Capítulo 23
Thomas se virou na cama e sentiu algo duro, então abriu os olhos e viu Damon o olhando.
—Eu já ia perguntar que coisa dura era essa que eu tinha deitado em cima. —Thomas comentou se sentando na cama.
—Por favor, me diz que você se lembra de tudo que aconteceu. —Damon pediu ao ver Thomas olhando ao redor com uma cara estranha.
—É, eu me lembro. —Thomas disse olhando para Damon. —Quer tomar café da manhã? —perguntou já se levantando da cama.
Damon também se levantou da cama e seguiu Thomas até a cozinha.
—Você tá bem? —Damon questionou pois estava estranhando o fato de Thomas estar muito quieto.
—Tô, só pensando em tudo que aconteceu. —Thomas respondeu sorrindo. —Onde conseguiu isso no seu braço?
—Isso o que? —Damon perguntou fingindo que não sabia do que Thomas estava falando.
—Eu não sou cego, Damon. —Thomas falou e Damon esticou o braço, mostrando a mordida de lobisomem que tinha recebido de Tyler. —É uma mordida de lobisomem, né?
—É. —Damon concordou. —Tyler Lockwood me mordeu quando fui soltar ele e Caroline. Klaus iria usá-los no sacrifício. —explicou meio pra baixo.
—Talvez pode existir uma cura. —Thomas disse.
—Não existe cura para venenos, Thomas. —Damon retrucou indo até a mesa e se apoiando nela.
—Existe cura para um monte de veneno. —Thomas falou se aproximando de Damon e parando do outro lado da mesa, também se apoiando nela. —Até para o meu.
—O seu veneno tem cura? —Damon questionou confuso.
—Sim. —Thomas afirmou manejando a cabeça. —Por que acha que eu estava oferecendo ajuda para Jules?
—Porque achei que você quisesse enganá-la. —Damon respondeu sinceramente e Thomas negou com a cabeça. —Qual é a cura?
—O sangue...
—Mas no seu sangue também tem veneno. —Damon disse interrompendo Thomas.
—Não se você pegá-lo e usar uma receita para fazer remédio nele, assim o transformando num antídoto. —Thomas explicou. —Mas isso demora.
—Quanto tempo?
—Dois dias.
—Mas o seu veneno leva um dia para matar alguém.
—Pra você ver. —Thomas falou dando de ombros com um sorriso no rosto. —Também tem um feitiço, uma bruxa faz o feitiço e a mordida some. —Damon fez uma cara de quem dizia que aquilo era fácil demais. —Não se acanhe, é difícil encontrar esse feitiço.
—Claro que é. —Damon revirou os olhos.
—E tem outra que é com o sangue também. —Thomas disse.
—E qual é? —Damon perguntou e Thomas esticou seus braços na direção dele.
—Me deixa mostrar? —Thomas questionou e Damon concordou pondo seu braço nas mãos de Thomas.
Thomas puxou o braço de Damon para perto e pôs suas presas para fora, logo mordendo o braço do Salvatore.
Ele soltou o braço de Damon e o mesmo o puxou, vendo a mordida.
—Não é tão ruim as... —Damon parou de falar quando sentiu uma tonteira, seus olhos revirando e suas pernas ficando moles. —Uou.
—Você nem esperou fazer efeito. —Thomas disse.
—E agora? —Damon perguntou, então Thomas pegou seu próprio pulso e mordeu.
Depois ele esticou seu braço para Damon e indicou o mesmo com a cabeça. Damon entendeu que era para beber o sangue, então assim fez.
Damon olhou para Thomas e o viu pedindo com o olhar para ele parar, ele parou e olhou para Thomas. Thomas apontou para o braço dele, e quando Damon olhou, a mordida tinha sumido.
—Mas como isso é possível? —Damon questionou confuso. —O seu sangue também tem veneno.
—É, mas Darkmônios são imunes ao próprio veneno. Então quando eu mordo o meu próprio pulso, o veneno que existe nas minhas presas e no meu sangue somem vendo que é o próprio corpo que está fazendo isso. Desse jeito, o meu sangue vira um antídoto por cinco segundos. —Thomas explicou e Damon ficou surpreso. —Eu não sabia disso antes, e fico me perguntando como seria se eu soubesse disse quando uma pessoa que eu gostava entrasse em contato com o meu veneno. Tantas vidas que eu podia ter salvado.
—Isso é muito legal. —Damon comentou e Thomas deu um leve sorriso. —Bom, eu já tô indo embora. —avisou já começando a andar em direção a porta.
