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Capítulo 3


Paramos na portaria da casa noturna, Pedro observou a fila e pensativo tirou o celular do bolso, depois começou a conversar com alguém por mensagem.

— Vamos até a fila para entrar? — perguntei.

— Só minutinho.

Ele continuou a conversa online e não falava comigo, o que estava começando a me irritar. Do que adiantava se oferecer para me fazer companhia e ficar no celular?

A fila da casa noturna só crescia e aquele Pedro me evitando parecia muito o Pedro antigo.

Esperei por mais cinco minutos e estava quase o mandando à merda e dizendo que eu estava indo para a fila, quando ele disse:

— Vamos para a portaria que meu chefe conhece os donos e consegui que ele nos coloque para dentro sem que a gente precise pegar fila.

Sorri e a minha vontade de mandá-lo à merda passou e até gostei mais dele. Seguimos para a portaria e depois de Pedro dizer o nome do seu chefe, os seguranças nos deixaram entrar.

Pensei que fôssemos ficar no bar, mas Pedro me levou para uma parte mais reservada e entramos no camarote vip. Lá nos sentamos à uma pequena mesa, um de frente para o outro e falei para provocá-lo:

— Que bom que veio comigo, gosto de me relacionar com pessoas influentes.

— Nada de influente, é que eu já tinha vindo aqui no final do ano passado, em uma confraternização da empresa. Aí meu chefe que é muito gente boa, conseguiu com os donos um passe vip para todos os funcionários da MW, onde podíamos entrar sem pegar fila uma vez durante esse ano. Gastei minha vez com você.

— Olha, me sinto honrada.

Ele sorriu e mudou de assunto:

— E aí, o que quer beber?

— Qualquer coisa que tiver álcool. O que você pedir eu tomo.

Seu sorriso se abriu ainda mais, como se aprovasse a minha resposta e para a minha alegria, Pedro pediu um balde com vodca e enérgicos, que era uma das minhas bebidas favoritas. O balde chegou, nos servimos e começamos uma conversa amistosa.

— Quer dizer que você ia ficar aqui sozinha?

— Bom, sozinha... não. — Sorri.

— Tenho certeza que não mesmo. Você costuma sair sozinha sempre?

— Não, ultimamente nem costumo sair, fico mais na livraria. E você costuma sempre se convidar para os programas dos outros?

Ele riu.

— Não, mas eu não tinha nada para fazer nesta sexta-feira, então você foi como um convite.

— Não te convidei.

— Mas eu achei que era o universo me convidando.

Quase cuspi a bebida, quando ri da sua resposta.

— Deus! Que cafona.

— Muito.

— E namorada? Não tem? — perguntei só então pensando que ele podia ser compromissado e que se ele dissesse que sim eu ia virar a mesa na cabeça dele.

— Tenho.

— O quê? — perguntei alto, fechando a cara e já me revoltando.

— Calma, calma, calma! — Ele gargalhou. — Mentira, não tenho.

Respirei.

— Quase taquei essa garrafa na sua cabeça. Você seria muito canalha de estar aqui comigo tendo namorada.

Ele riu.

— Mas a gente não está fazendo nada de errado.

— Não — respondi, sem jeito. —, mas você tinha que estar com ela e não aqui comigo, no dia dos Namorados.

— Verdade.

Dei um gole na bebida e comecei a olhar o lugar que era muito bonito. Era à meia luz em alguns lugares e com luzes piscantes em outros, além de um lustre que devia ser caríssimo e que dava o efeito requintado ao lugar.

Enquanto olhava, me peguei pensando sobre o que Pedro disse, de não estarmos fazendo nada de errado e realmente não estávamos, mas por que não estávamos?

Ri com meu pensamento e vi que ele me olhou como se perguntasse do que eu estava rindo, mas se calou.

Pedro estava bonito pra caramba e eu até esqueceria as raivas que ele me fez passar por aquela noite caso ele quisesse algo mais.

— Já veio aqui? — perguntou, como que para puxar assunto.

— Já, mas faz tempo. — Ele assentiu como se o assunto acabasse e eu emendei outro:

— Pedro, você não acha estranho nós dois aqui, completamente sem planejar nada e agindo como se nos conhecêssemos, e pior, como se no passado tivéssemos sido amigos e nos gostássemos. — Gargalhei. — Isso não te parece muito louco?

