Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

05

A água escorre pelo meu corpo, quente e apressada, antes de desaparecer pelo ralo. Encosto a cabeça na parede fria do box, ainda incrédula com o que acabei de fazer. Como se pudesse dar sentindo ao que aconteceu, repasso em minha mente mais uma vez o que me ocorreu após ser empurrada contra a piscina:

Victor saltou na piscina depois de longos minutos me observando submersa, me debatendo contra as águas. Ele não parecia apressado. Suas mãos, grandes e firmes, me ergueram da água como se eu fosse leve. Seu olhar fixo e distante, uma mistura de controle e algo mais... preocupação, talvez? Não sei ao certo. Meus olhos procuraram os dele, mas não consegui ver nada além de uma calma fria, como se tudo fosse parte de um grande plano que ele já tinha idealizado.

Ainda sufocada, ele me carregou até a borda, deitando meu corpo sobre o chão frio. Eu tossia sem parar, lutando para recuperar o ar encarando o céu negro sem estrelas. A sensação de afogamento estava em todo o meu ser, e o que mais me incomodava não era só a falta de ar, mas o que estava por vir depois disso. Ele não parecia apressado, mas seu olhar se fixou no meu, como se esperasse algo de mim. Como se eu tivesse que me entregar de alguma forma.

Enquanto minha respiração voltava ao normal, eu sentia cada parte do meu corpo ainda trêmula, os músculos doloridos e minha pele gelada. A vergonha também me envolvia, quase como uma camada pesada sobre mim. Eu não sabia o que ele queria de mim, mas sentia que estava sendo observada de uma forma que não conseguia evitar.

- Por que fez isso? - resmungo, minha voz falha e embarga. - E-eu... po... poderia ter morrido. - Soluço, sentindo as lágrimas quentes escorrerem como se a emoção só agora estivesse se libertado.

Victor se ajoelha ao meu lado, o olhar intenso fixo em mim. - Eu jamais deixaria isso acontecer. - Sua mão toca minha bochecha com firmeza, limpando minhas lágrimas. - Como disse, estou aqui para te guiar, não para te machucar. Tudo isso tem um propósito. - Ele faz uma pausa, analisando meu rosto. O peso de suas palavras me envolve, e, ao encarar seus olhos, percebo uma sinceridade desarmante. - Mas, para isso, você precisa confiar em mim. Eu posso te jogar de um penhasco, mas vou estar lá embaixo para te segurar.

Engulo em seco. No fundo, sei que confio nele; caso contrário, não teria me aproximado da borda. Essa é uma verdade que não consigo ignorar. Absorvo suas palavras, sentindo uma calma estranha tomando o lugar do medo inicial. Ele parece o mesmo homem sereno das palestras, mas agora vejo algo mais - uma dualidade que não tinha percebido antes. Às vezes, cruel; outras, quase protetor.

- Você confia em mim, Amicia?

- Eu... eu confio em você. - As palavras saem mais suaves do que eu esperava, mas são verdadeiras. Não sei o que ele quer de mim, mas sei que quero seguir em frente. Quero descobrir o que isso tudo significa, confesso que desejo agrada-lo. Talvez seja o medo, ou talvez seja algo mais profundo, algo que não posso controlar.

Ele sorri, uma aprovação que me desconcerta. - Sempre soube que você é uma mulher inteligente. - Sua voz é grave. - Eu vou fazer você sentir medo muitas vezes, e logo em seguida vou querer usar seu corpo como eu achar necessário. - Sua intensidade me prende, sem deixar espaço para dúvidas. - E você vai gostar de ser usada por mim. Mas não vou fazer nada sem sua permissão. Quero ouvir você dizer.

Minha respiração está acelerada. Minha mente, um caos, enquanto o significado de suas palavras ecoa. Tento organizar os pensamentos, mas tudo em mim parece já ter decidido. Engulo em seco, lutando contra a vergonha antes de sussurrar:

- Quero.

- O que você quer? - Ele testa as palavras, sua expressão impassível, esperando por mim.

Seus olhos perfuram os meus, e sei que ele quer mais. Ele quer me ouvir, nomear o que sinto. Não sou inocente o suficiente para fingir que não entendo.

- Quero ser usada. - Minha voz sai baixa, carregada de hesitação, e sinto meu rosto queimando de vergonha. Mesmo vestida, sinto como se estivesse completamente exposta.

