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21 A Diversão Vai Começar

Jéssica sorri para mim satisfeita com a minha coragem, animada acena me dando tchau e então fecha a janela, ando rapidamente pelo o quintal com a aflição enchendo minha mente dos piores cenários, é realmente perigoso o que estou fazendo, contudo não vou voltar atrás.

Se for pega saindo escondida com certeza vou apanhar, o medo me faz correr, paro somente quando estou longe do meu bairro, ofegante, ainda um pouco trêmula olho para os lados desconfiada, porém a alegria da minha ousadia é maior.

Minha empolgação é tanta que não me contenho, dou alguns pulinhos em comemoração e sigo apressada para a lanchonete.

Entro no local e meu olhar vai direto para a mesa encostada na parede preta repleta de desenhos de lanches e bebidas, imitando uma lousa escolar, sentados nos chamativos bancos amarelos encontro o grupo conhecido.

O sorriso de Felipe surgi no instante em que me vê, num gesto me chama, porém antes de me juntar a eles vou ao banheiro.

Toda essa correria me deixou desarrumada, diante do grande espelho redondo lavo o rosto para aliviar o calor, com a mão umedeço meu cabelo, e ajeito de modo que esconda a mancha na minha testa, para finalizar passo desodorante, não quero correr o risco de chegar com cheiro desagradável.

Respiro fundo e saio indo em direção à mesa cheia de risadas e conversas entusiasmadas, para o meu alívio o olhar gentil de Bia me alcança, agradecida me sento ao seu lado, recebendo dois beijinhos na bochecha:

– Que bom que você veio, seus pais não implicaram?

– Dei meu jeito – pisco ainda empolgada por minha fuga.

– Que saco, porque ele tem que estar em todo lugar?! – a garota resmunga no mesmo instante em que Leonardo acompanhado de Danilo vem até onde estamos.

Os dois são bem recebidos e com casualidade puxam outros bancos colocando-os na nossa mesa.

– Calma, é só ignorar ele e aproveitar o momento – aconselho segurando sua mão, apesar de emburrada Bia força um sorriso.

Enquanto Bia tenta não se abalar com a presença do Leonardo me concentro em ler o cardápio, analiso com interesse os preços indecisa sobre o que pedir, porque tem que ser tudo tão caro?

Jéssica me deu algum dinheiro em troca de fazer sua parte na faxina de casa por uma semana, a todo instante o mundo joga na minha cara o quanto preciso urgente começar a trabalhar, é desgastante ficar pedindo dinheiro.

Participo das risadas da turma, ouvindo Isa contar histórias engraçadas que viveu com seus amigos, é incrível como o tema de todo assunto que começamos acaba sempre indo para a cacheada, com seu jeito simpático e gentil monopoliza a atenção para si.

De repente um ruído alto e agudo toma conta de toda a lanchonete, olhando na direção do barulho noto o palco que não tinha visto antes, no microfone uma mulher sorridente vestida com uniforme de garçonete convida a todos para cantar.

– Vai ter karaokê, por isso sugeriu vir aqui, era todo um plano para mostrar seu talento, né ? – risonha provoco Felipe.

– Em minha defesa o lanche é mesmo uma delícia – o garoto responde ainda mastigando.

– Que nojo, fecha a boca para comer! – Sabrina reclama, em resposta Felipe enche a boca com batatas fritas mastigando de forma exagerada para ser irritante.

– Você é até legal, mas pode ficar aí comendo que vou cantar e vão ver o que é talento de verdade – piscando para Felipe Isa se levanta levando a Barbie falsificada consigo para o palco.

As duas escolhem Mulher de Fases agitando alguns clientes que acompanham a letra, confiantes com a inesperada plateia movem-se pelo tablado com segurança feito verdadeiras estrelas do rock.

– Elas são boas – fascinado, Matheus observa as garotas.

– Qualquer pessoa vai bem no karaokê – as palavras escapam de mim sem conseguir conter minha inveja.

– É mesmo, vai lá, quero te ver cantar. – Matheus me incentiva.

– Não – recuso de imediato.

– Está com medo de ser muito ruim, aposto que você zera – Leonardo me olha desafiador.

– A Má prefere não humilhar ninguém – Felipe brinca.

– Vocês cantam juntos – Bia dá a ideia que é aceita pelo restante do grupo que fica incitando nós dois a cantar.

