Damon parou na frente da casa de Thomas e ficou pensando se batia ou não. O sonho que teve com o mesmo no dia anterior, repassava na sua mente toda hora.

Quando decidiu bater, viu a maçaneta girando. Então logo Thomas abriu a porta, tomando um susto ao ver Damon.

—Que susto, Damon.

Damon então olhou Thomas da cabeça aos pés, vendo que o mesmo parecia pronto para ir correr.

—Oi. —Damon cumprimentou sem jeito. —Vim aqui para agradecer pela mensagem de ontem.

—Vocês encontraram o Stefan? —Thomas perguntou e Damon assentiu. —Então, ele está bem?

—Não. Ele não está bem, Thomas. —Damon respondeu. —É um mártir insuportável que precisa de uma surra. Mas pode ser salvo.

Damon então desceu seu olhar para o terço prata no pescoço de Thomas, vendo que era igual ao do seu sonho.

—Damon? —a voz de Thomas o trouxe de volta a realidade, então ele o encarou. —Tem alguma coisa errada?

—Lá vem você de novo, por que sempre acha que algo estar acontecendo comigo? —Damon questionou.

—Você tá me olhando estranho. —Thomas disse e Damon balançou a cabeça para espantar as lembranças do seu sonho.

—A Elena quer ir buscar o Stefan. —Damon contou e Thomas arregalou os olhos. —Então se você quiser vim junto para impedir que eu estrangule ela, pode vim.

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Já na pensão Salvatore, Damon estava de frente para Elena e Thomas. Esses que estavam lado à lado.

—Então, onde ele está? —Thomas perguntou com os braços cruzados.

—Cidade do vento. —Damon foi quem respondeu.

—Espera. Você já sabia? E não me contou? —Elena questionou com as sobrancelhas juntas.

—Tá, ele está em Chicago? Como você sabe? —Thomas perguntou para Damon interrompendo a discussão entre ele e Elena.

—Me veio num sonho, eu estava pelado. —Damon zombou, então Thomas revirou os olhos e olhou para a janela. —Você ia adorar. —sussurrou, mas Elena conseguiu ouvir.

Então ela viu que Damon não desviava os olhos de Thomas, esse que parecia perdido em pensamentos.

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A viagem até Chicago foi estranha, Thomas estava concentrado no celular enquanto escutava música no seu fone de ouvido.

E Damon foi a viagem toda zombando de Elena enquanto usava o diário de Stefan para fazer isso, mas ele fez isso para tentar destrair e para tentar tirar aquele maldito sonho da sua cabeça.

—O Stefan poderia morar em qualquer lugar de Chicago e ele escolheu justamente aqui? —Thomas questionou encarando o velho apartamento agora empoeirado.

—Tinha uma escola de moças na esquina, mas fechou por falta de frequência. Estranho. —Elena deu um olhar de advertência à Damon. Ela sabia que Damon só estava fazendo aquilo para mexer com ela.

—Se quer me assustar achando que eu vou desistir e voltar, não vai dar certo. —Elena falou seriamente.

Damon a olhou fazendo um sinal de silêncio com os dedos.

—Urg. Está na cara que ele não vem aqui há décadas. —Thomas passou a mão pelo sofá e a mesma voltou com poeira.

—O passeio não acabou. —Damon disse entrando mais no apartamento. Ele puxou um armário, revelando uma passagem secreta.

Thomas o olhou com uma careta surpresa e Damon manejou a cabeça, indicando para eles segui-lo.

—Stefan escondia bebida, que monstro. —Elena zombou.

Thomas franziu o cenho e parou ao lado de Damon, se surpreendendo ao ver centenas de nomes gravados nas paredes.

—São as vítimas dele. —Thomas murmurou e Elena finalmente viu a lista.

—Ainda dá conta, Elena? —Damon perguntou saindo do pequeno armário secreto.

Elena negou com a cabeça antes de sair, Thomas encarou a parede mais uma vez antes de segui-la.

—O que você está fazendo nos anos 20? Lutando pela liberação das mulheres? —Elena questionou.

—Acho que ele estava em todo lugar, menos aqui. —Thomas falou acompanhando Elena na zoação.

—Para o teu governo, Thomas. O Stefan não precisava de babá. —Damon disse e Thomas o olhou incrédulo. —Eu tava por aqui, Chicago é uma cidade grande. —ele olhou para Elena. —Stefan era um Estripador esnobe e idiota. Mas eu conseguia evitá-lo e ainda sim arranjar umas mocinhas pra mim.

—Aonde você vai? —Thomas perguntou.