—Damon. —Thomas chamou e ele se virou para o garoto. —Pode haver uma cura, então não desiste.
Damon sorriu e foi embora.
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Thomas foi até a pensão Salvatore para ver como Damon estava. Quando chegou, estacionou o carro e desceu do mesmo.
—Ah, merda. —sussurrou percebendo alguém no local. Quando o mesmo virou para trás, viu Liz que tapou a boca dele.
—Faz silêncio. —pediu, um policial tentou algemar Thomas, mas o mesmo o deu uma rasteira.
Então Thomas viu o carro de elena parando no local logo atrás do dele.
—O que está acontecendo? —perguntou se aproximando de Liz que respirou fundo fazendo sinal para que algemem ela.
—DAMON, CORRE. —Thomas gritou e um policial o algemou aproveitando a distração dele.
Então os policiais levaram Thomas e Elena para a delegacia. Lá Liz deu um sermão nos dois por estarem do lado de um vampiro antes de trancá-los numa sala.
Elena ficou com raiva, mas ao lembrar de uma coisa, ela se virou para Thomas.
—Quer sair pela porta ou pela janela? —Thomas questionou.
Eles decidiram sair pela janela, então Thomas quebrou a mesma com sua força sobrenatural e os dois saíram. Mas isso chamou a atenção dos policiais.
—Vai. —Thomas pediu para Elena. —Eu cuido deles.
Elena então correu para longe da delegacia e Thomas correu para cima dos policiais com a intenção de desmaiá-los.
Quando Thomas desmaiou todos, ele seguiu pelo mesmo caminho que Elena. Chegando num evento de cinema ao ar livre.
Thomas viu num canto escuro de uma árvore, Damon atacando o pescoço de Elena.
—Para, é a Elena. —Thomas falou colocando os braços ao redor do pescoço de Damon e o puxando para longe de Elena.
Damon tirou os braços de Thomas do seu pescoço e se virou para o mesmo, pegando seu pescoço e apertando.
Mas ao olhar para os olhos de Thomas, Damon acordou do seu transe.
—Thomas? —Damon perguntou e soltou o pescoço de Thomas, logo se ajoelhando no chão.
Thomas se ajoelhou na frente dele e colocou as mãos nos seus ombros.
—Ei! Damon? —chamou e o mesmo olhou para seu pescoço, vendo o roxo que causou sumindo devagarinho.
—Desculpa. —Damon pediu afobado. —Eu não queria te machucar.
—Ei, tá tudo bem. —Thomas disse, então Damon colocou suas mãos no rosto do garoto e começou a acariciar. —Temos que te tirar daqui. —avisou pegando um dos braços de Damon e colocando ao redor do seu pescoço.
Elena fez a mesma coisa com o outro braço de Damon e os dois levaram o mesmo para a pensão Salvatore.
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Elena e Thomas colocaram Damon deitado na sua cama.
—Não vai embora... —Damon pediu para Thomas.
—Não vou. —Thomas sorriu.
Elena foi até o banheiro e pegou uma toalha molhada na água gelada. Damon estava queimando em febre. Ela se sentou e tentou pôr a toalha na testa de Damon, mas ele agarrou seu pulso.
—Sou eu... —Elena murmurou. —Está tudo bem.
Damon abaixou a guarda e Elena deitou ao seu lado, pondo a cabeça de Damon em seu peito enquanto passava o pano delicadamente pelo rosto dele.
Thomas estava sentado do outro lado da cama enquanto acariciava o braço de Damon.
—Não está tudo bem... —Damon murmurou. —Não tá nada bem. Todos esses anos eu culpei o Stefan. Ninguém me forçou a amar a Katherine. Foi uma escolha minha.
Thomas pediu para Damon parar com um sinal com a mão. Oque ele menos precisava agora era Damon se culpando nos seus últimos minutos ou horas de vida.
—Eu fiz a escolha errada. —Damon continuou, ignorando Thomas. —Diga à Stefan que eu sinto muito. Tá? —Elena assentiu. —Obrigado por estar aqui comigo pela última vez. —agradeceu olhando de canto de olho para Thomas, esse que sorrir. —Isso é ainda mais triste do que pensei.
—Pensa positivo. Ainda temos esperança. Stefan vai dar um jeito. —Elena falou aflita, mas nem mesmo suas palavras saíram firmes.
