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As pernas tremem


Mariana

Era ele!

Tinha certeza que era!

Nossos olhares se encontraram e como se o tempo parasse e tudo a minha volta não existisse, eu o olhei. E naquele segundo, um pequeno segundo em que nossos olhares se encontraram, eu voltei ao passado e tudo voltou... O amor era tanto e toda dor que senti também.

No segundo seguinte alguém falou com ele e tirou sua atenção. Foi então que aproveitei o momento que quebramos o contato visual para me esconder. Sentei-me na cadeira mais próxima e tentei deixar meus sentimentos sob controle.

Meu coração pulsando acelerado, entregava a importância daquela troca de olhares.

No momento em nos olhamos eu estava dançando com o Breno e segui rapidamente para a mesa em que o meu irmão Miguel e sua esposa Vanessa, estavam sentados.

— Mari, o que você tem? Você está branca. — minha cunhada me perguntou.

Minha respiração estava acelerada e eu nunca pensei, em todos esses anos que imaginei um reencontro, que estar frente a frente novamente com o João, me traria todo esse sentimento do passado. Mas não os mesmos sentimentos, mas algo que não sei explicar e minhas pernas tremiam.

— Mari, quer ir embora? — Breno me perguntou — Mari?

— Oi! Tô bem, foi só... Uma tontura.

— Não vai me dizer que está grávida antes do casamento. — Miguel brincou, rindo.

Vi que Breno perdeu o ar.

— Não, Miguel, foi só uma tontura, acho que estou desacostumada a beber.

Uffa. — Breno respirou aliviado.

— Tudo isso é medo de ser pai? — perguntei meio irritada.

— Não. Só não é o momento, nossos pais nos matariam, principalmente a sua mãe que está super empolgada com o casamento. — ele disse disfarçando o alívio que deixou transparecer quando eu o certifiquei que não estava grávida.

— Tem razão, minha mãe está sonhando tanto com esse casamento que se algo atrapalhar, ela vai ter um treco. — Miguel falou, enquanto eu encarava o Breno que ainda parecia muito aliviado e isso me lembrou de uma outra vez em que recebi uma notícia de gravidez e mesmo sendo em situações muito diferentes, não tem como não comparar uma reação com a outra e sem que pudesse controlar, senti uma pontada de decepção quanto ao Breno.

— Eu gostaria de ir embora, não estou me sentindo bem. — falei, olhando em volta.

— Por mim, vamos. — meu irmão disse e minha cunhada concordou.

— Já que é a minha despedida antes de eu voltar para Portugal, faço questão de pagar. — Breno falou feliz — Aí quando eu voltar para o casamento, você paga na despedida de solteiro, cunhado.

— Combinado. — Miguel concordou.

Breno pegou nossos cartões magnéticos, em que havíamos marcado os nossos pedidos, e foi para o caixa, dizendo que nos encontraria em dez minutos, na frente da Angels quando o manobrista trouxesse o carro.

Enquanto isso meus olhos varriam a Angels em busca daqueles olhos tão surpresos ao me ver, olhos que há tanto tempo eu não via, mas que mesmo de longe, eu pude enxergar que tinham o mesmo brilho.

Minha cabeça mandava eu me esconder, não queria vê-lo, eu não podia vê-lo, mas meu coração...

Toda aquela semana ali... Andei tanto pela cidade e não o vi em lugar nenhum, aí no dia que Breno deu a ideia de ir à casa noturna, que ouvimos tanto falar durante toda a semana sobre a inauguração imperdível, eu o encontro. Não que eu o estivesse procurando, mas já tinha desencanado e perdido o medo de encontrá-lo, medo que eu senti quando cheguei aqui. Aí, nunca imaginei que o veria justo na despedida do Breno.

Enrolei tanto para sair de casa e vir, quando enfim decidimos sair já era bem tarde. Parecia que eu estava adivinhando!

Mas espera! Fica calma, Mariana. Pode ser que tenha sido só uma impressão.

Sim. Agora parando para pensar, eu na verdade nem sei se era realmente ele. Ou se eu só vi alguém parecido e já pensei ser, afinal, fazia muitos anos.

A quem eu estava tentando enganar?

Aqueles olhos, eram inconfundíveis.

Só podia ser ele!

Eu ainda estava sentada discutindo com o meu subconsciente, enquanto minha cunhada e meu irmão estavam em pé, esperando o tempo que o Breno pediu, antes de irmos para a saída. Meus cotovelos estavam sobre a mesa e as minhas mãos fechavam meus olhos. Foi então que eu ouvi aquela voz.

— Cara, quanto tempo!

Ergui a minha cabeça rapidamente e vi o João dando abraços apertados e com tapas estalados, nas costas do meu irmão. Meu coração voltou a bater acelerado e senti que o ar faltava nos meus pulmões.

Era realmente ele!

E estava aqui, na minha frente, depois de tantos anos, em que nem uma despedida tivemos. Depois de tudo que ele me fez. E continua tão lindo, como me lembrava de que ele era, mas também me lembro da traição que sofri e que nunca esperava sofrer.

