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Capítulo vinte e oito
❝ invasão a residência ❞
POV - Pablo Gavi
Esse foi definitivamente o melhor fim de semana de todos. Não me lembro da última vez da qual fui tão feliz, talvez quando ganhamos a La Liga, mas tudo o que eu e Catalina fizemos durante o fim de semana superou tudo e qualquer coisa.
Era domingo de manhã , estávamos os dois enrolados nos lençóis, abraçados e semi nus. Na noite passada quase disse que a amava, as palavras eu te amo por um milésimo de segundo não saíram da minha boca. Estamos namorando a menos de um mês, não sei exatamente quando o eu te amo está incluso nessa história toda.
—Bom dia corazon — ela sorri deixando um selinho rápido em meus lábios — dormiu bem?
—Com certeza
Seus dedos estão batucando meu peitoral enquanto a abraço com seu corpo colado ao meu. Amo sentir o cheiro dela pela manhã , o cheiro de mel e framboesa que sai do seu cabelo, o beijo dela. Eu quero poder acordar ao lado dela todos os dias.
—Que horas são? — ela questiona ainda meio sonolenta
—Quase dez horas. Você tem que voltar para Madri não é?
—Meu ônibus sai às duas
—Eu posso te levar — ela arqueia uma sobrancelha— tá, é, eu esqueci que não tenho carteira. Mas eu queria tanto ficar mais um pouco com você
—Tira a carteira e eu não vou mais precisar me preocupar com o horário de sair da sua casa. Que barulho é esse?
—Pedri tem a chave de casa. Ou pode ser Aurora também. Enfim, eu nunca tenho privacidade. Acho melhor levantarmos.
—Mas está tão gostoso aqui — ela se aconchega em meu peito
—Está mesmo, linda. Mas estou morrendo de fome — digo isso quando minha barriga ronca — você viu? As ameaças que seu pai me fez no Twitter?
Me levanto da cama vestindo um shorts e uma camiseta preta.
—Ele é assim mesmo, não se preocupa, ele gosta de você
—Com certeza. Ai caramba — meus olhos caem sobre seu corpo quando Lina deixa a cama. Está apenas de lingerie. — como pode alguém ser tão linda assim?
Suas bochechas coram. Mesmo com tanto tempo que nos conhecemos, Lina ainda sente vergonha sempre que a elogio como se não nos beijássemos todos os dias.
—Ah linda, não fica com vergonha. Você sabe que você é perfeita, em todos os sentidos.
Eu a puxo para mais perto de mim deixando um beijo em seus lábios. Aperto sua bunda e ela deixa um tapa na minha mão.
—Voce ta muito safado pro meu gosto — ela se afasta e pega uma camiseta minha a vestindo e colocando um shorts de academia
—E voce ta muito gostosa pro meu gosto
—Eu sou gostosa
—Não posso negar
Descemos as escadas rindo e conversando, quando paramos na metade vemos que o invasor de residências é Aurora. Que está sorrindo escorada à bancada da cozinha com o namorado.
—Sabe que invadir residências é crime não sabe?
—Voce é meu irmão. Eu posso. — ela intercala o olhar entre mim e Lina e da um sorrisinho . Sei exatamente o que está pensando — Oie Lina. Bom dia
—Bom dia!
—Diz que pelo menos fez café. Por que não adianta só invadir residências ainda quer comer da minha comida
—Eu não sou tão ruim assim, trouxe pão fresco. E Molho de tomate
—Obrigada , estamos morrendo de fome
—Ah claro, até por que não comeu horrores outra coisa noite passada
—Amor! — Javi, o namorado de Aurora a repreende — desculpa por isso Lina.
—Tudo bem — minha namorada da risada, os olhos brilhando em diversão — ela não mentiu
Agora quem estava com vergonha era eu, minha vontade era de enfiar a cara em um buraco e nunca mais sair. A campainha toca novamente, eu queria entender por que meus amigos gostam tanto da minha casa, é como se aqui fosse nosso ponto de encontro semanal. E eu nunca chamo ninguém, todos vem por conta própria.
—Voce não estava em Tenerife cara? — questiono assim que vejo Pedri na porta da minha casa
—Acabei de chegar, decidi fazer uma visita para meu melhor amigo
—Alguma coisa você aprontou, certeza
—Essa cara aqui, você acha que eu apronto alguma coisa?
