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Capítulo 1


Capítulo um

Bendita data!

Revirei os olhos para o banner de dia dos Namorados, que estava pendurado na livraria que eu era proprietária há alguns anos, mas fazia parte do marketing e eu tinha que aturar, mesmo tendo um leve conflito com a data.

Com as mãos na cintura admirei a minha conquista, a minha livraria, e ela era linda! Ficava em uma ótima localização, tinha um café e a frente era toda em vidro, para que quem passasse na frente visse os títulos.

Eu gostava de admirá-la, pois via ali muito do meu esforço e também muito do meu pai, que mesmo depois de partir continuou apoiando meu sonho.

Eu tinha me formado em Administração, mas os livros sempre me fascinaram e sempre sonhei em ter a minha própria livraria, sendo assim, guardei por um bom tempo parte do salário que eu recebia no meu trabalho antigo. Entretanto, quando meu pai faleceu e deixou de herança um pequeno lote no interior, que consegui juntar a quantia que eu precisava. Minha mãe e eu decidimos vendê-lo e com a minha parte do dinheiro arrisquei, juntando com o que eu já tinha guardado e abrindo meu próprio negócio. Fazendo assim, o meu amor por livro se tornar rentável.

A livraria deu certo, investi no que eu amava e mesmo tendo funcionários, fazia questão de ficar no atendimento ao público e todo ano e naquela data, eu encarava a decoração da loja e revirava os olhos, pois além de muito vermelho e rosa, nessa data comemorativa era sempre assim em todos os lugares: namorados se presenteando por todos os lados, homens e mulheres apaixonados e muitos corações.

Não que eu não gostasse especificamente da data, eu não gostava como eu me sentia nela, me sentia pressionada por ser solteira e como se todos os olhares dos conhecidos apontassem em minha direção e me perguntassem: e você vai namorar quando? Principalmente os olhares da minha família, que gostava de me provocar quanto a isso e com eles eu me sentia uma tia solteirona.

— Moça, pode me ajudar? — Olhei para o lado e um rapaz bem novinho estava ali com um livro nas mãos. — Você acha que a minha namorada vai gostar deste livro? Ela ama ler é linda e muito romântica. — Seus olhos brilhavam ao falar da namorada e com um sorriso no rosto o atendi e expliquei que sim e que ela também iria gostar de todos os outros livros da série, com isso ele saiu da loja com cinco livros.

Fiquei o observando ir embora, feliz com o presente da namorada e eu não aceitaria menos que um namorado como ele, que me presenteasse com livros e falasse de mim com tanto amor no olhar, caso o contrário eu continuaria mesmo solteira.

Ri comigo mesma e pensei que eu não era solteira e sim mantinha relacionamento sério com todos os livros que li e como todos os clientes que fidelizei graças ao meu amor em vender livros, pois eu os amava, amava indicá-los e ver as pessoas saindo felizes com suas compras, depois voltando e me dizendo que amaram a leitura, era o relacionamento que eu gostava de ter e o que eu aplicava amor.

Eu era uma mistura de nerd com rebelde, era uma leitora assídua e ao mesmo tempo uma louca que amava ir para baladas, que viravam a noite e só ia embora dela quando a última pessoa fosse, entretanto, desde que abri a livraria o meu lado "louca da balada" tinha ficado em segundo plano e fazia um bom tempo que eu não ia a uma. Meu lado nerd estava tomando conta de mim e me deixando antissocial.

Eu queria namorar, queria conhecer gente nova, mas interagir não estava sendo o meu forte, além de que sempre que eu conhecia alguém, nunca deixava com que realmente a pessoa entrasse em meu coração. Era só sexo e depois eu fugia o quanto podia.

Sexo... Eu estava tão precisada! Mas o trabalho não estava me deixando sair para procurar.

Meu trabalho era o que também me rendia muitas críticas das minhas tias, que eram machistas e diziam que eu focava demais na vida profissional e esquecia o principal, que era procurar um namorado, para depois casar.

Na verdade, não eram só críticas, era um verdadeiro bullying da família, pois em todo ano nos aniversários da minha avó, que era dois dias após o dia dos namorados, a família se reunia para o famoso almoço de aniversário da vó, onde sempre tinham minhas tias e minha avó me pressionando por um namorado.

Inicialmente eu não ligava de me acharem a solteirona e por quererem me jogar para cima do ex que me traiu com a minha prima Carolina, mas ligava para as provocações dessa mesma prima que namorava há anos com outro rapaz e sempre nessa bendita época, ela adorava me provocar enquanto mostrava todos os seus presentes, contava as suas noites maravilhosas em restaurantes caros e viagens incríveis.