Me levanto hesitante cedendo a pressão, caminho devagar ao lado de Felipe arrependida a cada passo, tenho medo que os olhares sobre mim me deixem tão insegura ao ponto da voz não sair. Não quero que se repita o mesmo da apresentação do grêmio.

– Ei a gente consegue dar um show, mas se quiser pode desistir, de todo jeito estou com você – Felipe diz suave tentando me acalmar.

Num suspiro fundo resisto a vontade de sair correndo assustada, fugi de casa para estar com meus amigos, tenho que fazer essa noite valer a pena, nada vai me parar.

– Nós vamos arrasar – pego o microfone com uma súbita coragem.

Com fluidez Felipe solta a voz começando a canção que escolhi, no refrão me junto a ele, apesar da rouquidão estranha causada pelo nervosismo contínuo, foco no sorriso reconfortante do meu amigo me apoiando e me deixo envolver pelo som conhecido.

Sei A fórmula do amor de cor, logo fico a vontade cantando animada, meu olhar encontra Matheus que festeja junto com Bia, percebo que outras pessoas também vibram cantando com a gente, sou contagiada por essa energia e me entrego a letra sem me importar com mais nada além de Felipe e nossa música.

No fim os aplausos me enchem de satisfação, essa noite está sendo maravilhosa, voltamos para nossa mesa com os rostos radiantes de euforia.

– Os dois foram demais, tenho os melhores amigos – Bia nos envolve pelos ombros num abraço.

– Você foi sensacional – com um sorriso caloroso, Danilo me elogia.

– Nota máxima, viu? – orgulhoso Felipe ostenta o resultado para Isa, que o parabeniza sem parecer chateada.

– Quanto exagero foi só uma música no karaokê – Sabrina é desdenhosa como sempre.

– Depois que a gente ir embora daqui, tenho uma surpresa – Leonardo sussurra com malícia mostrando a mochila com símbolo do Corinthians que até então não tinha percebido.

Suas palavras causam certa euforia no grupo que fica ansioso para sair da lanchonete, porém permaneço tranquila usufruindo da presença do Matheus, gravando em mim suas falas, sorrisos e olhares.

Quando a conta chega é dividida entre todos nós, fico constrangida por ter pouco dinheiro comi o mínimo possível para conseguir pagar, contudo Bia percebe minha situação e completa a minha parte.

Caminhando pela noite enluarada nós continuamos o bate papo com nossas vozes ecoando pelas ruas silenciosas, Rio Manso não tem muitas atrações para o fim de semana e a maior parte da população é idosa, os jovens quando se formam na escola simplesmente vão embora em busca de emprego, faculdade ou diversão na cidade grande, a paz do interior não é muito atraente quando se tem o mundo todo para conquistar.

Sigo o pessoal até o parquinho vazio e sombrio, me sento no balanço impulsionando com o pé o brinquedo que range se movendo lentamente.

– Agora a diversão vai começar – Leonardo tira da pequena mochila três garrafas de vinho e copos descartáveis.

– Uau, é de marca boa. – Sabrina pega uma garrafa analisando a bebida - Ninguém merece aquele horrível de cinco contos.

– Peguei do meu tio – sorrindo Leonardo explica sendo rodeado pelos amigos querendo beber.

– Vai querer? – Danilo oferece um copo para mim.

– Não sei se é uma boa ideia... – fico hesitante em aceitar.

– Miga deixa de ser boba e vamos curtir – Bia me incentiva.

– Fica tranquila, a gente vai beber para ficar alegre, nada de exagerar até passar mal. – Isa tenta me convencer.

– Desiste essa daí é toda certinha, daqui a pouco vem com um discurso chato censurando a gente. – Sabrina revira os olhos

– Ninguém vai te obrigar a nada, mas se for atrapalhar o rolê melhor ir embora. – Leonardo entra na conversa, os outros parecem concordar com o que diz e sinto que não sou bem vinda.

Meu rosto queima pela tristeza que se espalha em mim, permaneço em silêncio tentando decidir o que fazer, observo Matheus virar o copo na boca, para ele é normal beber, uma diversão sua e dos seus amigos, é óbvio que não me encaixo nesse grupo.

