Todos já tinham chegado na ilha onde se encontrava a cura, e agora estavam desvaziando os barcos que tinham usado para chegar ali.

—Parabéns. —Shane disse olhando ao redor. —Conseguimos.

Todos ficaram em silêncio enquanto terminavam de desvaziar os barcos.

—Não podiam ter escondido essa cura no Havaí? —Damon perguntou ajoelhado no chão. —Para onde trouxe a gente?

—Estamos a 320 quilômetros da costa da Nova Escócia. —Shane respondeu se aproximando do Salvatore. —Se se lembra, a ideia era esconder a cura na ilha mais obscura e desolada.

—Ah, é? Achei que a ideia era ninguém achar o Silas a aberração mais velha e mortal do mundo. —Damon falou se levantando e colocando sua mochila nos ombros.

—É, isso também. —Shane concordou olhando para a ilha antes de voltar a olhar pro Salvatore. —Filtro solar? —Sugeriu o estendendo o produto.

—É piada? —Damon questionou incrédulo e Shane parou e pensou um pouco.

—Claro.

Enquanto isso, Stefan amarrava as cordas dos barcos num tronco, Rebekah encarava Elena mortalmente e Thomas tirava uma selfie.

—Sabe, não está ajudando. —Stefan comentou olhando para Rebekah.

—Você é perfeitamente capaz de dar um nó. —A Mikaelson disse.

—Está olhando torto para Elena. Não está ajudando. —Stefan falou.

—Ela matou o meu irmão, e tentou enfiar uma adaga nas minhas costas. —Rebekah o relembrou. —Ela tem sorte por eu só estar olhando torto.

—Sabe que eu estou ouvindo, não é? —Elena perguntou sem se virar para eles três.

—Sabe que eu não ligo, não é? —Rebekah retrucou a pergunta abrindo os braços enquanto sorria.

Elena jogou sua mochila no chão e usou sua velocidade para pegar o pescoço da Mikaelson enquanto apontava a estaca de carvalho branco para o coração da mesma, mas Rebekah a jogou no chão sem dificuldade. Thomas se segurou para não rir.

—Vá em frente, me mate. —Rebekah deu de ombros. —Mas você vai ter que encarar seus verdadeiros problemas tipo o fato de o Stefan ter me convidado pessoalmente. Acho que ele gosta de mim de novo.

—Mandou bem, loirinha. —Thomas disse sorrindo e Rebekah retribuiu o sorriso. —Tira uma selfie comigo?

Rebekah assentiu e andou até o lado de Thomas, o garoto a abraçou e os dois sorriram antes de Thomas tirar a foto.

—Tyler, não querendo acabar com a sua felicidade, mas não estamos aqui em passeio. —Stefan falou encarando o garoto. —Estamos aqui para achar a cura.

—Eu sei disso. —Thomas disse com desdém. —Mas isso não me impede de me divertir.

Stefan revirou os olhos quando o garoto começou a tirar fotos da ilha.

—Andou malhando, Jeremy? —Thomas questionou quando apontou a câmera para o Gilbert, o vendo sem camisa. Então ele decidiu se aproximar dele, vendo Bonnie atrás do mesmo.

—O que é isso? Tá fazendo um reality? —Jeremy perguntou ao ver que Thomas estava gravando.

—Sim. —Thomas concordou. —Imagina, reality envolvendo adolescentes e idosos acaba com todos mortos.

—Que poético. —Damon debochou. —Mas eu sinceramente espero que eu não esteja no grupo dos idosos.

Thomas sorriu sapeca enquanto voltava a sua atenção para a sua gravação.

—Desculpe. Se tivesse um jeito menos constrangedor, eu faria. —Bonnie falou para Jeremy enquanto tirava fotos da Marca do Caçador do mesmo.

—Não me incomoda. —Jeremy avisou.

—Esses símbolos devem ter sido feitos para os caçadores encontrarem a cura. —Bonnie disse colocando a mão no peito de Jeremy. —E essa deve ser a história de Qetsiyah e Silas. —Ela levou sua mão para o braço de Gilbert. —Segundo Shane Silas pediu a Qetsiyah ajuda para fazer um feitiço para a imortalidade. Ela o fez imortal, e descobriu que ele planejava usar o mesmo feitiço em outra mulher não ela. Quando ela descobriu, teve uma crise.

—Qetsiyah matou a outra mulher? —Jeremy questionou olhando para a Marca do Caçador.

—É. —Bonnie concordou sorrindo. —Silas era imortal. Ela não podia matá-lo. Então ela o prendeu em uma caverna e o enterrou vivo.

—Já achei a introdução do meu reality. —Thomas comentou, fazendo Jeremy e Bonnie sorrirem.

Então Jeremy levantou seu braço e encarou a tatuagem enquanto Shane se aproximava dos três.

—Diz alguma coisa sobre o papel do caçador nisso tudo? —O Gilbert perguntou.

