Capítulo 09
Boa noite meus amores, me desculpem, mas ontem não deu tempo de soltar o capítulo como prometido. O wattpad estava de fricotagem, mas consegui kkkk
Obrigada pelo carinho e não se esqueçam de votar e comentar.
Beijos, Carol
Estou andando de um lado para o outro na porta do quarto do hospital onde a mãe da Mel está internada. Faz 04 dias que ela acordou e desde então ainda não vim visita-la ou trouxe a Mel, ela está inquieta por não ver a mãe. Disse que ela precisava descansar mais um pouco e que não poderia receber visitas nesses dias. Mel ficou triste, mas como sempre foi compreensiva.
Quando o médico me informou que ela havia acordado fiquei feliz pela Mel, mas quando ele contou que ela não se lembrava de nada fiquei desesperado. Não quero ver a Mel sofrendo pelo fato da mãe não se lembrar dela.
Decidi vir conversar a mãe da Mel, Lori, preciso me lembrar que esse é seu nome pelo que Mel nos disse.
— Tudo bem, senhor? — Uma enfermeira pergunta ao passar ao meu lado.
— Tudo... Sim — respondo.
— Posso ajudá-lo em alguma coisa? O senhor está procurando algum quarto?
— Não... Não... Obrigado.
— Tudo bem, então. Se precisar de algo pode chamar a mim ou alguma das enfermeiras. Com licença.
Seja homem Rule, grito para mim mesmo.
Dou uma leve batida na porta e abro vagarosamente. O quarto está com a luz acessa e Lori está sentada na cama. Ela parece perdida em um mundinho particular.
— Oi — digo ao me aproximar.
— Oi — responde ainda meio letárgica.
— Bom, eu sou o Rule.
Ela me observa confusa e depois abre sorriso tímido.
— Me desculpe Rule, mas eu não sei o meu nome — diz envergonhada.
— Eu sei... Não... Não tem problema. — Droga, por que estou gaguejando.
Ela continua me observando como se esperasse por alguma reação minha, mas não sei bem o que falar.
— Você me conhece? — pergunta quebrando o silêncio constrangedor que se instalou.
— Não... Quer dizer sim... Não — embaralho-me com minha resposta. Deus me ajude, o que eu digo para essa mulher.
— Sim ou não?
— Tecnicamente não. A verdade é que eu não sei bem como começar.
Ela sorri do meu constrangimento, um sorriso inocente. Lindo!
— Que tal do começo?
— Sim... Sim, é uma boa — respondo e não posso conter um pequeno sorriso. — Você realmente não sem lembra de nada?
— Infelizmente não, me desculpe — responde com pesar na voz.
— Não precisa se desculpar. Eu vou te falar o que sei sobre você, não é muito, mas acho que já é alguma coisa.
Ela assente com a cabeça. Respiro fundo e começo a falar o que sei.
— Seu nome é Lori, você tem uma filha linda de 03 anos de idade. — Ela me olha atenta esperando por mais, mas não tem mais. Essa mulher a minha frente é um verdadeiro enigma. — Bom, eu disse que não era muita coisa. — Coço minha cabeça nervoso.
Ela sorri nervosa.
— Já é alguma coisa, pelo menos tenho um nome. E uma filha.
— Uma filha, que vem te visitar dia sim dia não e conversa com você para que nãos e sinta só.
— Deus eu tenho uma filha e não me lembro dela. — Lágrimas começam a descer por seu rosto. — Como uma mãe pode esquecer da própria filha!?
Aproximo-me da beirada da cama e seguro sua mão. Ela levanta seu olhar triste e me encara.
— Você não tem culpa do que aconteceu. Foi um acidente — digo tentando acalma-la.
— Mesmo assim, ela é minha filha. Pelo menos isso eu deveria lembrar. Como ela vai se sentir?
— Mel é pequena, mas muito esperta. Tenho certeza que ela vai entender. Não se preocupe.
— Você é o bombeiro? O que nos resgatou do tal acidente?
— Sim, fui eu.
— Obrigada, por salvar as nossas vidas e por cuidar da minha filha. Uma das enfermeiras me contou que ela está com você desde que teve alta do hospital.
Ela aperta de leve minha mão, e sinto um calafrio subir da palma da minha mão para o meu braço.
— Não precisa me agradecer, a Mel que salvou minha vida — digo com sinceridade, pois é a verdade. — Eles te falaram alguma coisa sobre o acidente?
— Não muito, eles me falaram que foi uma batida de carro, onde estava eu e minha filha. Que um bombeiro nos socorreu e fomos trazidas para cá. E quando perguntei sobre a menina me falaram que estava com o mesmo bombeiro que havia nos socorrido.
— Eu não poderia permitir que a Mel ficasse em um abrigo sozinha. Eu me apeguei demais a sua filha.
— Fico feliz que Mel tenha alguém cuidando tão bem dela. Por mais que eu não me lembre dela, não posso deixar de me preocupar.
— Entendo.
— Como foi que você nos achou? — pergunta.
— Era madrugada e eu estava dando algumas voltas pelos arredores da cidade. Já ia fazer o retorno quando vi seu carro, ele vinha em ziguezague e acabou se chocando com uma árvore. Liguei para um amigo da corporação e corri para perto do carro, você estava descordada e Mel chorava assustada na cadeirinha no banco de trás. Consegui tira-la e logo o socorro chegou.
— Você foi um anjo. Se não estivesse lá... A essa hora Mel e eu estaríamos...
— Não! — a interrompo. — Prefiro não pensar nisso, você também não deve pensar. Vocês estão vivas e bem, apesar de tudo. Isso é só o que importa.
— Você tem razão.
Explico para Lori todo o resto da história depois do acidente.
— Obrigada mais uma vez, Rule. Você é um anjo.
Uma enfermeira que entra no quarto me salva de responder que na verdade a última coisa que eu sou é um anjo.
— Desculpe interromper, mas está na hora do remédio da paciente.
— Fique à vontade — digo.
Ela entrega alguns comprimidos para Lori que engole com um copo de agua.
— Obrigada — agradece.
— Os remédios logo farão efeito e você deve descansar. Desculpe senhor, mas o horário de visita acabou.
— Tudo bem — respondo.
— Com licença — diz e se retira do quarto.
— Bom, acho que preciso ir. Mas antes eu queria saber se eu posso trazer a Mel pra te visitar. Ela está louca pra te ver e não sei mais desculpas para inventar.
— Por favor, traga ela. Os médicos me disseram que posso recuperar minha memória a qualquer momento. Quem sabe quando vê-la não me lembre — diz esperançosa.
— Amanhã então. Amanhã irei trazer a Mel pra te ver.
— Obrigada — responde.
— Bom, eu vou indo então — digo sem graça. — Tchau, Lori.
— Tchau, Rule.
Saio do quarto com as pernas fracas. Até que não foi tão ruim como eu pensava. Graças a Deus! Espero que amanhã corra tudo bem quando trouxer a Mel.
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