Victor não desvia o olhar. O escuro ao nosso redor parece se intensificar, e seus olhos tornam-se duas sombras insondáveis. Um arrepio percorre minha espinha, alcançando lugares que não quero admitir.

Ele se aproxima. Seus lábios encontram os meus com uma voracidade que me rouba o ar. Não há permissão explícita, mas há uma entrega silenciosa na forma como correspondemos um ao outro. Suas mãos exploram meu rosto, segurando minha nuca, enquanto nossas línguas se roçam como se lutassem por domínio.

- E se alguém aparecer? - Minha voz sai trêmula, minha vergonha retornando ao perceber os prédios ao redor como se cada pessoa presente em suas casas nos observasse, a exposição. Olho ao redor, o céu escuro, a garoa sobre nós como um manto.

Victor para por um momento, uma calma quase cruel em seus movimentos. Ele começa a abrir os botões do meu vestido molhado, um a um, com uma precisão meticulosa.

- Não me importo se alguém aparecer. - Sua voz corta o silêncio. Seus olhos percorrem meu corpo, estou com os seios expostos com os bicos duros pela excitação e frio. - Sempre imaginei como seriam seus peitos.

Minha respiração está entrecortada, e um calor desconfortável sobe pelo meu corpo, misturado ao frio da água ainda impregnado em minha pele. Estou exposta, e, ainda assim, não consigo negar o desejo que começa a pulsar em mim.

A exposição é algo que eu nunca quis, mas agora, não consigo mais voltar atrás. Ele está me vendo, e parte de mim está gostando disso. Encaro o céu sobre nós, observando calmo e friamente com pequenas particulas de sereno que evidênciam nossa exposição ao ar livre e gélido, mas é difícil se concentrar na paisagem em volta pois o prazer e a busca por alívio me consome, volto meus olhos para Victor.

- Grandes e escuros, exatamente como pensei. - Seus olhos percorrem minha pele nua, e a aprovação em sua voz é palpável, como uma carícia. - Eles são perfeitos.

Sua boca toma posse dos meus seios, sugando um com força enquanto suas mãos apertam o outro. Gemo baixo quando seus dentes agarram o bico, escuro e rígido, antes de passar a língua, repetindo o mesmo processo no outro lado até que estejam totalmente lubrificados e brilhantes por sua saliva, sinto-os doloridos.

Estou vulnerável. Meu corpo responde, mesmo enquanto minha mente tenta resistir, me remexo sob ele.

Fico assustada entre a emoção e o pavor de ser pega seminua na borda da piscina de um prédio compartilhado. Victor mantém sua postura controlada, enquanto suas mãos firmes continuam explorando meu corpo. Agora estou só de calcinha, o vestido de lã molhado e aberto ao redor de mim.

- Abra as pernas. - A ordem é firme. Meu corpo hesita, mas seus olhos não deixam espaço para resistência. Obedecendo, dobro os joelhos e abro as pernas, meu coração disparado.

Victor pega o celular que esta estirado proximo a borda que visivelmente ele colocou aqui antes de pular na piscina e, antes que eu possa reagir, tira uma foto.

- Sem perguntas. - diz, cortando meus pensamentos com um tom que não aceita discussão.

Ele retorna, segurando minha perna com firmeza. Num gesto, empurra minha calcinha para o lado e, sem aviso, sinto sua invasão. Meu corpo está úmido e escorregadio, mas a dor inicial me faz ofegar. É uma dor que me domina e me faz perder o controle, e suas estocadas são rápidas e brutais, me levando ao limite.

- Abra a boca pra gemer. - Sua mão aperta meu maxilar antes de puxar meu cabelo pela nuca.

- Ahhh... P-por favor... alguém pode... - gemo e choramingo, tentando conter os gritos que insistem em escapar, enquanto meus seios balançam a cada estocada, ele parece ficar mais rigido ao ver meus seios pulando.

Victor não se importa com meu medo de ser pega assim com ele montado encima de mim. Seu ritmo se intensifica, e meus gemidos tornam-se altos demais para serem ignorados. Meu corpo cede, tremendo de prazer enquanto ele me faz gozar com força, sua mão ainda estimulando minha intimidade. Estou exausta e dolorida quando ele finalmente sai de dentro de mim.