—Tenho é certeza. Trouxe mais quem? Por que quando um vem nunca é sozinho.
—As vezes até que você pensa Pablito. — dou espaço e Pedri entra, logo atrás Ansu, Blanca e Fermin, jogador do time B do Barça
—Eu vou começar a fingir que não tem ninguém em casa
—Pulamos o muro
—Eu chamo a polícia. Malucos.
—Linaaa —Pedri abraça minha namorada — que saudades hermanita. Passou o fim de semana aqui?
—Sim. Meu pai está quase me dando como desaparecida por que não voltei para Madri ainda.
—Ele sabe que você está em boas mãos
Blanca vai até Lina e estende a mão.
—Nao fomos apresentadas, sou a Blanca
—Catalina
—Pablo fala de você o tempo todo, não tem nem como não saber quem é você
—Serio? — ela fica vermelha
—O dia inteirinho — confirma Fermin abrindo um sorriso idiota — sou o Fermin.
—Alem que ele escreve poemas grandiosos sobre você — Pedri fala e eu o lanço um olhar mortal
—Estao expondo o Pablo? Quero fazer parte também
—Aurora!
—O que? Você acha que eu não sei dos poemas? — Aurora gargalha, mostro o dedo do meio pra ela — Lina me contou que enviou para uma editora de Madri
—O que?
—É verdade. Eles amaram — Lina tenta segurar a risada
—To me sentindo excluída — comenta Blanca — Por que só eu não vi esse poema?
—Eu mando para você — Lina oferece
Eu definitivamente virei motivo de piada para meus amigos e minha namorada.
—Aurora por que você não faz nosso café da manhã hum? Já que foi a primeira a invadir minha residência.
—Eu só faço por conta da Lina
—Claro, vou acreditar.
Alguns minutos depois um aroma de dar água na boca invade a cozinha. Minha irmã é a melhor cozinheira que conheço, principalmente quando se trata de comidas típicas especificamente de Sevilla. Quando nos sentamos à mesa até parece um encontro de casais onde Pedri e Fermin são os melhores amigos solteiros garanhoes que seguram a vela para os amigos que namoram.
Lina e Blanca estão se dando bem. A conversa é animada. Eles pararam de se unir contra mim e agora nos unimos contra Pedri. Quando terminamos de comer, eu fiquei encarregado por lavar a louça, e Lina como uma ótima namorada me ajuda.
—Agora entendo por que você foi a fim dela — sua voz é quase inaudível, porém meus ombros enrijeceram ao ouvir seu tom de voz
Quando percebo que está olhando para Blanca, sinto uma pontada de culpa no coração.
—Ela é engraçada. E muito bonita — Lina comenta, sem jeito
Seco as mãos em um pano de prato e me aproximo dela que está escorada no balcão da cozinha. Pego seu rosto atraindo seu olhar para mim
—Nao estava afim dela, estava afim daquilo. Do que Ansu e Blanca tem. E agora eu tenho isso, eu tenho isso e muito mais com você Lina. — deixo um beijo em sua testa — você é a única garota para qual eu tenho olhos
Mais uma vez, quase falei que a amo, mas não sinto que é o momento certo ainda. Catalina é a melhor coisa que poderia ter acontecido na minha vida, todos os meus problemas somem quando estou com ela. Ela é tudo que aspiro ser, tudo que amo, tudo que desejo. Ela segura meu coração e, com tudo o que sou, espero que nunca o devolva.
Um cabelo caiu de trás da sua orelha e está pendurado ao lado de seu rosto. Sem pensar duas vezes, minha mão se levanta e passo as pontas dos dedos em sua bochecha, colocando o cabelo suavemente atrás da orelha novamente. Ela suga uma respiração rápida, seus lábios se separando. Ela é tão bonita. Suave e doce, mas também vibrante e forte. Colo nossos lábios suavemente. Suave e doce, é a sensação de beija-la. Ela é a vista que eu daria minha alma para ver todos os dias pelo resto da minha vida.
Quando nos afastamos ela sorri, eu a abraço e ela deita a cabeça em meu peito, ficamos assim por alguns segundos. Quando levanto minha cabeça meus olhos se encontram com o de Aurora, sua feição não está nada legal, ela havia sumido por alguns segundos e agora retornado, eu sabia que as notícias não eram boas.
