Enquanto Stefan consolava Elena, Damon encarava Thomas que estava desacordado no chão.

—Tira a Elena dessa ilha, eu vou achar a Bonnie. —Damon disse antes de pegar Thomas no colo e levar para fora da caverna.

Damon colocou Thomas no chão quando chegou na frente da cabana. O Salvatore percebeu que o garoto estava respirando bem fraquinho.

—Já tá acordado? —Ele perguntou se abaixando.

Nessa hora, Thomas o deu um soco forte no rosto, o que o fez soltar um gemido de dor.

—Por que você fez isso? —Damon questionou ainda com a mão no rosto.

—Sai de cima de mim. —Thomas mandou e Damon obedeceu, então os dois se levantaram.

—Ah, ainda é você. —Damon resmungou. —Achei que iria voltar ao normal.

—Que fofo. —Thomas debochou revirando os olhos. —O que aconteceu? Cadê todo mundo?

—Todos já foram embora. —Damon respondeu. —Só estamos nós e a Bonnie.

—E cadê a Bonnie? —Thomas perguntou confuso ao não ver a mesma em lugar nenhum.

—Se eu soubesse, não estaria procurando. —Damon retrucou e os dois escutaram um barulho, o que fez os dois ficaram em alerta. —Se não for uma loura, uma bruxa Bennett ou uma duplicata, sugiro que fique longe.

Nada aconteceu e os dois começaram a procurar pro Bonnie juntos.

—Onde está? —Rebekah questionou aparecendo do nada, assustando Thomas. —A cura. Alguém pegou.

—É, alguém. Katherine. —Damon contou suspirando.

—Você sabe sobre isso? —Thomas perguntou o olhando confuso, e Damon franziu o cenho. —Ela quebrou o meu pescoço, vou matar ela.

—Katherine? A duplicata? —Rebekah questionou novamente enquanto franzia o cenho.

—É. A vadia traiçoeira que devia estar nos espionando há semanas. —Damon falou. —Ela matou o Jeremy. Ou alguém matou. —Todos ficaram em silêncio e Rebekah fez uma expressão triste. —Ele matou seu irmão. Não precisa fingir tristeza.

—Eu não disse que ia sentir falta, mas não sou fria. Era o único parente da Elena. —Rebekah disse.

—Que bom. Pode mandar flores depois que nos ajudar a encontrar a Bonnie.

—Temos que achar a Katherine. —Rebekah retrucou a fala de Damon.

—Se tem uma coisa garantida nesse mundo é que Katherine Pierce sumiu daqui. Temos que achar a Bonnie. —Thomas se intrometeu e Damon o olhou confuso. —E não, eu não me importo com ela. Eu só quero sair logo dessa ilha. E cuidado com o imortal Silas. Se ele estava dormindo naquela caverna, está acordado agora. —Ele avisou para Rebekah antes de acompanhar Damon para longe da loira.

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Agora os três estavam andando pela floresta. Sim, os três. Rebekah decidiu ir junto.

—Acham que a Bonnie está morta. —A Mikaelson perguntou olhando ao redor.

—Nunca pensei em dizer isso, mas tomara que não. —Damon respondeu.

—Não gosto de ficar ao ar livre assim. —A loira comentou e Thomas deu um sorrisinho.

—O quê? Está com medo do Silas mau? —Damon questionou risonho.

—Não. —Rebekah negou rapidamente.

—Medrosa. —Thomas pronunciou enquanto forçava uma tosse.

—Eu não sou medrosa. —Rebekah rebateu o olhando mortalmente. —Meu irmão Kol enlouqueceu com a possibilidade de Silas despertar. Então é bom que a gente fique preocupado e vocês ficam aí falando de medo. Você, Damon, está com tanto medo que está a 4000 quilômetros de onde deveria estar.

—Ei, alguém tem que achar a Bonnie. —Damon tentou se defender.