Já o ex que me traiu com ela ficou para trás e minhas tias queriam que eu voltasse com ele. Alex foi um dos meus primeiros namorados, morava ao lado da minha avó e todos os anos no aniversário dela, passava para cumprimentá-la, me lembrando da sua existência e da raiva que eu passei. Ainda assim minha avó tentava me jogar para cima dele novamente, mesmo ele tendo me traído com a Carolina, mas que segundo ela, Alex estava arrependido e homem trai mesmo.

Eu mantive amizade com Carolina mesmo a traíra tendo ficado com o meu namorado, éramos primas e minha avó fez a gente se acertar.

De início quando ela me contava sobre seu namoro eu achava um máximo e vibrava com suas conquistas, mas depois percebi que Carolina não estava apenas contando suas alegrias e sim esfregando na minha cara tudo que ela tinha e eu não, como se quisesse me instigar a competir.

Às vezes, eu me perguntava se o que estava sentindo não era inveja de tudo que ela contava, mas não era o sentimento que eu tinha e sim o de que estava sendo provocada e caindo na provocação. Além de me sentir diminuída sempre que a minha família tentava nos comparar. Sim, eu era uma idiota!

Minha família não via o quanto eu era bem sucedida nos negócios, tinha minha casa própria e tinha me formado, minhas tias eram muito antiquadas, o que importava para elas era o status de relacionamento de uma mulher e quando minha mãe tentava me defender, era taxada como a que incentivava a filha a ser solteirona.

E assim cheguei até mais aquele dia dos Namorados e mais um ano de reunião de aniversário da vó, em que eu passaria de novo sem namorado e seria novamente o alvo das provocações da minha prima e das perguntas das minhas tias.

Na livraria a data continuava me mostrando que era dia dos Namorados, pois quando virei-me para voltar ao balcão, dei de cara com um casal se beijando e ao vê-los até senti vontade de viver algo parecido, viver uma data de dia dos Namorados com um namorado de verdade.

Namorado de verdade... Outra história que serviu para diminuir ainda mais o meu prestígio com a minha família.

— Não vai inventar moda de novo, Helena! — falei baixo para mim mesma, balancei a cabeça e ri quando me lembrei do namorado inventado de uns anos atrás.

Burra!

Essa vergonha surgiu na minha vida, quando pedi para um amigo da faculdade fingir que era meu namorado, para que no almoço da vó, mais um ano eu não chegasse sem ninguém e com isso começasse as especulações sobre a minha vida, mas o tiro saiu pela culatra, meu amigo era gay e meu primo já tinha ficado com ele, com isso foi só os dois se verem novamente que a atração entre eles voltou e ficaram o almoço todo juntos, aí quando a minha vergonha se tornou maior, inventei que na verdade eu tinha levado o meu amigo ali justamente por causa do meu primo.

No final do almoço fiquei com fama de estar tão desesperada que por isso até inventei um namorado e mesmo alguns anos depois, eu ainda ouvia as mesmas frases em conversas descontraídas sobre namoro: "Vê se arruma um namorado de verdade, Helena!"

Fiquei pensando na reunião de família e pensei em não ir naquele ano, mas logo descartei a ideia, minha avó estava idosa e eu tinha que aproveitá-la sempre que tinha oportunidade, então mesmo me auto alertando para não fazer loucura de novo como da vez do namorado de mentira, pensei que naquele ano podia ser diferente, eu podia em dois dias arrumar alguém para levar, mas que dessa vez fosse um namorado de verdade.

Ri comigo mesma, arrumando uma prateleira na livraria e me achando uma doida, porém, me animando com a ideia.

Se eu conseguisse essa proeza, teria um namorado para esfregar na cara da minha prima Carolina e de toda família.

Tudo bem que eu não consegui um namorado em anos, mas também nunca foquei nisso apesar de me incomodar, eu queria mesmo era o sucesso profissional, entretanto, naquele momento eu ia focar no namorado e quando eu focava em algo, eu conseguia.

Com essa ideia na cabeça, passei o dia pensando onde eu arrumaria um namorado em tão pouco tempo. Parecia loucura, mas ao ver aqueles casais na livraria e lembrar de toda a minha humilhação na família, a vontade de ter um boy me atingiu me dando animação para namorar e paciência para interagir que há tempos eu não tinha.

