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Capítulo 01

Boa noite amores...

10 anos depois...

- Você não acha que por hoje está bom, Jackson. – Lucy, a dona do bar, em que passo minhas noites, diz para mim quando peço minha sexta rodada de shop.
- Não me lembro de pedir para me avisar quando devo parar de beber – respondo grosseiramente.
- Porque você não pediu, e mesmo que o tivesse feito. Do jeito está bêbado não se lembraria.
- Ah Lucy, não enche. Hoje tive um dia de cão e não preciso de alguém me enchendo a paciência para completar a grande merda que foi o meu dia.
- Todos os dias são ruins para você, Jackson. – Um bêbado grita da mesa ao lado.
Levanto meu dedo para ele que apenas cai na gargalhada.
- Não venha se lamentar para mim Rule, levanta logo essa sua bunda dai e vai para casa tomar um banho e descansar.
- Está me expulsando de novo?
Há 10 anos frequento o bar de Lucy e todas as noites temos basicamente a mesma discussão. Por mais bizarro que seja eu gosto, é uma das coisas que ainda me mantêm são. Ela e claro...
- Vamos Rule, te dou uma carona pra casa. – Meu velho amigo, Scoth Summer.
Olho de Lucy para Scoth.
- Vocês combinaram? – pergunto.
- Rule Jackson, não me faça perder a paciência – A voz de Lucy sobe uma oitava, suas mãos vão para a cintura e ela me lança aquele olhar gelado. - Vá com o Scoth. AGORA.
- OK, ok – respondo, levantando minhas mãos em rendição.
Saio do bar com Scoth em meu encalço.
- Nancy não te espera para o jantar? – pergunto me referindo à mulher de Scoth.
- Não, essa noite eu disse que tinha assuntos a resolver e não teria hora para voltar para casa.
- E seus "assuntos" seria escoltar um bêbado de volta para casa? - Paro abruptamente e o encaro, seu rosto está tenso e sei que algo não esta certo. – O que houve Scoth? Por que esta com essa cara de que comeu e não gostou?
- Há quanto anos nos conhecemos, Rule? – ele me pergunta sem encarar meus olhos.
Voltamos a andar em direção ao estacionamento. Hoje faz um dia frio em Charlotte, as ruas estão vazias e o único barulho que se escuta é do vento.
- 15 anos ou mais, não sei precisar. Mas o que isso tem a ver?
- Holt quer sua cabeça. Eu tentei negociar, fazê-lo mudar de ideia, mas ele esta irredutível. Você será afastado da corporação, por tempo indeterminado, na segunda feira de manhã.
Holt é o chefe do departamento de bombeiros de Charlotte, há quase um ano ele tenta me afastar e parece que finalmente conseguiu. Chuto uma lata de lixo que esta bem a nossa frente e um enorme barulho corta o silêncio.
- Maldito, filho de uma puta. Qual a acusação?
- Alcoolismo.
- Eu não sou a porra de um alcoólatra.
Scoth respira fundo e destranca o carro. Nós dois entramos e ele continua em silêncio.
- Qual é Scoth, vai dizer que você concorda com essa merda toda?
- Rule, eu não posso nem imaginar o que é perder uma mulher e uma filha, mas você precisa superar isso. Já se passaram 10 anos e...
- Não começa com essa merda para o meu lado de novo. Como você mesmo disse, não pode nem imaginar. Pode deixar que vou pra casa sozinho.
Tento sair do carro, mas Scoth segura firme em meu braço.
- Eu vou te levar pra casa e você vai me ouvir. Isso não é um pedido, é uma ordem – ele fala de maneira calma, mas que não deixa espaço para discussões.
Respiro fundo e ele dá partida no carro. Durante alguns minutos o silêncio predomina.
- Droga, Jackson. Não me faça te tratar como um bêbado imbecil, você é mais que um companheiro de trabalho para mim, é o filho que eu nunca tive.
Quando eu tinha apenas 07 anos, meu sonho era ser um super herói, daqueles que usam capas e salvam as pessoas. Mas então meu pai me explicou, que esse tipo de super herói não existia, mas que eu poderia ainda assim ajudar muitas pessoas. Eu não entendi e fiquei muito chateado, então em um belo dia ele me levou a uma base dos bombeiros. Eles me explicaram o que faziam e como diariamente salvavam pessoas de várias situações perigosas. Desse dia em diante eu decidi que me tornaria um bombeiro e salvaria muitas vidas.
Quando entrei para a academia Scoth foi meu instrutor, foi ele que me ensinou tudo o que sei. Meu pai havia falecido há pouco tempo e Scoth de alguma forma conseguiu preencher um pouco do vazio deixado por aquela perda.
