Thomas estava fazendo o almoço quando escutou alguém batendo na porta, então ele foi ver quem era.

—Bom dia. —Elijah cumprimentou quando Thomas abriu a porta. —Posso entrar?

—Não. —Thomas negou balançando a cabeça enquanto sorria. —Eu ainda contínuo com essa decisão.

—Ok, então. —Elijah concordou sorrindo. —Eu vim aqui para te convidar para ser meu acompanhante no jantar na pensão Salvatore.

—Você sabe que tem uma grande possibilidade desse jantar ser uma armadilha, né? —Thomas perguntou.

—Sim. —Elijah respondeu. —Por isso que estou te convidando para ir comigo.

—Para que? Para me fazer de escudo? —Thomas questionou risonho e Elijah sorriu. —E depois fala que eu sou importante.

—E você é importante. —Elijah disse se apoiando na parede. —Você não vai ser meu escudo, e sim o incentivo para que não façam nada que se arrependam.

—O incentivo de quem? —Thomas perguntou confuso e Elijah tombou a cabeça para o lado.

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Elijah bateu gentilmente na porta assim que chegaram à pensão Salvatore.

A porta se abriu revelando Damon com um sorriso que logo sumiu assim que viu Thomas ao lado de Elijah.

—Boa noite. —Elijah cumprimentou educadamente, mas foi Thomas quem Damon encarou.

Damon demorou um pouco para responder.

—Obrigado por virem. Por favor, entrem. —disse dando espaço.

—Só um momento. —Elijah falou puxando Thomas quando o mesmo tentou entrar. —Devo dizer que, se você tem intenções pouco nobres com esse jantar, eu sugiro que reconsidere.

—Não, não é nada disso. —Damon disse suspirando. —Só quero te conhecer melhor.

—Bom, tudo bem. —Elijah falou e ambos sorriem. Damon novamente deu espaço para eles entrarem. —Porque, sabe, mesmo que eu tenha um acordo com o Thomas, se você fizer um movimento em falso para me trair eu mato você e todos nessa casa. Estamos entendidos?

Thomas olhou para Damon suplicante.

—Muito claro. —Damon disse olhando para Thomas.

—Jenna. —Elijah falou sorrindo quando a mesma apareceu vestida em um lindo vestido azul. Elijah soltou o braço de Thomas delicadamente e foi até ela. —Que ótimo vê-la de novo. Como está?

—Que bom que você veio. —Jenna disse sorrindo e olhou para Thomas. —Com o Thomas.

—Está deslumbrante. —Elijah a elogiou ignorando a alfinetada maliciosa.

—Obrigada. —Jenna sorriu.

Seguiram para a mesa vendo Andie e Alaric esperando. Thomas sentou à direita de Damon, de frente para Andie que estava ao lado de Alaric. John estava na cabeceira esquerda da mesa enquanto Damon estava na direita. Elijah estava ao lado de Thomas.

—Eu odeio ter que contar, Damon, mas segundo Elijah sua família não é fundadora dessa cidade. —Jenna falou servindo vinho para o Salvatore.

—Uhn, então conta. —Damon pediu encarando Elijah.

—Como eu disse à Jenna antes, um grupo de peregrinos migrou de Salém depois da caça as bruxas de 1690. —Elijah disse. —Nos cem anos seguintes, criaram uma comunidade onde se sentiam livres da perseguição.

—Uhn, porque eram bruxas. —Jenna zombou.

—É, não há provas tangíveis de que existiram bruxas em Salém. —Andie falou.

—Andie é jornalista, gosta de fatos. —Damon disse.

—Bom, a lenda diz que houve uma onda de histeria contra as bruxas. —Elijah falou. —Os rumores se espalharam pela aldeia. As bruxas foram caçadas. Eram amarradas juntas em postes em um campo e queimadas. Dizem que os gritos eram ouvidos à quilômetros conforme elas eram queimadas.

Thomas bebeu um gole do seu vinho.

—Eu não repetiria isso para a sociedade histórica. —Jenna apontou.

—Está começando a parecer mais histórias de fantasmas. —John disse enquanto Jenna e Andie riem.

—Então por que quer saber a localização desses supostos massacres? —Damon questionou para Elijah.

—Sabe, pura curiosidade histórica, claro. —Elijah falou.

—Claro. —Damon ironizou. Um silêncio se instalou enquanto todos terminavam de comer. —Quem quer tomar conhaque? Tenho uma garrafa que estou guardando há séculos.

—Pra mim não, obrigado. —Alaric disse enquanto Damon se levantava. —Nove garrafas de vinho é meu limite.

Thomas ainda não estava entendendo oque estava acontecendo alí. Todos se levantaram.

—Os cavalheiros deviam tomar os drinques no estúdio. —Andie sugeriu.

—Devo admitir que a comida estava quase tão maravilhosa quanto a companhia. —Elijah falou.

—Eu gosto de você. —Andie elogiou.

Damon, Elijah e John saíram para o estúdio enquanto Thomas ajudava Jenna e Andie à tirarem a mesa já que não bebia.

