Capítulo 18
Thomas acordou e se viu deitado na sua cama, ele sentia uma enorme tonteira e uma queimação fortíssima no seu corpo todo.
Então ele começou à escutar a voz de Damon ecoando do andar de baixo, e parecia que ele conversava com alguém pelo celular. E logo Thomas ouviu o nome Caroline, então percebeu que era com ela que Damon estava conversando.
O garoto se levantou da cama e sua tonteira só aumentou, mas ele a ignorou e saiu do quarto antes de descer a escada e encontrar Damon.
—Damon? —Thomas o chamou e o Salvatore se virou para ele.
—Oi, você tá bem? —Damon perguntou preocupado, se aproximando do garoto depois que desligou a ligação e guardou o celular.
—Tô. —Thomas respondeu balançando a cabeça e sorrindo minimamente. —Por que não estaria?
—Você ficou inconsciente depois que sugou o veneno de mim. —Damon contou.
—É, mas eu tô bem agora. —Thomas disse sorrindo novamente. —Se lembra? Eu sou um Darkmônio, sou imune à venenos.
—À todos? —Damon questionou impressionado e ao mesmo tempo confuso. Thomas assentiu sorrindo minimamente. —Quer vim comigo para a pensão Salvatore?
—Claro. —O garoto concordou. —Eu só vou pegar meu celular, tá?
Damon assentiu e Thomas subiu novamente para o seu quarto, mas parou na frente do espelho ao ver veias negras no seu pescoço.
O garoto abaixou a gola da sua camisa para ver melhor o seu pescoço, suspirando pesadamente pois já sabia o que aquilo significava.
Porém, logo ele soltou a gola da sua camisa para pegar seu celular. Depois desceu as escadas novamente, indo com Damon para a pensão Salvatore.
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Já na pensão Salvatore, os dois e Enzo começaram à jogar sinuca antes de Elena ser a pauta da conversa entre Damon e Enzo.
—Então vocês terminaram? —Enzo indagou. —Isso eu entendo. Aí dormiram juntos. Burrice, mas de novo eu entendo. Agora, tem uma coisa que é meio complicada pra mim. Você foi em uma reunião de pais?
—O Jeremy estava com problemas na escola. —Damon se defendeu se posicionando para tacar.
—Tá, e aí o pronto alto. Você se oferece pra levá-la de volta para o campo e ela diz que não pode ficar perto de você. —Enzo continuou. —Fico confuso só de pensar. Nem imagino como você se sente.
—Tô bem. —Damon falou com raiva. —Só estamos dando um tempo.
—É claro. —Enzo disse. —A fase amigos em que você é amigo dela e fica olhando enquanto ela segue a vida, arrumando outro namorado. Talvez um belo cavaleiro de uma fraternidade.
Damon deu uma tacada, mas o comentário de Enzo o desconcentrou e ele errou.
—A sua namorada misteriosa desaparecida sabe o como você é insuportável? —Damon perguntou com deboche e Enzo riu. —Vai ver não achou ela por isso. Ela não quer se encontrada.
—Eu não a achei porque os Viajantes, minha única pista, decidiram fazer um joguinho de combustão espontânea antes de me darem o que prometeram. —Enzo retrucou passando pelo Salvatore.
—Sei. —Damon murmurou. —Aí fica aqui me perturbando.
—Ah, a gente sempre pode matar gente. —Enzo falou abrindo os braços, mas logo se posicionou para fazer uma tacada. —Mas eu acho que foi o que te colocou nessa situação para começar.
Então ele deu a tacada, acertando a bolinha no buraco e fazendo Thomas ficar surpreso.
—Agora é a sua vez, chatinho. —Enzo disse quando ganhou de Damon. —Ou prefere perder de novo, hein, Damon?
—É a minha vez agora, Lorenzo. —Thomas sorriu, mas logo sentiu uma forte tontura.
—Ou a gente passa para a fase 2, Elena sem Damon. —Enzo ignorou Thomas, encarando Damon com deboche.
—Você sabe que falar o nome dela acaba com a minha tentativa de esquecer? —Damon questionou.
