Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Dono do jogo


Capítulo dez

Gustavo

Um mês se passou desde que conversei com a Lívia e deixamos claro que só a amizade restaria da mentira. Não consegui falar para ela tudo que eu queria aquele dia, não disse que eu a queria com todo o calor do meu corpo e que só a afastei de mim aquela noite por sentir culpa por sermos primos, pela nossa família e por medo de nos machucar mais. Mas agora é tarde, desde a manhã que conversamos temos tentado manter a maior distância possível e estamos conseguindo. Apesar de que a cada vez que a vejo com o João meu coração fica apertado e sinto meu corpo formigando de raiva, mas se não podemos ficar juntos, quero que ela seja feliz com outra pessoa, apesar de não desejar que essa pessoa seja o João. Eu o conheço e sei que ele não presta, pelo menos não para ela.

Quando contei a todos que eu e ela havíamos terminado o namoro (de mentira), todos ficaram tristes, (mais por terem que aguentar meu mau humor do que pelo término do relacionamento) menos João, claro. Ele veio me perguntar se estaria tudo bem se ele ficasse próximo a ela. Eu disse que tudo bem, mas a minha vontade era arrancar a cabeça dele e usa-la de exemplo para qualquer um do sexo masculino que chegasse perto dela, mas claro eu não podia fazer isso. Desde então, eles estão cada vez mais próximos e os dois tem feito quase tudo juntos, vira e mexe chego em casa e ele está lá ajudando ela a estudar, ou a esperando para ir ao cinema, ou qualquer porra que seja que vão fazer juntos e isso está me deixando puto de raiva, mas tento não deixar transparecer. Nunca senti isso que estou sentindo e isso está ferrando com meu psicológico. Fernando sempre me fala que ainda estou apaixonado e que eu tinha que rever essa separação, mas ele não sabe o quanto isso é difícil, o quanto seria difícil contar uma coisa dessas para a nossa família. Às vezes me pego pensando em conversar com os meus pais sobre isso e ver o que eles acham, mas logo penso na vergonha, afinal era para eu cuidar dela, não me apaixonar por ela... Apaixonado? Será que estou apaixonado? Não! Não! Não! Ela é minha prima porraaa! Já pensei sobre isso não é paixão, não é amor, é só meu corpo querendo o que não posso ter. Afinal minha prima é difícil de olhar e não querer, ela é gostosa pra caralho!

Todos esses dias, Fernando e Rodrigo vem tentado me apoiar, mesmo eu dizendo a eles que estou de boa com isso, mas sei que eles percebem que não estou. Eles até tentaram conversar com o João e pedir para que ele se afastasse, mas ele alegou que já tinha falado comigo, e por mim estava tudo bem. Apesar de ele sabe que não está, mas eu finjo que está para ele não ver a verdade. João é legal, mas é o tipo de cara que se apaixona fácil e desapaixona tão fácil como se apaixonou, sempre foi assim, desde a faculdade, era como se ele só sentisse aquele frenesi até conseguir a garota e em seguida toda a empolgação da paixão passasse tão rápido quando como chegara. Não queria isso para a Lívia, sei que ele só a quer porque não a tem. Mas não vou empata-los, está ferrando com meu psicológico ver os dois tão amigos, mas não vou empatar.

Dentro de mim tento pensar que isso que estou sentindo não é ciúme e sim preocupação, sei que se ela ficar com ele, ela vai sofrer assim que ele acabar com tudo. Só por isso ela não pode ficar com ele... Só por isso. Só estou preocupado.

*

Estou subindo no elevador do meu prédio e hoje é segunda feira, minha folga da Angels. Mais cedo perguntei para a Líli se ela ia sair e ela me disse que não, então decidi que faria de tudo para que nossa noite fosse agradável e que revivêssemos as noites de segunda que sempre tínhamos antes de eu começar essa confusão toda. Comprei vários salgados, chocolates e claro muita Coca-Cola que eu sei que ela ama, só para agrada-la. Já estou sorrindo em pensar que ela iria deitar nos meus braços e assistiria ao filme grudada em mim como antes. Vou escolher um de terror só para vê-la tampar os olhos como se fosse uma menininha. Contive um sorriso bobo no meu rosto enquanto abria a porta da sala. Assim que entrei, escutei a risada feliz da Lívia e o sorriso que eu estava dando se tornou uma carranca e fechei a cara para a cena que eu vi.

Lívia estava com o controle do vídeogame nas mãos e sorria largamente enquanto o João estava com o outro controle, sentado bem próximo a ela. Olhei para o monitor e vi que ele era o Mario. O Mário! Só eu era o Mário nessa casa e no meu vídeo game. Só eu que vou conquistar a princesa aqui porra! E não estou falando do vídeogame. Bati a porta com força, o que chamou a atenção deles. Coloquei as bolsas com as bobeiras que havia comprado em cima da mesa e fui até a sala de onde eles me olhavam com caras de espanto.

— Tudo bem aqui? — Perguntei dando o sorriso mais falso do mundo.

— Tudo ótimo até agora. — Respondeu o João fechando a cara.

— Você sabe que esse controle é meu né?

— Sim, mas até o momento ele estava disponível e estava muito bem comigo. — O filho da mãe estava me provocando e estava falando bem mais do que apenas do controle do vídeogame e posso dizer que eu também estava.

— Pode estar nesse momento, mas ele é meu. — Eu o encarei.

— Ei o que vocês dois tem? Não vão se estranhar por causa de um vídeogame né? Senta Gu, joga com a gente?

