Um primeiro encontro
Capitulo 9
Lana
Entrei em casa inacreditando na mudança que minha vida deu nessa última semana. Mudou para melhor claro!
Entrei em casa sorrindo como uma boba.
-Pelo sorriso no seu rosto, a noite e a tarde de hoje foram boas. - Disse minha irmã, sentada na escada com os cotovelos apoiados no joelho e o rosto sobre as mãos.
-Foi sim! Um dia ótimo por sinal. Pois... Estou perto de vocês. - Dei um sorriso falso e lancei um beijinho no ar para ela.
-Ah tá dona Lana. E isso não tem nada a ver com o Jonas gostosão que veio te trazer em casa. Vi vocês pela janela.
Sabia que ela estaria espiando. Menina danada! Não passa nada que ela não saiba.
-Primeiro "Jonas gostosão" - fiz parênteses com os dedos- Não é uma coisa bonita para uma garota de 16 anos dizer, você é um bebe - ela revirou os olhos. Ela sempre seria um bebe para mim. - E sim meu sorriso tem a ver com ele, mas não vou te dizer nada além de que vou jantar com ele amanhã. - Ela bateu palmas. E eu passei por ela subindo as escadas correndo e ela veio atrás de mim.
- Que ótimo irmã! Isso seria ótimo se vocês namorassem, casassem e tivessem filhos e você voltaria a morar aqui. - Ela disse depois de entrar no meu quarto e se jogar na minha cama cruzando as pernas.
- Seria se eu não tivesse um chefe que arranca meu coro e precisa de mim trabalhando lá no escritório. E você dê-me licença que preciso tomar banho e me jogar no trabalho.
-Você sempre acaba com meus sonhos. Seria um sonho ter você de volta sabia? Sinto sua falta sua sem coração. Além de que, se voltasse quem sabe papai e mamãe pegariam no seu pé e largariam do meu.
- Sabia que tinha um interesse nesse seu "sinto sua Falta". Agora da licença Sarah preciso trabalhar. - Disse sorrindo e empurrando ela porta a fora.
- Ta bom, ta bom, to indo, mas só me responde uma pergunta?
-Vai, manda a pergunta Sarah. Você devia ser detetive, delegada alguma coisa do gênero sabia? - Ela riu e me perguntou
- Jonas beija bem? Porque meu Deus que pedaço quente de homem que ele é!
-Fora daqui Sarah! - Joguei a almofada nela que saiu correndo rindo e fechou a porta me deixando sozinha.
Depois que ela saiu me vi pensando em Jonas, lembrando o quão quente e delicioso foi o beijo dele. Acho que nunca fui beijada com tanto fervor por um homem, ele me beija como se eu fosse tudo que ele sempre sonhou. Acho que realmente nunca fui o sonho de homem nenhum, na verdade teve outros homens com quem eu fiquei, mas nenhum fez com que eu me sentisse única apenas com um beijo como Jonas faz.
As palavras de Vic me dizendo "ele sempre foi louco por você", estão martelando na minha cabeça. Será que isso é verdade? Como eu não notei isso antes? Também eu devia estar muito fechada no meu relacionamento com Raul. Pensando melhor, ele realmente sempre foi muito ciumento, mas será que ele gostava de mim?
Sacudi a cabeça fui para o banho, tinha muito trabalho a fazer não podia ficar aqui sonhando acordada com o gostoso do Jonas. Sarah tem razão ele realmente e um gostoso. Ele na cama deve deixar qualquer mulher maluca. De repente pensar nele na cama com outra mulher me deixou com uma pontadinha de ciúme. Meu Deussss... Preciso parar de pensar nele.
Trabalhei por 2h seguidas respondendo e-mails e pepinos da empresa, tive que ligar várias vezes para minha secretaria no escritório, pedindo para ela fazer serviços que só davam para fazer pessoalmente. Ela deve ter me achado uma mala ligando depois do expediente, mas além de minha secretária ela era a minha amiga e sempre me ajuda. Mesmo depois de tudo resolvido estava com um bom humor dos deuses e decidi entrar no Facebook para ver um pouco as novidades, rolei a o feed de noticias e decidi olhar o mural do Jonas. Quando entrei no mural dele no topo já estava uma foto em que ele foi marcado. Na foto estava ele e uma loira, ele com o braço em volta do pescoço dela, ambos sorrindo e ambos vestindo jaleco e estavam em baixo de uma tenda. A legenda da foto dizia: "Médicos sem fronteiras está com saudade de você. Volta logo Jonas".
