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03 - É só seguir as regras

Me levantei num salto. Meus cabelos molhados, vestindo um roupão. Completamente nua. Olhei para ele aterrorizada. Abraçando meu próprio corpo. Ele me olhou de forma despretensiosa como se nada daquilo o importasse. E talvez não importasse mesmo.

— Não fiz nada com você. Apenas te dei um banho. — Ele ajeitou os fios do cabelo que caíam sobre seu rosto.

— Me viu nua? — Senti meu rosto corar e esquentar. Olhei para ele envergonhada me afastando dele em cima da cama.

— Não vai ser a primeira mulher nua que vi na vida. Na verdade, eu perdi a conta.

— O que faz aqui?

— Eu trouxe comida e roupas. — Eu olhei para a refeição sobre a mesa e senti meu estômago roncar alto. Carne, batatas, legumes, um suco de laranja geladinho. Senti a água se formar na boca e desci da cama desconfiada. Ele se pôs diante de mim e continuou a dizer. — Mas antes... vai ter que pedir.

Eu olhei para ele indignada e senti uma vontade de socar a cara dele até minhas mãos doerem. Senti um tremor pelo meu corpo, raiva.

— Eu não vou fazer isso. — Eu o encarei com as sobrancelhas franzidas

— Eu posso manter você viva sem comida por um bom tempo. Fica a seu critério.

— Você é desprezível... — Eu disse com os dentes cerrados.

— Se quer comer, ajoelhe-se e peça. Me implore. — A satisfação em seu rosto era algo repugnante.

Eu olhei para a comida, sentindo o cheiro delicioso invadir minhas narinas e meu estômago roncar ainda mais alto. A raiva e o desespero se misturavam dentro de mim. Moretti estava ali, esperando que eu me humilhasse. Eu sabia que ele estava tentando me quebrar, mas não podia ceder tão facilmente.

— Eu não vou fazer isso — repeti, tentando manter a voz firme.

Moretti deu um sorriso frio, cruzando os braços.

— Então, você vai passar fome. Vamos ver quanto tempo você aguenta.

Ele se virou para sair, pegou a bandeja e caminhou devagar, mas antes de fechar a porta, olhou para mim mais uma vez.

— Pense bem, cara mia. Sua resistência só vai prolongar seu sofrimento.

A porta se fechou com um estalo, e eu me senti ainda pior do que antes. A fome era insuportável, e a ideia de implorar por comida me enojava. Mas precisava ser prática. Precisava manter minhas forças para encontrar uma maneira de escapar.

Horas se passaram, e a fome só aumentava. Finalmente, decidi que precisava ser estratégica. Se Moretti queria que eu implorasse, eu faria isso, mas nos meus próprios termos. Precisava ganhar tempo e forças para planejar minha fuga. Quando Isabel retornou ao quarto, eu estava pronta.

— Isabel, por favor — disse, tentando parecer o mais desesperada possível. — Eu preciso de comida e roupas. Estou disposta a fazer o que for necessário.

Ela me olhou com pena. — Não posso. Eu avisei, senhorita. Era só seguir as regras.

— Por favor...

— Não posso. A senhorita não comeu a comida no primeiro dia e ainda rasgou as roupas que ele mandou a você.

— Esse jogo doentio tem que acabar... — Eu disse fraca. Mal conseguia me mexer.

— Ele pode fazer isso por muito tempo, senhorita. Se está disposta a resistir lembre-se disso.

Eu sabia que estava jogando um jogo perigoso, mas não tinha escolha. Precisava sobreviver para lutar outro dia. E, com sorte, Ren viria antes que fosse tarde demais.

A fome começou a afetar meu corpo de maneira intensa. Sentia uma fraqueza constante, como se minhas pernas fossem ceder a qualquer momento. Minha cabeça doía, uma dor surda e persistente que parecia pulsar a cada batida do coração. O estômago roncava alto, um som quase animalesco, e a sensação de vazio era insuportável.