—Eu fiz muitas escolhas que me trouxeram até aqui. Eu mereço isso. Eu mereço morrer. —Damon disse fracamente.
—Não, Damon. —Thomas negou. —As suas escolhas ou o seu passado não definem quem você é.
—Mereço, Thomas. Está tudo bem. Porque se eu tivesse feito outras escolhas, eu não teria conhecido você. Sinto muito. —Damon falou. —Eu fiz muitas escolhas que te magoaram.
—Está tudo bem. —Thomas disse. —Eu te perdôo.
Elena se deitou delicadamente no peito de Damon enquanto entrelaçava seus dedos, fazendo a atenção de Damon voltar para ela.
—Você devia ter me conhecido em 1864. Você teria gostado de mim. —Damon falou e Elena ergueu a cabeça para encará-lo.
—Eu gosto de você. —murmurou. —Do jeito que você é.
Damon soltou um murmúrio que Thomas e Elena não entenderam. Elena suspirou e então ergueu sua cabeça dando um beijo casto em Damon.
Thomas respirou fundo e deu um leve sorriso, feliz pelos dois.
—Obrigado. —Damon murmurou. —Obrigado por me deixarem dizer adeus.
—Bem, é a mim que deveria agradecer. —a voz de Katherine se fez presente, fazendo todos encará-la. —Estou surpresa, Elena. Conseguiu sair viva dessa. Achei que realmente tinha morrido. Enfim, eu trouxe a cura.
Thomas se levantou e parou na frente de Elena e Damon, Katherine sorriu e passou pro ele para ir até Damon.
—Você escapou. —Damon murmurou para Katherine.
—Pois é. Finalmente. —Katherine disse derramando o sangue do frasco na boca de Damon.
—E ainda veio até aqui? —Damon questionou.
—Eu te devia essa. —Katherine falou pondo a mão no rosto de Damon.
—Cadê o Stefan? —Elena perguntou.
—Está pagando por isso. —Katherine levantou o frasco encarando Elena. —Ele se entregou pro Klaus. Acho que ele não volta tão cedo.
Katherine então desviou o olhar para Thomas, sorrindo o olhando dos pés a cabeça.
—Thomas, meu gatinho. Te espero ver em breve. —Katherine disse dando uma piscadela e jogando o frasco para Thomas, esse que pegou sem dificuldade.
Quando Thomas olhou novamente para a porta, Katherine tinha sumido.
Damon então se levantou, recobrando os sentidos, parecendo bem melhor e encarou Thomas. Esse que deu um leve sorriso antes de sair do quarto.
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Damon foi para fora da pensão Salvatore e viu Thomas sentado no muro da varanda.
—Pensei que você tinha ido embora. —Damon comentou.
—Eu não vou a lugar nenhum. —Thomas falou. —Estou exatamente onde eu quero estar.
—Posso te perguntar uma coisa? —Damon questionou e Thomas assentiu. —Por que Klaus sacrificou a Elena se você ainda estava lá com ele?
—Porque ele descobriu a verdade. —Thomas respondeu.
—Que você não é humano?
—Não, a Elena não te contou? —Thomas perguntou olhando para Damon, esse que negou. Então Thomas se levantou e se aproximou de Damon. —Klaus descobriu que a verdade é que eu não sou a duplicata de Tyler Blake, eu sou Tyler Blake.
—Você é Tyler Blake? O cara de quem a Rose falou? —Damon questionou surpreso, confuso e incrédulo. Thomas apenas concordou. —Nossa.
—"Nossa"? —Thomas perguntou erguendo as sobrancelhas. —Sabendo de tudo que sabe sobre Tyler Blake e agora sabendo que eu sou ele é tudo oque você tem para falar? "Nossa"?
—E o que você queria que eu falasse? —Damon retrucou a pergunta, então Thomas se lembrou do dia que eles se conheceram e sorriu.
Damon começou a se aproximar de Thomas de um jeito estranho, fazendo o garoto franzir o cenho.
—O que você tá fazendo? Espera, espera. DAMON. —Thomas gritou quando Damon abraçou sua cintura e o levantou do chão, assim fazendo Thomas ficar no seu ombro. —Damon, me solta. Me põe no chão.
—Eu nunca mais vou tirar os olhos de você. —Damon disse começando a andar, indo pra dentro da pensão Salvatore.
—Damon! —Thomas exclamou e começou a rir, deixando que Damon o carregasse para dentro da pensão.
•Não esqueçam de deixar uma estrelinha ou um comentário, que isso me motiva muito.
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