Me peguei com as bochechas vermelhas de raiva, de ciúme, mas ciúmes por que? Ele nem era meu namorado só estávamos nos conhecendo e mesmo que fosse, ele me disse que não tinha ninguém. Aquela loira super magra, super linda e super sorridente a nivel Gisele Bundchen deve ser só amiga de trabalho. Mas pelo amor de Deus, nenhuma colega de trabalho pode ser tão linda assim, isso não é normal, nunca tive colegas de trabalho a nível Tom Brady, meus colegas de trabalhos era lindos nível Mr. Bean.
Respirei fundo e fechei o notebook. Chega por hoje! Fui dormir e sonhei com loiras lindas, com pernas de dois metros e Gisele Bundchen desfilando. Só podia ser o destino me sacaneando com os meus 1,62 de altura.
*
Acordei de manhã com um humor não muito agradável. Desci para tomar café e lá estava minha família linda me esperando na mesa.
- Bom dia filha! Dormiu bem? - perguntou meu pai.
-Sim.
- Nossa, parece que a Lana não acordou muito afim de conversa, achei que você fosse acordar feliz depois de sair com Jonas ontem. - Disse Sarah fazendo minha mãe virar de repente para mim.
-Você saiu com o Jonas ontem filha? - Juro que senti um ar de felicidade na voz dela.
-Não, fui à casa da Vic, quando estava saindo ele chegou e como estava tarde, ele veio me trazer, só isso.
- Ah entendi. - disse ela meio decepcionada.
- Mas ele me convidou para jantar hoje. - Completei sem olhar nem para meu pai nem para minha mãe, olhei apenas para o pote de manteiga que eu passava no pão.
- Jura? Que legal filha! - Minha mãe só faltou aplaudir. O que é isso torcida organizada para Lana ficar com Jonas? - Sabe conversei com a mãe dele esses dias, ela esta muito feliz com a volta dele, assim como estamos com sua. Graças a um baile de ex-alunos vocês decidiram voltar, um viva aos organizadores!
- Falando nisso, preciso ver meu vestido para amanhã. Mãe você passa ele para mim por favor? Você sempre foi ótima em passar roupas. - Falei do vestido para mudar de assunto, porque não estava confortável falando de Jonas com a minha família.
-Claro filha! Deixe ele separado que faço todos os reparos possíveis. E sobre o baile, depois que passar você vai voltar para a cidade? - Vi que nesse momento os três me encararam esperando a resposta.
- Bom mãe, não tenho ainda uma data para voltar para o escritório, pretendo ficar aqui por mais tempo, um dia terei que voltar, mas fiquem tranquilos que não vou sumir por mais dez anos da cidade. Agora enfrentei meus medos e vou estar por aqui sempre. - Claro que minha irmã que não sabe ficar com a boca fechada teve que soltar sua pérola.
- E contando que o lindo do Jonas esteja por aqui, claro que ela vai voltar!
-Sarah! - eu a repreendi. E papai e a mamãe sorriram e continuaram tomando o café com as caras mais alegres do mundo
*
O dia passou voando, já estava escurecendo. Trabalhei bastante durante o dia e me peguei pensando várias vezes em Jonas, em tudo que estava acontecendo entre nós. De fato eu não tinha em mente ter esse rolo com ele quando decidi voltar, mas eu estava muito feliz que estava acontecendo. Fiquei perdida em pensamentos por um momento e quando fui começar a pensar na roupa que ia usar no jantar de hoje o meu celular começou a tocar e vi que era a Vic.
- Olá amiga. -Atendi.
- Só se for amiga da onça né! - Meu Deus o que eu fiz? Pensei. - Você nem para me ligar ontem depois de abocanhar meu irmão, nem uma mensagem você me mandou.
-Desculpa Vic, mas é que cheguei e cai no trabalho e depois estava tão cansada que adormeci. - Deixei de fora a parte que fiquei com ódio e sonhei com uma loira excepcionalmente linda. - Me perdoa?
-Ta. Dessa vez passa, porque Jonas já me contou tudo, então vocês vão jantar hoje? Não preciso nem dizer o quanto estou feliz com isso né? E outra coisa Jonas está encantado com isso tudo, vê se não machuca ele ta.
-Sei que vocês estão felizes amiga, e sinceramente estou com mais medo de sair machucada do que de machucar, estou realmente me jogando de cabeça como nunca fiz antes.
- Não se preocupe amiga, tudo vai dar certo.
