Thomas acordou e tomou seu café da manhã antes de sair para correr, mas diferente das vezes que ele sai para correr com Colin, desta vez ele foi sozinho.

Ele saiu para correr porquê precisava espairecer, e de repente levou uma pancada na cabeça e apagou na floresta.

Certo, talvez não tenha sido a melhor ideia sair em uma manhã chuvosa para correr, mas era isso ou ficar em casa com Colin vendo série.

—Thom. —Thomas ouviu alguém chamando e abriu os olhos, sentiu uma dor estranha na sua coxa e fez uma careta.

—Stefan? —perguntou confuso, vendo o mesmo preso no teto.

—Como você parou aqui? —Stefan perguntou preocupado.

—Me lembra de nunca mais sair pra correr. —Thomas pediu suspirando, olhou a faca enfiada na sua coxa e soltou um gemido baixo.

—Sinto muito. —Stefan suspirou enquanto Thomas olhava ao redor, vendo um cara caído no canto.

—Não foi sua culpa. —Thomas resmungou encolhendo os ombros.

As cordas mantinham Thomas preso na cadeira, e a faca na sua coxa estava causando uma dor insuportável.

—Há quanto tempo eu tô apagado? —perguntou depois de alguns segundos em silêncio.

—Quase duas horas. —Stefan respondeu com a voz arrastada.

—Ótimo. —Thomas resmungou ironicamente.

Olhou para todo o sangue que estava escorrendo e caindo no chão enquanto mordia o lábio nervoso.

—Tá afim de sair daqui? —perguntou olhando para Stefan.

—Além do fato de eu estar preso, estou fraco demais para nos proteger. —Stefan respondeu o olhando nervoso.

—Você não precisa me proteger. —Thomas indagou e Stefan franziu o cenho. —Então nós dois vamos sair daqui.

—Estamos presos. —Stefan lembrou olhando para a faca na coxa do garoto.

—Ter vivido sozinho por séculos me ajudou em muitas coisas. —Thomas revelou começando a se mexer na cadeira para afrouxar as cordas. —E uma delas é me livrar de um péssimo nó.

—Thom...

—Shiu. —ralhou conseguindo liberar seus braços. Ele sorriu para Stefan mesmo que estivesse sentindo sua perna latejar de dor.

—Damon sabe que estamos aqui. Espera mais um pouco. —Stefan pediu nervoso.

—Stefan, eu não tenho paciência para ficar esperando alguém vim nos resgatar. —argumentou olhando para faca por alguns segundos antes de colocar a mão na boca.

—O que você...

Stefan se interrompeu ao ver Thomas arrancando a faca de uma vez, o mesmo mordeu sua mão com força para não gritar de dor enquanto respirava fundo.

Thomas xingou algumas vezes na sua cabeça enquanto cortava a corda que prendia seu tronco, cortou a que estava nos seus pés e se levantou com um pouco de dificuldade.

—Deus, eu preciso de férias. —resmungou pra si mesmo, caminhando até Stefan.

—Seu sangue... Eu não sei... Não sei se vou conseguir me controlar. —Stefan avisou tentando se afastar quando Thomas se aproximou mais.

—Vai por mim, você não vai querer tomar o meu sangue.

—O que você disse? —Stefan resmungou confuso e Thomas cortou as cordas que prendiam Stefan.

—Olha só, eu não quero morrer aqui! Então faça o favor de ficar em pé. —mandou e Stefan olhou para a coxa do garoto.

—Ainda tá sangrando. —Stefan avisou apontando para a coxa do garoto. —Aqui. —ele mordeu seu pulso e estendeu na direção de Thomas.

—Não, obrigado. Eu tô bem. —Thomas disse com cara de nojo.

—Vai te curar, então bebe. —Stefan forçou Thomas à beber o seu sangue, fazendo o garoto tossir um pouco.

—Anda logo. —Thomas chamou começando a puxar Stefan dali.

Parou seus movimentos ao ver o cara no chão novamente, ele começou a acordar e então olhou para os dois em silêncio.

Eles passaram por ele e começaram a subir a escada em silêncio, Stefan estava atento aos barulhos lá de cima.

