Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Buscando um sonho

Capítulo um

Lívia

Estou no carro com meu pai, minha mãe e meu irmão, indo a caminho da casa do meu primo Gu. Relutei um pouco a me mudar para lá, mas não tive alternativa. Quando passei no vestibular para cursar medicina, meu pai e minha mãe morreram de orgulho, principalmente meu pai que também é médico. Desde que eu me conheço por gente sonho em ser médica por causa dele e coloquei como meta para minha vida realizar esse sonho. Fiz diversos cursinhos até finalmente me sentir pronta a prestar o vestibular. Não passei na primeira tentativa e foi um balde de água fria, mas meu pai, que fez do meu sonho o dele, não me deixou desanimar, até que por fim, esse ano consegui. Estou com vinte anos, sou nova, mas não sou criança, tenho a consciência que para buscar nossos sonhos, talvez tenhamos que abrir mão de algumas coisas pelo caminho. No meu caso tive que abrir mão do meu namorado. (Que não era lá grandes coisas pra falar a verdade) Na verdade acho que Deus ouviu minhas preces justamente na parte que falo "livrai-me do mal". Com o Término descobri que o Fábio não era lá aquele exemplo de namorado. Problema dele! Ele quem perdeu a chance de ter para sempre a excelente namorada que eu sou.

Mas para ser sincera, o felizes para sempre não seria uma alternativa para nós, afinal, Fábio e eu, já não estávamos bem há algum tempo. Ele não aceitava que eu saísse de Cananéia, mas como aqui não tem universidade, eu teria de ir e teríamos que namorar a distância, mesmo eu não me mudando para tão longe assim.

Onde vou morar fica a umas duas horas de carro de Cananéia, mas como não existia mais amor entre nós, a relação acabou de uma vez. Na verdade acho que nunca houve amor, estávamos juntos mais por estar, sei lá, só sei que não nos amávamos e eu partir e ele não querer assumir uma relação à distância foi à gota d'água para o término. Como já disse, ele quem perdeu!

Duas horas para eu vim para Cananéia em um fim de semana era pouco, mas para ir e vim todo dia era muito, então por isso, quando meu primo Gu nos ofereceu o apartamento dele para eu morar enquanto estudava, foi o combinado perfeito e meus pais logo concordaram em me deixar morar lá.

Eu não via meu primo desde o natal quando ele foi até Cananéia festejar com a gente. Gu e eu sempre fomos muito amigos, quando eu nasci ele tinha cinco anos. Aliás, meus pais estavam brigados e tiveram uma recaída no aniversário dele. Nove meses depois eu nasci. Desde então ele assumiu o papel de irmão mais velho e sempre teve uma tendência a cuidar de mim. Olhando para fora do carro, rio quando lembro que ele sempre me chamou de princesa, ah e pirralha quando ele estava bravo comigo ou queria me irritar.

Quando a adolescência chegou, meio que nos afastamos por culpa da diferença de idade que tínhamos. Enquanto com quinze ele pensava nas meninas, eu com dez ainda queria brincar na rua. Depois com dezoito ele foi estudar na cidade e eu fiquei em Cananéia e assim fomos nos distanciando aos poucos. Ainda somos muito amigos claro, a ponto de ele me convidar a dividir o apartamento com ele, mas só nos vemos nas festas e reuniões de família, por causa dele morar em outra cidade. Sendo assim não temos tanta intimidade quanto tínhamos antes de ele descobrir as meninas e eu parar de dar os primeiros pedaços do meu bolo de aniversário para ele.

Não sei como vai ser essa convivência, mas mesmo que não nos demos bem, vou tentar fazer o possível para aguentar firme e fazer de tudo para dar certo. Porque meu pai já me disse que não posso morar em república e nem sozinha, porque isso deixaria minhas avós muito preocupadas e assim elas deixariam meus pais doidos. Então meu primo é minha salvação. Espero que ele seja fácil de lidar e faça minha vida bem confortável.

— Lili, toda vez que você vier nos visitar em Cananéia, você trás presente para mim. Perguntou meu irmão Pedro Luiz (nome em homenagem aos dois avôs). Ele tem sete anos e o chamamos de raspinha do tacho, já que minha mãe o teve, quando já tinha quarenta anos e eu já estava com treze.