- Eu tentei Scoth, eu juro que tentei, mas nada faz mais sentido. Desde aquele maldito acidente minha vida perdeu totalmente o sentido. Você não sabe o que é voltar pra casa e não ter ninguém te esperando. Não ter alguém pra perguntar como foi o seu dia, você não sabe a dor que é saber que nunca mais vou ver o sorriso da Joly, aquele mesmo que ela dava quando eu chegava cansado. Eu daria qualquer coisa pra tê-las de volta na minha vida.
- Eu sei que não é fácil Rule, mas você acha que Camila e Joly teriam orgulho do homem que você se tornou? – ele me pergunta.
- Não porra, claro que elas não teriam. Camila iria por a mão na cintura e me olhar feio. Ela me faria pedir desculpa para cada pessoa que fui grosso nos últimos dez anos e depois me faria comprar chocolates e entregar a eles.
Camila Mattos, uma brasileira que veio tentar a vida em Charlotte. Nos conhecemos quando ela colocou, acidentalmente, fogo no apartamento em que morava. Foi amor à primeira vista, ela era divertida, mandona e linda. Lembrar dela me dói tanto que lágrimas começam a rolar por meu rosto.
- Então mude isso Rule, dê orgulho para sua mulher e sua filha esteja elas, onde estejam.  Você é um grande homem e sei que vai conseguir. Mas você precisa se dar uma chance.
- Eu já tentei. E você sabe muito bem no que deu.
Há 05 anos conheci Hilary, uma jovem que achei que poderia me fazer voltar à vida, mas ela queria mais do que eu podia oferecer e tudo deu errado. Então percebi que jamais poderia ser feliz novamente.
- Não Rule, você fingiu tentar. Mas nós dois sabemos que no fundo você só fez aquilo para que todos parassem de dizer que você não estava tentando dar a volta por cima. Rule acho que esse tempo vai ser bom pra você repensar em algumas coisas, vá viajar, espairecer um pouco. Isso vai te fazer bem.
- Eu não preciso disso Scoth. Eu estou bem.
- Porra Rule, para de ser cabeça dura. Você não esta bem. Precisa de tratamento.
- Eu já disse que não sou um alcoólatra, eu paro de beber a hora que eu quiser. A questão é que eu não quero, a bebida é a única coisa que me faz esquecer da dor que sinto.
- Então esta na hora de você querer parar, esta na hora de aprender a conviver com a dor ou arrumar outra forma de aplaca-la, ou você vai perder a única coisa que ainda tem de você mesmo.
Scoth estaciona o carro em frente a minha casa e permanecemos em silêncio. Quando ele percebe que não vou falar nada acrescenta.
- Nancy pensou que você poderia passar uns dias com a gente em Mississipi. Eu estou precisando de umas férias e acho que faria bem a nós dois. O que acha?
Por mais que eu odeie admitir Scoth tem razão, mas meu orgulho e idiotice é maior que tudo nesse momento e ao invés de agradecer o homem que é como um pai para mim eu apenas faço o que faço com todos a minha volta. Eu o afasto.
- Muito obrigado, mas não preciso de vocês dois cuidando de mim como se eu fosse um bebê. Eu estou bem do jeito que estou e se for pra me encontrar para dar sermões, me faz um favor e não desperdiça seu tempo e nem o meu.
Scoth me olha com pena e mágoa, acena com a cabeça, então desço do carro sem falar mais nada. Ele dá partida e arranca com o carro noite a fora.
Sinto vontade de socar a minha própria cara, mas ao invés disso entro para casa e vou me afogar na bebida.
***
Acordo horas depois deitado no tapete da sala com uma garrafa vazia de vodka ao meu lado. Não sei que horas são e minha cabeça parece que vai explodir. Sento-me e olho para o relógio do celular.
1h40 da manhã.
Um sentimento de inquietude toma conta de mim. Lembro-me que estava sonhando com o dia do acidente, Joly chamava meu nome e pedia por socorro e eu não conseguia fazer nada. Era como se visse tudo de fora, mas sem poder interferir.
Tomo um banho e tento voltar a dormir, mas o sentimento de ansiedade não me deixa. Decido dar uma volta. Pego meu carro e saio sem rumo. De repente me vejo nos arredores da cidade. As estradas estão vazias e decido ir até um pouco a frente antes de fazer o retorno e voltar.
Então vejo algo que me chama atenção. Um carro vem desgovernado e bate em uma árvore. O impacto é muito forte e a frente do carro parece destroçada, piso no acelerador e corro para me aproximar do local. Pego meu celular que por sorte esta no banco do carona e ligo para a primeira pessoa que vem a mente.
- Scoth aqui é o Rule, acidente na C 45 altura do km 22. Manda uma viatura pra cá o mais rápido possível.
Ouço sua voz perguntando o que estou fazendo aqui há essa hora, mas não respondo, pois já estou correndo para tentar ajudar quem quer que esteja naquele carro.

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