Ele riu e bebeu um gole da sua vodca com enérgico.

— Eu podia dizer que não, mas estou até agora tentando entender como vim parar aqui. Eu estava indo para casa, doido para descansar e assistir um filme.

Rimos.

— Surpreendente. Que doidera! — Bebi minha vodca e olhei em volta. A casa noturna estava começando a encher e os autofalantes tocavam música eletrônica.

— Considerando seu comentário sobre nós nos gostarmos, quer dizer que você não gostava de mim?

— Óbvio que não. — Revirei os olhos e ri.

— Eu gostava de você.

— Gostava? Em que momento? Quando cantava a música do Gabriel, o pensador, Eu e a tábua de passar, para me provocar pela minha magreza? — perguntei com a sobrancelha arqueada o que o fez rir alto.

— Não, não nesse momento, mas quando eu assumi a culpa pela guerra de papel na sala de aula, quando tinha sido você que começou.

Sorri feliz.

— Me lembro disso e acho que foi o único momento que me lembro de você com carinho, apesar de ter ficado feliz com a advertência que você levou.

Ele sorriu e mudou de assunto:

— O que você estava fazendo no prédio da agência?

O olhei e talvez fosse a vodca me fazendo ficar tagarela e correndo o risco de Pedro me achar uma louca, o contei:

— Estava procurando um namorado. — Ele franziu a testa estranhando minha resposta. — Longa história. — Abanei as mãos para não começar a chorar as pitangas para um desconhecido/conhecido.

— Pode contar, estou com tempo.

Pensei um pouco e então soltei o ar, para começar a contar minha história.

— Basicamente, sofro bullying todos os anos no almoço de família pós dia dos namorados, por não ter um namorado para levar no aniversário da minha avó, aí resolvi sair para procurar um hoje e levá-lo para o aniversário dela que é no domingo.

— Sério?

, sei que parece idiotice, mas é complexo. Por exemplo, minha família não vê e nem valoriza minhas conquistas como pessoa e profissional, para elas só importa que eu pareço uma solteirona desesperada. O que não sou, mas minhas tias ainda são do tipo que pensam que mulher casada sim, é realizada. Parece loucura, ?

Ele me olhou e riu.

— Sim, parece. — Eu ri em resposta. — Se quiser posso ser seu namorado... de mentira.

— Nem pensar, já fiz isso e não deu certo. Agora quero um namorado de verdade.

— Você levou mesmo um namorado de mentira?

— Bom, não e sim... Longa história, mas o que interessa é que as tias descobriram que não era meu namorado.

Ele assentiu, aceitando minha explicação.

— E você tinha esperança de arrumar alguém hoje e ele virar seu namorado em dois dias.

— Sim, confio no meu potencial.

Pedro riu e deu um gole na vodca.

— Boa! Eu também confio. — Levantou o copo em minha direção, deu um gole e depois perguntou: — Então acho que estou te atrapalhando, ficando aqui com você?

— Sim. — Dei de ombros e ele me olhou como se tivesse ficado incomodado e eu ri. — Claro que não, brincadeira, estou gostando da sua companhia. Eu já tinha abortado a missão "um namorado de verdade" lá no prédio, quando cheguei no Terraço e só tinham casais. — Ri e revirei os olhos da minha vergonha. — A ideia de vir aqui foi só para beber e dançar. Beber até perder a dignidade. — Levantei meu copo para ele e rindo Pedro fez o mesmo, depois juntos viramos nossas bebidas.

Que sorriso bonito ele tem!

Interrompendo meus pensamentos, a música Fuego do Alok com Bhaskar começou a tocar e dei um grito alto, que chamou a atenção do Pedro. Animada, me levantei, recarreguei meu copo com mais bebida e enquanto me afastava, falei:

— Vou para a pista. Vamos? — Pisquei um olho para ele, sem parar de andar.

Rapidamente saí do camarote e enquanto andava fui dançando com os braços para cima e curtindo a música.

A pista já estava cheia.

Soy el fuego que... — dizia a letra da música e a batida eletrônica tomou conta de tudo, fazendo com que o público gritasse e eu mexesse meu corpo sensualmente.