—Eu estava esperando você perguntar. —Shane falou. —Qetsiyah criou uma cura para imortalidade e aí ela enterrou com o Silas, esperando que ele a usasse e morresse e terminasse do outro lado com ela por toda a eternidade.

—Mas ele não deu essa satisfação a ela. —Thomas disse. —Séculos depois, os descendentes dela criaram os caçadores para encontrá-lo, curá-lo e matá-lo.

—Muito bem, é... Perdão, mas eu não sei o seu nome pois escutou alguns dos seus amigos te chamarem de "Tyler", mas o Damon te chama de "Thomas". —Shane falou.

—O meu nome é Tyler Blake. —Ele se apresentou e Shane sorriu antes de pedi-los para o segui-lo.

Os três se entreolharam e deram de ombros antes de seguir o Professor.

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Todos agora estava andando pela floresta num silêncio, só escutando o canto dos pássaros.

—Tem mais alguém assustado? —Elena questionou.

—Então vá embora. De todo mundo aqui, sua presença é a menos necessária. —Rebekah disse.

—Por favor, não comece. —Stefan pediu suspirando entediado.

—Estou só dizendo como é. —Rebekah rebateu. —Jeremy tem um feitiço no corpo, Bonnie é a bruxa que vai destrancar a cura. Shane é a bússola. Você e eu temos a lápide, que faz Deus sabe o quê. E Elena não tem utilidade.

Elena assentiu sorrindo forçadamente e Thomas cada vez se divertia mais.

—Mas e nós? —Damon perguntou apontando para ele e para Thomas.

—Você tem o traseiro bonito e o Tyler é o que tem mais probabilidade de sair dessa ilha vivo. —Rebekah respondeu e os dois sorriram enquanto davam de ombros.

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Já tinha anoitecido e eles ainda andavam, e enquanto isso, Shane contava uma historinha de ninar. Era o que Thomas pensava, já que aquela ladainha o estava dando sono.

—Séculos depois que Qetsiyah morreu uns mineiros cavaram um poço na ilha. —Shane contava. —De repente enlouqueceram. O sangue segou. Sem razão aparente. —Ele deu uma pausa. —Então espalhou-se uma lenda de que esses mineiros, em troca de uma gota de sangue tiveram visões de seus entes queridos mortos no poço em que estavam cavando. A história se espalhou e exploradores buscavam o poço para saber se a lenda era verdadeira.

—Então o poço era mágico? —Bonnie questionou curiosa e Shane parou de andar, fazendo todos pararem também.

—Algumas pessoas acreditavam que as vozes das almas perdidas eram uma corrente de vento pelas cavernas. —Shane explicou. —E as visões eram causadas pela inalação de plantas venenosas.

—Bom, no que você acredita? —Elena perguntou.

—Acredito em magia. —Shane respondeu simplesmente. —Minha esposa e meu filho morreram com meses de diferença. Então eu decidi testar o poço. —Contou parecendo perdido em lembranças. —Eu ofereci meu sangue e esperei.

—Deixa eu adivinhar, não funcionou, né? —Thomas sugeriu, fazendo todos o encararem.

—Na verdade, funcionou. Eu vi minha esposa. —Shane falou. —Os olhos. O sorriso. Meu sangue permitiu que eu a visse de novo.

—É, entendi. Não coma as flores venenosas. —Damon debochou ajeitando sua mochila em seus ombros.

Thomas pegou sua garrafinha de água e deu um grande gole antes de guardá-la novamente.

Então todos voltaram a andar novamente, mas desta vez em silêncio.

—Espere. Pare, pare, pare. —Shane mandou correndo para a frente de todos. Então ele se ajoelhou no chão. —Estão todos prestando atenção? —Questionou, mas ninguém respondeu. —Nossa primeira lição em sobrevivência.

Logo ele pegou uma pedra e a jogou para frente, acionando uma armadilha, o que fez todos ficaram impressionados.

—Fiquem juntos. Olhos bem abertos. —Shane orientou olhando para todos antes de voltar a andar.

Damon olhou para o lado e ficou surpreso por ver Thomas mexendo no celular.

—Como você ainda está com bateria? —Perguntou franzindo o cenho.

—É uma função do celular chamada de "econômica de bateria". —Thomas explicou antes de encarar o Salvatore. —Você saberia disso se fosse mais conectado com a tecnologia, vovô.

—Olha só, você tá começando à ficar muito abusado ultimamente. —Damon comentou.

—Não fica chateado, tá? —Thomas pediu. —E relaxa, eu sou mais velho que você.

—Não é nada. —Damon negou. —É impossível que você seja mais velho d...

—Eu nasci em 1623. —O garoto disse e Damon se calou, estando completamente chocado com aquela informação. —Você ia dizendo...

O Salvatore revirou os olhos e Thomas sorriu voltando a sua atenção para o celular.

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Depois de um tempo, eles chegarem à uma cabana no meio da floresta.

—Que lugar é esse? —Stefan questionou.