—Ao lugar que ele frequentava. —Damon respondeu.

—Eu vou com você. —Thomas o seguiu. Damon se virou bruscamente.

—Não. Você fica aqui e distrai a Elena enquanto pensa num plano de verdade. Eu volto quando achar ele, pois isso é assunto de família. Não que você entenda sobre isso. —Damon falou friamente e Thomas ficou chocado.

—Ai, essa doeu. —Thomas comentou com irônia. —Quando eu penso que você é algo melhor do que um idiota completo, você vem e me mostra o como eu tô errado.

Thomas se virou e andou rapidamente para o banheiro, Elena se virou para Damon com uma expressão de completa confusão.

Damon sabia que estava magoando Thomas. Mas se afastá-lo também servir para tirá-lo da cabeça, então Damon o afastaria.

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Klaus e Stefan foram no apartamento mas não acharam Thomas e Elena, pois além dos dois terem se escondido no armário secreto, Stefan os ajudou.

Então Damon logo retornou e Thomas tentou ignorar sua mágoa para ir falar com ele.

—Você demorou.

Elena apareceu e Damon jogou uma caixa para ela.

—Fique apresentável. Eu sei onde o Stefan vai estar essa noite. —Damon disse para Elena, ignorando Thomas.

—Sabe onde ele vai estar? —Elena questionou.

—Sim, com o Klaus. Então eu distraio o Klaus e você cuida do Stefan.

—E eu? —Thomas perguntou.

—Você vai ficar aqui. —Damon respondeu sem encará-lo.

—Eu vou com vocês, Damon. —Thomas indagou. —Você querendo ou não.

Thomas passou por Damon, mas o mesmo o segurou e aplicou algo no pescoço do garoto. O fazendo desmaiar.

—Damon. —Elena o repreendeu.

—O que foi? —Damon questionou colocando Thomas no sofá. —Eu disse que ele não iria com a gente.

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Thomas acordou e graças a sua inteligência em colocar um localizador no celular de Damon, ele foi até onde o mesmo estava.

Chegando lá, ele viu Klaus perfurando Damon com um guarda-chuvinha que servia de enfeite para copos.

Então ele foi até os dois e pegou o pulso de Klaus, o torcendo. E quando Klaus soltou Damon, Thomas pegou o pescoço dele.

—Oi, Klaus.

—Ora se não é o tão famoso Tyler Blake. —Klaus falou com um sorrisinho de lado.

—Por que você não briga com alguém do seu trabalho? —Thomas perguntou risonho.

—Porque eu não sou burro. E além disso, você é muito mais forte do que parece. —Klaus disse tirando a mão de Thomas do seu pescoço. —Vão embora daqui. —mandou se afastando dos dois, então Thomas se virou para Damon.

—Você tá bem?

—Você não cansa de me salvar não? —Damon retrucou a pergunta e foi para fora do bar, Thomas novamente tinha ficado incrédulo.

—Qual é o seu problema? —Thomas questionou seguindo Damon e parando na sua frente. —Por que você tá me tratando mal? Sério, o que eu te fiz?

Damon respirou fundo e olhou para o terço prata no pescoço do garoto.

—Não é engraçado o fato de você ser literalmente um demônio e usar um terço no pescoço? —Damon perguntou pegando o pingente do terço, mas Thomas bateu na mão dele. O fazendo soltá-lo.

—Eu te fiz uma pergunta.

—Ele não devia te repelir?

—Por que ele faria isso? —Thomas questionou confuso com o assunto nada haver.

—Você é um demônio.

—E o que isso tem haver com o que eu tô te perguntando? —Thomas perguntou e Damon pegou o pingente novamente, e novamente Thomas bateu na sua mão. O fazendo soltar.

Então os dois ficaram desse jeito até Damon segurar as duas mãos de Thomas, esse que abriu um sorriso pela brincadeira.

Ver Thomas dando aquele maldito sorriso que sempre mexia contigo, Damon percebeu que não iria conseguir nada tentando afastar Thomas.

Thomas tinha virado uma pessoa importante para ele, então agora Damon não conseguia ficar sem ele.

—Você tem razão, eu tô te tratando mal átoa. —Damon falou soltando as mãos de Thomas. —Me desculpa por tudo oque eu te disse, eu sei que te magoei.

—Tudo bem. —Thomas disse ainda sorrindo. —Mas por favor, não faça isso de novo. Não me trate mal e tente me afastar por algo que eu não faço ideia de que fiz.

Damon sorriu e puxou Thomas para um abraço, decidindo deixar seu sonho de lado.

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