-É o que eu espero. Agora deixa eu me arrumar porque tenho encontro com um cara incrivelmente quente.
-Ah sua pervertida, vê se não vai pra cama com ele no primeiro encontro. - Rimos.
-Bom Vic, tecnicamente esse é o terceiro encontro então posso dar pra ele se eu quiser.
Ela riu alto.
- Sua biscate! Então vai ficar linda e divirta-se. Torcendo aqui por vocês. Te amo, beijos!
- Depois te conto tudo, também te amo, beijos!
Desliguei e corri para o banho. Lavei e escovei meu cabelo com o secador e deixei ele solto. Optei por usar um vestido preto rodado, uma sapatilha preta de boneca, com meia calça preta e um blazer vermelho, porque hoje está mais friozinho. Passei uma maquiagem de noite, com delineador mais marcado e batom vinho.
Ouvi uma buzina olhei pela janela e vi o carro parado na frente da casa dos meus pais. Peguei minha bolsa carteira e desci as escadas passei correndo soprando beijos para meus pais sorridentes e um grito de "Ta linda" da minha irmã. Saí sorrindo quando fechei a porta. Mas meu sorriso congelou quando o vi. Ele estava incrivelmente sexy com os braços cruzados na frente do peito e encostado na porta do carro. Estava em uma jaqueta preta de couro, uma camiseta preta por baixo e calça Jeans. Juro nunca vi nada mais quente na minha vida. Quase babei!
Ele me olhava intensamente, desencostou do carro e deu um sorriso de fazer palpitar o coração. Quando cheguei perto, ele me deu um beijo na bochecha.
- Boa noite. - Eu disse
-Ótima noite. O que de tão engraçado estava acontecendo lá dentro que você saiu com um sorriso enorme? - Ele disse apontando para a casa.
-Olha, só posso dizer que você tem uma torcida enorme lá dentro. - sorriu
- Posso dizer que você também tem lá em casa.
Ele abriu a porta do carro pra mim e pegou na minha mão para que eu entrasse. Entrei e ele deu a volta assumindo o banco do motorista. Colocou o cinto e antes de sair ele me olhou e passou a mão no meu rosto.
- Isso pode ser clichê em encontros, mas tenho que te dizer. Nunca te vi mais linda.
-Você também não esta nada mal. - Rimos, ele ligou o carro e partimos.
Ele dirigiu até a cidade vizinha. Tinha feito reserva em um restaurante super aconchegante e discreto. Nossa mesa ficava em um canto reservado. Ele puxou a cadeira para mim e sentou-se a minha frente.
Fizemos nossos pedidos e o garçom se retirou.
-Você sempre é tão cavalheiro assim? - Perguntei com uma sobrancelha levantada em desdém.
- Não, nunca. Está sendo a primeira vez. Sempre tem a primeira vez para tudo. - E me lançou uma piscadinha. Senti minhas bochechas quentes com aquela piscadela dele. - Sabe Lana, nunca pensei em voltar, mas estou muito feliz por estar aqui, agora que você também está. Isso tudo está sendo incrível como um sonho que não quero acordar.
- Também estou muito feliz e sinceramente estou com medo de que isso acabe.
-Mas não precisa acabar, se não quisermos. - Ele disse pegando minha mão e me encarando.
Dei graças aos deuses que enviam garçons na hora certa, porque naquela hora o garçom chegou com nossas bebidas, não saberia o que falar se ele não tivesse chegado. Engoli em seco e retirei minha mão debaixo da dele para dar espaço para o garçom colocar as taças de vinho.
Quando o garçom saiu, conversamos sobre os nossos trabalhos para distrair. Tentei arrancar alguma coisa da loira sorridente da foto, mas ele não comentou nada especifico sobre ela, apenas disse que se dava muito bem com os colegas de trabalho. Deduzi que ela não deve ser ninguém especial por fim. O papo se estendeu comemos nosso jantar e estávamos tendo um papo cabeça sobre destino.
-Sabe, em minha opinião acho todos já nascemos com destinos traçados. Creio que tudo que nos aconteceu é que era pra ser, do jeitinho que aconteceu. Talvez se Raul não tivesse morrido eu nem estaria com ele. Ou talvez se eu e você tivéssemos ficado na cidade não estaríamos vivendo isso agora. - Eu disse levantando a taça e dando um gole no meu vinho.
