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Saidinha



João

Fazia uma semana desde a carona que dei para a Mariana. Desde então, ela não saiu mais da minha cabeça e eu só conseguia pensar que a raiva que eu senti, por ela ter me deixado sem nenhuma explicação, se esvaiu quando a vi chorar e descarregar toda a raiva que também sentia. Quando percebi que o que nos separou foi tudo uma mentira que a bruxa da mãe dela inventou. A raiva poderia ter aumentado, mas sinceramente ela apenas se dissolveu e era como se a peça faltante de um quebra cabeça tivesse sido encontrada e tudo se completou. Entretanto, era tarde, ela iria se casar e o nosso tempo já tinha passado. A mim restava somente tentar viver e quem sabe, depois que tivemos uma explicação de tudo que aconteceu, eu possa de uma vez por todas, esquecer o que passou, seguir em frente dando oportunidade para um novo amor, me entregar para uma nova mulher e também me casar... Ou não.

Depois de toda aquela tensão, eu só queria curtir, beber e sair para extravasar, mas uma coisa triste de ter ido cuidar da filial, era que ali eu não tinha os meus amigos Angels para sair para o rolê, apesar de que se eu estivesse lá, também não teria, porque estão todos em relacionamentos sérios, nenhum iria sair comigo para pegar mulher. Então em plena segunda feira de folga, eu estava largado sem camisa, no sofá da minha casa.

Fui até a cozinha pensar em algo para comer, mas de lá ouvi meu celular tocando e quando o peguei, um número desconhecido aparecia na tela.

— Alô.

— Oi, João, é o Miguel.

— E aí, Miguel?

— Tô bem, cara. Soube que você é dono da Angels, né?

— Isso mesmo. — Sorri orgulhoso. Será que a Mariana que tinha falado de mim para ele?

— Então, soube também que hoje ela não abre, né?

— Não, hoje é minha folga.

— Ah legal. Então que tal se saíssemos para um reencontro, hoje?

— Ah, por mim tudo bem, mas aonde vamos, já que a balada mais foda da cidade não abre, hoje?

Ouvi a risada dele do outro lado do telefone.

— Tá certo. Continua o mesmo filho da puta convencido.

Gargalhei.

— Isso. E você continua o mesmo, palhaço de sempre.

Ele também sorriu e parecia que os anos não tinham passado.

— Mas cara, podemos ir a um bar que toca música ao vivo. Não é a balada mais foda da cidade, mas é bem legal.

— Tô dentro! Posso convidar a Isa e o marido dela. Ele é muito gente boa.

— Claro, vai ser ótimo, mesmo morando na mesma cidade, faz tempo que não a vejo.

— Combinado. Vou convidá-la e te mando mensagem nesse número avisando.

— Fico aguardando.

Liguei de pressa para para a Isa, que adorou a ideia e falou que ela e o Jean também topavam. Confirmei com o Miguel, ele ficou muito feliz que tinha dado certo e me ensinou como chegar ao tal bar.

Fiquei pensando, que no passado também senti raiva do Miguel por ele não ter me procurado e também ter compactuado com tudo que aconteceu, mas depois que conversei com a Mariana e ela me contou que Miguel também não sabia de nada, agora posso ver nele meu amigo de verdade.

Umas duas horas mais tarde, eu já estava pronto e rumando para o local combinado. Cheguei ao bar, que já estava começando a lotar mesmo sendo uma segunda-feira. Acho que por ser o único lugar na cidade que abre na segunda, era o motivo dele estar tão cheio.

Liguei para o Miguel a fim de saber onde encontrá-lo e ele disse que estava quase chegando, que tinha reservado uma mesa e eu podia dar o seu nome e entrar. Assim eu fiz. Aí acomodei-me em uma mesa com seis lugares, próxima a um pequeno palco, pedi um chopp e fiquei ali esperando-os chegar. Não demorou muito, Isa chegou com Jean e me acompanharam no choop também. Já fazia mais ou menos meia hora que estávamos ali, quando avistei o Miguel entrando de mãos dadas com a sua esposa e atrás deles, vinha a Mariana.

Ela também veio!

Ela estava de tirar o fôlego com um vestido preto, justo e acima do joelho, que fazia os seus cabelos quase ruivos, se destacarem ainda mais. Engoli em seco quando a vi e tentei não demonstrar o quanto ela ainda me afetava.