—Segundo a lenda da ilha, um grupo de universitários veio para cá em um feriado. —Shane contou. —Poucas semanas depois, foram todos encontrados mortos, totalmente sem sangue.

—Bom, trágico para eles, brilhante para nós. Quem dorme onde? —Rebekah perguntou sem importância com a história e isso fez Thomas rir.

—Bom, que lindo. —Damon comentou debochadamente enquanto olhava ao redor. —Tem um homem misterioso com um machado escondido na floresta e vamos acampar?

—Estamos mais seguros aqui do que andando no escuro. —Shane rebateu.

—Vamos continuar. Sabe? Pegar a cura. Entrar, sair. —Damon falou. —Onde está?

—Você acha que eu sou idiota? —Shane questionou encarando o Salvatore.

—O bastante para despertar uma bruxa imortal, então eu diria... incrivelmente. —Damon respondeu.

Shane sorriu ao ver Thomas saindo de fininho em direção à floresta.

—É, estou chocado que você queira a cura considerando que tem muito a perder quando Elena voltar a ser humana. —Shane disse. —Mas você prefere ficar aqui discutindo ou prefere ir atrás do seu amigo? —Perguntou apontando para trás e Damon olhou para a direção, vendo que Thomas tinha sumido. —Ele sabe muito sobre a história, então se eu fosse vocês ficaria desconfiado com essa sumida repentina.

Rebekah que tinha visto Thomas saindo, seguiu o garoto até um lago, onde Thomas encheu sua garrafinha de água.

—Por que me seguiu? —O garoto questionou sem se virar para ela.

—Só estava preocupada com você. —Rebekah respondeu. —Medo de você se perder ou se comido por um animal que o Professor Shane se esqueceu de mencionar.

—Fico feliz por você ter se preocupado com isso. —Thomas falou sorrindo, e então os dois voltaram para a cabana.

A Mikaelson foi se sentar ao lado de Stefan e Thomas foi para dentro da cabana.

—Deixa eu adivinhar, é o Colin? —Damon sugeriu entrando na cabana e encontrando Thomas mandando mensagem.

—Nem tudo gira em torno do Colin. —Thomas disse se virando para o Salvatore. —Sim, ele é o meu ex, mas eu também não posso esquecer do que ele me fez.

—E o que ele fez? —Damon perguntou se aproximando mais do garoto.

—Não importa. —Thomas respondeu balançando a cabeça. —Mas eu tô conversando com o Thomas, e eu estou sinceramente considerando mandar o Colin se fuder, pois eu estou percebendo que ele não é só um idiota comigo.

Thomas desligou seu celular e o colocou em cima da mesa antes de voltar a sua atenção para Damon.

—Eu e o Colin éramos amigos. Na verdade, melhores amigos. Depois decidimos dar uma chance para o fofo que tínhamos, então começamos a namorar. Um namoro que constituia em apenas sexo. —Thomas começou à contar. —Mas ele me enganou e me traiu, então acabou.

Damon assentiu e viu Thomas pegando o celular novamente e se sentando numa cadeira para mexer no mesmo, então Damon voltou para fora, deixando o garoto sozinho.

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Só quando amanheceu que eles foram perceber que Jeremy tinha sumido.

—Jeremy! —Elena berrou, o que fez Thomas tampar os ouvidos. Ele estava com uma tremenda dor de cabeça.

—Vamos nos dividir. —Shane falou olhando para Bonnie e Thomas.

—Vou ficar e tentar um feitiço de localização. —Bonnie avisou se afastando.

—Está bem. Eu fico para cuidar da segurança dela. —Shane disse olhando para Thomas, Stefan e Rebekah.

—Eu fico para garantir que não está mentindo. —Damon falou o encarando.

—Está bem. Vamos continuar vasculhando a ilha. —Elena falou olhando para Stefan e Rebekah, já que sabia que Thomas não iria ir junto com eles.

Então eles se separaram, Thomas até pensou em se transformar e usar seus sentidos de lobisomem ao seu favor, mas desistiu da ideia rapidamente.

Logo ele decidiu ir até Bonnie, mas foi em silêncio para não atrapalhar a mesma.

E do nada Bonnie começou à seguir por um caminho na floresta.

—Bonnie? —Thomas a chamou enquanto seguir ela floresta à dentro.

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Depois de muito tempo andando, Bonnie e Thomas acharam Jeremy que estava sendo mantido refém pro um nativo da ilha e o Professor Shane.

—Como eu cheguei até aqui? —Bonnie questionou se aproximando deles junto com Thomas. —O que está acontecendo?

—Vejo que o seu feitiço localizador funcionou. —Shane disse. —Pode agradecer aos talentos de Massak. Ele é um bruxo. —Ele apontou para o nativo. —Se tentar fugir, ele vai cuidar para vocês nunca mais acharem o caminho. Bem, estamos todos aqui. Silas espera.

Enquanto isso, Thomas estava pensando se foi sensato ou não por seguir Bonnie.

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