—Ja volto linda, tenho que falar com Aurora
—Esta bem
Aponto com a cabeça para o andar de cima, minha irmã entender e subimos até o meu quarto. Me jogo na cama levando as mãos ao cabelo , não digo não pelos próximos vinte segundos.
—É sobre ele não é?
—Ficamos quatro dias sem ir vê-lo Pablo. Mamãe contou que foi hoje, queria ver como ele estava. As coisas estão cada vez piores.
—Piores quanto?
—Mamae encontrou duas garrafas de tequila vazia na sala. E três caixas de cerveja. Isso tudo em três dias Pablo. Ele está se destruindo aos poucos cada vez mais.
—E o que podemos fazer? É escolha dele Aurora! Já fizemos tudo o que podíamos ter feito, não cabe mais a gente. Ele não se ajuda, ele não quer ser ajudado. Ele só está procurando um jeito de morrer mais rápido.
—Não fala assim
—Você sabe que é verdade Aurora, só não quer aceitar. Até por que você sempre foi a filha predileta. Ele não te odeia como me odeia.
—Ele não te odeia
—Eu não teria tanta certeza assim. Olha eu estou cansado tá bom? Eu estou a um passo de largar toda minha carreira por conta dele, eu não sou o monstro dessa história, e estou longe de ser. Se ele quer continuar bebendo e se matando aos poucos, já não é mais problema meu, eu tentei ajudar. Ele não fez a mínima. Questão.
—Pablo...
Mas eu já havia saído. Fui direto para o quintal, me sentei no balanço que meu pai havia construído para nós quando eu tinha oito anos, trouxe ele para Barcelona quando me mudei, é um balanço grande então caibo com facilidade nele.
—Amor?
Tento limpar as lágrimas que insistiam em cair. Nunca me demonstrei frágil perto de ninguém, não é agora que isso iria acontecer.
—Gavi? Está tudo bem?
—Oi, está sim. Só precisava de um tempo. Vem cá, acho que você cabe nesse outro balanço. — ela se senta no balanço que era da Aurora — meu pai fez esse balanço para gente quando eu tinha oito anos. É uma das poucas lembranças boas que eu tenho dele
—O que mudou na relação de vocês?
—Desculpa Lina, mas eu não gosto de falar sobre isso
—Tudo bem. No seu tempo. Meu pai me mandou mensagem, quer que você vá jantar com a gente
—Hoje?
Eu já conhecia Carlos, tínhamos uma relação boa, conheci, mesmo que não pessoalmente, a mãe da Lina. Mas agora um jantar, com o pai dela, não como jogador e preparador físico, mas como namorado e sogro, eu não sei se estava pronto.
—Se não quiser tudo bem, eu aviso ele.
—Não; eu vou. Acho que está na hora de conhecer Carlos como sogro, não mais só como meu preparador físico.
—Vai ser bom. Como eu já disse, ele gosta de você.
—Espero que permaneça assim depois do jantar. — seguro em sua mão — me desculpa.
—Pelo o que?
—Voce me fala sobre sua relação com seus pais, e eu acho tão linda. E eu não consigo falar sobre minha família. Eu sei que deveríamos ser sinceros um com o outro, e me desculpa por isso.
—Por que está se desculpando por isso? Você pode me contar quando se sentir confortável, sei que pelo o pouco que me contou não é fácil. Não precisa falar tudo agora, no seu tempo. Mas saiba que estarei sempre aqui para te escutar, te aconselhar ou ser apenas um abraço pata seu aconchego.
Olho para ela e a única coisa que me vem à cabeça é:
Eu vou me casar com essa garota.
📱 —NOTES— ⚽️
01. E SAIU A NOTÍCIA QUE O MUNDO NÃO ACREDITOU! Depois de 7 meses eu lembrei que essa fanfic existia e cá estou eu. Trazendo mais de Lina e Gavi para vocês
02. Eu quero pedir desculpas pelo sumiço. Eu só não estava mais na vibe de escrever e não queria entregar capítulos rasos para vocês. Tive que reler ela para lembrar de algumas coisas kkkk. Mas espero que gostem.
03. Para os leitores de Delicate, eu voltei com duas fanfics novas, uma do Walker Scobell e outra do universo de Percy Jackson, quem quiser ir lá dar uma olhada.
Kisses 🫶🏻
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