-Nisso tenho que concordar com você, fiquei muito triste com a morte do Raul, e se eu tivesse ficado aqui não teríamos esse momento. Me senti com a consciência pesada por não ter feito nada e ainda por ter desejado tanto você quando ainda estava com ele. Foi por esse motivo que fugi.
Olhei para ele intensamente. Vic já tinha me dito que ele era louco por mim há dez anos, mas ouvir isso dele é diferente. Intenso.
- Como assim, me desejado? Nunca percebi nada.
-Ah, você estava feliz com ele e me via como irmão, não te culpo por isso, muito pelo contrario eu me culpei por muito tempo. Mas não me culpo mais. Afinal todo aquele ciúme que eu sentia por você, não era ciúme de irmão. - Ele disse abaixando a cabeça como se estivesse com vergonha.
-Me desculpa se de alguma maneira por minha causa você sofreu. - Disse pegando na mão dele.
-Não há de que pedir desculpa linda, toda dor passa, tudo se transforma. Tudo foi culpa do destino que nos fez dar todas essas voltas até chegarmos a esse momento que estamos vivendo hoje. - O que ele quis dizer com toda dor passa, será que o que ele sentia por mim acabou? Pensar que o que ele sentia por mim havia acabado me deixou meio deprê, já que um sentimento que há tempos eu não sentia estava começando a brotar dentro de mim. Mas não quero pensar nisso, vou deixar rolar. Dei um sorriso sem graça e ergui minha taça.
- Sim, e um brinde, ao destino que fez você ir à casa da Vic ontem quando eu estava lá, se não eu estaria fugindo de você até hoje, de vergonha de ter te dado aquele beijo.
- Bom, Já que é pra brindar a alguém, vamos brindar quem me fez ir até lá, brindemos a Vic! Naquele dia ela me avisou por mensagem que você estava lá. Criei coragem e fui pra tentar falar com você.
-Traidora! - Ele riu da minha cara de surpresa. - Um brinde a ela então! - Ergui a taça, ele fez o mesmo e brindamos.
Terminamos o jantar e foi maravilhoso cada segundo. Ele pegou a minha mão e a cada toque dele tudo em mim se transformava. Nunca tinha tido um encontro com jantar na minha vida adulta. Era sempre balada, conhecia alguém, sexo e outros encontros a seguir que nunca iam pra frente e nem despertavam em mim nada além de uma vida sexual ativa. Nunca depois de Raul me permiti ter momentos tão românticos e profundos como esse. Com carinho mútuo, com duas pessoas conversando, se conhecendo como deve ser. E pensando melhor, nem mesmo com Raul eu tive nada disso. Com ele foi um relacionamento mais adolescente. Eu o amei. Tenho certeza disso. Mas esse sentimento que estou conhecendo hoje é completamente novo pra mim. Sinto um gostinho de recomeço.
Seguimos para o carro para voltar para Cananéia. No rádio tocava Love Someone de Jason Mraz. Na letra ele conta que quando você ama uma pessoa, seus pés não sentem o chão, é como se todas as estrelas brilhantes estivessem no seu rosto, como se estivesse correndo energia no seu sangue e como se estivesse sonhando acordado.
Era exatamente assim que eu estava me sentindo essa noite. Sonhando acordada! Mas eu não amo o Jonas... Acho! Mas se realmente não o amo, estou no caminho para isso.
Olhei para ele em silêncio, e como se ele tivesse pensando o mesmo que eu, ele aumentou a música e me deu um sorriso. Talvez não fosse só eu que estivesse me sentindo tão bem e o quanto isso tudo estava sendo especial. Talvez ele ainda sentisse algo por mim. Talvez.
Vi que pegou o caminho do píer ao invés do caminho da minha casa.
-Onde vamos? - Perguntei.
-Vou te levar a um lugar que gostava muito de ir a doze anos atrás.
Seguimos ate o píer, ele estacionou o carro, pegou minha mão e descemos as escadas até a parte mais baixa que o nível da rua, onde ficava o píer de madeira. Paramos encostados no guarda corpo de madeira que batia na altura da cintura dele, ele estava ao meu lado. Soltou da minha mão e colocou a mão no bolso. Deu um suspiro profundo. Ficamos observando as ondas que batiam contra o píer.
-Faz doze anos que não venho aqui. - Ele disse em um sussurro sério, olhando o horizonte. Já passava das 11 da noite e estávamos completamente sozinhos. - A ultima vez que vim, foi na última noite que dormi em Cananéia, antes de ir pra faculdade. E esse lugar só me lembra coisas tristes, as vezes que chorei por Raul e as vezes que chorei por querer e não ter você. - Nesse momento ele desviou o olhar das águas e olhou pra mim. - E sabe por que eu te trouxe aqui? - Fiz que não com a cabeça engolindo em seco - Porque eu amava esse lugar antes de tantas lembranças tristes. E quero voltar a gostar dele e lembra-lo com lembranças boas.