—Você não é um cavalheiro, então seja útil. —Jenna disse entregando alguns pratos para Alaric.

Alaric saiu e voltou vendo Jenna pegando mais pratos.

—Me dá alguma coisa aí. —Alaric pediu.

—Deixa comigo, eu consigo. —Jenna falou saindo até a cozinha.

—Problemas no paraíso. —Thomas cantarolou vendo-o o olhar feio.

Jenna voltou e Ric a olhou.

—Jenna, está tudo bem? —Ric perguntou.

—Sim. Estou bem, Ric. —Jenna disse passando por John que agora estava no batente da porta.

—Eu tô achando que a culpa é minha. —John falou casualmente.

—O que você fez? —Thomas questionou.

—Só mencionei que ele não foi muito sincero com ela sobre a falecida esposa. —John respondeu.

—Seu desgraçado. —Ric disse pegando John pela gola da camisa.

John se soltou o encarando.

—Eu acho que fui claro com você, Ric. Quero meu anel de volta. —ele então saiu.

—Ric, o que tá acontecendo? —Thomas perguntou.

O celular de Alaric tocou e ele atendeu.

—Alô? Calma. Calma, Stefan. —Ric pediu.

Ric desligou olhando para Thomas preocupado.

—O que tá acontecendo? —Thomas questionou irritado.

—John tá tentando matar o Damon que está tentando matar o Elijah. —Alaric explicou e saiu andando.

—Ric! —Thomas exclamou perdendo-o de vista.

Não demorou e Elijah e Andie estão de volta a sala de jantar.

—Desculpe, gente. A sobremesa está demorando mais do que eu pensei. —Jenna falou. —Normalmente eu só abro embalagens.

Eles riram se sentando.

—Então, eu sei que é uma ocasião social, mas eu queria saber mais sobre o trabalho que está fazendo aqui. —Andie disse.

—E eu adoraria responder. —Elijah falou.

—Ótimo. Ah, que ótimo. —Andie disse assim que Damon e Ric entraram e se sentaram em seus lugares. —Ric, pode me fazer um favor e pegar meu notebook na bolsa?

Ric saiu enquanto Thomas encarou Damon seriamente.

—Elijah, o John te contou que ele é metade pai, metade tio da Elena? —Damon perguntou.

—É, eu sei bem disso. —Elijah falou.

—Mas é claro que Elena o odeia... E já que Thomas não o conheço o bastante para se preocupar com ele, não precisa mantê-lo na lista das espécies ameaçadas. —Damon disse.

—Dá pra deixar de ser um idiota pelo menos na hora do jantar? —Thomas explodiu.

—Não, Ric, está no bolso da frente. Quer saber? Com licença, gente. Desculpe. —Andie falou saindo assim que recebeu uma olhadela de Damon.

—O que eu queria saber, Elijah, é como você pretende matar o Klaus? —John questionou.

—Cavalheiros, há algumas coisas que eu deveria deixas bem claras agora. —Elijah disse. —Eu permito que vocês vivam apenas para proteger a Elena. Eu permito que Thomas e Elena continuem na casa deles vivendo entre amigos, apenas por cortesia. Se ficarem no meu caminho, eu tiro os dois de vocês e nunca mais vão vê-los.

—Bom... —a voz de Andie ecoou e logo ela estava sentada de volta à seu lugar. —Minha primeira pergunta é sobre sua chegada à Mystic...

Andie parou bruscamente quando Elijah se engasgou e um som de corte foi ouvido. Thomas se levantou rapidamente assustado assim como os outros que não esperavam pelo golpe de Alaric.

A pele de Elijah começou a ressecar e veias negras apareceram, como as de um vampiro morto. O corpo de Elijah tombou para o lado e Ric tirou uma adaga de suas costas, deixando-a em cima da mesa.

—Temos que nos livrar dele antes que Jenna volte com a sobremesa. —Ric falou encarando Damon.

—Uhn, tá bem. —Damon disse parecendo impressionado.

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Thomas saiu do seu quarto descendo as escadas e indo até a cozinha. Estava com seus cabelos bagunçados e com seu pijama, pronto para dormir.

Ele ouviu um barulho do lado de fora, encarou seu celular no balcão e correu para pegá-lo. Então ligou para Damon.

—Atende... —pediu quando escutou os toques. Não demorou e a caixa postal soou. —Droga!

Tentou ligar para Caroline ou Alaric, mas todas davam na caixa postal. A porta foi brutalmente arrombada.

—Por favor! —pediu. —Eu não sabia de nada! Eu não sabia! Mas eu avisei!

—Thomas, a sua sorte é que eu não quero te matar. —a voz de Elijah ecoou e logo ele estava parado na frente da porta. —Mas será que eu posso continuar confiando em você?

—Pode entrar. —Thomas falou e Elijah ficou confuso antes de entrar na casa. —Você ainda pode confiar em mim.

—É, mas estou indo avisar Elena que o acordo já era. —Elijah avisou e sumiu numa velocidade anormal, fazendo Thomas bufar de raiva.

Por que seus amigos não queriam acreditar que Elijah estava ajudando eles?

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