Fechei meus olhos, sentindo a batida eletrizante e me deixando levar pelo toque alto que tomava conta do ambiente, entrava em mim e se espalhava por todo o meu corpo. Dei um gole generoso na bebida gelada, para amenizar o calor que eu estava sentindo e continuei dançando e remexendo o meu corpo.

Fazia tempo que eu não me deixava levar assim, fazia tempo que eu não aproveitava um momento, uma música alta e uma balada animada. Eu estava me soltando e deixando a Helena rebelde e livre tomar conta de mim, a Helena que há um tempo tinha sido deixada de lado e dado espaço apenas para a Helena responsável tomar as rédeas da situação, mas naquele momento meu eu louca tinha dado um soco no olho da Helena certinha, estava com as rédeas nas mãos e com os cabelos ao vento.

Eu aproveitava a música quando senti mãos firmes na minha cintura e que me puxavam para perto. Não quis saber quem estava ali e me mexi ainda mais, joguei a cabeça para trás e quando a pessoa me virou de frente, vi que era o Pedro e sinceramente não me surpreendi, pois no meu interior eu já estava esperando, e querendo, que ele se juntasse a mim.

Pedro me puxou para perto e dançou comigo esfregando o seu corpo no meu. Ele era mais alto e para encará-lo ergui meu rosto para cima e avistei seus olhos risonhos, também aproveitando o momento e a nossa dança, como se estivesse muito contente com ela.

Suas mãos subiam e desciam pela lateral do meu corpo, eu estava ficando excitada com aquilo e todo o fogo que eu estava sentindo, voltou a queimar em mim. Eu queria muito tê-lo mais perto, tão perto de modo que fosse dentro.

O que estava acontecendo comigo?

Nos mexendo no ritmo da música, olhei para cima para encará-lo e meus lábios ficaram bem próximos dos dele, tanto que até consegui sentir um pouco o seu hálito quente e o cheiro do álcool.

Fiquei tentada a puxá-lo para um beijo e louca para sentir a sua língua em minha boca, mas não fiz e ainda o encarando me mexi devagar, roçando meu corpo no dele, o instigando a dar o primeiro passo e o querendo em mim, entretanto, eu me lembrei que quem estava ali era o Pedro, aquele Pedro de anos atrás, e seria muita loucura. Sendo assim, tirei os olhos dos seus lábios e encarei seus olhos que pareciam famintos, como os meus, e aí ri sensualmente.

Notei que não era apenas eu que estava mexida com o toque dele, Pedro também estava com o meu, porém, mudei meu olhar de direção enquanto com o meu corpo eu continuava me esfregando, dançando e o excitando.

Ele estava sentindo a intensidade.

Relutante me afastei e com o corpo em fogo com a nossa proximidade de antes, fiquei me perguntando que loucura repentina era aquela na minha vida.

Distante dele dancei mais, no entanto sentia falta do seu toque em meu corpo e já ansiava por tê-lo perto de novo.

Eu sabia que seus olhos estavam em mim, eu gostava disso e queria provocá-lo a ponto de ele se aproximar novamente, entretanto, a minha bebida acabou e o encarando apontei para o copo e para o camarote, indicando que eu ia voltar para a mesa, em resposta, Pedro assentiu e com poucos passos se aproximou, possessivamente colocou a mão na minha cintura e começou a me guiar entre as pessoas. O olhei em resposta e sorri, o que fez ele se aproximar mais como se eu o tivesse dado um aval.

Eu estava gostando do seu cuidado, como se eu fosse mais do que a menina que ele infernizou na escola e quando chegamos na nossa mesa, o perguntei:

— Por que você me infernizava tanto? — Eu estava ficando um tanto alcoolizada e ainda nem passava da meia-noite.

Encostei-me na grande que dava para a pista de dança e muito perto de mim, Pedro riu, balançou a cabeça em negativo como se lembrasse de tudo que vivemos e me respondeu rápido:

— Era mais forte que eu. — Depois mudou de assunto: — Como uma mulher como você pode estar à procura de namorado?

Uma mulher como eu?

— Você não sabe como posso ser insuportável. — Ele riu.

— Eu sei sim.

— Verdade, você sabe. — Rimos.

