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Capítulo 5

Bom dia amores.... Saudades de vocês

Vou postar dois capítulos hoje pra compensar a demora, peço desculpas, mas esses dias estão muito corridos pra mim.

Espero que gostem e não esqueçam de comentar o que estão achando.

Um grande beijo,

Carol Cappia




Olho para o relógio e não passa nem das 08h00 da manhã, ainda é bem cedo. Mas o assunto é urgente. Toco a campainha e espero andando de um lado para o outro até que a porta é aberta.

- Rule? – Margareth diz espantada ao me ver tão cedo em sua porta. – Quanto tempo?

- Oi... Margareth. Como vai?

- Bem e você?

- Levando a vida como sempre – digo.

Margareth era a melhor amiga de Camila e também é casada com seu irmão.

- A que devo a honra? Aconteceu alguma coisa? – pergunta preocupada.

- Eu preciso falar com o Conrado, ele está?

- Ele saiu faz uma meia hora. Tem um julgamento agora as 09h00. Eu posso ajudar em alguma coisa?

- Na verdade é só com ele. Depois ele vai para o gabinete?

- Sim, se quiser posso falar com Rosa para marcar um horário pra você.

- Seria ótimo.

- Entra enquanto eu ligo pra ela.

Margareth abre espaço e entro. A porta dá entrada para uma enorme sala muito bem decorada.

- Só um momento. Fica a vontade – diz, me apontando os sofás.

Sento-me em um sofá de dois lugares e espero enquanto ela vai até o telefone.

- Bom dia Rosa, você pode por gentileza avisar ao Conrado que Rule Jackson precisa vê-lo assim que ele chegar ao gabinete. – A ouço falar para alguém no telefone. – Obrigada querida. Eu vou muito bem. Acho que hoje o bebê quis me dar uma folga e não acordei enjoada.

Só então percebo a barriga proeminente em Margareth. Ela parece estar de poucos meses, mas já é possível perceber uma pequena saliência.

Ela desliga o telefone e sorri para mim.

- Você vai ver Conrado assim que ele chegar ao gabinete.

- Muito obrigado Margareth. Parabéns pelo bebê, eu não imaginava – digo sem jeito.

Quantas coisas mais, perdi nesses últimos anos?

- Não se preocupe. Sei que tem sido anos difíceis pra você, Rule.

- Não sei se um dia será mais fácil. Sinto tanta falta dela e da Joly.

- Eu também sinto – fala com os olhos marejados. – Quando soube do bebê, Camila foi a primeira pessoa que pensei, queria tanto que ela estivesse aqui para me apoiar.

Lágrimas escorrem por seu rosto e me aproximo para conforta-la.

- Tenho certeza que ela iria ficar muito feliz.

- Me desculpe Rule. Esses hormônios da gravidez me deixam ainda mais sensível – diz com um sorriso enquanto limpas as lágrimas que molham seu rosto. – Será que me acompanha em um café?

Penso em Mel naquele abrigo e minha vontade é ir logo falar com Conrado, mas Margareth é mais uma das pessoas que me afastei e acho que esta na hora de me reaproximar. Então aceito seu convite, mesmo porque terei que esperar Conrado por um tempo ainda.

- Claro.

Ela nos serve um belo café da manhã enquanto conversarmos e explico pra ela minha situação.

- Que gesto mais lindo, Rule. Tenho certeza que Conrado irá te ajudar.

- Estou contando com isso, Margareth. Não sei explicar, mas essa menina mexeu comigo de alguma forma. Só de imagina-la sozinha naquele abrigo, meu peito chega a doer.

Margareth pega em minhas mãos e olha dentro dos meus olhos, como se pudesse me ler.

- Isso é você voltando à vida, Rule. Isso já estava mais do que na hora de acontecer. – Não sei o que falar para Margareth e ela parece entender. – Quero que saiba que sempre que precisar pode contar comigo.

***

- Quem é vivo sempre aparece. Rule Jackson, quanto tempo! – diz Conrado assim que entro em seu gabinete.

- Vossa Excelência – brinco.

- Fazendo gracinhas? Quem havia te abduzido não aguentou e decidiu devolver.

Conrado se aproxima e me cumprimenta. Éramos muito amigos, e como todas as pessoas que se importam comigo, depois da morte da Camila e da Joly eu me afastei.

- É você mesmo, cara – ele fala.

- Em carne e osso. A propósito parabéns papai.

Conrado abre um sorriso tão grande que parece que seu rosto vai rasgar.

- Obrigado. Já imaginou, eu. Pai? Cara, ainda não caiu minha ficha.

- Você vai ser um ótimo pai tenho certeza.

- Eu vou dar o meu melhor. Isso eu tenho certeza.

Sorrimos um para o outro e Conrado me olha sério.

- Margareth me ligou e explicou sua situação. No que eu posso ajudar?

- Eu quero uma autorização pra cuidar da Mel até que a mãe dela saia do hospital.

- Rule você tem noção do que esta me pedindo? – ele me pergunta. Seu semblante está sério e nesse momento quem fala comigo é o Juiz Conrado Mattos e não o meu velho amigo.