Arquitetei um plano e decidi que ia jantar em um dos restaurantes mais caros da região, que se chamava Terraço, por ficar no terraço de um prédio chique da cidade. Eu sabia que ali os solteiros que trabalhavam no prédio se reuniam para tomar algo após o expediente, até já tinha frequentado o lugar com umas amigas uma vez. Sendo assim, reservei uma mesa e comecei a dar início ao meu plano, que eu chamei de: operação um namorado de verdade e o primeiro passo do plano era pensar que me vestiria para matar e para isso eu tinha que ir às compras, pois meus trapinhos só serviam para me matar de vergonha.

Saí rapidinho da livraria e deixei os funcionários tomando conta enquanto eu ia atrás de um vestido novo e aproveitei para comprar acessórios e sapatos também.

Me animei com as compras e estava feliz com a minha nova loucura e quando voltei a trabalhar, pensei que se eu não arrumasse um namorado, ao menos teria uma noite de luxo comigo mesma, me arrumaria para mim e jantaria comigo, porque amor próprio é tudo. Eu merecia um jantar caro.

Eu era boa em sedução, fazia tempo que eu não usava esse meu poder, mas eu sabia que era boa nisso e na época da faculdade, quando era mais animada a namorar, eu arrasava e pegava vários gatinhos. Porém, talvez por causa da traição que toda família soube, eu nunca tive um relacionamento sério e nunca apresentei nenhum dos gatinhos para a família.

Fiquei imaginando a cara de todos quando eu chegasse com alguém e o apresentasse no almoço de domingo, era certo que eu ia surpreender e já imaginava vários queixos caídos e seria maravilhoso... Só me faltava o alguém e eu tinha apenas dois dias... Apenas dois dias para usar todo meu autocontrole e educação, caso o plano não desse certo, pois seria mais um ano que eu ouviria a tia Leocádia me perguntando: Cadê seu namorado, Helena? E aí nessa hora que eu responderia que o meu namorado estava no seu... Bom, eu não responderia assim, pois minha mãe arrancaria meus dentes se eu falasse feiura para a minha tia, entretanto, a vontade era grande.

Por que as tias tinham que ser sempre tão inconvenientes?

Fui para o estoque da livraria e no silêncio do lugar me perguntei o que tinha de errado comigo que a Carolina conseguia namorar há tanto tempo, enquanto o máximo de tempo que fiquei com alguém foram alguns meses?

Olhei para um livro em minhas mãos e pensei que era certeza que ler tantos romances havia colaborado para a minha solteirice, porque era difícil achar um namorado real que competisse com os perfeitos dos livros e fosse tão encantador quanto.

No final da tarde saí da livraria mais cedo e pedi para uma das funcionárias fechar para mim. Chegando na minha casa que não ficava muito longe do meu trabalho, me preparei como se fosse realmente para um encontro: tomei um banho demorado, tirei praticamente todo pelo do meu corpo e hidratei cada pedacinho dele.

Nunca tive problema em fazer sexo no primeiro encontro, ainda mais naquele momento em que eu tinha pressa em encontrar meu grande amor e estava na seca por não sair com ninguém há muito tempo, sendo assim, me preparei como se fosse transar até o dia amanhecer. E estava rezando para que isso acontecesse.

Depois do banho coloquei uma lingerie sexy que deixava meus seios empinados e o vestido preto que comprei mais cedo, que realçou o meu corpo por causa da cor que escondia as minhas imperfeições.

Já vestida fiz uma maquiagem marcante, depois escovei meus cabelos lisos e pretos que passavam do meio das costas e ficaram lindos e brilhosos.

Eu estava parecendo uma louca me preparando para sair sozinha, mas agindo como se fosse encontrar alguém, entretanto eu ria com a minha loucura e me fiz uma promessa que se eu não encontrasse um namorado naquela sexta dos namorados, eu passaria o próximo ano aberta a encontrar alguém, pois além das provocações, eu não aguentava mais minha solteirice, principalmente depois de toda a preparação como se fosse fazer sexo, eu realmente fiquei com vontade de fazer e se não acontecesse eu voltaria para casa frustrada e subindo pelas paredes. Até cogitei, rapidamente, um acompanhante pago.

Não, Helena, pagar ainda não!

A noite caiu e era por volta das oito quando terminei de me arrumar e saí da minha casa. Antes me olhei no espelho mais uma vez e eu estava maravilhosa. Ao menos eu achava.

Eu ria feito boba do meu plano sem sentido e me divertia com a ideia de uma noite inusitada e um programa inédito para a minha lista de coisas que já fiz. Aproveitaria a minha própria companhia.

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