Damon acordou no dia seguinte e viu que Thomas não estava ao seu lado, então ele se levantou e foi para o andar de baixo.

Ao chegar, seguiu um cheiro de bacon que vinha da cozinha. E ao chegar na mesma, viu Thomas fazendo o café da manhã sem camisa.

Então Damon se aproximou dele e o abraçou por trás, o que fez o mesmo dar um pequeno sobressalto.

—Não, Damon. —Thomas resmungou tentando afastar o Salvatore dele. —Nem vem tentar me distrair, se não eu não vou conseguir fazer o café da manhã.

—Você podia abandonar o café da manhã e voltar pra cama comigo para a gente ficar a manhã inteira juntos. —Damon disse enquanto distribuía beijos pelo pescoço do garoto.

Thomas sentiu algo de diferente mudando dentro de si, então aproveitou que Damon estava distraído para pegar a faca que estava no balcão da cozinha.

—O que você acha? —Damon perguntou virando Thomas para si, e nessa hora, Thomas fincou a faca no coração de Damon.

O Salvatore olhou para a faca e logo voltou a olhar para Thomas, vendo que o mesmo não parecia nem um pouco arrependido por aquilo.

Thomas sorriu debochadamente e soltou a faca, então o Salvatore caiu no chão.

—A minha resposta é não. —O garoto falou e olhou para Damon caindo no chão. —Eu tenho mais o que fazer.

Depois disso, Thomas subiu para pegar a sua camisa. E logo após vestir a mesma, ele foi para sua casa.

E ao chegar em casa, Thomas tentou ir para o seu quarto sem fazer barulho para acordar Colton e Mike. Ele não queria perguntas sobre onde ele passou á noite.

—Oi, Ty. —Ele escutou a voz de Colton e fez uma careta, olhando para seu irmão e o vendo de braços cruzados. —Então, onde você passou á noite?

Thomas suspirou e desceu para conversar com Colton, pois sabia que o mesmo não iria largar do seu pé.

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Damon tinha ido com Bonnie até a sala de Alaric para pegar a espada que continha a Pedra da Fênix.

—Agora que temos o abridor de cartas mais feio do mundo, vamos dar a Enzo. —Damon disse assim que Bonnie pegou a espada.

—Agora que temos isso, quero saber o que Enzo sabe de você. —Bonnie falou tirando a espada do alcance de Damon assim que o mesmo tentou pegá-la.

—Só estou fazendo um favor a um amigo, Bon. —Damon mentiu.

Enzo tinha ameaçado contar para Bonnie o que Damon tinha feito com Elena, e Damon não queria que a Bennett descobrisse o que ele tinha feito com sua melhor amiga.

—Na verdade, sou eu quem está fazendo o favor. —Bonnie replicou novamente tirando a espada do alcance de Damon porque o mesmo tentou pegá-la de novo. —Você está me obrigando a fazer e agora vai me dizer por quê.

—Deixa isso para lá, Bonnie. —Damon pediu tentando pegar a espada outra vez.

—O que você fez? —Bonnie questionou tirando a espada do alcance dele outra vez. —Foi tão ruim assim para querer dar a arma de uma caçadora letal para a caçadora letal? Porque se você não acredita em mim sobre o que a Rayna pode fazer, acredite nele.

—Até porque eu sou especialistas em caçadores treinados. —A voz de Thomas ecoou e Damon fechou seus olhos com força antes de se virar para o garoto. —Já fui caçado por vários caçadores, menos por Rayna Cruz. Porém, ouvi muitas coisas relacionadas à ela.

—Veio aqui para nos dar uma aula e para dizer que está arrependido por ter me esfaqueado depois de temos dormido juntos? —Damon indagou e Thomas - que tinha se apoiado no batente da porta e cruzado os braços - se afastou do batente da porta e começou a se aproximar deles.

—Não. —Thomas negou. —Até porque "arrependido" é uma palavra muito forte.

—Vocês finalmente dormiram juntos? —Bonnie perguntou risonha.

—Sim. —Thomas concordou se aproximando dela. —Mas isso não vem ao caso agora.

Ele estendeu a mão na direção da Bennett e fez um movimento com os dedos, então Bonnie o entregou a espada.

—Há séculos eu só ouvi histórias sobre esse espada e sobre a lendária cacadora Rayna Cruz. —Thomas comentou analisando a espada. —Sozinha, ela aprisionou os piores vampiros nesta pedra infernal. —Ele se virou para Damon e ergueu a espada. —Quer mesmo entregar a arma dela para ela?

—Eu não vou entregar isso para ela, vou entregar para o Enzo. —Damon avisou. —O que ele vai fazer com ela depois, não é problema meu.

—Ok, então. —Thomas murmurou antes de entregar a espada para Damon. —Mas você não vai sozinho.

—Por que você quer ir comigo? —Damon questionou e o encarou. —Depois de ontem não consegue ficar longe de mim?