Depressa abotou meu vestido úmido e visto minha meia calça e botas, totalmente enchacarcadas, enquanto Victor apenas ajeita sua calça. Agora o frio é mais perceptível e agressivo, estamos no terraço e não havia notado o vento que passa forte bagunçando meus cabelos. Victor segura em minha mão quando voltamos ao elevador, sua mão é quente, macia e firme e causa espamos em minha intimidade totalmente enchacarcada de prazer, molhada não apenas pela água. É estranho segurar em sua mão, é como se fossemos um casal, tento espantar essa ideia mas concordo que combinamos, ele é varios centímetros mais alto que eu.

Não posso deixar de me sentir obsevada pelas pessoas que entram e saem do elevador enquanto descemos, sinto vergonha e me pergunto se alguém viu algo. Noto que no elevador tem câmeras e uma insegurança me consome, será que no terraço também há câmeras? Engulo em seco e se os seguranças estiverem nesse momento correndo pelo prédio para nos encontrar na porta do elevador e dizer que sabem o que fizemos, aperto os olhos com força suplicando para que dê tempo o suficiente de sairmos em tempo.

Quando a porta do elevador se abre pela última vez, tomo um susto ao ver um dos seguranças mas ele apenas cumprimenta Victor com um sorriso caloroso como se já o conhece a muito tempo. Não voltamos ao consultório, estamos no subsolo do estacionamento, o segurança entra no elevador enquanto saimos e caminhamos até um elegante conversível na cor vinho.

- Não costumo levar submissas para casa. Não se acostume. - Sua voz é um alerta.

Submissa?

- Ser usada quer dizer ser sua submissa? - pergunto, confusa, enquanto entramos em seu carro aquecido e luxuoso.

- Digamos que sim. - Ele faz uma pausa, o olhar fixo na estrada. - Como disse, vou te ajudar a superar seu medo, mas também vou te usar e guiar. Desde a primeira vez, quis isso. Algumas vezes, será um ensinamento. Outras, será simplesmente porque quero.

Engulo em seco.

Apesar de achar uma ideia abominável, sei que disse sim a isso. E, no fundo, sei que quero ser usada por ele mesmo sem ter a certeza o porque quero tanto isso. Meus pensamentos são um turbilhão: o que acabamos de fazer, meu trabalho, minha vida. No entanto, tudo se dissolve numa única imagem. Ele esteve dentro de mim, e mesmo assim, não gozou. Foi um aviso.

- Você entende e aceita que tudo será consensual? - pergunta novamente, sua voz carregando um tom de alerta.

Apenas faço que sim com a cabeça, sem palavras. Ele me beija antes de nos despedirmos.

Agora, desligo o chuveiro, repassando as memórias de Victor Delaunay mais uma vez, cada detalhe gravado em minha mente.

𝘼 𝙨𝙪𝙗𝙢𝙞𝙨𝙨ã𝙤 é 𝙪𝙢𝙖 𝙙𝙖𝙣ç𝙖 𝙨𝙚𝙣𝙨𝙪𝙖𝙡 𝙚𝙣𝙩𝙧𝙚 𝙙𝙪𝙖𝙨 𝙥𝙚𝙨𝙨𝙤𝙖𝙨, 𝙤𝙣𝙙𝙚 𝙪𝙢𝙖 𝙨𝙚 𝙚𝙣𝙩𝙧𝙚𝙜𝙖 𝙩𝙤𝙩𝙖𝙡 𝙖𝙤 𝙥𝙧𝙖𝙯𝙚𝙧 𝙙𝙚 𝙨𝙚𝙧 𝙘𝙤𝙣𝙙𝙪𝙯𝙞𝙙𝙖 𝙚 𝙖 𝙤𝙪𝙩𝙧𝙖 𝙖𝙨𝙨𝙪𝙢𝙚 𝙤 𝙥𝙖𝙥𝙚𝙡 𝙙𝙚 𝙜𝙪𝙞𝙖𝙧. É 𝙪𝙢 𝙟𝙤𝙜𝙤 𝙘𝙤𝙣𝙨𝙚𝙣𝙨𝙪𝙖𝙡 𝙙𝙚 𝙥𝙤𝙙𝙚𝙧 𝙚 𝙥𝙧𝙖𝙯𝙚𝙧.