— Opa, Jogo sim prima! — Me joguei no sofá entre os dois, me apertando para caber entre eles. João me fuzilava com o olhar por atrapalhar o momento que ele estava tendo com ela. Minha casa, meu vídeogame, minhas regras e eu sou o Mário aqui. Pode parecer infantil, mas é muito mais do que isso.

— Então pega o outro controle lá Gu e vamos jogar. — João falou se levantando de onde estava e indo para a outra extremidade do sofá emburrado, enquanto eu me aproximava o máximo da Lívia. (um a zero para mim)

— Nã, nã, nã, nã, não! Eu sempre sou o Mário aqui nessa casa. E vou conquistar a princesa e você pode ser o Luigi, aquele que fica em segundo plano sabe? Que nem é tão importante assim e só está lá, enquanto o Mário está descansando para derrubar o próximo castelo.

— Ou talvez não, talvez dessa vez na história, quem salve a princesa seja o Luigi e a princesa fique com ele.

— Duvido muito, esse Luigi é muito fraquinho. O Mário é que leva a princesa sempre. — João me encarava como se quisesse me matar.

— Bom, vou embora Lív. — Liv? Que porra de apelido é esse? Ela não é Liv, é Lívia para ele. João jogou o controle do vídeogame no centro de sala e se levantou bruscamente e com raiva enquanto eu ria largamente.

— Já vai João? — Ela perguntou como se não entendesse nada.

— É, já vai? Fica aí mano, vamos ver quem ganha essa disputa?

— Essa já está ganha. — Não entendi o que ele quis dizer, mas nem tô, por hoje eu ganhei e ele está indo embora e enfim vou ficar a sós com a Lili.

Ela o levou até a porta, eles trocaram beijo no rosto e ele disse um até logo Liv. Que consegui ouvir do sofá. Ela fechou aporta e veio até mim e falei quando ela se sentou ao meu lado:

— Liv? Que apelido é esse? — Revirei os olhos.

— Ah eu gosto, acho bonitinho. — Ela sorriu.

— Eu prefiro Lili. — Dei de ombros emburrado.

— Ah eu também... Desde que éramos pequenos. — Eu sorri para ela e passei os dedos pela sua bochecha.

— Ééé... — Ela limpou a garganta e sentou um pouco mais longe. — Gu tive a impressão de que você e o João falavam de outra coisa que não era o vídeogame, está acontecendo alguma coisa?

— Não que eu saiba, eu estava falando do Super Mário Word. — Pisquei pra ela.

— Ham sei...

— Trouxe guloseimas para nós assistirmos um filme, topa? — Vi que ela ficou meio relutante. — Comprei Doritos.

Ela me olhava como se pensasse.

— Ah e tem Coca e chocolate. — Continuei e abri um sorri pra ela.

— Oba, então eu topo!

— Nossa eu precisando comprar alguém para assistir filme comigo é o fim do poço.

— Coca com chocolate super me compra. — Ela riu, foi correndo até a mesa ver o que tinha nas sacolas e eu fui atrás dela, quando cheguei próximo à mesa ela virou-se rapidamente como se fosse me mostrar algo e ficou a centímetros da minha boca. Nossa respiração ficou ofegante e desci as mãos dos ombros dela até as mãos, entrelaçando nossos dedos.

Ela se afastou de mim rapidamente.

— Gu é... Esqueci que eu tinha que ligar... Uma chamada de vídeo na verdade, com a... Vivi, tinha marcado mais cedo... Desculpa o filme não vai rolar. — E como se estivesse fugindo de uma das pragas do Egito, Lívia correu para o quarto, me deixando ali sozinho, sentindo o cheiro dela e pensando o quanto ia ser difícil me manter afastado. Pensei que talvez eu não tivesse que me manter longe, que pudéssemos tentar ficar juntos e se desse certo, só aí contaríamos aos nossos pais.

Joguei-me no sofá e lembrei-me de quando erámos pequenos, de como mesmo com a diferença de idade não conseguíamos ficar separados, sempre estávamos aprontando alguma, que eu sempre assumia a culpa toda sozinho, para que ela não ficasse de castigo. Ri com a lembrança e vejo que sempre tivemos esse magnetismo como se tivéssemos destinados a ficar juntos desde sempre. Na verdade desde que eu soube que a tia Lana estava grávida, eu colei ainda mais nela até ver a Lívia nascer. Sorri mais uma vez e pensei que nossa família já estava mais que acostumada em nos ver juntos, não como homem e mulher claro, mas como dois primos que se amavam.

Amor? Ainda não sei, só se for de primo mesmo, nunca amei mulher nenhuma... Mas atração física com certeza. Para falar a verdade eu queria muito que desse certo seja lá o que for entre nós, eu queria muito essa mulher, meu corpo todo a queria, por mais que eu tentasse negar pra mim mesmo. Eu a queria com todas as minhas forças e sempre que estivermos perto um do outro vai ser isso, toda essa intensidade vai acontecer e vamos ter que nos separar correndo. Então já que ficarmos separados e nunca mais nos vermos não é uma opção já que somos parentes, então no que depender de mim, ela vai ser minha. E que se foda família e o que mais que for nos separar.

Pensando melhor sim, eu sei... Acho que sinto algo diferente pela Lili, mas não estou apaixonado. É... não, eu não estou! Que bosta de confusão de sentimentos. E por mais que eu não queira, por mais que eu lute contra, não vai ter jeito, dessa vez é diferente de todas as outras. Não quero estar com ela só por sexo, (Apesar da atração ser difícil de controlar) ou para exibi-la ou por comodismo como eu estava com a Bruna. Quero estar com ela por que eu sinto algo diferente por ela. Tenho que resolver isso! Ou me afasto ou a agarro de vez, como me afastar não é uma opção, então Lívia... você vai ser minha.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro