Thomas saiu de casa e iria dar uma volta de carro pela cidade.

—Por Deus, Elena. —Thomas ofegou quando viu a mesma do outro lado do carro. —O que foi?

—Me dá carona? —perguntou com um sorriso no rosto.

—Entra. —Thomas disse abrindo a porta, e ouviu Elena fazer o mesmo.

Thomas jogou a mochila para o banco de trás e deu partida enquanto Elena colocava o cinto.

—Pra onde vai? —perguntou ao perceber que aceitou dar carona sem nem saber para onde Elena iria.

—Pensão Salvatore. —respondeu puxando o cinto devagar depois de algumas tentativas.

Thomas balançou a cabeça em entendimento e focou sua atenção na estrada, vendo pelo canto do olho Elena batucar os dedos ansiosamente na coxa.

—Desembucha. —pediu revirando os olhos, apoiando o braço na janela.

—Você é de onde Thomas? —Elena perguntou com a curiosidade estampada no tom de voz meigo e hesitante.

—Colômbia. —respondeu encolhendo o ombro, sem tirar os olhos da estrada. —Quis mudar um pouco.

—E a sua família? —Elena perguntou novamente.

—Eu não tenho família, pelo menos não tenho mais. —Thomas respondeu e olhou para Elena, a vendo confusa. —Eles morreram há muito tempo.

—Nossa, eu sinto muito. —Elena murmurou.

—Tá tudo bem, Elena. —Thomas disse virando em uma curva fechada.

Elena ficou em silêncio pelo resto do caminho, mas Thomas sabia que ela estava louca para continuar a conversa, provavelmente querendo contar sobre Stefan.

Thomas já sabia que os dois estavam tendo algo.

—Chegamos. —Thomas avisou ao parar na frente da casa e Elena soltou o cinto, mas quando estava prestes a abrir a porta, recuou a mão.

—Vai comigo? —pediu olhando para Thomas com os olhinhos de cachorro sem dono.

—Se eu tiver que ouvir seus gemidos, eu juro que te mato. —Thomas avisou já saindo do carro e ouviu a risada de Elena.

Thomas ativou o alarme do carro enquanto eles andavam para a porta, parou um pouco atrás de Elena e abaixou a cabeça.

Thomas piscou levantando a cabeça quando ouviu Elena tocar o sino do lado da porta de madeira. Esperaram por alguns segundos e Elena olhou para Thomas sem saber oque fazer.

—Está aberta. —Thomas avisou ao notar a porta aberta e Elena sorriu, o puxando pela mão para entrarem. —Não tô afim de ser preso por invasão.

—Não vai ser. —Elena disse rindo de leve assim que entraram na enorme casa. —Stefan?

Elena o chamou enquanto eles andavam pela entrada, Thomas notou a bolsa de alguém jogada em cima de uma cadeira quando eles adentraram mais a casa.

—Minha casa cabe aqui. —Thomas resmugou ao olhar aquela sala enorme.

Thomas se virou para a porta de novo, cogitando seriamente sair dali e ir embora quando algo voou na sua direção. Se virou para tentar ver para onde foi o corvo, mas bateu de frente com uma parede humana.

Thomas levantou os olhos da camisa preta para o rosto da pessoa, vendo Damon o olhando.

Seus olhos azuis analisavam Thomas com fascínio. O sorriso irônico no seu rosto o deixava mais bonito, e o cabelo bagunçado de uma forma engraçada.

—Desculpa por entramos assim. —Elena pediu indo pro lado de Thomas. —É que a porta estava...

Elena se virou e então parou de falar, Thomas olhou por cima do ombro e viu a porta da casa fechada.

—Aberta. —Elena completou se virando de novo.

—E quem é você mesmo? —Damon perguntou olhando para Thomas.

Thomas franziu o cenho, mas lembrou que Damon tinha tentado hipnotizá-lo para se esquecer dele.

—Eu sou Thomas Banner. —Thomas se apresentou, ele ainda não queria dizer que era um Darkmônio.

—Entendi. Sou o Damon, irmão do Stefan. —Damon sorriu mais um pouco, revisando o olhar entre os dois.