Minha boca estava seca, os lábios rachados e doloridos. Cada vez que engolia, sentia como se estivesse engolindo areia. A garganta ardia, e a falta de saliva tornava difícil até mesmo falar. Meus músculos estavam tensos, e um tremor involuntário percorria meu corpo, resultado da combinação de fome, frio e medo.

Além dos sintomas físicos, havia o peso emocional. A ansiedade e o medo eram constantes, uma presença sufocante que não me deixava respirar direito. O coração batia rápido, e a mente estava em um estado de alerta constante, procurando qualquer sinal de perigo ou oportunidade de fuga.

Cada minuto que passava parecia uma eternidade, e a combinação de fome, cansaço e desespero estava me levando ao limite. Precisava encontrar uma maneira de sair dali, mas cada vez mais parecia que minhas forças estavam se esgotando. A esperança de que Ren me encontrasse era a única coisa que me mantinha de pé, mas até isso começava a parecer distante.

Meus braços estavam roxos do lugar que ele havia me segurado. A fome e o cansaço estavam me consumindo. Cada movimento parecia um esforço monumental, e minha mente estava nublada pela dor e pelo desespero. Foi nesse estado que Moretti me encontrou quando entrou no quarto mais uma vez com seu olhar frio e calculista segurando mais uma bandeja de comida.

— Esta é sua última chance — sua voz sempre calma e controlada. — Você pode acabar com esse sofrimento agora. É só pedir.

Eu o encarei, tentando reunir a pouca força que me restava. Não queria ceder, não queria dar a ele a satisfação de me ver implorar. Mas meu corpo estava no limite, e a necessidade de sobrevivência começava a superar meu orgulho.

— Eu não vou fazer isso — murmurei, minha voz fraca e trêmula.

Moretti suspirou, como se estivesse lidando com uma criança teimosa.

— Você está apenas prolongando seu sofrimento. Não há necessidade disso. Apenas peça, e tudo isso pode acabar. — Eu podia sentir o cheiro da comida invadir meu corpo e me fazer salivar.

Eu resisti por mais um tempo, tentando manter minha dignidade intacta. Mas a fome era insuportável, e a dor de cada músculo do meu corpo me lembrava que eu não podia continuar assim por muito mais tempo. Finalmente, com o orgulho ferido e lágrimas escorrendo pelo meu rosto, eu cedi.

— Por favor — sussurrei, minha voz quase inaudível. — Eu preciso de comida e roupas. Por favor, me ajude.

Moretti sorriu, satisfeito.

— Viu? Não foi tão difícil, foi? — Ele se virou com a bandeja de comida.

— Onde... onde você vai? — Eu perguntei com a voz fraca.

Ele saiu do quarto, deixando-me sozinha com minha vergonha e humilhação. Sentia-me um lixo, como se tivesse perdido uma parte de mim mesma ao ceder. Mas sabia que precisava sobreviver, e isso significava fazer sacrifícios.

Eu me sentia devastada. A humilhação de ter implorado por comida e roupas pesava sobre mim como uma sombra. Cada fibra do meu ser estava impregnada de vergonha e desespero. Sentia-me traída por mim mesma, como se tivesse perdido uma batalha interna crucial. Corroendo minha autoestima e dignidade.

Sentei-me na cama, abraçando os joelhos, enquanto lágrimas silenciosas escorriam pelo meu rosto. A fome e o cansaço ainda estavam presentes, mas agora eram acompanhados por uma dor emocional profunda. Sentia-me vulnerável e exposta, como se cada pedaço da minha resistência tivesse sido arrancado.

A promessa de Ren ainda ecoava na minha mente, lembrando-me de que não estava sozinha. Mesmo sentindo-me um lixo, agarrei-me à esperança de que Ren viria e que acabaria com aquele pesadelo.

Isabel voltou ao quarto, trazendo uma bandeja com comida. O cheiro delicioso fez meu estômago roncar alto. Senti a água se formar na boca enquanto descia da cama, ainda desconfiada.

— Coma devagar — disse Isabel, colocando a bandeja sobre a mesa. — Você está fraca.