Desde que eu tinha cinco anos, ela e meu pai tentavam ter outro filho e não conseguiam. Quando eles já tinham desistido e nem esperavam mais, veio o Pepê esse coisico lindo que eu amo mais que a mim mesma.

— Trago, pode ser uma bala?

Ele sorriu.

— Credo Lili, sua mão de vaca! Só uma bala?

— Pepê, vou ser uma estudante desempregada e pobre, morando de favor na casa do primo, tenha dó de mim. — Baguncei o cabelo dele.

— Princesa já disse que vou te enviar uma quantia mensal, para você se manter e para ajudar seu primo nas despesas. — Meu pai se intrometeu na conversa.

— Ah pai eu sei. Mas quero arrumar um emprego quando chegar lá. Quero começar minha vida como você e a mãe começaram a de vocês, trabalhando e estudando. Sendo independente. — Pisquei para ele que me olhava pelo retrovisor.

— Filha, podemos te ajudar financeiramente, você não vai precisar trabalhar. — Minha mãe interveio.

— Não vou mãe, mas eu quero, quero muito. Mas se é pra vocês ficarem mais tranquilos eu vou adiar o trabalho o quanto eu puder.

Ela sorriu e virou para frente olhando a estrada e posso jurar que vi orgulho no olhar dela. Acho que ela vê muito dela em mim e por isso não discutiu mais sobre o assunto.

Seguimos o caminho rindo e brincando em família como sempre fizemos. Pepê pode não assumir, mas vai morrer de saudade de mim.

Chegamos ao prédio do meu primo, o porteiro o avisou que estávamos ali e ele logo desceu para nos receber e nos levar até o apartamento.

— E aí pirralha? — Disse enquanto me abraçava.

— Princesa! — Eu o corrigi, como sempre.

— E aí tio, beleza? — Ele disse ao meu pai o dando um abraço.

— Tudo certo. Vim trazer minha joia preciosa pra você cuidar para mim. — Revirei os olhos para o meu pai. Como ele era babão.

— Pode deixar tio, que vou ser seus olhos aqui. Ela vai andar na linha e marmanjo nenhum vai chegar perto dela.

— Menos Gu. — Resmunguei e me lembrei do quanto ele me enchia o saco, todas as vezes que nos víamos quando entrei na idade em que descobri os meninos.

— Oi tia, continua gata, como sempre. — Minha mãe sorriu para ele e agradeceu.

Não tinha mais tanto contato com meu primo quanto eu queria, mas só de vê-lo de novo sempre volta nossas brincadeiras e nossa proximidade do passado e finalmente estou me sentindo mais calma e confiante que tudo vai dar certo. Quando saí de casa parecia que tinha Parkinson de tanto que eu tremia.

Enquanto subíamos até o andar do Gu, no elevador meu pai e ele seguiam conversando sobre amenidades e sobre a casa noturna que meu primo era dono.

Meu primo assim como eu quando criança, queria seguir os passos do pai e sonhava em ser advogado. Mas durante a faculdade para ganhar um dinheiro extra, ele mais três amigos começaram a organizar festas que ficaram famosas entre os alunos do campus arrastando a fama para as faculdades e cursinhos vizinhos. Eles começaram alugar local para as festas, a cobrar entrada e fazer eventos cada vez mais elaborados, com filas de espera para entrar e assim eles foram levantando um bom dinheiro. Quando ele e os amigos terminaram a faculdade aos vinte e quatro anos, pegaram o diploma, o dinheiro que juntaram em cinco anos de curso e de eventos e abriram a balada mais top da cidade, a Angels. Aos vinte e cinco anos ele e os amigos Fernando, Rodrigo e João já são os empresários mais promissores do ramo.

Chegamos ao apartamento e ele abriu a porta para que entrássemos. O Pepe foi logo correndo para a sala que era toda em branco e tinha um lindo sofá também branco em "L", uma TV enorme na parede com um Xbox conectado e um aparelho de som no qual quando ligado, daria para dar som a uma Rave com certeza. Meninos e seus brinquedos! Se bem que adoro dançar, já me imaginei dançando na rave. Eiii foco Lívia! Você está aqui para estudar! Me repreendi mentalmente.