Para essa turma sou sem graça, um incômodo, o certo seria eu virar as costas e voltar para minha casa com meus livros e o Fred, entretanto a irritação da briga que tive com minha mãe me encheu de um desejo de tomar o controle da minha vida.

Chorei magoada, todavia um impulso de ser dona da mim me fez levantar e prometer não deixar ninguém mais me machucar, serei a protagonista da minha história.

Balanço a cabeça para afastar a sensação ruim de estar sendo expulsa e saio do balanço me juntando a turma.

Não quero ser vista como a reclamona que fica julgando a todos, quero ser uma pessoa legal que gostam da companhia, fazer parte dos populares, tenho que ser a garota que o Mateus deseja ter por perto.

O pessoal comemora a segunda garrafa ser aberta, pego um copo e encaro o conteúdo receosa, será que um pouco de vinho vai me transformar em um monstro como meu pai?

Ignorando esse pensamento sinto minha garganta esquentar com o líquido vermelho, minha atitude gera um burburinho rápido de comemoração e continuo bebendo movida pelo ímpeto de ser igual a eles.

– Por favor não desligue, converse comigo. Estou tão assustada, não tenho para quem contar, minha mãe vai me matar se souber que estou grávida. – No celular Isa implora pela atenção da atendente da pizzaria.

Os risos explodem no instante em que desliga a ligação, numa interpretação digna de Oscar a garota conseguiu manter a conversa durante cinco minutos cumprindo o desafio.

A garrafa vazia gira, gradativamente perde a velocidade apontando para mim.

– Verdade ou desafio – a cacheada pergunta e sorri quando escolho a segunda opção – Te desafio a fazer uma dancinha sexy da música que eu escolher, vou gravar e colocar nos meus stories.

– Vai pôr nas redes sociais – repito incrédula.

– É muito de boa, todo mundo hoje em dia passa vergonha dançando na Internet. – Leonardo me incentiva, como o idealizador da brincadeira fica perturbando todos nós com sua insistência.

– Vem com essa boquinha
Abaixar minha calcinha
Bota pra fora essa linguinha
Me deixa com tesão – a letra constrangedora do funk ecoa do celular, rindo de nervoso movo meu corpo improvisando uma coreografia desajeitada.

– Hahaha, parece que está com dor de barriga – Sabrina provoca, caindo na risada.

Foco minha atenção numa árvore qualquer tentando escapar dos olhares divertidos, suas vozes entoam o refrão obsceno numa euforia embriagada.

– Uhul, vai miga, balança essa raba. – Bia me encoraja

Uma força sobrenatural invisível me faz simplesmente esquecer o vexame que estou passando e começar a curtir minha dança, com ousadia meneio os quadris imaginando que sou uma daquelas dançarinas confiantes e sedutoras que aparecem nos clipe de funk.

Assobios e palmas surgem numa vibrante celebração, era para ser um momento humilhante, contudo me divirto até a música acabar.

Giro a garrafa que para infelizmente em Sabrina, adoraria que fosse no Matheus, ia pedir para me beijar, analiso a loira por instantes pensando no que posso mandá-la fazer, a ideia ilumina minha mente e pronuncio cada palavra com muito prazer.

– Te desafio a se arrastar no chão igual uma cobra.

– Não vou fazer isso! – recusa imediatamente.

– Vai ser a chata que estraga a brincadeira?! – provoco

– Que isso Sabrina, vai arregar? – Leonardo entra na conversa e incentiva um coro que participo : – Arregona, Arregona.

Com uma careta de desgosto, Sabrina cede a pressão, muito chateada deita no chão, então começa a se contorcer se arrastando como a peçonhenta que é, seu olhar de ódio vem incendiário para mim no instante em que termina a breve performance, ele carrega uma promessa silenciosa de vingança, entretanto não me abalo agora, sua imagem rastejando é muito mais empolgante.

A energia caótica do grupo continua, todos estão numa animação exagerada que arranca risos fáceis, tudo é engraçado e leve, até o céu salpicado de estrelas parece mais feliz essa noite.


Oii. Obrigada por ler mais esse capítulo.

A Marcela está mais ousada, o que pensam dessa mudança?

Será que foi certo ter ficado para beber com o grupo popular? O que acharam do jogo verdade ou desafio?

Deixe o seu comentário e estrelinha 🌟

Até mais 😘

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