—Stefan podia fazer isso. Não é você o atual amor da Elena? —Rebekah perguntou. —Está difícil acompanhar essa novela. Você não devia estar em casa ao lado dela? Ou ficou apavorado em estar lá quando ela perceber que o irmão está morto.

Thomas ergueu as sobrancelhas e tombou a cabeça para o lado enquanto dava de ombros, nem ele entendia isso direito.

Então logo um barulho de disparo de flecha ecoou e Damon pegou Rebekah e a colocou na frente dele, fazendo-a levar a flechada.

—Desculpe. Antes você do que eu. —Damon falou e soltou Rebekah, essa que caiu no chão.

Do nada, Damon sumiu numa velocidade anormal. Thomas foi logo atrás, vendo Damon brigando com o caçador que o deu dor de cabeça dentro da caverna.

—Ah, você de novo. —O garoto resmungou enquanto revirava os olhos.

Damon amarrou o caçador com uma corda e o pôs encostado numa pedra.

—Então, o que você sabe? —O Salvatore questionou para o caçador.

—Eu não vou te contar nada. —O caçador disse e Thomas pegou sua adaga, logo pressionando contra o pescoço do caçador. —Não pode me matar. A maldição do Caçador vai ter atormentar.

—Não vai ser a primeira vez. —Thomas rebateu pressionando mais ainda a adaga.

—Ele tem razão. Não podemos matá-lo. —Rebekah se aproximou. —Mas não quer dizer que a gente não pode te cortar de pouquinho em pouquinho até a dor ser tanta que seu cérebro apaga pra ter um pequeno momento de alívio. E aí te curamos e fazemos de novo. E de novo. E de novo.

—Você é terrível. —Damon comentou a olhando com um sorriso no rosto.

—Obrigada. —Rebekah agradeceu o olhando enquanto sorria como se não fosse nada.

—Vocês querem ficar sozinhos? —Thomas perguntou. —Podem ir, eu fico com ele.

—Não, você não. —O caçador se afastou de Thomas. —Eu prefiro ficar com ela.

—Me conhece? —Thomas questionou risonho e o caçador assentiu. —Então sabe do que eu sou capaz, e se eu fosse você, começava a falar agora mesmo.

O garoto pressionou a adaga mais ainda, fazendo o caçador resmungar de dor.

—Eu estava caçando vampiros no Colorado. —Ele começou à contar. —Katherine me achou, disse que me ajudaria a achar o Silas. Ela já sabia sobre a Marca do Caçador, a cura.

—Como? —Rebekah perguntou, fazendo o caçador à encarar.

—Bom, ela tinha alguém infiltrado. —Ele respondeu. —Um lobisomem. Amigo do seu professor.

—Hayley, a amiga do Tyler Lockwood. —Thomas murmurou, fazendo Damon o encarar. —Sem comentários.

—Ah, eu sabia que ela não prestava. Onde a Katherine conheceu ela? —Damon questionou.

—Nova Orleans. É tudo que eu sei. —O caçador falou encarando Thomas com um sorrisinho que estava dando ao garoto voltada de o arrancar aos socos.

—Bom, acho que é melhor te jogar no maior buraco que existe nessa ilha. —Thomas disse guardando sua adaga. —Acho que perdemos a cura.

—Mas eu acho que o Damon não se importa. Ele não queria que a Elena fosse humana mesmo. —Rebekah relembrou.

—Eu queria a cura pra ela porque era o que ela queria. —Damon tentou se defender. —Você pode achar que estou com medo de voltar, mas não estou, porque sei o que ela precisa. Ela precisa que eu leve pra casa a melhor amiga dela.

Então Damon começou a se afastar de Rebekah, e logo Thomas o seguiu.

Quando Thomas alcançou o Salvatore, o mesmo estava falando ao celular com Stefan.

—Droga! Eu não posso deixar ela pra trás. Eu não posso chegar aí sem a Bonnie. —Damon falou.