Gu me levou até onde seria meu quarto. Era um quarto todo em branco, e bem confortável. Vi um vaso com rosas amarelas que estava em cima da cômoda e achei fofo ele ter tido o cuidado de coloca-las lá para me agradar.

— Que lindas Gu, Obrigada. — Fui até ele e dei um beijo em seu rosto.

— Ah lembrei que você adorava amarelo. Lembro que falava quando éramos pequenos que amava o amarelo, porque era da cor do sol e quando tinha sol tinha praia e sorvete. — Rimos e ele acertou, eu ainda amo amarelo pelos mesmos motivos. — Seja bem vinda! — Ele continuou e eu respondi com um sorriso.

Voltamos para a sala e ele nos mostrou o resto do apartamento, vi que era um apartamento simples, mas com cara de apartamento de homem. Tinha três quartos, um era o meu, o outro o dele e o terceiro era adaptado como quarto de jogos e integrado a sala. Nele tinham uma mesa de bilhar e um bar. Pelo jeito meu primo gostava de receber visitas. Eu não me opunha, até porque sou hóspede, mas espero que essas visitas sejam legais.

A conversa se estendeu, Gu nos serviu um café e ficamos conversando sobre o trabalho dele, sobre a cidade e sobre minhas aulas que começariam em uma semana. Gu disse que o campus ficava bem próximo, mas que fazia questão de me levar no primeiro dia de aula.

Depois de conversarmos muito e minha mãe se certificar que tudo daria certo na minha estadia na casa do meu primo, meus pais resolveram ir embora. Chegou a hora que por fim, eu iria começar a cortar o cordão umbilical. Despedi-me e prometi ao meu pai que iria me cuidar e que se precisasse dele, que eu chamaria o Gu. Que meu pai também fez prometer que cuidaria de mim com a própria vida. Tive que revirar os olhos para isso.

— Filha se cuida e se precisar de qualquer coisa nos ligue e viremos correndo. Ai meu Deus agora eu sei o que a minha mãe sofreu quando eu saí de casa. — Minha mãe disse chorosa.

— Tia fica tranquila, ta comigo, ta com Deus, eu vou cuidar dessa pirralha. Lembra que eu sempre fui o irmão mais velho?

— Sim, eu lembro meu Guzinho. — E minha mãe o abraçou.

— Lili, vou sentir saudade — Meu irmão me abraçou com carinho e com olhinhos cheios de lágrimas.

— Ô meu amor, vou tentar ir todo final de semana para Cananéia, sei que às vezes vai ser difícil por conta dos trabalhos que terei de fazer, mas a gente conversa pela internet, nem vai dar tempo de sentir saudade ta?

— Ta bom, mas posso usar seu ipad que você deixou lá? — Sorri pra ele, mas é danadinho me agrada para me pedir o ipad.

— Pode! — Ele sorriu e me beijou.

Levei meus pais até o carro onde minha mãe me beijou e me abraçou mais umas três vezes e ouvi meu pai me dizer para ter cuidado mais umas quatro. Voltei para o ap e encontrei meu primo sentado na ponta do sofá com a cabeça apoiada nas mãos. Acho que ele estava meio desconfortável com a minha presença. Quando me viu entrando levantou a cabeça. Fui até ele e sentei na outra ponta do sofá

— Lívia, espero que você se sinta em casa viu, e se tiver alguma coisa que precise e não tenha, você me grita.

— Tudo bem. — Respondi e sorri pra ele.

Ficamos em silêncio, um silêncio meio constrangedor e estava me deixando meio sem jeito.

— Bom, vou lá no meu... No quarto, arrumar minhas coisas no armário. — Fiquei com vergonha de chamar o quarto de meu no primeiro dia.

— Vai lá, vou ter que sair agora, tenho uma reunião na Angels, mas sinta-se em casa. Tem comida na geladeira, no armário, se vira aí. E se precisar de alguma coisa me liga.

— Ta bom. — Respondi rapidamente.

Ele se levantou, se virou, pegou a chave na mesa de jantar e saiu. Fiquei pensando que isso vai ser estranho. Mas talvez seja só o primeiro dia, com o tempo nossa relação vai melhorar e a relação de família vai falar mais alto. Assim espero.

Fui até meu quarto e passei a tarde arrumando minhas roupas no armário.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro