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Prólogo

  Cento e dois anos atrás...

   O prisioneiro estava encolhido dentro de sua cela suja, encarando a parede. E mesmo assim, não era possível esconder a beleza por trás daqueles olhos cansados. Seus cabelos brancos estavam sujos, seus olhos azuis pareciam leitosos e seu corpo perfeito estava com cortes em todos os lugares possíveis.
      Aquele que o mantinha em cativeiro se aproximou da cela e acendeu uma vela. Os olhos vermelhos e os cabelos negros reluziam, assim como o sorriso muito branco de seu irmão gêmeo.
        -Pois é, irmão. Olha a que ponto chegamos... Espero que esteja contente. Eu fiz exatamente como você pediu e não matei nenhum de seus discípulos preciosos, mesmo que eles merecessem isso.-disse o capturador.
        -Ótimo, Lúcifer. É bom saber que a sua sede por sangue já foi saciada.-disse o prisioneiro, baixinho.
        -Saciada?-riu Lúcifer.-Não, eu não diria que foi saciada. Eu apenas mantive a minha palavra, de irmão para irmão. Ainda pretendo fazer com que muito sangue seja derramado, irmãozinho. Você não faz ideia do que eu tenho planejado para nossos bichinhos de estimação, os humanos.-ele disse.
       -Humanos não precisam da sua ajuda para se matarem. Por que se preocupar com eles?-perguntou o prisioneiro.
       -Ah, maninho. Acho que eu e você sabemos que esta guerra será maior do que todas as outras já vistas. E é óbvio que eu terei meu campeão. E devo dizer que apesar de louco, o cara tem futuro.-disse Lúcifer, se sentando no banco onde o guarda normalmente ficava de vigia.
        -Você nunca sabe a hora de parar, não é mesmo?-perguntou seu irmão, olhando-o, sem mover nenhum músculo.
        -Bem, se alguém um dia me disser a hora de parar, eu pensarei no caso dele.-riu o Rei Demônio.-Mas no momento, nenhum de seus missionários da paz está fazendo nada de útil. Acho que está na hora de escolher alguém competente, não acha?-caçoou Lúcifer.
        -Eu estou esperando pela pessoa certa, irmão. E eu sei que ela virá. E quando vir, eu saberei. E o meu Escolhido será alguém com um poder complexo demais para a sua compreensão, irmão. E consequentemente, para minha também.-falou o prisioneiro, com uma voz rouca e falha.
       -Hm, entendo. É tudo uma questão de equilíbrio, irmão. Se você criar um herói desses, deve saber de duas coisas. A primeira é que eu estou aqui e você está aí. Eu poderei convertê-lo, enganá-lo e usá-lo ao meu favor o quanto quiser enquanto você ainda estará aí. A segunda é que se isso não der certo, eu também criarei um nêmesis para ele. Tão forte quanto ele, para que os dois lutem até a morte.-falou o capturador, estreitando os olhos.
        -Então saiba de duas coisas, antes disso. A primeira, é que seria quase impossível conseguir recriar tamanho poder e habilidade.-o prisioneiro disse, se endireitando em sua cela empoeirada.
        -Eu gosto de missões impossíveis.-respondeu Lúcifer, dando de ombros.-Qual é a segunda coisa?
        -Nunca ouviu a expressão "Deus está em todos os lugares"?-perguntou o prisioneiro, com um sorriso irônico no rosto.
       -Bem, você não é o meu Deus. E além disso, eu sei que concentrei a maior parte de sua energia aqui. Não pode fazer muita coisa fora.-disse seu irmão, antes de se levantar.-E convenhamos, os humanos tem uma ideia muito errada de nós, minha nossa.
       -Nisso eu devo concordar, irmão.-disse Deus, ainda com um sorriso.
       -Bem, eu vou aproveitar a minha súcubo e planejar as minhas guerrinhas.-disse o capturador.-Enquanto isso você pode... Pensar sobre a sua existência e curtir o cativeiro. Virei te visitar mais tarde.
        -Esperarei ansiosamente por isso.-falou Deus, agora olhando o teto de pedra com tranquilidade, enquanto um milhão de pensamentos passavam por sua cabeça.
         Ele ouviu os passos de Lúcifer se distanciarem pelo corredor. Seu irmão havia deixado a vela acesa, o que o ajudou a tentar manter sua cela minimamente arrumada.
       Ele sabia que tinha que sair dali, mas também sabia que essa seria uma tarefa particularmente difícil.
       Meu campeão, essa seria uma ótima hora para você aparecer... Pensou ele, antes de cair no sono.

Oitenta e quatro anos depois...

        Ele não se lembrava da última vez que havia aberto os olhos. Mas sabia que já fazia um bom tempo.
       Até que ele começou a sentir algo. Um calor, uma vivacidade, uma alegria tão repentina, que ele saiu de seu torpor habitual e se sentou na cama esfarrapada.
       Ele olhou o espelho sujo do outro lado da cela e viu seu corpo num estado deplorável. Mas ele não se importou.
      Ele se levantou numa velocidade incrível e se aproximou do espelho. Seus olhos azuis não estavam mais apagados, agora eles se enchiam de vida.
       -Mostre-me.-sussurrou ele, para o espelho.
       O espelho parou de refleti-lo e mostrou a imagem de um bebê, nos braços de uma mulher com a aura mais pura que ele já havia visto. Ela certamente era um anjo. Do seu lado, havia um homem. Aquele homem de aura tão negra, beijava aquela mulher, de alma tão pura. E ambos tinham lágrimas nos olhos.
        Mas ele não se importava nem um pouco com aquele casal, mas sim com a criança em seus braços. Sua aura era uma fusão de preto e branco, prateado e dourado, algo tão lindo que fez com que os lábios do homem formassem um sorriso.
       "Emma..." Falou a mulher que a segurava. O sorriso do prisioneiro se alargou e ele se sentiu eufórico e entusiasmado.
         -Emma...-ele falou, baixinho.-Então você é que é aquela que eu devo escolher? Que seja, então.
        Ele fechou os olhos e soprou forte no espelho. Mas este não estava embaçado. O Sopro de Deus passou do espelho até o rosto daquela garotinha, qua sorriu ao sentir o calor e a felicidade daquilo.
        Deus estava encantado com a sua escolhida. O poder que emanava dela era tão intenso que ele se sentiu pequeno, pela primeira vez em sua vida.
        Mal sabia ele, que Lúcifer se sentiu da mesma forma e também soltou seu Sopro para ela. E não há como saber qual foi o primeiro a atingi-la, mas sabe-se que por causa daquilo, seria inevitável que ela sempre estivesse lutando consigo mesma. Trevas e Luz, Maldade e Bondade, Impureza e Pureza, lado a lado.
       Mais do que qualquer Mestiço, Emma sempre acabaria sendo sua própria arqui-inimiga.
        
       
       

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