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Festa na escola

João

Fiquei esses dias tentando arrumar um jeito de me livrar desse sentimento tão forte que voltou a tomar conta de mim, como foi há anos, e não achei jeito nenhum. Tentei não pensar nela e no seu beijo, mas foi impossível, porém, eu tinha que conseguir. Mariana tinha feito a sua escolha e eu não era ela.

Até cogitei a ideia de pedir para um dos caras ficarem na filial da Angels, enquanto a Mariana estivesse na cidade e eu voltar para a matriz, mas eu seria muito covarde se fugisse assim, então fui ficando e vivendo um dia após o outro, com uma mulher a cada noite e às vezes ficando mais de uma noite com a Mônica, que além de ser boa de cama, tinha uma conversa envolvente e muitas vezes quase me fazia esquecer o motivo pelo qual eu não conseguia seguir em frente... Quase.

Minha mãe e a Isa, insistiram para que eu fosse à festa do colégio Santa Gênova, mas eu estava sem vontade de sair e também tinha que resolver uns assuntos na Angels, então eu disse não.

Fiz uns telefonemas, arrumei uns problemas de trabalho e depois que tudo em casa já estava organizado, até pensei em me arrumar e ir trabalhar mais cedo, mas aí meu telefone tocou e mais uma vez era a Isa insistindo para que eu fosse à festa.

— Ah, não dá, Isa.

— Deixa de ser chato!

— Não é questão de ser chato é...

— Você não quer encontrar com a Mari, não é?

— Não é isso.

— É sim, que eu sei!

— Tá. Tudo bem. Eu admito. — soprei exasperado.

— Ah! João, seja homem e enfrente.

Eu ri.

— Não tem nada o que enfrentar.

— Então tá. Mas vamos? Tenho certeza que a Mari não vai. Ela deve estar ocupada com o casamento. — percebi que ela sorriu, enquanto eu senti meu coração apertar. Fechei meus olhos e perguntei.

— Tem certeza?

— Vamos? — ela pareceu titubear e me respondeu com outra pergunta. Mas pensando melhor, acho que eu vou. Lembro-me com tanta saudade da semana das notas azuis, que a vontade de participar novamente me atinge com força. Vou sim!

— Tá, eu vou!

— Tudo bem. Te encontro lá.

Ela desligou parecendo eufórica demais e eu fui tomar banho para ir. Coloquei uma camisa social de mangas compridas, um jeans e o perfume de sempre.

Não tinha passado muito tempo e lá estava eu: estacionando a moto em frente à escola que me trazia tantas lembranças boas da minha adolescência e ao mesmo tempo me lembrava de uma dor tão grande que eu tentava esquecer.

Tirei o capacete, o coloquei sobre a moto e segui pensando que eu gostaria muito de ter uma noite agradável ali, para me distrair. Entretanto, assim que entrei no salão social em que estava acontecendo a abertura das atividades, percebi meus olhos varrendo o local a procura da Isa e parando em alguém, aquele alguém, que eu tanto queria evitar ver, mas foi só vê-la de novo, que senti meu coração acelerar e engoli em seco, para tentar acalmá-lo.

Que caralho de amor é esse que me deixa tão vulnerável?

Respirei fundo e comecei a andar em direção a ela, que estava conversando com Isabela, Jean, Miguel e Vanessa.

— E aí, pessoal? — cumprimentei, quando me aproximei e todos responderam em uníssono, menos Mari, que me avaliava.

— Você demorou, João! — Isabela falou sorrindo e o seu sorriso alegre, entregou que ela havia mentido quando disse que a Mariana não viria.

— É... — eu não sabia o que dizer.

Miguel e Vanessa trocaram sorrisos cumplices e acho que voltar a escola em que estudamos, transformou meus amigos em adolescentes alcoviteiros outra vez.

Senti os olhos da Mariana em mim, mas tentei evitá-la.

Houve muitas apresentações dos diretores, coordenadores, professores e das salas do terceiro ano, que iriam tomar conta das atrações daquele ano e essa parte era a mesma chatice de que eu me lembrava. O que contribuía ainda mais para que eu ficasse, disfarçadamente, de olho na Mariana e não prestasse atenção no que estava acontecendo ali. Claro, a não ser pela hora que a minha mãe apresentou sua sala e falou da importância daquele evento para os alunos. E ao vê-la ali no palco do colégio mais importante da cidade, eu morri de orgulho. Lembro-me de quando eu era criança que ela sonhava em trabalhar nessa escola.

Após as apresentações, todos nos encaminhados para um coquetel preparado no refeitório ao lado, mas nada do que acontecia me chamava mais atenção do que aquela mulher linda, que estava a minha frente, conversando com a amiga, vestida com um vestido preto, colado ao corpo e que marcava cada curva.