— Mas você já namorou? — me perguntou, se aproximando do meu ouvido para falar alto em meio a música.

— Sim, um vizinho da minha vó, logo que terminei a escola, ele me traiu com uma das minhas primas e aí depois dele, me traumatizei e só usei os homens para sexo — falei, sem nenhum pudor e ele me olhava como se cada resposta minha o deixasse surpreso.

— E os matava depois, tipo viúva-negra?

— Não, mas com os parceiros que eu tive, até que não seria má ideia.

Ele riu.

— E o vizinho ficou com a prima?

— Não, sempre que me vê na casa da vó, tenta uma aproximação e como sabe da minha fama de não ter namorado, ele acha que ainda gosto dele. — Revirei os olhos. — O pior são as tias fazendo as alcoviteiras.

Pedro balançou a cabeça em negativo e riu.

— E você? — perguntei.

— Já também, mas não deu certo e terminamos amigavelmente. Faz pouco tempo.

Ele voltou a olhar para frente, para a pista de dança, e eu fiquei o encarando. Pedro tinha ficado maravilhoso, com um rosto bem desenhado e com cara de homem, com o maxilar marcado daqueles que a gente olha e já sente uma vontade de dar.

Eu sentava e com vontade. Nem Thor me tiraria de cima desse martelo.

Ele me olhou e sorriu, aí disfarcei, para que ele não notasse minha cara de tarada. Depois fui até o balde na nossa mesa, pegar mais bebida para quem sabe assim a vodca gelada apagasse o fogo que eu estava sentindo. Se bem, que a bebida tacaria fogo de vez, pois faltava pouco para eu agarrá-lo ali mesmo.

Tirei a garrafa do balde de gelo e quando fui me servir a bebida tinha acabado.

— Secamos uma garrafa. — Balancei o frasco vazio para ele.

— Ir embora ou mais uma? — perguntou, como se testasse a minha força para beber e ele não tinha ideia de como eu era boa nisso.

— Não sei... fico? E você está cansado?

— Nada cansado.

— Então duvido você ficar — falei o lembrando das nossas competições do passado.

— Eu fico — respondeu e eu gargalhei para a sua resposta, porque ele sempre quis competir comigo e isso não ia prestar. — Do que você está rindo? — perguntou.

— A gente competindo e duvidando um do outro nunca foi muito saudável.

— Algo me diz que dessa vez será diferente. — Ele piscou um olho, sorriu e outra parte em mim, que não era o olho, piscou para ele.

Ai, caralho!

Eu não sabia se era a bebida ou realmente eu estava atraída pelo Pedro, mas eu o queria muito naquele momento e a cada piscada, sorriso e coisas fofas que ele me dizia, eu queria beijá-lo.

Comecei a mentalizar a sua imagem na adolescência: gordinho, com o rosto com espinhas, aparelho e o típico adolescente chato e implicante, mas não adiantou e a impressão que eu tinha, era que não era a mesma pessoa.

— Vou buscar a nossa bebida no bar para ser mais rápido e dar menos trabalho aos garçons. Só um minuto.

Ai que fofo! Como focar no menino chato se ele cresceu e ficou tão perfeito.

Quase um personagem literário... Quase... Só falta beijar bem e foder ótimo.

Fiquei sozinha me mexendo ao som de Ed Sheeran & Justin Bieber com I Don't Care e eu adorava essa música. De longe vi Pedro e sua beleza no bar e me virei de costas para observar a pista de dança, afim de não pensar mais em cavalgar loucamente.

Enquanto ele não voltava, me deliciei aproveitando a música e balançando meu corpo no ritmo. Eu tinha um sorriso no rosto de quem estava curtindo o momento e em meus pensamentos contava há quanto tempo eu não tinha uma noite tão agradável como aquela.

— Oi — alguém falou bem próximo de mim e sorrindo me virei-me na direção da voz, achando que era o Pedro que tinha voltado, mas ao encarar a pessoa a minha frente, era outro homem, também atraente.

— Oi — respondi com um sorriso.

— Eu estava te observando há algum tempo e... — Não ouvi mais o que ele falou, pois logo atrás dele vi que Pedro voltou segurando uma nova garrafa de vodca.

