Thomas entrou na pensão Salvatore e viu Elena sentada no sofá com os braços cruzados.

—Ai, nossa. Ainda tá aqui? —perguntou se jogando no sofá ao lado de Elena.

—E você esperava outra coisa? —Elena questionou olhando para Thomas.

—Sinceramente, não. —Thomas respondeu. —Stefan comeu?

—Não quis. —murmurou e Thomas a olhou.

—Como você não tem medo?

—Eu penso nas coisas boas que podem acontecer se ele voltar ao normal. —Elena deu de ombros. —E aí, como foi a viagem?

—Fútil, mas Damon e eu vimos Alaric tendo uma crise existencial.

—E foi doloroso de ver. —a voz de Damon ecoou e ele foi se servir de Bourbon. —Stefan já comeu?

—Achei que não se importasse. —Elena retrucou.

—Isso é curiosidade mórbida. —Damon disse se sentando ao lado de Thomas.

—Ele tem muita culpa. Precisa lidar com ela. —Elena comentou. —E não ajuda nada que você tenha passado cento e quarenta e cinco anos castigando ele por terem pegado a Katherine.

—E agora é minha culpa? —Damon perguntou juntando as sobrancelhas.

—Não. —Elena negou. —Não é culpa de ninguém, Damon. Mas você assumiu uma missão de vida para fazer ele se sentir mal.

—Deixa eu perguntar uma coisa. —Damon se levantou a olhando. —Nessa importante busca e purificação do passado do Stefan, você conseguiu ouvir a história?

—Consegui. Sei de tudo. —respondeu e Damon a olhou surpreso. —Mas quero ouvir a sua versão.

Damon andou até a mesinha e pegou um copo de Bourbon, bebendo antes de começar. Elena percebeu Thomas se afastando para dar privacidade para eles.

—No momento em que Stefan provou sangue humano, ele virou outra pessoa. —Damon contou. —Acho que devo agradecê-lo, foi uma aventura e tanto.

—Então foi por isso que ele disse que queria morrer.

—Escolha dele. —Damon disse se servindo de mais bebida. —Se ele é burro o bastante pra isso, que seja.

—Não faz isso, não finja que não se importa.

—E você não diga que se importa. Você só é uma namoradinha dele. —Damon falou e Elena saiu da sala negando.

—Onde você vai? —Damon elevou a voz.

Elena saiu correndo, mas não demora pra voltar.

Ela estava com o anel de Stefan na mão, então Thomas pegou e mostrou para Damon.

—Ah, não. —Damon resmungou. —Era só isso que me faltava. A gente precisa ir atrás dele.

—Como é que é? —Thomas questionou incrédulo. —Pra mim já chega. Eu achei que o Miss Mystic Falls seria o mais difícil, mas estou vendo que não. Eu não me importo com o seu irmão e nem gosto dele, então se viram. —se estourou jogando o anel de Stefan para Damon e indo embora.

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Thomas andava pelas ruas bufando de raiva, ele não aguentava mais fingir.

Ele ouviu seu celular tocando, então o pegou, vendo que Colin estava ligando. Thomas negou com a cabeça enquanto recusava a ligação.

Ele chegou em casa e sentiu sua cabeça doer fortemente.

—O que foi? Ficou bravo por eu te magoado os sentimentos do seu amiguinho? —perguntou com deboche. —Cara chato pra caralho, não sei como você suporta ele.

Então seu celular tocou novamente, mas novamente ele recusou a ligação.

Ele escutou Colin latindo e olhou para ele.

—Eu não suporto ele. —Thomas indagou com raiva. —Ele me traiu. —então seu celular tocou novamente, e ele atendeu com raiva. —O que você quer, sua cobra de duas caras?

—Ah, que delícia te ouvir falando desse jeito. —Colin comentou com deboche. —Você ainda está com raiva de mim?

—O que você acha? —Thomas retrucou a pergunta com raiva.

—Eu já disse, eu não te trai. —Colin indagou.

—Não, você só me entregou. Mas não se preocupe, isso não é considerado traição. —Thomas zombou. —Me poupe, Colin. Eu não quero mais falar com você, seu canalha. —ele desligou a ligação logo em seguida.

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No dia seguinte, Thomas acordou diferente e decidiu ligar para Colin pra pedir desculpas e ligou para Damon o convidando para o Mystic Grill.

Thomas estava sentado numa mesa do Mystic Grill só esperando por Damon.

—Você é bipolar, não é? —Damon questionou se aproximando e se sentando ao lado de Thomas.

—Desculpa por ontem á noite, eu não queria magoar você. —Thomas disse suspirando.

—Tá tudo bem, Thomas. —Damon o tranquilizou. —Você não me magoou.

—Como está o Stefan? —Thomas perguntou.

—Ele está bem. —Damon respondeu. —Ontem a Elena foi atrás dele. E com o poder do amor, ela o trouxe de volta ao eixo. —contou e revirou os olhos.

Thomas sorriu e os dois ficaram se encarando em silêncio por alguns segundos.

—Me desculpa. —Thomas pediu novamente e Damon o olhou confuso. —Ontem foi a primeira vez que aquilo aconteceu em Mystic Falls. —explico e Damon deu um pequeno sorriso. —Fazia tempo que não acontecia.

—Tá tudo bem. —Damon o tranquilizou novamente. —Não era você.

—Era sim. —Thomas retrucou. —Por isso que eu estou pedindo desculpas.

Depois Thomas começou a contar como se sentiu no Miss Mystic Falls, na viagem, quando Alaric teve uma crise existencial, na "discussão" entre Damon e Elena e na hora que Damon disse que eles precisavam ajudar Stefan.

Damon escutou tudo em silêncio e depois admitiu que ele sente o mesmo todo dia, oque acabou fazendo Thomas rir.

Talvez Damon nunca admitiria em voz alta, mas ele adorava ouvir Thomas rindo.

E alí ouvindo o garoto contando sobre esses dias com seu outro lado demoníaco no controle, Damon ficou pensando em tudo que Thomas já deve ter vivido e em tudo que aqueles lindos olhos azuis cristalinos já devem ter visto.

E depois de um tempo, os dois se despediram e cada um foi para a sua casa.

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Damon chegou com um sorriso no rosto, e Stefan o olhou também sorrindo.

—Fico feliz que você e o Thomas tenham construído essa linda amizade entre vocês. —comentou e Damon o olhou confuso, já que não tinha visto o mesmo alí.

—Eu também. —Damon falou sorrindo novamente enquanto ía em direção as escadas e subia, indo diretamente para o seu quarto.

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