—Eu falei o nome dela? —Enzo retrucou a pergunta, mas logo acrescentou em forma de sussurro. —Elena.
Na hora o celular de Damon começou à tocar e ele viu o nome de Elena na tela.
—Olha aé, não morre mais. —Damon comentou mostrando a tela do celular para Enzo e Thomas, logo recusando a ligação. —Damon 1, tentação 0.
—Tentação 1, Enzo. —Enzo falou quando seu celular tocou, e logo ele atendeu. —Oi, beleza?
—Pode dizer pro Damon que está acontecendo alguma coisa com a Elena e o Stefan? —A voz de Caroline ecoou.
—Que foi? —Damon indagou suspirando depois que Enzo colocou a ligação no viva-voz.
—Bom, sabe quando todo mundo riu daquilo do universo querer unir o Stefan e a Elena? —Caroline perguntou risonha e Damon concordou, e logo ela acrescentou seriamente. —Tá acontecendo.
—Tá acontecendo o quê? —Damon questionou confuso e Thomas bateu na sua própria testa.
—É... Aquela duplicata do Stefan...
—Tom? —Damon indagou ainda confuso enquanto Thomas coçava a nuca.
—Tom, é. —Caroline concordou. —Agora com o Tom morto, o Stefan e a Elena são o último par de duplicatas, o que pode explicar porque eles tão de repente tendo... Visões de... Situações um com outro.
Thomas e Enzo se encararam e não conseguiram não rir, o que fez Damon dá-los um olhar mortal.
—Espera. —O Salvatore pediu pegando o celular que estava na mesa de sinuca. —Que tipo de visões?
—Sabe por que ela não vai dizer? —Enzo perguntou e Damon o encarou. —Porque são sonhos eróticos.
—Não são sonhos eróticos! —A voz de Elena ecoou.
—É... Tá mais pra sonhos românticos. —Caroline disse e Enzo encarou Thomas e ergueu as sobrancelhas várias vezes, fazendo o garoto sorrir.
—Não preciso saber disso! —Damon exclamou irritado, e mais ainda por ter visto a interação entre Thomas e Enzo. —Cadê o Stefan?
—É... Ele foi ao acampamento dos Viajantes ver se ainda tem alguém pra dizer o que tá acontecendo. —Caroline respondeu.
—É, boa sorte. —Enzo desejou.
—É a nossa única pista. —Caroline falou. —Olha, a gente só sabe que o Tom morreu, os Viajantes cometeram suicídio em massa e agora o Stefan e a Elena que não estão mais juntos, estão tendo visões intensas um com o outro.
—Encontra uma bruxa, traz aqui e vamos saber o que está acontecendo. —Damon pediu suspirando e logo desligando a ligação.
Depois ele olhou para o lado e viu Enzo e Thomas se segurando para não rirem enquanto se encaravam.
—Agora vocês dois viraram amiguinhos, foi? —O Salvatore questionou abrindo seus braços indignado.
—Sim. —Enzo concordou o encarando. —Por quê? Algum problema? —Damon revirou os olhos e Enzo voltou a olhar para Thomas. —Eu acho que ele tá com ciúmes.
Thomas caiu na risada e Damon os encarou com uma careta.
Não demorou muito e alguém bateu na porta, então Enzo foi atender.
—Achei que fosse trazer uma bruxa. —Ele indagou e os outros dois já souberam que era Caroline e Elena.
—Dissemos que iríamos ligar. —A voz de Caroline ecoou. —E não que iríamos buscar.
—Oi, Caroline. —Thomas cumprimentou sorrindo enquanto ia até a amiga.
—Tyler, oi. —Caroline o abraçou e logo o soltou. —Você tá bem, né? Damon me contou o que aconteceu.
—Eu tô bem, Care. —Thomas disse sorrindo enquanto Elena olhava em volta.
—E aí? Cadê o Damon? —Ela perguntou e logo o mesmo apareceu, então um clima tenso se formou.
—Quem quer um drink na biblioteca? —Enzo questionou sorrindo minimamente.
—Eu, por favor. —Caroline respondeu levantando a mão. —Vem, Tyler.