𝘾𝙤𝙢𝙤 𝙚𝙢 𝙩𝙤𝙙𝙖 𝙥𝙧á𝙩𝙞𝙘𝙖 𝙨𝙚𝙭𝙪𝙖𝙡, 𝙖 𝙨𝙪𝙗𝙢𝙞𝙨𝙨ã𝙤 𝙩𝙖𝙢𝙗é𝙢 𝙩𝙚𝙢 𝙨𝙚𝙪𝙨 𝙧𝙞𝙨𝙘𝙤𝙨 𝙚 𝙡𝙞𝙢𝙞𝙩𝙚𝙨. 𝘼𝙡𝙜𝙪𝙢𝙖𝙨 𝙢𝙪𝙡𝙝𝙚𝙧𝙚𝙨 𝙥𝙤𝙙𝙚𝙢 𝙨𝙚 𝙨𝙚𝙣𝙩𝙞𝙧 𝙙𝙚𝙨𝙘𝙤𝙣𝙛𝙤𝙧𝙩á𝙫𝙚𝙞𝙨 𝙤𝙪 𝙖𝙩é 𝙢𝙚𝙨𝙢𝙤 𝙩𝙧𝙖𝙪𝙢𝙖𝙩𝙞𝙯𝙖𝙙𝙖𝙨 𝙘𝙤𝙢 𝙖𝙡𝙜𝙪𝙢𝙖𝙨 𝙥𝙧á𝙩𝙞𝙘𝙖𝙨 𝙢𝙖𝙞𝙨 𝙞𝙣𝙩𝙚𝙣𝙨𝙖𝙨.

Meus olhos correm pela tela do computador e um arrepio consome minha espinha, só ja tinha visto sobre esses assuntos em livros, nunca imaginei me prestar a esse papel. Estou parada a um tempo lendo e relendo o mesmo artigo sobre dominação e submissão, me pergunto como serão os momentos de punição ou qualquer outra coisa que Victor fará comigo, um receio se instala. Será que realmente quero isso ? Como isso pode me ajudar com o medo de água?

Respiro fundo e clico em "imagens" no site de buscas. Arregalo os olhos ao ver mulheres de joelhos, amordaçadas, vendadas, e até mesmo sendo espancadas. Meu coração acelera.

Meu telefone toca. O som alto ecoa pelo escritório, me tirando do torpor. Levo as mãos até o peito pelo susto e fecho as abas, apressada, para que ninguém veja.

- Alô...

- Olá, falo com Amicia ? Somos da escola de Natação.

Que?

- Sim sou eu. - minha voz sai mais séria do que pensei.

- Muito prazer me chamo Rita, quando gostaria de iniciar as aulas?

- Me desculpa acho que houve um engano. - digo extremamente atortodoada jamais me inscreveria numa aula de natação a essa altura do campeonato, Rita confirma meu nome completo.

- Recebemos sua inscrição pelo site, com um adiantamento de 5 meses de aulas. - explica-se.

- Amicia chegou essa encomenda pra você. - Sonia interrompe a ligação depositando uma embalagem em minha mesa.

Lanço um olhar desconfiado para o pacote enquanto volto ao telefone.

- Me desculpa, pode repetir. - digo trazendo o telefone para mais perto de meu ouvido, como se isso fosse me fazer ouvir melhor.

- Recebemos sua inscrição pelo site com um depósito adiantado de 5 meses de aulas de natação. - repete - Podemos marcar os horários das aulas de acordo com sua preferência.

Termino a ligação mecanicamente, concordando com a mulher sem processar direito o que ela disse. Meus olhos voltam para a embalagem sobre a mesa.

Pego o pacote e rasgo o papel, revelando um maiô preto, uma touca de natação e óculos. Meu coração dispara. Há um bilhete dobrado entre os itens.

Desdobro o papel, e a letra precisa e imponente de Victor me encara:

" ℰ𝓈𝓉ℯ𝒿𝒶 𝒫𝓇ℴ𝓃𝓉𝒶!
ℳ𝒾𝓈𝓉ℯ𝓇 𝒟."

Sinto o ar fugir dos pulmões. Isso só pode ser uma brincadeira de muito mal gosto, esfrego as têmporas me perguntando o que devo fazer. Nunca jamais irei entrar pra uma escola de natação e ainda mais sendo paga por alguém que mal conheço.