—Tem alguém se aproximando. —Stefan avisou colocando Thomas atrás dele rapidamente.

Os passos se aproximaram mais e Stefan empurrou Thomas para mais perto da parede, praticamente cobrindo ele por inteiro.

—Stefan? —Thomas ouviu Damon perguntar surpreso e Stefan respirou aliviado.

—Graças a Deus. —Thomas resmungou aliviado saindo de trás de Stefan.

Em um segundo Damon estava longe de Thomas e no outro estava literalmente na frente dele, olhando para sua coxa com raiva.

—Tira ele daqui. —Damon mandou olhando seriamente para Stefan antes de sumir dali.

—Vem, Thom. —Elena chamou segurando Thomas para ajudá-lo à andar.

Stefan estava andando na frente deles enquanto prestava atenção em todo barulho.

Thomas fechou os olhos quando sentiu a dor na sua cabeça começar e apertou o braço de Elena sem perceber, mas Elena pareceu não se importar e continuou a ajudar Thomas à andar até conseguirem sair da casa.

Thomas continuou apoiado em Elena quando chegaram na floresta escura, Stefan ainda andava na frente deles.

—O carro está alí. —Elena avisou apontando para frente e Thomas suspirou aliviado.

Quando chegaram no carro, Elena abriu a porta de trás e ajudou Thomas à entrar enquanto Stefan se sentava na frente.

—Stefan... —Thomas chamou e então a janela do lado de Stefan foi quebrada. Ele sentiu a dor na sua cabeça aumentar e sentiu seus olhos ficando diferentes. —De novo não. —resmungou e desmaiou logo em seguida.

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Thomas estranhou o colchão super macio em baixo dele e se mexeu algumas vezes até conseguir abrir os olhos.

—Bom dia. —Thomas ouviu à voz masculina desejar e virou o rosto, vendo Damon na porta do quarto sorrindo minimamente para ele.

—Bom dia. —Thomas murmurou se sentando na cama. —Stefan está bem?

—Está vivo. —Damon deu de ombros entrando no quarto de vez e Thomas percebeu que o mesmo não usava uma camisa, assim fazendo seu peitoral ficar exposto.

Thomas afastou a coberta porquê estava começando a sentir calor.

—Curou. —Damon avisou apontando com os olhos para a coxa de Thomas.

—É, eu tenho cura acelerada. —Thomas disse sorrindo minimamente.

—Isso é legal. —foi a única coisa que Damon disse antes de se sentar na cama. —Ah, atualizações. Acharam o corpo da Vicki.

—Nossa, você é realmente um inútil. —Thomas comentou e Damon bufou tapando os olhos.

Thomas tentou se levantar da cama, mas Damon o impediu.

—Você precisa descansar. —Damon aconselhou. —Não quero que se machuque.

—Pega uma faca pra mim. —Thomas pediu e Damon franziu o cenho. —Por favor.

Damon saiu do quarto, mas logo voltou com uma faca na mão.

—Espero que você não tente se matar com isso. —Damon ironizou entregando a faca para Thomas, esse que cortou a mão com a mesma.

—Eu não me matei. —Thomas falou mostrando sua mão para Damon, esse que estava confuso.

Thomas se levantou da cama e Damon pegou a mão dele para olhar, vendo a mesma já curada.

—Me larga. —Thomas mandou puxando sua mão e saindo do quarto.

—Quem é você? —Damon perguntou baixinho vendo Thomas saindo do quarto.

Damon seguiu o garoto e viu o mesmo cobrindo seus olhos quando os mesmos entraram em contato com a luz do sol.

—Onde você vai? —Damon perguntou confuso.

—Não te interessa. —Thomas disse e saiu da pensão, indo em direção à sua casa.

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Thomas chegou na sua casa e Colin correu até ele abalando o rado.

—Oi, garoto. —Thomas o cumprimentou se abaixando para passar carinho no cachorro, mas assim que se abaixou, sentir uma vontade enorme de vomitar.

Ele se levantou e correu para o banheiro, vomitando sangue no vaso.

—Que nojo. —Thomas comentou fazendo uma careta de nojo.

Colin chegou no banheiro e deitou ao lado de Thomas todo arreganhado.

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