Ele parou abruptamente ao me ver conversando com outro homem e parecia desconfortável, estava sério, porém ergueu a garrafa para mim e deu de ombros como se me deixasse livre para escolher o que queria fazer.

— Me desculpa — coloquei a mão no braço do homem a minha frente, para que ele parasse de falar. — , mas eu já estou acompanhada.

O homem assentiu decepcionado, se virou para sair e atrás dele Pedro ergueu a garrafa e com um sorriso no rosto abriu os braços para o homem, como se quisesse dizer que sentia muito.

— Achei que ia me trocar pelo candidato a namorado — falou tentando parecer natural.

— Você estava com uma garrafa de vodca nas mãos. Não tinha como eu não o dispensar e ficar com você.

— Justo! — Ele sorriu. — Mas ele podia ser o namorado que você está procurando.

— Estava.

, não está mais? Ainda dá tempo. — Ele riu, convencido.

— Não. Serei solteira para sempre, vou viver em uma casa cheia de gatos e morrerei velha e doida, abraçada a uma bola que chamarei de namorado Wilson. Ficarei doida depois de a minha família esfregar na minha cara durante toda a vida que nunca arrumei um namorado.

Ele riu alto.

— Quanto drama.

Fomos surpreendidos pelo Dj que anunciou que como era noite dos Namorados, algumas funcionárias vestidas com camiseta de semáforo, passariam por entre a galera e distribuiriam adesivos verde, vermelho e amarelo, para assim indicar quem ali era solteiro, comprometido e enrolado.

A galera gritou e eu, pensei em que cor colocaria, já que colocar o verde significaria que eu estava livre para os homens ali, mas eu não queria ficar livre, porque queria aproveitar a companhia do Pedro, entretanto eu não ia colocar vermelho, eu não era comprometida e nem amarelo, porque também não estava enrolada com ninguém.

— Verde para nós, então? Essa é a sua chance de arrumar um namorado.

— Esquece isso! Foi uma idiotice, se eu soubesse nem tinha te contado — falei incomodada.

— Desculpa. — Ele riu, sem jeito. — Tá, se não é verde, colocaremos vermelho?

— Colocaremos? — perguntei. — Ei, você pode ficar livre para aproveitar, não se prenda a mim.

— Só estou aqui por você, caso o contrário eu estaria em casa e vendo filme.

Eu ri.

— Olá! Verde, amarelo ou vermelho, casal? — uma moça simpática com uma camiseta de semáforo, nos perguntou.

— Vermelho para mim — Pedro disse e notei uma pequena decepção no rosto da moça a nossa frente, que talvez tivesse a esperança de que aquele homem lindo fosse solteiro. Bom... na verdade, ele era.

Olhei para Pedro, que sorriu e colou a etiqueta em seu peito. Eu tinha uma impressão de que ele estava tentando flertar comigo e me agradar a todo tempo.

— Vermelho para mim também. — Pedro me olhou com um sorriso no canto dos lábios e eu até podia dizer que era um sorriso convencido.

— Tem certeza que ficaremos fechados para interessados?

Dei de ombros.

— Você quem começou. — Ele riu e eu fiquei encarando seu sorriso lindo, sem dizer nada e lutando contra a vontade doida de agarrá-lo.

Os lábios de alguém nunca foram tão chamativos para mim.

Engoli em seco a vontade que eu estava de puxá-lo para mim, dei graças a Deus quando o Dj chamou a atenção de todos e eu me virei para ver o que ia acontecer, tirando assim, a minha atenção do homem que estava me deixando louca.

O Dj perguntou se tinha muita gente apaixonada ali e muitos na casa noturna gritaram, com isso anunciou que em homenagem ao dia dos Namorados ia tocar uma rápida playlist apaixonada e aí Always remember us this way da Lady Gaga, começou a tocar.

Eu estava encostada à grade de ferro, olhando para a pista e vendo as pessoas se pegarem ao som da música romântica, mas queria mesmo era me pegar com alguém também, então me virei para dizer ao Pedro o quanto aquilo era uma baboseira, só que para a minha surpresa o encontrei muito perto de mim, a poucos centímetros.