—Acho que tem que vir. Á essa altura, a ligação com você é a única coisa que pode fazer ela se controlar. Eu volto pra encontrar a Bonnie. —Stefan disse.

—Estou indo. —Damon avisou e desligou a ligação, então ele e Thomas escutaram um barulho e olharam para a direção que veio o mesmo, vendo Bonnie. —Eu poderia te abraçar agora.

Os dois logo se abraçaram e Thomas bufou uma risada enquanto negava com a cabeça.

—Onde você estava? Como nos achou? —Damon perguntou se separando do abraço com Bonnie.

—Shane me ajudou. —A Bennett contou. —Ele me disse o que fazer, Damon e Tyler. Eu sei como trazer Jeremy de volta.

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Os três estavam chegando na casa dos Gilbert quando Damon decidiu puxar conversa com Thomas.

—Eu sinto muito, Thom. —Ele falou e Thomas o olhou confuso. —Eu sei que você também queria a cura, você a queria para ter a vida que sempre queria ter.

—Damon, eu não queria a cura. —Thomas disse, e foi a vez de Damon ficar confuso. —Eu não reclamo por ser um sobrenatural, eu reclamo da vida que eu tenho por ser um sobrenatural, mas não mudaria isso. Eu quero ter uma vida tranquila, encontrar uma pessoa especial, me casar e construir uma família. Já tive a oportunidade de conseguir isso uma vez e joguei fora, mas estou disposto a tentar novamente.

—Ué? Mas eu achei que você queria a cura para realizar o seu sonho de construir uma família. —Damon falou ainda confuso. —Ainda mais depois disso que você falou.

—Damon, eu disse "encontrar uma pessoa especial", eu não falei em encontrar uma mulher especial. Se esqueceu que eu jogo para os dois lados? —Thomas indagou sorrindo. —Não vejo problema em adotar, ele ou ela vão ser meu filho ou minha filha. Não vai ser biológicos, mas pra mim já está ótimo.

Damon sorriu enquanto encarava Thomas, esse que voltou a olhar para frente.

—Olha só, gente. Me desculpa, mas não não tô com cabeça para uma discussão ou seja lá o que vamos fazer agora. Então eu acho que vou embora. —Thomas avisou quando eles chegaram na frente da casa dos Gilbert. —Boa noite pra vocês.

Logo após isso, o garoto deu as costas para os dois e foi para a sua casa.

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Mas tarde naquela noite, Thomas foi acordado por Colin que estava latindo porque tinha alguém batendo na porta.

O garoto se levantou e saiu do seu quarto antes de descer as escadas e abrir a porta, dando de cara com Damon.

—O que que foi? —Thomas questionou com raiva. —Por que está batendo na minha porta no meio da noite?

—A Elena finalmente aceitou que o Jeremy está morto e desligou a humanidade. —Damon contou.

—Aham, tá. E eu com isso? —Thomas perguntou, fazendo Damon o olhar incrédulo. —Ela logo vai superar. Agora se você puder me dar licença, eu vou voltar a dormir.

Ele tentou fechar a porta, mas Damon o impediu enquanto ainda o encarava incrédulo.

—Para de fingir que não liga, Thom. —Damon mandou firmemente. —Você se importa, mas adora quando o seu outro lado está no controle, né? Se sente poderoso e sabe que não precisa se preocupar com nada, pois sabe que pode colocar a culpa nele. Para você é tão fácil desligar, né?

—Primeiro: o meu nome é Tyler. E segundo: vai ser fuder. —Thomas pronunciou com raiva e fechou a porta fortemente.

Então o garoto subiu para o seu quarto, e foi quando ele desabou.

Numa coisa, Damon estava certo. Ele estava fingindo porque queria tanto ser como o seu outro lado. Não ter sentimentos, não sentir as dores de tudo que aconteceu.

E foi quando "uma lâmpada" se acendeu em cima da sua cabeça, agora ele podia ser igual o seu outro lado. Era só ele querer. E foi isso que ele fez.

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