Sentei-me e comecei a comer, tentando não devorar tudo de uma vez. Cada mordida parecia um alívio para a fome que me consumia. Isabel me observava em silêncio me olhando com compaixão.

— Sinto muito que tenha que passar por isso — disse ela, finalmente.

Engoli a comida com dificuldade, sentindo um nó na garganta.

— Eu me sinto humilhada — confessei, as lágrimas começando a escorrer pelo meu rosto.

Isabel suspirou, sentando-se ao meu lado.

— Eu sei que é difícil, mas se você seguir as regras, seus dias aqui podem ser menos dolorosos. Moretti não vai te machucar se você cooperar.

As palavras dela eram um consolo amargo. Sabia que Isabel estava tentando me ajudar, mas a realidade da minha situação era esmagadora. As lágrimas vieram com mais força, e eu chorei, sentindo toda a dor e o desespero que havia segurado por tanto tempo. Isabel colocou a mão no meu ombro, oferecendo um conforto silencioso.

— Vai passar logo, apenas aguente firme.

Eu olhei para as roupas que Moretti havia trazido para mim. Eram bem diferentes do que eu costumava vestir. Havia um vestido vermelho justo, com um decote profundo e alças finas. O tecido era macio e brilhante, destacando-se contra minha pele pálida. Ao lado, um conjunto de lingerie preta, feito de renda delicada, que parecia mais uma peça de exposição do que algo para ser usado.

Também havia um vestido azul escuro, com uma fenda alta na perna e um corte que acentuava minhas curvas de uma maneira que me deixava desconfortável. Para completar, um par de saltos altos pretos, com tiras finas que se enrolavam ao redor dos tornozelos.

Vesti o vestido vermelho, sentindo o tecido deslizar sobre minha pele. Os saltos altos eram difíceis de equilibrar, e eu me sentia estranha e exposta. Olhei para o espelho, quase não reconhecendo a pessoa refletida. Nem parecia eu mesma.

Isabel abriu a porta, seu rosto sério como sempre.

— O senhor Moretti solicita sua presença na sala — disse ela, com um tom que não deixava espaço para discussão.

Eu respirei fundo, tentando acalmar meus nervos. O vestido vermelho que eu vestia parecia ainda mais apertado agora, e os saltos altos faziam cada passo parecer um desafio. Segui Isabel pelo corredor, sentindo meu coração bater mais rápido a cada passo.

Chegamos a uma grande porta dupla, e Isabel a abriu, revelando uma sala luxuosa. Entrei na sala de Moretti e fiquei impressionada com o ambiente. O escritório era espaçoso, com paredes revestidas de madeira escura e uma grande janela que deixava a luz natural entrar, iluminando o espaço de maneira suave. No centro da sala, havia uma enorme mesa de mogno, polida até brilhar, com detalhes em ouro nas bordas. Sobre a mesa, estavam organizados diversos papéis, um notebook e uma caneta-tinteiro elegante.

As cadeiras ao redor da mesa eram de couro preto. No canto da sala, havia uma estante repleta de livros encadernados em couro. Um tapete persa cobria o chão, seus padrões intrincados adicionando um toque de cor ao ambiente predominantemente escuro. Nas paredes, quadros de arte moderna contrastavam com a decoração clássica, criando um equilíbrio interessante entre o antigo e o novo. Um bar de canto, com garrafas de bebidas finas e copos de cristal. Ele estava sentado em uma poltrona de couro, com um sorriso frio no rosto e levantou ao me ver entrar, seus olhos percorrendo meu corpo de cima a baixo.

— Ah, finalmente — disse ele, com um tom de satisfação. — Vejo que decidiu colaborar.

Eu não respondi, apenas mantive meu olhar fixo no chão, tentando esconder o quanto estava desconfortável.

— Sente-se — ordenou ele, apontando para uma cadeira em frente à sua. Sentei-me, tentando manter a compostura. Moretti se aproximou, parando ao meu lado. — Você está aqui porque é especial. E eu tenho grandes planos para você.

Eu o encarei, tentando entender o que ele queria dizer. Mas antes que pudesse perguntar, ele continuou.

