pra manter o Outro Lado onde ele estar, você tem que ter algo para âncorar o feitiço, né? —Damon começou. —Algo poderoso, como um poderoso ser imortal. E a Amara era uma ótima opção até que ingeriu a cura. Você considera alguém que esteja morto mas preso do Outro Lado um candidato viável?

—Uma trocar de âncora? —Tessa questionou encarando os dois.

—Porque a gente tem uma voluntária. —Thomas completou sorrindo.

—Eu estaria tornando um fantasma uma cabine de pedágio humano entre nosso lado e o Outro Lado, dando a ela o poder de interagir com o nosso mundo físico e com o purgatório sobrenatural. —Tessa disse.

—Então qual é o problema? —Damon perguntou sem tirar os olhos dela.

—Eu preciso de uma enorme quantidade de energia para fazer um feitiço como esse. —Ela respondeu.

—Beleza, qual é o veneno? —Damon questionou e Thomas sorriu.

—Preciso de uma fonte. —Tessa falou e Damon e Thomas concordaram. —A lua não está cheia, acho que não haverá um cometa antigo por mais alguns bilhões de anos...

—Olha só, tô com uma amiga em casa que sente falta da melhor amiga e também estamos com uma louca suicida. —Thomas disse suspirando. —Isso é ridículo.

—Duplicatas. —Tessa murmurou sorrindo. —São poderosos, místicos e surgem naturalmente.

—Quer sangue de duplicatas? Eu tenho duplicata saindo pelas orelhas. —Damon falou. —Quer quantas?

Tessa disse que precisaria de todas e também disse que precisaria de Thomas para algo, então os três foram para a pensão Salvatore.

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Chegando na mesma, Tessa mandou Thomas esperar na sala de estar que logo ela o chamava.

—Tyler! —Tessa gritou depois de um tempo e ele foi até onde ela estava.

—Sinistro. —Ele murmurou ao ver Amara, Katherine e Elena juntas.

—Se você quiser, eu posso te arrumar uma reunião particular entre você e suas duplicatas. —Tessa disse o olhando com um sorrindo.

—Não, obrigado. —Thomas negou se aproximando dela. —Eu já achava estranho demais viver com o meu irmão.

Então ele olhou para as três duplicatas, ainda achando aquilo sinistro.

—Então, o que você quer comigo? —Ele perguntou voltando à olhar para Tessa.

—Esqueceu que você é uma das âncoras que mantém o equilíbrio? —Tessa retrucou a pergunta. —Vou mexer com ele, então preciso do auxílio de uma das âncoras.

Ela então estendeu a mão para ele. Ele franziu o cenho e ela mexeu a mão impaciente, então ele colocou sua mão em cima da dela com a palma pra cima.

—A conexão seria mais forte com um bruxo. —Tessa alfinetou com um sorrisinho debochado no rosto.

—Então vai caçar Alec Fêwinx. —Thomas falou também sorrindo.

Tessa sorriu mais ainda e cortou a mão dele, se surpreendendo por ele não ter expressado nenhuma reação. Então ela virou a palma da mão dele pra baixo, fazendo o sangue dele caiu no grimório de Bonnie.

—Impressionante. —Tessa comentou enquanto sustentava os olhares de Thomas, esse que não tirou os olhos dela em nenhum estante.

Thomas então tirou sua mão da dela e deu as costas para elas, indo embora.

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