- Eu sei que parece uma loucura, mas eu não posso nem imaginar a Mel sozinha naquele abrigo. Ela me lembra tanto a Joly e eu sinto uma necessidade de cuidar dela. Sei que eu não tenho sido eu mesmo nos últimos anos, mas essa é a minha chance de consertar a minha vida, de fazer algo útil. Ter um motivo para acordar todos os dias, nem que seja por um tempo. Eu preciso me sentir vivo novamente Conrado, e cuidar da Mel vai fazer isso comigo. Só preciso de uma chance – digo derrotado.

Conrado apenas me observa e seu silêncio me deixa maluco.

- Já estava passando da hora de você acordar pra vida meu amigo. Eu senti sua falta.

Ele me puxa para um abraço e vejo o quanto senti falta do meu amigo.

- Também senti a sua. Demorou, mas eu estou tentando dar a volta por cima.

- Camila iria ficar feliz.

- Sei que ia – respondo.

Ficamos em silêncio por alguns instantes, cada um com a sua dor. Então lembro-me do real motivo de estar aqui.

- Vai me ajudar? – pergunto.

- Vou. Só preciso dar alguns telefonemas.

Depois de mais ou menos uma hora, várias ligações e muitas recomendações. Saio do gabinete de Conrado com uma ordem judicial informando que Melissa está sob minha responsabilidade até que sua mãe esteja em condições de cuidar dela novamente.

Corro de volta para o abrigo e Mel corre para os meus braços assim que me vê.

- Pronta para ir para casa comigo princesa? – digo.

***

Estaciono o carro na garagem e dou a volta para retirar Mel da cadeirinha. A pego no colo e ela se aninha no meu pescoço.

- Bem vinda Mel, esse será seu lar por enquanto – digo assim que entramos em casa.

Seus olhinhos curiosos percorrem tudo o que está ao seu alcance, depois se voltam para mim. Ela ergue a cabeça e me examina, mas não diz nada.

Só então me dou conta do que estou fazendo. Mel é apenas um bebê, não que eu realmente seja um alcoólatra ou um irresponsável, mas será que consigo mesmo cuidar dessa menina? Ainda mais sozinho? São tantos anos sem ninguém que a ideia de ter alguém que depende de mim me assusta. Mas ao mesmo tempo me dá uma sensação tão boa que não posso ignorar. Não pode ter sido apenas coincidência que eu estivesse justamente lá quando elas sofreram o acidente.

- Aqui é sua casa, tio Rule? - Mel pergunta curiosa, me tirando dos meus devaneios.

Olho para seu rostinho e qualquer dúvida que eu tenha sobre conseguir cuidar dela, ou estar fazendo a coisa certa, se vai como uma nuvem depois da chuva. Sei que não tenho como explicar, mas me afeiçoei a Mel de uma forma que não tem mais volta. Faço o que for preciso para que ela tenha sempre esse lindo sorriso em seu rostinho.

- Sim, princesa. Aqui é nossa casa.

- Nossa?

- Nossa. Enquanto você estiver aqui, essa casa também é sua.

- Que máximo - diz batendo palminhas animada.

Coloco Mel no chão e pego em sua mão para guia-la para seu quarto.

- Vem, vou te mostrar seu quarto.

- Eu vou ter um quarto?

- Sim, um quarto lindo. Cheio de bonecas pra você brincar.

- Eu nunca tive um quarto – diz triste.

As coisas sobre Mel e a mãe ainda são um total mistério, a polícia não conseguiu achar nada e pelo que visto só iremos saber quando a mãe da Mel acordar para explicar.

- Agora você tem – digo e seu sorriso volta.

Vou deixar Mel no quarto que era da Joly, ele está praticamente intocado. Sei que parece bizarro conservar um quarto por 10 anos, mas nunca consegui me desfazer das coisas que tem lá. Ou quem sabe o destino não me deixou, para que agora Mel pudesse usá-lo.

Subimos as escadas e paramos na porta do quarto. A placa rosa escrita "aqui dorme uma princesa" ainda continua lá.

Abro a porta e uma enxurrada de emoções me atinge. Lembranças me vem à mente, nós três naquele quarto. As histórias que contava para Joly dormir, tudo o que vivemos ali.

Abro espaço para Mel entrar e tento controlar minha respiração. Ela observa tudo e quando vejo que consigo falar algo, digo:

- Bem vinda ao seu quarto, princesa.

Seus olhos parecem pelo menos dez vezes maiores e mais brilhantes do que de costume.

- É tão lindo – ela fala.

Seus olhos percorrem cada canto que está no seu campo de visão. Até que batem na casa de boneca no canto esquerdo do quarto.

- Posso brincar? – ela pergunta.

- Claro, você pode brincar com tudo.

Mel solta da minha mão e corre até a casinha de madeira. Eu a construí quando Joly tinha apenas 3 anos, ela ficou fascinada. Passava horas e horas brincando com ela, e por vezes fazia com que eu e Camila entrássemos na brincadeira.

Pelo menos duas vezes por mês uma pessoa vem aqui limpar tudo. Acho que antes do acidente não houve um só dia em que não entrei aqui. É como se pudesse sentir a presença da minha princesa aqui, e isso de uma forma me acalma.

Observo Mel entretida com a casinha e com os brinquedos a sua volta. Seu sorriso de orelha a orelha me faz sorrir também. É inexplicável a sensação de poder trazer paz a ela, mesmo com todo esse turbilhão de coisas acontecendo em sua vida.


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