—Ah não, eu não tô muito afim. —Thomas falou com uma careta.
—Vem logo. —Caroline mandou pegando o pulso dele e o puxando para a biblioteca.
Caroline e Enzo começaram a conversar, mas Thomas parou de prestar atenção neles para erguer a manga da sua jaqueta, vendo veias negras que começavam no pulso e terminava perto do cotovelo.
—O que é isso, efeito colateral? —Enzo indagou encarando o pulso do garoto com confusão.
—Não é nada não. —Thomas respondeu abaixando a manga da jaqueta. —Eu tenho que ir.
Antes que Enzo e Caroline dissessem algo, Thomas saiu praticamente correndo da pensão Salvatore.
E enquanto ele voltava para casa, sentiu alguém o seguindo. Então um disparo ecoou e uma bala passou raspando o braço dele.
Ele pôs a mão no ferimento e se virou para trás, vendo Reys com uma arma na mão.
—Que tal uma revanche, hein? —O ruivo perguntou sorrindo enquanto apontava a arma para cima e a balançava.
Thomas deu as costas para o mesmo e começou à correr em zigue-zague para fugir dos disparos da arma de Reys.
Logo o garoto conseguiu dispistar o ruivo, mas a visão dele começou à ficar embaçada, sua tonteira aumentou assim como as batidas do seu coração. E o garoto também começou à ficar ofegante.
Então ele se sentou no chão sentindo seus batimentos cardíacos aumentarem cada vez mais e sua respiração ficando cada vez mais ofegante, mas ele logo se levantou e tentou correr. Porém, ao tropeçar nos seus próprios pés, ele parou novamente.
—Você já cansou de fugir? —Reys questionou se aproximou do garoto.
—Não é isso, e sim o fato de eu já está praticamente morto. —Thomas respondeu abaixando a gola da sua camisa, mostrando as veias negras no seu pescoço para Reys. —Então vai, pode fazer o que quiser comigo.
—Então tá. —Reys disse se aproximando do garoto. —Mas se lembre que foi você que pediu.
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Depois de dirigir até um lugar afastado, Reys parou o carro e ligou para Markos, o líder dos Viajantes.
—Oi, Markos. —Reys cumprimentou. —Só estou ligando para avisar que sua preciosa âncora já está comigo.
—Que bom. —Markos comentou. —Mas se lembre que eu o quero vivo, ok? Pelo menos por enquanto.
—Pode deixar comigo. —Reys falou e desligou a ligação antes de sair do carro, indo até o porta-malas. Logo o abrindo e dando de cara com Thomas que estava com os braços amarrados atrás do corpo e com um pano na boca. —Bonjour. —Cumprimentou sorrindo e Thomas deu um grito que foi abafado pelo pano. —Vem.
Reys então o pegou e o tirou de dentro do porta-malas, o levando um pouquinho para longe. Logo o fazendo se ajoelhar no chão.
Thomas sentiu seus olhos pesarem e quase desmaiou, mas Reys o sacudiu.
—Ei, acorda. —O ruivo mandou. —Não tá na hora de você morrer ainda.
O garoto encarou o ruivo e gritou de novo, mas novamente o mesmo foi abafado pelo pano.
—Olha, eu vou tirar esse pano da sua boca. —Reys avisou. —E se eu escutar um xingamento saindo da sua boca, eu te mato.
—Eu já vou morrer mesmo, então vai por inferno. —Thomas xingou enquanto ria depois que Reys tirou o pano da sua boca.
—Você é um idiota. —Reys comentou risonho enquanto se afastava de Thomas.
—Por que não me matar logo? —Thomas indagou encarando Reys.
—Porque por mais que eu queria fazer isso, eu quero você vivo. —Reys respondeu e aplicou algo no braço de Thomas.
Nessa hora o garoto se levantou e tentou avançar em Reys, mas uma soneira forte o atingiu.
—O que você fez? —O garoto perguntou confuso.
—Te dei a cura misturada com um belo dopante. —Reys respondeu.
—Percebi. —Thomas murmurou e desmaiou.
•Não esqueçam de deixar uma estrelinha ou um comentário, que isso me motiva muito.
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