— João, quanto tempo! — Meu irmão estava verdadeiramente feliz em reencontrar o amigo.

Miguel apresentou a Vanessa a ele e perguntou como estava indo a sua vida, mas João estava com os olhos em mim e respondeu apenas que ia bem, meio que no piloto automático. Enquanto eu fiquei apenas o olhando, sentindo as minhas pernas como gelatina.

— Lembra-se da Mari, João? — Miguel perguntou cinicamente, apontando para mim.

— Claro. — ele respondeu. Apenas "claro" e parecia que me reencontrar nem o afetava. Claro que não!

João veio até mim e juntei minhas forças para levantar e cumprimentá-lo.

— Tudo bom, Mariana? — Mariana. Não Mari como ele me chamava antes.

— Tudo bom, João. — Respondi secamente. Ele me deu um beijo no rosto e o seu cheiro invadiu minhas narinas, enquanto sua mão segurou a minha cintura e esse toque me levou de volta ao passado instantaneamente. — Quanto tempo.

— Sim, nem me lembro da última vez que falei com vocês.

— Eu me lembro perfeitamente. — falei baixo só para mim, mas João me olhou tão intensamente que me senti nua.

E no mesmo instante meu celular me tirou do momento intenso que se formou.

— Oi, Breno. Estamos saindo. — falei mais seca do que tive a intenção de falar e desliguei. — Vamos, pessoal? O Breno está nos esperando.

— Poxa, João, muito bom te ver. Precisamos marcar algo com a galera.

— Claro, vamos marcar sim. — ele concordou, mas não disse nada sobre ter alguém e a curiosidade e a vontade de perguntar estava me matando.

Alguém o chamou, ele olhou para um pessoal no bar e fez sinal com a mão dizendo que já estava indo.

— Tenho que ir, foi bom ver vocês.

— Ah, espera aí, cara. — Meu irmão tirou o telefone do bolso e entregou para o João — Anota o seu telefone aqui e eu te ligo pra gente marcar algo.

João apenas assentiu, me deu uma olhada antes de marcar o telefone como se avaliasse a minha reação a isso, mas acho que eu estava tão sem reação a tudo, que ele resolveu marcar o número e quando terminou, entregou o telefone ao meu irmão.

— Bom, foi bom ver vocês. — João falou e deu um abraço rápido no meu irmão. — Até mais. — Sorriu sem jeito, deu um meneio de cabeça para mim e para a Vanessa e se virou para ir, sem olhar para trás.

Fiquei olhando suas costas por uns segundos a mais, tentando entender esse reencontro, até que meu irmão me tirou do transe, quando me perguntou me encarando seriamente:

— Você está bem com esse reencontro?

Assenti afirmando.

— O que eu perdi dessa novela? — Vanessa perguntou, sem entender a tensão entre nós.

— É um capítulo da minha novela, Van, que não vale a pena você assistir.

— Você está bem mesmo com esse reencontro?

— Sim, é passado. E vou me casar. — Sorri sem jeito, em resposta ao meu irmão.

Miguel me olhou desconfiado, principalmente depois que mencionei meu casamento. Ele viveu comigo todo o meu sofrimento. Sempre fomos muito unidos e quando passei por tudo que passei, foi ele que secou as minhas lágrimas, mesmo sem saber direito o que estava acontecendo, pois nossa mãe achou melhor não contar, então ele só sabia que fomos morar em outro país e eu e João terminamos por algo de errado que João tinha feito. E assim ele me apoiou até eu conseguir me reerguer. Meu celular tocou mais uma vez e era o Breno, apenas deliguei a ligação e falei para o meu irmão me seguir que o meu noivo estava esperando. Mas aqueles olhos não me saiam da cabeça e o que mais senti falta naquele rosto perfeito, era daquele sorriso tão lindo que eu me lembrava tão bem, com aquelas covinhas lindas, que chamavam tanta atenção.

Mas que droga!

Por que ele tinha que vir nessa inauguração também? Em um lugar tão grande, por que tínhamos que nos encontrar? Que ódio!

Entrei no carro do Breno em silêncio, segui o caminho em silêncio, mal me despedi do meu irmão e da minha cunhada quando os deixamos em sua casa e quando Breno me deixou na minha, para seguir para a dele, eu não o convidei para entrar e o dei um beijo sem graça antes de descer do carro, com a promessa que passaríamos a noite seguinte juntos, antes de ele viajar de volta para Portugal. Breno me olhou como se não entendesse, mas não discutiu e até pareceu aliviado por não passar a noite comigo e a minha tristeza, então apenas foi embora, me deixando sozinha com os meus pensamentos, com o choro, que acompanhou as lembranças tristes que invadiram a noite e com a foto que eu levava na carteira, que tinha levado por todos os anos que passei longe e sempre olhei para me lembrar do motivo que eu não poderia voltar para ele.

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