Ele se virou para mim, me prensou contra o guarda corpo e me beijou delicadamente, passou as mãos pelos meus ombros, desceu pelo meu braço até as minha mãos e entrelaçou nossos dedos. Abriu os olhos e falou com os lábios ainda bem próximos dos meus.
-Lana, seja lá o que estamos fazendo, não vamos parar, por favor. Eu gosto muito de você e acho que estamos no caminho certo. Vamos apenas deixar rolar sem pensar no que será o amanhã?
-Sim. - Eu respondi.
Ele jogou a cabeça para trás me deu um sorriso enorme e me beijou ferozmente. Passei a mão no peito forte dele por dentro da jaqueta e ele soltou um pequeno gemido. Naquele momento ele mais parecia um polvo, com mãos por todos os lados do meu corpo. Ele me ergueu pela coxa e me colocou sentada sobre o guarda corpo, enquanto se ajeitava em meio as minhas pernas. Pude sentir a ereção dele e o quanto ele me queria naquele momento. Ele colocou a mão por baixo da saia do meu vestido e apertou meus quadris. Eu também o beijei incansavelmente e me esqueci completamente que estava em local publico até que ele se afastou me colocando no chão.
-Desculpa Lana. Não pode ser assim, apesar de eu querer muito. Não quero que nos prendam por atentado ao pudor. - Ele riu, enquanto recuperava o folego.
- Também não quero ser presa. Paramos por aqui. - Me aproximei, dei um beijo no queixo dele e estendi a mão. - Vamos? Já está mais do que tarde e amanhã tenho uma maratona da beleza com a Vic. Vamos arrasar no baile.
-Não tenho duvida disso. - Ele pegou minha mão e me puxou para perto dele, passado o braço forte nas minhas costas e pernas e me erguendo no colo. - Vamos minha pequena. - E deu beijo no meu nariz.
Eu soltei um gritinho e comecei a rir, pensando na palavra "minha".
Ele me levou até em casa, nos amassamos mais no carro, dei graças que os vidro do carro eram negros. Tenho certeza que Sarah estava espiando em algum lugar.
-Posso te buscar amanhã para o baile? - ele falou meio sussurrando segurando meu queixo.
-Hummm... Acho que não. - vi que ele fez cara de quem não estava entendendo. - É que Vic me disse ontem que ia tentar convencer o Nicolas a ir separado dela. Iriamos eu e ela e nos encontraríamos com vocês lá, como se ainda fossemos adolescentes.
-Serio? - Assenti e ele revirou os olhos. - Isso não vai dar certo. Vai estar cheio dos caras da escola que eram doidos por vocês. Vou conversar com Nicolas para tirar essa ideia da cabeça da Vic.
-Olha Jonas pelo tempo que conheço a Vic, ela já deve ter conseguido convencer ele. Então desiste e tira esse bico do rosto.
- Não estou de bico. - ele sorriu - Nos vemos só amanhã a noite então?
-Sim. Amanha a noite.
-Vou contar os minutos. Há e antes de você ir - Ele pegou um embrulho no banco de trás - Quero te dar uma lembrança dessa noite.
Peguei o embrulho meio sem reação, não sabia que ele tinha comprado um presente pra mim. Fiquei emocionada. Quem ainda da presente no primeiro encontro? Ele esta me saindo um perfeito cavalheiro. Tirei a caixinha de veludo de dentro da sacola de papel e abri. Lá dentro estava uma gargantilha de ouro envelhecido, com um pingente em forma de coração de uns dois centímetros, todo vazado em um recorte meio medieval e dentro dele estava pendurado um diamante lindo no formato de gota. Era a coisa mais linda que já vi na vida. O presente mais lindo que já ganhei. Olhei pra ele meio embasbacada.
-É lindo. Muito obrigada. - estava com lagrimas nos olhos, mas estava segurando para não chorar, seria muito ridículo chorar por ganhar um presente. Mas nenhum homem tinha sido tão atencioso comigo antes. E nem me lembro de quanto tempo não ganhava um presente de um homem. - Vou usa-lo amanhã. Algum significado?
-Sim, mas quem sabe um dia eu te conto. Hoje não, já esta tarde e você tem que descansar. - Puxou meu queixo e me deu um beijo rápido.
- Vai me deixar curiosa? - perguntei rindo.
- Se você merecer, te conto logo.
-Tudo bem senhor misterioso, fico curiosa então. - Guardei a caixa do presente na sacola dei um beijo rápido nele, falei boa noite e fui abrir a porta para sair. Ele me puxou e me deu um beijo de me deixar sem ar.
-Ótima noite. Sonhe comigo! - E abriu um sorriso.
- Sonharei.
Desci do carro e fui andando para casa, sorrindo feito uma boba. Sorri pela noite perfeita, pelo presente perfeito e pela companhia perfeita. Jonas foi simplesmente perfeito. Quando entrei na sala adivinhem quem estava me esperando sentadinha na escada? Sim. Minha irmã espiã.
- Me conta tudo agora. Essa cara de feliz deve ter uma historia muito boa.
Tirei o colar de dentro da sacola e abri a caixinha de veludo pra ela ver, sem dizer nada. Ela fez uma cara de espanto e cobriu a boca com a mão.
- Me conta tudo agora mesmo dona Lana!
Passei correndo por ela e morrendo de rir fui em direção ao meu quarto, entrei e ela entrou atrás de mim. E se jogou na minha cama.
- Me contaaaa!!!
- Tudo bem, você vai acordar a mamãe e o papai. Sarah só tenho que te dizer que Jonas é um príncipe. Ele me deu esse presente, abriu a porta do carro, puxou a cadeira no restaurante. Ninguém nunca tinha feito isso por mim. - me Joguei na cama de forma dramática.
-E vocês transaram?
-Sarahhhh... Que pergunta é essa bebê? - falei me sentando num pulo na cama.
-Vocês me tratam como bebe, mas já sou quase adulta e já transei.
-Isso é mentira! Me fala que é mentira! - Estava inacreditando nisso, se bem que na idade dela eu também já tinha transado com Raul.
-Sim. Já. Supere isso. Agora foco. Você e Jonas transaram?
- Não. Por enquanto, mas ele é quente logo isso irá acontecer. - dei uma gargalhada - Não acredito que estou conversando com você sobre isso.
- Já disse que sou adulta.
Ouvimos uma batidinha na porta, mamãe colocou a cabeça pra dentro do quarto.
-Posso conversar também?
-Claro dona Eliza, cai dentro. - Sarah fez sinal com a mão pra ela entrar.
-E aí filha me conta como foi o jantar com Jonas?
-Ai meu Deus! E pensar que vou ter que repetir isso tudo pra Vic amanhã, na próxima vez vou reunir vocês três, e falo tudo de uma vez. Mãe foi maravilhoso Jonas é um príncipe.
-E você já está apaixonada filha?
Pensei na pergunta da minha mãe. Nunca estive apaixonada por ninguém depois de Raul. Foi somente ele por todos esses anos. Tive medo da perda e por medo da perda não me permiti amar de novo. Mas quanto a Jonas era diferente de Raul. Parece mais concreto, não é um namoro adolescente. (Na verdade nem sei se é um namoro) Mas é algo novo pra mim. Mas voltando a pergunta.
-Sim. Estou completamente apaixonada por ele mãe!
As duas bateram palmas e vi os olhos delas brilharem como se estivessem assistindo uma novela. E Dizer isso em voz alta fez meu coração acelerar.
- E agora o que vai ser o futuro de vocês?- Perguntou minha mãe meio preocupada depois da euforia.
- Não sei, vamos viver um dia após o outro. E falando nisso já está mais do que tarde e as duas Marias podiam dar licença da minha vida pessoal e me deixar dormir, porque amanhã tenho um baile escândalo para ir.
-Tudo bem, vamos deixar você dormir filha. Vamos Sarah, já pra sua cama!
- Me leva no colo mami. - Sarah ergueu os braços como uma menininha.
-Isso é muito adulto Sarah.- Eu ri
Ela levantou enganchou no braço da mamãe e me mostrou a língua.
-Isso é mais adulto ainda.- Falei mais uma vez. E nós três rimos. Mamãe me soprou um beijo e deu um tapinha carinhoso na bunda da Sarah. E depois que passaram, ela fechou a porta, me deixando sozinha. Troquei de roupa e caí na cama abraçada com meu travesseiro. Dormi a noite que me senti mais feliz na vida. Eu estava apaixonada! Completamente apaixonada por Jonas Vilar.
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