— Desculpa, pessoal. É que quando estava quase na hora de sair, a Mari me ligou e decidiu que viria também. — ele deu de ombros e me olhou, como se pedisse desculpas.

— Tudo bem. Que bom que você veio, Mari! — Isa falou sorrindo.

Mariana estava sorrindo e enquanto eu a admirava pensei: onde estava a porra do noivo?

— Isa, quanto tempo! Nem parece que moramos na mesma cidade. — Miguel falou dando um abraço na nossa amiga e a apresentou a sua esposa. — Essa é a minha Vanessa.

— Que linda! Prazer, Vanessa. — Elas se cumprimentaram com um beijo no rosto. — Ah! E esse é meu Jean.

Todos se apresentaram e eu após cumprimentar a todos voltei a me sentar, observando a cena e olhando sorrateiramente para a Mariana, enquanto ela era apresentada ao Jean. Após ela ocupou o seu lugar, que para piorar a situação, era de frente para mim e os outros dois casais ocuparam os lados opostos da mesa retangular.

A vontade de perguntar onde estava seu noivo me corroía e eu não podia negar que a ideia de eles terem terminado me passou pela cabeça.

— Muito legal mesmo esse bar. — comentei quando o assunto estava sobre o local em que estávamos.

— Não sei se você vai gostar quando a banda começar a tocar. — Isa disse sorrindo.

— Por quê? — perguntei.

— Porque você era do rock e do hip hop na nossa adolescência e hoje o grupo vai tocar pagode. — Mariana respondeu antes de todo mundo.

Franzi a testa, mas sorri e disse:

— Depois da Angels eu aprendi a gostar de tudo. Ainda curto mais um rock, mas gosto de outros gêneros também. — Bebi meu chopp, enquanto tentava não olhá-la muito.

— Deve ser bem legal ser dono de uma balada. — Vanessa constatou.

— Ah sim. Eu adoro.

— E mulher, então... Elas devem cair aos montes no seu colo, né? — Jean falou pensativo.

— Ah, seu cachorro! — Isa deu um tapa, no ombro do seu marido.

Todos rimos.

— E você, trabalha com o que, Mari? — Isa perguntou.

— Eu sou engenheira civil e decoradora. Trabalho na construtora do Breno. — ela me olhou como se não quisesse falar, mas tivesse que explicar quem era o tal Breno. — Meu noivo.

Fiquei em silêncio, dei um gole na minha bebida e olhei em volta para ver as gatas por ali, já que percebi que ela ainda era noiva e não estava disponível.

O que eu estava pensando? Quem disse que ela iria me querer se estivesse solteira?

O clima na mesa deu uma esfriada, com a menção do nome do noivo, mas tentei agir como se fosse a coisa mais normal do mundo.

A banda começou a tocar e um pagode romântico e o refrão dizia:

"... Ainda gosto de você
Eu não escondo de ninguém
E ainda gosto de você
O teu amor me faz tão bem
Eu não encontro uma saída
De você me libertar
E a solução pra minha vida
É a gente se acertar...".

E aquilo estava me fazendo mal, levantei, disse que iria ao banheiro e saí para tomar um ar. Fiquei um pequeno tempo fora e na volta, quando passei devagar por uma mesa cheia de mulheres, uma moça morena de cabelos longos, compridos e linda, segurou a minha mão e entregou um número. Quando percebi do que se tratava, a olhei, sorri, trocamos algumas palavras e quando olhei para a mesa em que o meu pessoal estava, Mari me olhava de lá e eu não conseguia decifrar o seu olhar, porém, acho que vi um pequeno revirar de olhos.

Conclui a conversa com a morena, anotei o seu número e disse que ligaria para ela.

Voltei para a mesa e sorrindo participei da conversa animada sobre o passado, que Isa, Miguel e Mari contavam para os novatos Jean e Vanessa, que achavam a nossa juventude o máximo.

— Ah, mas quem nunca brincou de verdade ou desafio, né? — Jean perguntou e continuou a falar: — Acho que verdade ou desafio é o segundo jeito mais fácil de pegar mulher.

— E qual o primeiro? — Isa perguntou com uma sobrancelha arqueada.

— O primeiro é ser dono de uma balada. Não é verdade, João?

Eu apenas sorri.