O encarei e ele deu mais um passo em minha direção, colando seu corpo ao meu. Fiquei sem fala e com a respiração acelerada, o encarando e esperando o que ele iria fazer, mas Pedro ficou me olhando de volta com os olhos faiscando desejo. Aí percebi que ele também estava tomado pela intensidade que nossos corpos estavam sentindo desde o nosso reencontro no elevador.

Como se aquela distância entre nós ainda fosse muito, Pedro se aproximou mais e segurou a grade com uma mão de cada lado do meu corpo, me prensando com o seu e me fazendo ficar presa ali, depois levou seu rosto até meu pescoço e puxou o ar com o nariz, para sentir meu cheiro e passou-o de leve na minha pele, aproveitando a sensação e agindo como se eu fosse o que ele mais queria.

Quando fiquei novamente cara a cara com ele, Pedro colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha, me olhando como se pensasse em outra coisa, talvez voltando ao passado. Sob seu olhar atento, suspirei em resposta a intensidade do momento e passei a língua nos meus lábios, que estavam secos de tanto ansiar por encostar nos lábios dele.

Não sei se foi a música, o clima ou realmente a vontade que estávamos de nos beijar, mas todos os seus movimentos só aumentavam o meu desejo e eu fiquei envolta na espera dos próximos como se estivesse hipnotizada e não conseguisse tomar a iniciativa. Com meu corpo em chamas eu só esperava... com os meus olhos nos dele e completamente tomada, esperava ansiosamente que Pedro me beijasse.

Dos seus olhos, os meus foram para a sua boca e novamente para os seus olhos. Meu coração estava acelerado com a adrenalina e a sensação de ansiedade que nunca senti por beijo nenhum, ele me envolveu de forma que eu estava ansiando tanto por seu beijo como se eu precisasse dele para respirar.

Ali presa entre Pedro e a grade, eu via meu peito subir e descer em uma respiração apressada e entrecortada, com desejo e espera que seus lábios rompessem a distância entre nós e assim me beijasse.

— Ah, Helena... — falou e me olhava de modo que eu queria estar nua com ele em um lugar que estivesse apenas nós dois. — Tanto tempo...

Pedro passou as costas dos dedos na minha bochecha, escorregou o indicador até meus lábios e o passou lentamente sobre eles. Aproveitando seu toque eu fechei meus olhos como se estivesse apenas nós dois ali e quando voltei a abri-los, Pedro estava me olhando como se admirasse cada movimento meu. Então já não aguentando mais a ansiedade da espera, falei:

— Pedro... — passei a língua nos meus lábios secos de novo. — Se você não me beijar agora, eu te beijo... Quer apostar?

Ele sorriu, como se estivesse só esperando eu pedir exatamente isso, e deslizou a mão que estava em minha bochecha para a minha nuca, me puxando a seguir para um beijo em que sua boca devorou a minha com vontade, como se estivéssemos em uma dança e como se ele quisesse aquilo tanto quanto eu.

A sua língua voraz invadia a minha boca e com uma mão em cada lado do meu rosto ele me puxava para mais perto, enquanto seu corpo gostoso me prensava contra a grade.

Meu corpo estava explodindo com cada toque e era como se fosse vento em brasa... uma brasa que estava quietinha e de repente um vento surgiu e a acendeu, como se tudo aquilo que eu estava sentindo ao seu toque, já tivesse existido em mim só que de outra maneira e aquela noite tivesse surgido para fazer tudo voltar e explodir em desejo, transformando todos os sentimentos de raiva e frustrações do passado.

No final, Pedro diminuiu o ritmo do nosso beijo e lentamente mordiscou meu lábio inferior, demonstrando não querer parar, depois ainda bem perto, falou com um sorriso satisfeito nos lábios, como se dissesse para si mesmo:

— Nunca dê um sonho por perdido. — Franzi minha testa, sem entender do que ele falava, mas Pedro puxou meu rosto em sua direção e me deu mais um beijo, dizendo após nos separarmos: — Gata demais! — Eu sorri.

Ele se afastou de mim e foi até a nossa mesa onde estava a bebida, se serviu como se precisasse de algo para digerir o que estava acontecendo ali e eu também precisava. Fui até ele e após me servir também, dei um gole generoso.

— Surreal — falei com um sorriso nos lábios e também com um sorriso satisfeito ele repetiu:

— Surreal. 

https://youtu.be/VQ2EyU75p2o

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