Talvez isso seja um aviso para que eu descarte essa ideia abominável de de ser uma submissa só porque estou atraida pelo meu terapeuta, quando mais digo temer o afogamento mais ele me empurra pra borda.

Não posso fazer isso...

Encaro o teto de meu quarto ainda remoendo meu dia conturbado, e fora o bilhete assinado por Victor não trocamos nenhuma mensagem depois do sexo ao ar livre, começo a questionar se isso faz parte do seu jogo e no fundo me sinto usada, como ele mesmo disse. Normalmente estou acustumada com homens que me procuram após o sexo como Hugo por exemplo.

A excitação crescente me faz querer arriscar e saber como será ser sua submissa, mas ao mesmo tempo não quero acatar suas ordens fora do contexto sexual e isso me consome.

Uma lembrança inoportuna invade minha mente Jane Matos, a mulher loira com coleira e marcas no pulsos, algo me diz que Victor também é seu dominador mas porque me escolheu? Ou eu sou a submissa numero dois ? Muitas perguntas sem respostas me perseguem como um namorado obcecado, me imagino usando uma coleira e sinto repulsa.

Em poucos segundos sou tomada pela excitação quando lembro da boca quente de Victor sugando meus seios e depois penetrando minha intimidade. Estou umida e pego um vibrador na escrivaninha com minha estante de livros em forma plateia me observando esfregar o objeto em meu clitóris.

- Ahhh...- gemo baixinho repassando mais uma vez em minha mente, sua língua rodeando os bicos duros de meus seios até estarem brilhantes por sua saliva.

Os espamos tomam conta de meu corpo quando introduzo o objeto roxo borrachudo em formato de pênis dentro de mim me levando ao ápice até gozar, pensando em Victor Delaunay, agora meu dominador.


As proximas duas semanas passam rápido e o sentimento de me sentir usada continua me perseguindo, porém Victor quer me ver esse final de semana com uma mensagem pouco carinhosa " Esteja pronta" ele consegue despertar a antecipação e mil coisas se passam em minha cabeça.

Será que estou pronta?

- Partiu barzinho hoje? - Hugo parece animado, senta sobre minha mesa assim que o relógio marca 18h e todos saem de seus postos de trabalho. Fito seus olhos por alguns segundos e me lembro do quão carinhoso ele é, e me pergunto se seria um bom namorado, ele com certeza não é um homen dominador.

- Hoje não, Hugo. Preciso terminar a apresentação do baile de 45 anos. - explico, evitando qualquer convite. Não estou atrasada, mas também não tenho ânimo para sair.

Ele sorri de lado, como se já soubesse que essa seria a resposta.

- Você precisa relaxar, Amicia. Trabalha demais. Um drink não vai matar ninguém.

Antes que eu possa responder, Amanda aparece na porta. Ela nos observa com um olhar afiado, como se estivesse esperando uma chance para causar.

- Então, Hugo, você me disse que ficaria trabalhando até mais tarde. - Ela começa, sua voz carregada de uma ironia sutil. - Mas aqui está você, parado na minha frente, aparentemente para convidar Amicia para sair.

Hugo parece desconfortável, mas antes que ele possa responder, Amanda dá um passo à frente, com um sorriso malicioso.

- Eu só fico me perguntando... - Ela faz uma pausa dramática. - Por que você mentiu para mim? Isso é tão... Ridículo, não?

Hugo tenta se recompor, mas Amanda já está em movimento, a provocação em sua voz clara.

- Mas tudo bem, Hugo. Se a Amicia é mais interessante para você, não tem problema. Eu só fiquei curiosa porque... - Ela vira para mim com um olhar afiado, como se tivesse acabado de sacar algo. - Por que o Victor Delaunay lhe entregou um cartão de contato após a palestra? Acho que ela gosta de pessoas com uma condição de vida melhor Hugo!

A pergunta cai como uma bomba, e eu sinto meu corpo ficar tenso. A tensão entre todos nós aumenta, como se Amanda estivesse jogando um jogo perigoso, apenas para se divertir.

Antes que eu possa dizer algo, Hugo a interrompe, com um tom mais firme.

- Amanda, basta! Se eu não fui com você, foi porque não quis. Amicia não tem nada a ver com isso.

Amanda revira os olhos, visivelmente não se deixando abalar.