— Acho que muitas histórias, começaram com o verdade ou desafio. Até mesmo na faculdade a gente brincava disso. — Vanessa concluiu, mas não fazia ideia de que o que disse levou a mim, a Mari, a Isa e Miguel, direto para nove anos atrás.

Eu bebi a minha bebida e um silêncio constrangedor pairava entre nós. Foi então que a banda começou a tocar outra música romântica e parecia que era uma espécie de tradição, foi só começar a tocar os primeiros acordes da música, os casais se levantaram para dançar. Era a música Ainda bem, do Thiaguinho.

Ainda bem que te encontrei, agora sou mais feliz
Igual não tem, me trata bem, do jeito que eu sempre quis
Lembro, te olhei, me apaixonei, esqueci o que eu vivi
Me dediquei, tanto lutei pra te ter perto de mim...

— Ahhhh... Miguel, você vai ter que dançar comigo! — Vanessa falou sorrindo, já levantando e puxando o Miguel pela mão.

— E se o Miguel vai, você também vai, Jean! — Isa falou também já levantando e eu a olhei fazendo cara feia, quando percebi que eu e a Mariana ficaríamos sozinhos a mesa, mas Isa passou ao meu lado e sussurrou para mim um "cada um com seus problemas".

Revirei os olhos e me mantive em silêncio.

— Ficamos a sós na mesa. — ela falou olhando em volta. — E parece que somos os únicos a não dançar.

Assenti, dei um gole na minha bebida e falei em seguida:

— Não sabia que era um programa de casal. Se o seu noivo estivesse aqui, você poderia estar lá dançando também.

— Ele estando ou não, eu posso dançar.

— Pode? — perguntei duvidando. — ele deixaria?

— Ele não tem que deixar nada. Ele não manda em mim! — ela falou ofendida.

— Então quer dançar comigo?

— Achei que não fosse perguntar. Tô me sentindo o centro das atenções, aqui sentada com você, um em cada ponta da mesa. — levantei, ela também e nos dirigimos à pista de dança, sendo fitados por dois casais da pista.

Ela colocou as duas mãos nos meus ombros, ficamos muito próximos um do outro e a banda cantava a música romântica muito bem.

"...Só do teu lado tudo é mais
Tudo é tão perfeito e cheira paz
Eu nunca amei ninguém assim
Eu sei que foi feita pra mim...".

— Onde está seu noivo que não está aqui dançando com você? — falei mais ríspido do que tive a intenção.

Ela instantaneamente parou de dançar meio ofendida e disse:

— Se não quiser dançar, podemos ficar sentados.

Eu a apertei ainda mais junto ao meu corpo e falei olhando em seus olhos:

— Eu quero.

"... Quantas vezes eu falei "te amo" sem querer
Quantas vezes me enganei tentando achar você
Até pensei não me entregar pra mais ninguém
Aí você vem e me faz tão bem...".

— Eu acredito em você. — ela falou depois de um instante de silêncio em que apenas nos movíamos no ritmo da música.

— O quê? — perguntei sem entender.

— Eu acredito que... Você não ficou com a Isa e não me abandonou.

Eu a olhei nos olhos, engoli em seco e assenti.

— Queria ter falado com você essa semana, mas minha mãe tem me deixado louca com os preparativos do casamento.

Rá! Claro que vai ter esse maldito casamento com o noivo perfeito.

— Se você ainda vai se casar, cadê seu noivo que não está aqui com você.

— Meu Deus! Você quer mesmo saber dele, né? Ele teve que voltar para Portugal, por conta dos negócios, mas volta para o casamento.

— Claro que volta! — falei áspero, ela me olhou sem entender e eu falei para que não parássemos de conversar: — Você está feliz... Com o casamento?

Ela pensou um pouco.

— Sim, minha mãe está em êxtase e vê-la assim me deixa feliz também.

— Ele é muito rico?

Ela assentiu sem entender e eu continuei.

— Por isso da alegria da sua mãe. Ele deve ser branco também.

Ela ficou quieta e pareceu triste.

— Me desculpe por tudo que a minha mãe te disse e por tudo que sofreu por minha causa.

Balancei a cabeça em negativa.

— Está tudo bem. É passado, não dói mais. Não tanto quanto antes. — ficamos em silêncio, mas completei. — Vai me convidar para o casamento?