—Ele não me disse que tinha um irmão. —Elena fala confusa e Thomas a olhar no mesmo estado.

—Stefan não fala muito. —Damon deu de ombros, voltando seu olhar para Thomas. —Por favor, entrem.

Elena e Thomas se encararam e Elena encolheu os ombros disfarçadamente, Thomas suspirou baixinho ao começar a andar atrás dela para sala.

—Stefan deve chegar daqui a pouco. —Damon avisou atrás deles.

—Aqui é a sala de estar? —Elena perguntou soltando uma risadinha nervosa.

—Sala de estar, de visitas, leilão da Sotheby's. —Damon sugeriu rindo, se aproximando deles. —Um pouco de exagero pro meu gosto. Saquei porquê meu irmão tá feliz.

Thomas o olhou sem entender e viu seus olhos na direção de Elena.

—Já estava na hora. Por um tempo achei que nunca ia superar a última. —Damon disse a olhando com uma falsa inocência. —Ele quase se destruiu.

—A última? —Elena perguntou o olhando confusa.

—É. Katherine. A namorada dele. —respondeu como se fosse óbvio e Elena negou fraquinho com a cabeça. —Ah, ainda não tiveram a conversa estranha sobre os ex.

—Não. —Elena negou desviando o olhar, Thomas ficou revisando o olhar entre os dois.

—Bom, agora o assunto vai surgir. —Damon disse como quem não quer nada, olhando para Thomas por cima dos ombros de Elena. —Ou talvez ele não quisesse que você pensasse que ele ainda está na dela.

Thomas abaixou a cabeça para as bebidas na mesinha na sua frente e respirou fundo.

—Todos sabem como esses relacionamentos acabam. —Damon voltou a dizer.

—Você fala como se todo relacionamento tivesse que acabar. —Elena falou rindo de leve, tentando esconder o desconforto pelo tema da conversa.

—Sou um fatalista. —Damon admitiu dando de ombros. —Olá, Stefan.

Thomas piscou confuso e desviou o olhar dos dois para a entrada, vendo Stefan parado alí olhando para as costas do irmão como se quisesse matá-lo alí mesmo.

—Elena. Eu não sabia que vinha. —Stefan cumprimentou sem tirar os olhos do irmão.

—Eu sei, eu devia ter ligado. —Elena murmurou, se afastando de Damon rapidamente.

—Ah, não seja boba. Vocês são sempre bem-vindos. Não é, Stefan? —o de olhos azuis questionou, indo para perto de Thomas e pegando a garrafa de bebida da mesinha. —Eu devia pegar uns álbuns de família, ou uns vídeos caseiros. Mas eu tenho que avisar, ele nem sempre foi bonito.

—Obrigado pela visita. É muito bom te ver novamente, Thomas. —Stefan disse olhando para Thomas com um sorrisinho. —Ouvi muitas coisas boas sobre você atrás de Caroline, Bonnie e Elena.

—Estranho. —Thomas resmugou sorrindo enquanto cruzava os braços, ignorando os olhares de Damon que ainda estava ao seu lado.

—É... Acho melhor irmos. —Elena falou sorrindo nervosa e Thomas concordou já se afastando de Damon. —Foi um prazer conhecer você, Damon.

—Foi muito bom conhecer vocês também. —Damon falou sorrindo, demorando seu olhar um pouco mais em Thomas.

Thomas sorriu falsamente para ambos e segue com Elena para a saída, mas Stefan ainda estava parado os impedindo de passar.

—Stefan? —Elena chamou sem entender, mas ele nem se moveu. —Stefan?

O mesmo parece ter finalmente recobrado a consciência, porquê piscou algumas vezes e saiu da frente.

Elena agarrou o pulso de Thomas e o puxou para fora da casa.

Thomas sorriu ao perceber que Elena estava o protegendo mesmo sem um perigo eminente.

—Namorado legal esse seu. —Thomas comentou ao entrar no carro.

—Não somos namorados. —Elena murmurou perdida em pensamentos e Thomas assentiu, resolvendo ficar em silêncio enquanto levava Elena de volta para casa.

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