— Mas, para que esses planos se realizem, você precisa seguir regras. E a primeira regra é simples: obediência. — Eu senti um calafrio percorrer minha espinha. Não tinha escolha a não ser jogar o jogo dele, pelo menos por enquanto. — Entendido? — perguntou ele, inclinando-se para mais perto.

— Sim — respondi, minha voz quase um sussurro.

Moretti sorriu, satisfeito.

— Ótimo. Agora, para começar, Serena, vamos ter uma lista de regras. Sou um homem muito metódico e muito exigente. — Ele colocou um papel diante de mim e bateu com o indicador sobre a mesa. — Leia. — Peguei o papel com as mãos trêmulas e comecei a ler apenas para mim ele bateu os dedos de novo na mesa — Em voz alta.

— "Regras de ouro. Obediência sempre. Deverá sempre obedecer. E qualquer violação desta regra acarretará em punição. Pontualidade. Seja sempre pontual, tempo é dinheiro. Cada minuto de atraso aumenta as punições."

"Manterá a aparência em dia. Sempre limpa, bem alimentada e com sono em dia. Tem que se manter bem e tem coisas que depende somente de você. Mais roupas rasgadas aumenta a punição."

"Não tente fugir. Sei de cada passo que você dá dentro desta casa. Lembre-se que a punição pode ser em você ou em qualquer pessoa que você ama."

"Deverá comparecer em eventos. A ideia de se formar alianças é mostrar aos inimigos que você está no controle. E essa será sua função. Lembre-se de fazer cara boa. Nem preciso mencionar a punição, né?"

"O casamento será em algumas semanas, terá direito de escolher qualquer coisa para a festa e os preparativos"...Casamento? — Ergui meu olhar para ele. — O que quer dizer com casamento?

— Continue a leitura. — Ele disse mantendo a postura.

— Poderá escolher qualquer coisa mediante aprovação. Os convidados serão escolhidos por mim e terá direito a convidar duas pessoas. A noite de núpcias... — Minha voz ficou trêmula neste instante. Sempre achei que minha primeira vez seria com o Ren. Imaginei cada detalhe. A minha visão começou a embaçar e molhar o papel da carta. — ... a noite de núpcias não deverá haver resistência. Ou a punição será ainda mais severa. E toda vez que eu quiser, deverá estar disponível para me satisfazer, até o dia que eu enjoar de você. E por último, a sua casa será aqui a partir de hoje por tempo indeterminado, tudo que pedir mediante análise poderá ser atendido, desde que colabore. Quando estiver fora daqui lembre-se que é uma esposa de alguém importante, então comporte-se como uma. Se descobrir traição ou que ao menos pensou em algo do tipo a punição será a morte de uma maneira muito dolorosa para você e seu amante.

Eu deixei o papel sobre a mesa ainda em choque com o que li. Só podia ser um pesadelo.

— Entendeu, Serena Romano?

— Por que está fazendo isso? Casamento? Por que? Eu não entendo.

— Eu disse, você não lembra? — A voz fria e sutil dele me causava arrepios. A expressão dele era sempre de quem estava calmo. Senti uma sensação nauseante quando ele se inclinou para a frente. — Tudo que era do Ren Caruso, agora é meu. Ele ia casar com você, não ia? Ia te foder... então eu também vou.

— Isso não vai mudar o que eu sinto pelo Ren.

— Tô nem aí para os seus sentimentos. — Ele pegou a caneta e bateu em cima do papel. — Agora assina.

Eu segurei a caneta e fiquei um tempo tentando processar aquelas enxurradas de informações. Eu olhei para o papel e em letras miúdas, abaixo da linha para assinar, estava escrito: "Eu, Serena Carla Romano concordo com todos os termos e regras acima. Estou ciente que a violação das mesmas serão passíveis de punições que serão escolhidas pelo senhor Vincenzo Damiano Moretti. Tendo isso em mente, assino este documento dando total direito ao senhor Moretti sobre minha vida."

Eu respirei fundo e sem pensar em mais nada. Eu assinei.

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