— Oi, filho. — minha mãe veio me cumprimentar, me tirando do transe que olhar para a Mariana me deixava.

— Você estava ótima no palco, mãe. Morri de orgulho.

— Ah, para, João.

— É verdade, tia Carmem. E você e minha mãe são a cara desta escola. — Isa comentou.

Minha mãe balançou a cabeça em negativa para ela e sem jeito lançou um sorriso e um cumprimento a todos da roda. Reparei que o sorriso deu uma apagada quando seu olhar passou pela Mari.

— O melhor é ver o quanto toda a burguesia desta cidade te aceita como professora dos filhos deles. — falei sem pensar e Mariana pareceu sem jeito.

— Um ou outro não aceita, mas a direção do colégio, repudia qualquer tipo de preconceito e discriminação e tem como regra, que quem não aceitar pode se retirar.

Abri um sorriso para ela.

— Ah, e pelo sorriso em seu rosto, mãe, você adora essa regra deles, né?

— Claro, filho. Preciso me sentir protegida em algum lugar. E quando esse lugar é o meu trabalho, faz com que eu me sinta maravilhosa.

— Você é maravilhosa, mãe!

— Filhos são tão mentirosos. — ela passou a mão no meu rosto. — Uma pena essa direção não ser a mesma de anos atrás.

Vi que Mariana olhou para o lado sem jeito e lancei um olhar de advertência para a minha mãe.

— Nossa, João! Como a sua mãe é linda! — Vanessa falou para tirar a tensão do ar e estendeu a mão para a minha mãe. — Prazer eu sou a esposa do Miguel.

— Você que é linda! Miguel, você cresceu!

Ele riu.

— Faz muito tempo que não nos vemos né, dona Carmem?

— Muito. — minha mãe pareceu pensar em algo, mas mudou de assunto. — Bom, crianças, preciso ir ajudar o pessoal do colégio. Fiquem a vontade, vocês já sabem como funciona a festa.

— Sim, mas na nossa época era muito mais legal, tia. — Isa disse revirando os olhos e minha mãe sorriu.

— Você que pensa, Isa. Crianças, tenho que ir, logo nos falamos.

Minha mãe se afastou e assim que ela saiu, Mari foi pegar bebida, Isa e Jean foram ao banheiro e Vanessa e Miguel estavam em uma conversa particular, a mais ou menos um metro de distância.

Fiquei olhando de longe para a Mariana, enquanto ela se dirigia até a mesa de bebidas e peguei pensando o quanto eu queria estar ali com ela como um casal, como nos velhos tempos. Assim como os meus amigos estão.

Contudo, me vem imediatamente à cabeça que ela iria se casar em breve e a mim restaria a vida que sempre levei sem ela.

Isso fazia um aperto tomar conta do meu peito e sem que o resto da turma notasse que eu estava me afastando, segui para a parte do pátio em que há anos, passávamos as horas de intervalos.

Várias lembranças rapidamente vieram a minha memória: eu com o Miguel ensaiando passos de hip hop, enquanto as meninas nos fitavam ansiando por atenção. Nós brincando discutindo o quanto ele era um péssimo goleiro. Ri com essa lembrança.

Era como se o tempo não tivesse passado e tudo ali continuasse igual. Andei mais alguns passos e cheguei ao banco que ficava debaixo de uma árvore grande. Esse era o nosso preferido, mas nele a única lembrança que me veio, foi de quanto meu peito doeu, quando sentei ali, após a mãe da Mariana ter me humilhado.

Balancei a cabeça de um lado para o outro, no intuito de afastar as lembranças ruins, e continuei andando, sozinho, com as mãos nos bolsos e me perguntando o quanto a ideia de ter vindo à festa foi negativa ou positiva.

Sem que eu pudesse controlar, quando dei por mim, estava de frente à porta da sala de materiais para educação física, em que tive a primeira vez com a Mariana. Engoli em seco, fechei meus olhos e minha mão foi à maçaneta da porta para abri-la. Com um giro para o lado a porta destravou e abriu.

Dei um passo para frente, entrando na sala e acendi a luz, clicando no interruptor que ficava no mesmo lugar. Tudo no mesmo lugar.

O cheiro de borracha e de material esportivo continuava igual. O mesmo cheiro.

Fui até os colchonetes, minha respiração estava acelerada e o meu peito apertado como se tudo que eu vivi ali, estivesse voltando.

Tudo estava igual, exceto pelas pessoas que viveram a cena, essas eram diferentes.

Me lembrei dela sendo minha... E doeu. Isso estava diferente... Ela era de outro.

— Sabia que te encontraria aqui! 

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