- Claro, sempre defendendo ela. Que coincidência... - Ela sorri de forma calculada, quase zombando de Hugo. - Enfim, espero que se divirtam juntos. Boa noite.

Ela se vira e sai, deixando o ar ainda mais carregado de tensão.

Hugo me encara, a expressão fechada, como se tentasse entender algo.

- Amicia, ele te entregou um cartão por qual motivo? - Ele pergunta, e a dúvida na sua voz é clara, como se ainda estivesse tentando montar as peças do quebra-cabeça, um ciumes escancarado, respiro fundo pensando em como me safar dessa situação, ninguém pode imaginar que estou me envolvendo com um dos investidores caso contrário serei demitida;

Eu hesito, a sensação de desconforto apertando meu peito. Não posso dizer a verdade, então desvio.

- Não sei, Hugo. Acho que ele estava sendo educado. Não tem nada de mais. - Tento manter a calma, mas minha voz trai um pouco a inquietação que sinto.

Hugo me observa por mais alguns segundos, como se quisesse ver através de minha fachada. Ele respira fundo e, com um tom mais irritado, diz:

- Certo. Boa noite, Amicia.

Ele sai sem olhar para trás, e eu fico ali, tentando processar tudo o que aconteceu. A tensão entre nós três, ainda sem palavras ditas, está mais palpável do que nunca.

Fico ali, olhando para o vazio, com um misto de alívio e irritação. É impressionante como, mesmo sem um relacionamento, eu ainda enfrento problemas dignos de um. Hugo não me interessa mais, isso é verdade, mas Amanda também é um problema. Seu olhar de posse me faz sentir como se eu estivesse roubando algo que nunca foi dela.

O toque do celular me faz voltar à realidade.

- Oi, mãe. - atendo de imediato.

- Olá, querida. - Sua voz carinhosa soa familiar, e posso ouvir meu pai ao fundo. - Estamos com saudades... Você vem amanhã para o aniversário da Stef?

Meu coração gela. Eu tinha esquecido completamente.

- Vou sim, mãe. - respondo rápido. Então me lembro do compromisso marcado com Victor. Precisarei remarcar.

Assim que desligo o telefone com minha mãe, meus dedos hesitam sobre o contato de Victor. Não sei por que ainda estou nervosa. Talvez seja a maneira como ele sempre parece estar no controle, mesmo quando deveria ser só uma ligação simples.

O telefone chama duas vezes antes de ele atender.

- Boa noite, Victor. - Minha voz soa mais hesitante do que eu esperava.

- Precisamos trabalhar no seu tom. - Ele não espera nem dois segundos para me corrigir, o tom frio e direto. - Tente de novo.

- Boa noite... senhor. - murmuro, sentindo meu rosto esquentar ao testar a palavra que tanto apareceu durante minhas pesquisas nos últimos dias.

Ele faz uma pausa, longa o suficiente para que eu comece a duvidar de como soei.

- Melhor. Mas ainda há muito o que melhorar. Por que está me ligando? - Ele não se dá ao trabalho de esconder a impaciência.

Engulo em seco e aperto o telefone contra o ouvido.

- Eu não poderei me encontrar com você amanhã à noite. Tenho um compromisso familiar. - Tento soar firme, mas minha voz falha no final.

- Cancelar comigo é uma decisão ousada. - A frieza na voz dele é quase palpável. - Quando está de volta?

- Domingo à tarde.

Ele não demora a responder.

- Nos encontramos no domingo às 17h. - Ele faz uma pausa, e por um momento, acho que ele vai encerrar a ligação, mas então sua voz retorna, mais baixa, mais intensa: - Venha de vestido. Sem calcinha. Ou com algo tão depravado que todos saibam o que você é.

Minha respiração trava, e por um segundo, fico em silêncio.

- Victor... eu...

- E lembre-se, Amicia. É você quem está sendo usada aqui. - O tom dele é cortante, mas há algo quase hipnótico em sua voz. - Desobedeça, e será punida.

Ele desliga antes que eu possa responder.

Fico ali parada, com o telefone ainda pressionado contra o ouvido. Meus dedos estão trêmulos, meu coração batendo rápido demais.

Nunca tive medo de palavras antes, mas as dele parecem uma corrente, me arrastando para um lugar que não entendo mas que quero ir. Sei que vou seja de vestido, sem calcinnha ou deprevada pronta pra ser usada.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro