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Foi só um susto


Capítulo cinco

Gustavo

Acordei com uma dor de cabeça dos infernos e meio desnorteado, a última coisa que me lembro é de estar conversando com a Lívia na sala. Olhei em volta e vi umas coxas bem gostosas e uma mulher deitada de lado ao meu lado. Não me lembro de ter trazido nenhuma mulher pra casa. Levantei um pouco apoiado nos cotovelos e enfim vi o rosto dela.

Caralho! É a Líli! Dei um pulo da cama e esfreguei meus olhos para ver se realmente era ela. E era! Dei uma olhada e ela estava deitada de lado, com o braço em baixo do rosto e com o cobertor enroscado em seu corpo, que passava entre as suas penas, deixando as coxas grossas a mostra e a bunda mal era escondida por um shorts curto e preto que fazia conjunto com a regata preta que ela usava. Senti meu corpo pegar fogo e minha ereção matinal me tirou do transe. Porra! Que Deus me ajude... Não posso estar olhando minha prima desse jeito. Eu não posso!

Peguei minha calça cinza de moletom, a toalha e fui para o banho, quando saí de lá vestido e cheirando descentemente, não mais como um pudim de álcool, eu sentei na poltrona de frente para cama e sorri ao ver como minha prima dormia feito anjo. O que será que eu fiz para ela dormir aqui? Sexo com a minha prima não foi, não pode ter sido isso, seria sério demais para que eu não me lembrasse. Deu-me uma ânsia em pensar nisso. Não que minha prima não fosse gostosa o suficiente para isso, mas ela era a minha prima/irmã pô. Como se adivinhasse que eu estava ali olhando para ela, ela acordou e me lançou um sorriso tímido.

— Melhorou? — Ela me perguntou.

— De que?

— Da bebedeira.

— Um pouco de dor de cabeça só. — Ela sorriu e sentou-se na minha cama se espreguiçando, quando ela ergueu os braços e fechou os olhos para se espreguiçar, vi um pouco da barriga dela e desviei os olhos rapidamente.

— Sua cama é maravilhosa. — Sorri para ela e ela ficou séria em resposta continuando — Gu sinto muito pela noite de ontem e hummm... Pela ruiva.

Foi aí que o entendimento me veio e junto vieram as lembranças da noite anterior. A Bruna com um cara, a bebedeira. Fechei o rosto fazendo com que o sorriso que eu estava dando desaparece dele. Lembrei-me da Lívia me levando para cama, me arrastando na verdade e depois disso não me lembro de mais nada. Espera! Como ela veio embora, me lembro de deixa-la lá.

— Meu Deus Lívia me desculpa? Nossa... Não estou acostumado em ter que trazer alguém pra casa. Fiquei tão bravo que esqueci você lá. — Ela riu

— Não esquenta, o João me trouxe. — Saber que eu tinha a deixado para trás e que o João a havia trazido, me deu mais raiva do que ver a Bruna beijando outro. De repente senti como se perder a Bruna para outro, não me doesse tanto como imaginei ontem. Foi mais como se eu só estivesse perdendo o brinquedo que eu estava acostumado a brincar. Me doeu mais ter deixado a Lili para trás. Filho da puta de João!

— Quanto a Bruna não sinta, é passado e agora me conta o João tentou alguma coisa com você?

— Não. — Mas vi que ela deu um sorriso meio tímido.

— Não?

— Bom, não, só algumas investidas e um beijo no rosto e me convidou para ir à Angels hoje.

— E você vai?

— Estou pensando em ir sim. — Me incomodou muito essa história dela com o João. Espero que ele se comporte ou vou ser obrigado a quebrar a cara do meu amigo.

— Como você veio parar na minha cama? — Mudei de assunto tentando perguntar da maneira mais sutil possível, não demonstrando meu medo da resposta.

— Bom, desculpa por isso. É que fiquei com medo de você passar mal e decidi ficar por aqui para cuidar de você. A princípio fiquei na poltrona, mas sua cama estava tão convidativa que não resisti.

Sorri e respirei por não ser nada do que eu imaginava, ela mordeu o canto do lado inferior meio sem jeito.

— Obrigada Lili. — Parei de rir, levantei e dei um beijo em sua bochecha — Já são quase duas da tarde e tenho jiu jitsu, vou me arrumar para sair, você vai ficar bem sozinha?

— Está explicado então. — Vi que ela ficou vermelha por ter pensado alto.

— Explicado?

— É... Esta explicado de onde vem seus músculos, pensei mesmo que você devia... É... Se exercitar. Ela meio gaguejou pensando nas palavras.

— Sim faço, três dias na semana. Se quiser vim comigo conhecer, pelo menos você sai de casa um pouco, depois de cuidar do bêbado do seu primo.

— Oba, eu vou então. Me arrumo em um minuto. — Ela levantou da cama em um pulo e pude ver que a roupa de dormir dela mais mostrava que cobria. Acho que por eu ser seu primo, ela não vê malicia nisso. Talvez eu também não devesse ver.

— E Lívia... Mais uma vez obrigada por cuidar de mim, prometo fazer o possível para isso nunca mais acontecer.

— Não se preocupe Gu. — Ela me deu um sorriso de cumplicidade que acertou direto no meu coração.

Fiquei olhando pela porta por onde ela saiu e pensei o quanto eu gostava dessa menina e pensando também que pelo o que pude ver nessa manhã, minha prima cresceu e de menina não tinha nada. Era um baita de um mulherão capaz de deixar qualquer homem doido. E me senti culpado por olha-la dessa maneira. Ela é minha prima porra!

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