O que é isso fervendo meu sangue?
O que é isso que me traz seu nome na língua?
Isso que me transborda?
Não me pergunte o que eu sinto,
Não posso te dizer.
Não quero arriscar o que temos,
Mesmo que a alternativa
Seja saber o que vem de você.
Mas será tudo real?
Quanto de você eu idealizei?
As vezes posso ferir,
Posso ser como gelo, frio e afiado,
Posso até arder e querer sua atenção;
Mas é para não te deixar saber.
Porque as vezes me entrego demais,
Queimo demais,
Cuido demais.
E eu não quero te assustar.
Então, me perdoe,
Se minha intensidade te atingir,
E eu parecer diferente a cada dia,
Estou aprendendo a lidar com isso,
Que ferve meu sangue,
Me traz seu nome na língua,
Que me transborda.
Só te digo isso,
Para que fique subentendido,
E que você leia nas entrelinhas,
E aceite seguir em frente,
Como eu tento fazer.
Amor, sutil amor.
Até outra poesia.

(Y.F Santne)