Ela sorriu.

— Claro.

— Posso ser aquele que para o casamento e diz que tem algo contra.

Ela me olhou séria.

— Você não faria isso!

Eu ri.

— Faria, se você escrevesse algo no cantinho do verso do convite, como na música do Jean e Geovani.

Ela riu, ergueu uma sobrancelha e perguntou:

— Estou casando, mas o grande amor da minha vida é você?

Assenti e ela gargalhou.

— Convencido!

— Ah! Ou então se quiser te levo de moto até a Igreja.

— Seria ótimo. Minha mãe iria surtar.

— Eu gostaria de ver a cara dela. — falei pensativo e ela sorriu largamente.

— Olha essa maldade no coração.

Eu ri e ela continuou a falar:

— Queria andar de moto de novo. Adorei o vento e a sensação de liberdade, apesar do medo.

— Quando quiser, estou à disposição.

"... Ainda bem, ainda bem
Ainda bem, ainda bem...".

A banda tocou os últimos versos e ainda abraçados perguntei:

— Estamos bem? Amigos?

— Sim, estamos. Amigos. — ela sorriu. — Nunca me reconciliei com ninguém em uma música.

— Sempre a disposição para ser várias vezes o seu primeiro. — ela ficou vermelha.

A música acabou e os casais a nossa volta aplaudiram. Estávamos voltando para a mesa e a morena que tinha me passado seu número de telefone, passou ao meu lado e falou:

— Vou esperar você me ligar. — sorriu e seguiu para a sua mesa.

E eu também sorri em resposta.

— E o sucesso continua. — Mari falou.

— É inevitável. — falei rindo e dei de ombros.

— Viu como você é convencido.

— Só sou realista.

Estávamos tão leves e o peso dos anos de mágoa, sentimento de culpa e abandono, pareciam ter desaparecido. Erámos somente um grupo de amigos, conversando o resto da noite e felizes. Mari e eu estávamos leves e felizes. E quando fomos embora, já passava das quatro da madrugada.

No dia seguinte, eu estava de ressaca, mas um sorriso satisfeito estava no meu rosto. Ainda deitado na cama, eu pensei em todas as mulheres que passaram na minha vida e algumas delas quando penso, até tenho a impressão de que poderia ter investido mais e hoje eu até poderia ser um homem casado e com filhos...

Nãoooo!

Nenhuma delas chegou ao ponto de me fazer pensar em casar. A Lívia do Gustavo, até que me fez sentir um algo mais, mas pensando melhor, acho que era mais como uma conquista mais difícil que aguçou meu lado competitivo, só isso. E as demais não chegaram nem perto.

O barulho do meu celular tocando, me tirou dos meus pensamentos e eu não reconheci o número que aparecia na tela.

— Alô.

— Oi, João, dormindo até essa hora? — Já passava da uma da tarde e a voz risonha do outro lado da linha, parecia se divertir e era muito parecida com a da Mari.

— Com quem eu falo? — perguntei surpreso, afinal, por qual motivo ela me ligaria.

— Não reconhece mais a minha voz?

— Mari?

— Sim. Peguei seu número com meu irmão.

— Ah e a que devo a honra desta ligação? — eu sorria.

— Eu estou muito afim de dar uma volta de moto com um amigo.

— Ah, é mesmo? — perguntei ironicamente e sorrindo feito um adolescente.

— Sim e o meu único amigo que tem moto é você.

— Somos amigos?

Ela deu uma pequena pausa.

— Sim... Como nunca devíamos ter deixado de ser.

Eu sorri.

— Então vamos.

— Sério?

— Sim.

— Quando você pode?

— Agora. — pude ouvir o suspiro longo que ela deu e em seguida disse: — Pode vir me vim me buscar agora?

— Estou indo.

Despedi-me dela sorrindo e marcamos de nos encontrar dali meia hora, na praça que ficava próxima da sua casa.

Eu não sabia se o que estávamos fazendo era errado, mas uma amizade inocente não podia ser prejudicial a nenhum de nós. Mesmo com esse frenesi e essa respiração falhada tomando conta do meu corpo só de falar com ela no telefone. Tenho certeza que isso era só empolgação e nosso passeio era só um passeio de amigos e completamente inocente. Assim espero!

https://youtu.be/YuByvjwo-HQ

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