—Não, estou indo para prevenir que você não entregue isso para Rayna. —Thomas respondeu. —E se eu não conseguisse mais ficar longe de você, não tinha te esfaqueado.

Então Thomas passou por Damon, esbarrando fortemente no seu ombro. E logo o Salvatore foi atrás do garoto.

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Damon, Thomas e Bonnie - que tinha decidido ir junto - entraram em uma sala da faculdade Whitemore e viram tudo escuro com Enzo sentado em uma cadeira no fundo da sala.

—Isso não é esquisito, imagina. —Bonnie comentou enquanto eles adentravam mais ainda a sala.

—Estamos com a maldita espada. Você deveria agradecer. —Damon disse e as luzes se acenderam, mostrando que Enzo estava preso na cadeira.

—Obrigada. —Uma voz feminina ecoou junto com um carregar de arma, fazendo os três se virarem.

Thomas estava super surpreso, a lendária cacadora Rayna Cruz estava bem na sua frente apontando uma besta para eles.

—Enzo, se lembra do Dia de Ação de Graças de 53? —Damon indagou sem se virar para o mesmo. —Estávamos em celas adjacentes e eu disse que estava grato por você. Eu retiro isso.

—Como se eu tivesse escolha. —Enzo resmungou e ergueu minimamente as mãos, já que as mesmas estavam presas na cadeira.

—Desculpe, você é... —Bonnie parou sua pergunta no meio do caminho porque não estava reconhecendo a garota à sua frente.

—Você não me reconhece. —Rayna concluiu risonha.

—O que me surpreende, já que vi todos os Hunger Games. —Bonnie comentou com ironia enquanto olhava para Thomas e Damon.

—Damon, Bonnie, efeito colateral,
conheçam Rayna Cruz. —Enzo apresentou fazendo Damon e Bonnie olharem para ele e logo voltar a olhar para Rayna.

Thomas não tinha feito a mesma coisa porque além de já saber, estava fascinado por Rayna.

—Nada mal para 80 anos. —Damon falou com um sorrisinho nervoso enquanto apontava com a espada para Rayna.

—Não, eu vi você. —Bonnie murmurou confusa. —Você estava velha, doente e morta.

—Minha espada, por favor? —Rayna pediu educadamente, o que surpreendeu Damon.

—Bonita e educada. Ora, eu estou... —O Salvatore parou de falar pois Rayna atirou uma flecha na barriga de Bonnie.

—Pare, senão a próxima vai na têmpora dela. —Rayna ameaçou recarregando a arma e apontando para Bonnie quando Damon fez menção de atacá-la. —Não me importo com você, com eles nem com ela. Me dê minha espada e eu vou embora.

—Você quer sua espada? —Damon perguntou mostrando a mesma para Rayna. —Vá pegar.

Ele jogou a espada na direção de Enzo, esse que desviou. Então a espada quebrou a janela e a atravessou, indo para fora da sala.

—Não! —Thomas exclamou antes de correr para fora, e Rayna foi logo atrás dele.

Chegando do lado de fora, Thomas achou a espada. Mas antes que ele pudesse pegá-la, Rayna o chutou para longe.

Thomas rolou pelo chão, mas logo parou numa pose que podia ser considerada uma "pose de super-herói".

—Você é burro assim mesmo ou é só hoje? —Rayna questionou pegando sua espada. —Você correu para perto da minha espada, o que me faz querer saber: você por acaso sabe quem eu sou?

—Você é Rayna Cruz. —Thomas disse sorrindo enquanto se levantava. —Eu sou o seu maior fã. —Rayna franziu o cenho. —Será que você pode tirar uma foto comigo ou me dar seu autógrafo?

Rayna jogou a espada na direção de Thomas, esse que desviou, vendo a espada se fincada numa árvore.

—Esse é o meu autógrafo. —Rayna falou sorrindo quando Thomas voltou a olhar para ela. —Você ainda o quer?

—Se for o que eu estou pensando, não. —Thomas negou e avançou em Rayna.

Os dois começaram a lutar, e mesmo sendo um híbrido muito forte, Rayna era uma cacadora bem treinada e muito forte também.

Uma hora, Rayna chutou Thomas para longe e correu para pegar a sua espada.

Na hora que Thomas se levantou, Rayna jogou sua espada na direção dele, acertando seu braço e o fazendo soltar um resmungo de dor.

—Sua filha da puta do caralho. —Thomas resmungava enquanto encarava a espada.

—É sério que a única coisa que isso te causou foi raiva? —Rayna indagou risonha.

—Ah, eu gosto da dor, meu amor. —Thomas disse e tirou a espada do seu braço, logo jogando na direção de Rayna, essa que desviou. —Engraçado, é a primeira vez que eu erro.

Thomas olhou para seu braço e seu sorriso sumiu ao ver que tinha um "X" marcado no mesmo.

Rayna pegou sua espada e olhou para onde Thomas estava, mas viu que o mesmo tinha sumido.

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Damon encontrou Thomas na praça que eles sempre iam juntos quando namoravam.

—Você tá bem? —Thomas perguntou se levantando assim que Damon se aproximou dele.

—Por que você não me contou? —Damon questionou e Thomas franziu o cenho. —Por que não me contou que a Elena não estava no caixão?

—Do que você está falando? —Thomas indagou confuso.

—Da Elena, do dia que forcei o Tyler a me levar para ver a Elena. —Damon respondeu, mas viu que Thomas ainda estava confuso, então foi quando sua ficha caiu. —Você não estava lá, não é?

—Não. —Thomas concordou. —Eu estava com o meu irmão no chá de bebê da Caroline. —Falou e Damon percebeu que foi seu subconsciente que inventou tudo aquilo. —Meu irmão, a única pessoa que sempre esteve ao meu lado e que eu sempre quis ter ao meu lado. Mas agora eu não posso ter isso.

Então ele mostrou o "X" no seu braço, fazendo Damon arregalar os olhos.

—Então antes de vim falar da Elena, que é a pessoa que eu menos estou me importando agora, pergunte se eu estou bem também. —Thomas aconselhou enquanto pegava uma grande bolsa preta e colocava em cima do ombro. —Avise ao meu irmão que eu não planejei isso, ok?

Logo após isso, Thomas passou por Damon e foi para o seu carro, começando a dirigir para longe dali.

E depois de um tempo, o seu celular começou a tocar por causa de uma ligação de um número desconhecido.

—Alô? —Ele perguntou confuso ao apertar o botão de atender e colocar no viva-voz.

—𝙊𝙞, 𝙖𝙢𝙤𝙧. —A voz de Rayna ecoou e Thomas sorriu. —𝙏𝙖́ 𝙞𝙣𝙙𝙤 𝙥𝙧𝙖 𝙤𝙣𝙙𝙚? 𝙀𝙪 𝙣𝙖̃𝙤 𝙘𝙤𝙣𝙨𝙞𝙜𝙤 𝙫𝙚𝙧 𝙤 𝙦𝙪𝙚 𝙚𝙨𝙩𝙖́ 𝙥𝙖𝙨𝙨𝙖𝙣𝙙𝙤 𝙣𝙖 𝙨𝙪𝙖 𝙘𝙖𝙗𝙚𝙘̧𝙖.

—Eu tenho que encontrar quem está espalhando meu número para as pessoas. —Thomas comentou risonho. —Não consegue ver o que está passando na minha cabeça, é? Bem-vinda as coisas irritantes que os Darkmônios tem.

—𝙉𝙖̃𝙤 𝙥𝙧𝙚𝙘𝙞𝙨𝙤 𝙨𝙖𝙗𝙚𝙧 𝙤 𝙦𝙪𝙚 𝙚𝙨𝙩𝙖́ 𝙥𝙖𝙨𝙨𝙖𝙣𝙙𝙤 𝙣𝙖 𝙨𝙪𝙖 𝙘𝙖𝙗𝙚𝙘̧𝙖, 𝙚𝙪 𝙘𝙤𝙣𝙨𝙞𝙜𝙤 𝙫𝙚𝙧 𝙖𝙩𝙧𝙖𝙫𝙚́𝙨 𝙙𝙤𝙨 𝙨𝙚𝙪𝙨 𝙤𝙡𝙝𝙤𝙨. —Rayna disse. —𝙎𝙖𝙗𝙞𝙖 𝙦𝙪𝙚 𝙫𝙤𝙘𝙚̂ 𝙚́ 𝙖 𝙢𝙞𝙣𝙝𝙖 𝙪́𝙣𝙞𝙘𝙖 𝙫𝙞́𝙩𝙞𝙢𝙖 𝙦𝙪𝙚 𝙛𝙤𝙜𝙚 𝙨𝙚𝙢 𝙚𝙨𝙩𝙖𝙧 𝙘𝙤𝙢 𝙢𝙚𝙙𝙤?

—Não tenho medo de você, amor. —Thomas avisou. —Na verdade, estou lisonjeado com o fato da minha maior ídolo está atrás de mim.

—𝙉𝙖̃𝙤 𝙨𝙚 𝙨𝙞𝙣𝙩𝙖 𝙡𝙞𝙨𝙤𝙣𝙟𝙚𝙖𝙙𝙤. —Rayna pediu. —𝙋𝙤𝙧𝙦𝙪𝙚 𝙚𝙪 𝙫𝙤𝙪 𝙩𝙚 𝙥𝙚𝙜𝙖𝙧 𝙚 𝙩𝙚 𝙢𝙖𝙩𝙖𝙧.

—Pode vim, amor. —Thomas falou sorrindo. —Estou te esperando, porque foram poucos que conseguiram fazer isso que você acabou de falar.

Então Thomas desligou a ligação e acelerou mais ainda, isso tudo sem tirar o sorriso do rosto.

Para ele, aquilo tudo estava sendo muito divertido. O fazia se lembrar dos velhos e bom tempos.

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